All posts by Joao Machado

 

Chanceler Merkel critica pena de morte no Egito em agitada conferência de imprensa com Presidente Al-Sissi

A chanceler alemã, Angela Merkel, criticou o recurso à pena de morte no Egito, mas defendeu o reforço das relações económicas bilaterais, numa agitada conferência de imprensa durante a polémica visita a Berlim do presidente Al-Sissi.

 

 

 
Angela Merkel criticou a aplicação da pena de morte, afirmando que a Alemanha não admite a pena capital “em circunstância alguma”, mesmo tratando-se de “atividades terroristas” ou quaisquer outras que envolvam “a segurança do Estado”.

 

 

 
A chanceler alemã salientou, no entanto, o papel do Egito numa região marcada pela instabilidade e sustentou que o reforço dos laços comerciais entre a Alemanha e o Egito contribuirá para aprofundar “a estabilidade através do desenvolvimento económico” no país.

 

 

 

“Temos uma perspetiva diferente da sua em relação à pena de morte. Está ancorada na nossa legislação e integra a nossa ordem constitucional”, disse por seu lado Abdel Fatah al-Sissi, sem ter sido questionado sobre o assunto.

 

 

 

A visita de Al-Sissi a Berlim, onde foi recebido com honras militares pelo governo mas também por protestos nas ruas, desencadeou polémica na imprensa devido ao apoio do Egito a regimes repressivos no combate ao extremismo islâmico e à condenação à morte, a 16 de maio, do presidente islamita deposto Mohamed Morsi.

 

 

 

Al-Sissi, ex-Chefe do Estado-Maior egípcio, liderou a deposição de Morsi em 2013 e lançou uma vaga de repressão de islamitas que fez centenas de mortos e milhares de detidos, muitos condenados à morte em julgamentos rápidos.

 

 

 
Na conferência de imprensa conjunta, uma mulher gritou para al-Sissi chamando-lhe “assassino”, o que levou muitos dos jornalistas egípcios presentes a defender o presidente com aplausos e gritos de “longa vida ao Egito”, enquanto Merkel e al-Sissi abandonavam a sala acompanhados de seguranças.

 

 

 
O presidente do parlamento alemão, Norbert Lammert, cancelou uma reunião com al-Sissi devido “à perseguição sistemática de grupos oposicionistas com detenções em massa, condenações a longas penas de prisão e um número incrível de sentenças de morte”.

 

 

 
Mas durante os dois dias de visita al-Sissi reuniu-se com o presidente alemão, Joachim Gauck, e ainda tem previstos encontros com o vice-chanceler, Sigmar Gabriel, e com o ministro dos Negócios Estrangeiros, Frank-Walter Steinmeier.

 

 

 
Segundo a imprensa egípcia, o presidente irá assinar em Berlim vários acordos nos sectores das energias renováveis e petróleo em encontros com grandes empresas alemãs.

 

 
Pelo menos cinco grandes organizações internacionais de defesa dos direitos humanos — entre as quais a Amnistia Internacional e a Human Rights Watch — apelaram a Angela Merkel para pressionar al-Sissi a pôr fim “à mais grave crise de direitos humanos no Egito em décadas”.

 

 

 

Durante o encontro com Merkel, grupos de manifestantes denunciaram a repressão e perseguição de opositores e as limitações à liberdade de imprensa no Egito. A alguma distância, grupos leais a al-Sissi manifestavam-se também a seu favor.

 

 

 

BRITTA PEDERSEN/EPA

 

 

03/06/2015

 

 

 

Professor Emérito John Nash – Eminente Matemático faleceu após acidente de taxi em New Jersey

O matemático norte-americano John Nash, prémio Nobel em 1994, morreu sábado passado em Nova Jersey, nos Estados Unidos, num acidente de viação, quando viajava de taxi com a sua mulher.

 

 

 

O condutor do taxi perdeu o controlo do carro quando ultrapassava outro veículo e na sequência do acidente morreram John Nash, de 86 anos, e a sua mulher, Alicia, de 82.

 

 

 

Segundo o sargento Gregory Williams, porta-voz da polícia de Nova Jersey, o motorista do táxi que levava o casal perdeu o controlo do veículo ao tentar ultrapassar outro carro e colidiu contra uma grade de protecção. “Nash e Alicia foram ejectados do carro e morreram no local. Já os motoristas do táxi e do outro veículo foram resgatados e não correm risco de morte”, refere o sargento.

 

 

Professor Emérito John Nash - Eminente Matemático faleceu após acidente de taxi3

 

 

 

 

Professor Emérito John Nash - Eminente Matemático faleceu após acidente de taxi4

 

 

 

 

 

Professor Emérito John Nash - Eminente Matemático faleceu após acidente de taxi2

 

 

 

John Nash revolucionou o estudo da teoria dos jogos na matemática, tendo sido vencedor do Prémio Nobel da Economia em 1994. Mas foi através do filme “Uma Mente Brilhante”, protagonizado por Russell Crowe, que a sua vida se tornou conhecida do grande público.

 

 

 

Professor Emérito John Nash - Eminente Matemático faleceu após acidente de taxi8

 

 

 

Ao longo de 20 anos, John Nash lutou contra a esquizofrenia, que o impediu de se distinguir mais cedo no seu campo de estudos. Era um teórico excepcional, mas frequentemente perturbado pelas alucinações próprias da doença de que sofria.

 

 

Professor Emérito John Nash - Eminente Matemático faleceu após acidente de taxi6

 

 

 

Foi na época da faculdade que ele começou a desenvolver as ideias, tais como a teoria dos jogos não cooperativos por trás do processo de decisão, conhecida como a teoria do equlibrio de Nash. Esta teoria, publicada pela primeira vez em 1950, forneceu uma ferramenta matemática para analisar situações competitivas e foi aplicada não só à economia mas também às ciências sociais e biologia.

 

Professor Emérito John Nash - Eminente Matemático faleceu após acidente de taxi7

 

 

Foi a obra de Sylvia Nasar, biógrafa de John Nash e antigo membro do comité para o Nobel da Economia, que foi adaptada ao cinema – publicada em 1998 com o nome que seria dado à longa-metragem. O filme chegou ao grande ecrã três anos depois, tendo vencido quatro categorias nos Óscares da Academia de 2001: melhor filme, melhor realizador, melhor argumento adaptado e melhor atriz secundária.

 

 

 

Professor Emérito John Nash - Eminente Matemático faleceu após acidente de taxi9

 

 

O actor Russel Crowe, que interpretou o papel de Nash, lamentou na rede social ‘Twitter’ a morte do matemático. “Abalado. O meu coração está com a família de John e Alicia. Uma parceria espantosa. Mentes brilhantes, corações maravilhosos”.

 

 

 

Professor Emérito John Nash - Eminente Matemático faleceu após acidente de taxi5

 

 

 
Sara Piteira Mota

 

 

Economico

 

 
05/06/2015

 

 

 

 

David Letterman: o último Show do Mestre da Folia que fez Troça dos Americanos durante 34 anos.

David Letterman - O último Show do Mestre da Folia que fez Troça dos Americanos durante 34 anos2Em cima David Letterman, o maior joker dos Estados Unidos dos últimos 34 anos, decidiu reformar-se das artes cómicas da sátira, da troça e do ridículo, e que através da folia e do gozo fazem das pessoas sérias uns tolos. Naturalmente não é uma pessoa do qual sentiremos falta ou saudade.

 

 

 

Das primeiras piadas num programa de meteorologia até ao humor que mudou a forma de fazer rir na televisão americana: David Letterman deixou o Late Show ao fim de 34 anos.

 

 
Estávamos a 1 de fevereiro de 1982 nos estúdios da NBC em Nova Iorque. O humorista Calvert DeForest vestira mais uma vez a pele de Larry “Bud” Melman para dar “uma palavra de alerta amistoso” sobre o novo programa que estava prestes a estrear, apresentado por David Letterman..

 

 
“Eu acho que vai emocionar-vos, pode até chocar-vos”, avisava Bud. Depois, um grupo de bailarinas com penas de pavão – a mascote do programa – lançava a estreia de Letterman. Trinta e três anos depois, o humorista americano despede-se do Late Show e fecha “uma era no entretenimento”, como escreve a BBC. O último episódio acontece esta quarta-feira.

 

 

 

A história de como David Letterman influenciou o modo de fazer televisão nos Estados Unidos é explicada pelo mesmo jornal.

 

 

Naquela altura da estreia, era apenas “um homem que não devia estar acordado até tão tarde”, nas palavras das bailarinas. Tinha 35 anos e prometia substituir Johnny Carson e Jack Paar com um humor “excêntrico e ousado”. Mas David Letterman já tinha dado provas da habilidade para o humor no início dos anos setenta, quando apresentava a rubrica meteorológica num canal de televisão de Indianopolis.

 

 

O salto para o mundo do espetáculo foi dado depois, quando se mudou para a Califórnia, onde protagonizou alguns momentos de humor ao lado de Jay Leno – com quem rivalizou a carreira inteira e de quem nunca se inibiu de fazer piadas – no palco da Comedy Store, em Los Angeles. Foi numa dessas atuações que Carson reparou em Letterman e o convidou para participar no The Tonight Show regularmente.

 

 

 

A NBC tinha-o então à experiência e recusava-se a largar o humor de umhomem capaz de conquistar o público masculino mais jovem. Foi por isso que David Letterman ganhou um espaço nas manhãs do canal americano que, apesar de ter durado pouco tempo por falta de audiências, ainda conquistou um Emmy. Das manhãs passou para as noites, onde preenchia a hora seguinte ao The Tonight Show de Carson.

 

 

 

O facto de ter andado de mão dada com o programa de Carson obrigou David Letterman a reciclar o humor praticado no canal. Da comédia morna que vigorava nas noites americanas, a nova aposta da NBC decidiu passar para um espetáculo mais expontâneo. E resultou: David Letterman ganhou um espaço na comédia televisiva e passou a apresentar o Late Night.

 

 

 

Entretanto, a CBS manteve debaixo de olho o trabalho de Letterman no canal concorrente. E em troca de um salário mais expressivo, o humorista acabou por largar a NBC. O programa mudou de nome: passou a designar-se Late Show a 30 de agosto de 1993. As semelhanças com o primeiro episódio de Late Night foram essencialmente duas: o estilo incontornável de Letterman e o primeiro convidado, Bill Murray.

 

 
A energia inicial que conquistava o público alvo começou a desvanecer, mas Letterman já tinha construído uma personagem segura no panorama da comédia nacional e já havia influenciado alguns formatos britânicos. Na BBC, o escritor e crítico Keith Uhlich opina que o “entusiasmo com o humorista diminui devido ao modo como transparecia o seu desagrado por alguns convidados”. Podia mesmo tornar-se “presunçoso”, ou confissões, como quando convidou os médicos que o operaram ao coração em 2000 ou quando falou dos alegados casos com funcionárias do programa em 2009.

 

 
E agora, nos últimos minutos de um programa com mais de 6 mil episódios, qual será o comportamento de Letterman? “Revitalizar a energia”, escreve Uhlich, até através dos convidados com quem interage – Julia Roberts, Obama ou Adam Sandler, por exemplo.

 

 
Letterman nasceu em 1947. Aos 35 anos tornou-se apresentador do Late Show da NBC. Anos depois o formato mudou-se para a CBS.

 

 
Foto: AFP/Getty Images

 

Observador

 

05/06/2015

 

 

 

 

Senado dos EUA chumba diploma para limitar recolha de dados pela NSA

O Senado norte-americano chumbou, na madrugada deste sábado, o “USA Freedom Act”, projeto de lei que pretendia limitar a recolha de dados em massa de cidadãos dos Estados Unidos, pela NSA.

 

 

 

O diploma contava com o apoio do Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e já tinha sido aprovado na Câmara de Representantes há cerca de uma semana. Mas, na madrugada deste sábado, foi rejeitado no Senado. O “USA Freedom Act” pretendia acabar com a recolha massiva de dados de cidadãos norte-americanos, incluindo telefónico, pela Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla inglesa).

 

 

 
O projeto de lei – rejeitado por 57 votos contra e 42 a favor – pretendia alterar o “Patriot Act”, um artigo que expira no próximo dia 1 de junho e que tinha sido adotado após os atentados de 11 de setembro de 2001, numa tentativa de aumentar a vigilância na luta contra o terrorismo. Os democratas e, ainda, 12 republicanos votaram a favor do novo diploma.

 

 

 
Recorde-se que o programa de recolha em massa de dados foi trazido a público há dois anos por Edward Snowden, ex-funcionário da NSA, atualmente exilado na Rússia. No início do mês, também um tribunal federal havia declarado ilegal o programa de recolha massiva e sistemática de dados de cidadãos, mesmo daqueles que nada têm a ver com o terroismo.

 

 

 
Segundo a formulação que estava prevista no novo diploma, que vigoraria até 2019, o Governo não deixaria de conseguir aceder aos dados telefónicos das companhias telefónicas (metadados), mas só poderia fazê-lo mediante autorização judicial.

 

 

 

O Senado voltará a reunir-se no próximo dia 31 de maio para abordar o assunto, um dia antes do conteúdo do “Patriot Act” expirar.

 

 

 
FOTO: PAUL J. RICHARDS / AFP / GETTY IMAGES

 

 
MARIA JOÃO BOURBON

 

 

OBSERVADOR

 

 

07/06/2015

 

 

 

 

 

Chineses acusados de espionagem por roubarem tecnologia norte-americana

Seis cidadãos chineses, entre eles três professores universitários, estão a ser acusados de espionagem por roubarem tecnologia para beneficiarem universidades e empresas controladas por Beijing.

 

 
Hao Zhang e Wei Pang, professores da Universidade de Tianjin, terão planeado roubar a tecnologia FBAR, dispositivo sem-fios que permite filtrar sinais indesejados de telefones móveis e outros aparelhos. Os dois professores, e mais um grupo de chineses, criaram alegadamente uma empresa de produção de FBAR, em Tianjin.

 

 

 
John Carlin, advogado assistente da Segurança Nacional norte-americana, defende que os professores universitários que “obtiveram ilegalmente” a tecnologia, “partilharam os segredos com o Governo chinês para terem vantagem económica”, segundo declarações ao Washington Post. “A espionagem económica impõe grandes custos aos negócios americanos.

 

 

 
Enfraquecem o mercado global e destroem os interesses norte-americanos por todo o mundo”, acrescentou Carlin.

 

 

 

Hao Zhang, de 36 anos e formado em engenharia na Universidade da Califórnia do Sul, foi preso no passado sábado, 16 de maio, no aeroporto Internacional de Los Angeles. Voava da China para os Estados Unidos, para participar numa conferência. Zhang e Wei Pang, de 35 anos, estavam a liderar uma pesquisa no FBAR, em inglês Thin-film bulk acoustic resonator, uma tecnologia patrocinada pelo Departamento de Defesa norte-americano.

 

 

 

A espionagem económica chinesa tem sido uma preocupação para o Governo norte-americano. Suspeita-se que o esquema tenha começado há cerca de uma década. Em 2006, Zhang, Pang e os seus alegados co-conspiradores, começaram a desenvolver um plano de negócio, começando a solicitar parcerias com universidade chinesas interessadas na tecnologia FBAR.

 

 

 
Caso os seis acusados forem condenados, esperam-lhes severas sentenças, visto que a justiça norte-americana guarda graves consequências para casos de espionagem.

 

 

 

Foto: AFP/Getty Images

 
Observador

 
09/06/2015

 

 

 

Portugueses na Venezuela divididos entre a Apreensão e a Esperança

A comunidade portuguesa radicada na Venezuela divide-se entre a apreensão e a esperança em quanto ao futuro do país de acolhimento, disse em Caracas, o presidente da Câmara Municipal do Funchal, Paulo Cafôfo.

 

 

 

“Noto que há alguma apreensão, que as pessoas estão um pouco assustadas, neste momento, com a sua vida aqui, com a situação atual da Venezuela, mas também noto que há uma esperança, que as pessoas não querem deixar este país”, disse.

 

 

 

Portugueses na Venezuela divididos entre a apreensão e a esperança10

 

 

Fotografia panoramica da capital venuzuelana, a cidade de Caracas. Faça um clique sobre a fotografia para ver a cidade em grande pormenor.

 

 

Paulo Cafôfo falava no Centro Português de Caracas, no âmbito de uma visita de cinco dias à Venezuela, onde hoje participou num evento de beneficência organizado pela Academia do Bacalhau de Caracas, o jornal Diário de Notícias da Madeira e o banco Banif.

 

 

 

Portugueses na Venezuela divididos entre a apreensão e a esperança4

 

 

Fotografia do centro da cidade de Caracas, Venezuela.

 

 

Portugueses na Venezuela divididos entre a apreensão e a esperança3

 

 

Fotografia do centro da cidade de Caracas, Venezuela.

 

 

 

“Estamos a falar de pessoas que já nasceram cá, que se sentem portuguesas e que essas pessoas não querem deixar este país apesar de terem alma portuguesa. Aquilo que encontrei foi um pouco de receio mas também de esperança e de quererem lutar por este país”, frisou.

 

 

 

Paulo Cafôfo adiantou que a Câmara Municipal do Funchal “criou uma serie de incentivos, nomeadamente no âmbito da regeneração urbana” para que os conterrâneos “possam investir e possam na verdade apostar naquilo que e a sua terra”.

 

 

 

Portugueses na Venezuela divididos entre a apreensão e a esperança2

 

O crepúsculo do dia em Caracas, Venezuela.

 

 

“E não basta virmos aqui com promessas ou falsas promessas, aquilo que estamos a fazer é, com toda a sinceridade, criar condições para que possam regressar à terra, para que possam investir, mesmo os que não queiram regressar, mantendo aqui uma ligação que é muito importante para nós, enquanto portugueses”, disse o autarca que visita a Venezuela pela primeira vez.

 

 

Portugueses na Venezuela divididos entre a apreensão e a esperança5

 

Fotografia aérea do maior clube português no mundo, o Centro Português de Caracas, na Venuzuela. Completamente seguro e isolado do exterior com uma grande muralha, só permite a entrada aos seus associados. No seu interior funcionam escolas, salas de cinemas, restaurantes, centros comerciais, piscinas, campos de futebol, campos de ténis, etc, etc, tudo o que possa imaginar numa pequena cidade. O centro tem capacidade para vários milhares de pessoas. Uma referência de primeira qualidade para todos os dirigentes de clubes portugueses à volta do mundo.

 

 

 

Portugueses na Venezuela divididos entre a apreensão e a esperança6

 

As crianças vão ao banho na Piscina Olímpica do Centro Português de Caracas, na capital da Venuzuela.

 

 

 

Questionado sobre a existência de um sistema de controlo cambial que impede o livre acesso a moeda estrangeira no país e dificulta o envio de remessas para o estrangeiro, salvo que sejam autorizadas pelas autoridades venezuelanas, o autarca do Funchal disse que “tem havido contactos com a Embaixada portuguesa, com o Governo português e mesmo com a Embaixada da Venezuela em Portugal, no sentido de agilizar esses procedimentos”.

 

 

 

Portugueses na Venezuela divididos entre a apreensão e a esperança8

 

 

 

Portugueses na Venezuela divididos entre a apreensão e a esperança7

 

Duas fotografias da Piscina Olímpica do Centro Português de Caracas, na Venuzuela.

 

 

 

“Aquilo que nós podemos fazer é uma magistratura de influência, procurando com a nossa pressão que também possamos ser a voz daqueles vivem aqui e é isso que também queremos ser a voz, expor os problemas e ser um canal de transmissão para o Governo regional e o da República, das necessidades dos nossos conterrâneos”, concluiu.

 

 

 

 

Portugueses na Venezuela divididos entre a apreensão e a esperança9

 

 

Fotografia da piscina do Centro Português Venezuelano de Guayana.

 

 

A Região Guayana da Venezuela é uma região administrativa da Venezuela. A região tem uma população de 1.383.297 de habitantes e um território de 458.344 km². É fronteiras da nação independente da Guiana (anteriormente Guiana Inglesa), que faz parte da Guianas. Geograficamente faz parte do Planalto das Guianas. A Região Guayana compreende três dos Estados federais: Amazonas, Bolívar e Delta Amacuro.

 

 

 
Foto: Miguel Gutierrez/EPA

 
JN

 

 

07/06/2015

 

 

 

Praça das Flores em Lisboa foi um Trampolim para a Cultura Portuguesa

A 6 de Junho, a Praça das Flores, em Lisboa, foi ocupada pelo arranque do “Trampolim Gerador”, sob o tema “A Palavra”. Um trampolim que permite o acesso e a participação de todos na cultura portuguesa que aqui quer dar um salto.

 

 

O evento contou com a presença de 100 autores, distribuídos por cerca de 40 iniciativas, em 22 locais tão “inusitados” como uma peixaria, restaurantes e lojas, avança a organização, sublinhando que o evento regressa a cada três meses, em “espaços ricos em vivências” e sempre com um tema diferente.

 

Praça das Flores vai ter um trampolim para a cultura5

A Praça das Flores, em Lisboa.

 

 
Segundo Miguel Bica, mentor da iniciativa organizada pela associação Gerador, o objectivo foi tornar a cultura mais “fácil”, através do acesso a um conjunto de propostas artísticas destinadas a “quem consome e a quem está mais afastado da cultura”. Pretendem valorizar a cultura portuguesa e todos os que a geram, promovendo actividades que vão dos concertos a workshops de cozinha, passando por leituras de poesia, teatro, exposições de fotografia e arte urbana.

 

 

Praça das Flores vai ter um trampolim para a cultura2

 

Coube aos autores fazer chegar “propostas de qualidade” ao evento, afirma a organização, no qual decorreu uma oficina de Mirandês, por Alfredo Cameirão, uma mostra fotográfica, de Vitorino Coragem, um concerto de ópera, por Ana Serro, Paulo Viana e Carlos Faria, bem como um workshop de cozinha, dado pelo Chef Daniel Cardoso.

 

 

 

Praça das Flores vai ter um trampolim para a cultura4

 
Para além disso, a história da Praça das Flores, local escolhido para esta edição, foi contada por Fernanda Freitas que, juntamente com Ângelo Torres, apresentou propostas a integrar no evento. Com uma edição anterior que “correu muito bem”, sublinha Miguel Bica, o evento regressou este ano, esperando ganhar novos públicos.

 

 

 

A entrada no “Trampolim Gerador” foi gratuita.

 

 

 

Praça das Flores vai ter um trampolim para a cultura3

 

 

 

PEDRO CUNHA

 

 

Texto editado por Ana Fernandes/ RITA REBELO

 
07/06/2015

 

 

 

 

Assembleia da República aprova Nacionalidade para netos de Portugueses nascidos no estrangeiro

A maioria PSD/CDS e o PS aprovaram hoje, no parlamento, em votação final global, um diploma que passa a estender a possibilidade de aquisição da nacionalidade portuguesa originária aos netos de portugueses nascidos no estrangeiro.

 

 

 

Em relação a este projeto, que partiu da maioria PSD/CDS, o PCP, o Bloco de Esquerda e “Os Verdes abstiveram-se, enquanto os deputados socialistas Isabel Moreira e Pedro Delgado Alves contrariaram a orientação da sua bancada e votaram contra.

 

 

Apesar de ter havido uma ampla maioria de votos favoráveis sobre esta alteração à lei da nacionalidade, o consenso entre as bancadas da maioria PSD/CDS e o PS só foi conseguido momentos antes da votação final global, quando foi viabilizada por sociais-democratas e democratas-cristãos uma proposta de alteração apresentada pelos socialistas, na qual se condicionava a aquisição de nacionalidade por netos de emigrantes portugueses à existência “de laços de efetiva ligação à comunidade nacional”.

 

 

Com a emenda proposta pelo deputado socialista Jorge Lacão, a atribuição da nacionalidade portuguesa originária a netos de emigrantes ficará assim dependente da demonstração pelo requerente de “conhecimentos suficientes da língua portuguesa” e da existência de “contactos regulares com o território português”.

 

 

Ficará ainda dependente de não existir “qualquer condenação (com trânsito em julgado de sentença) pela prática de crime punível com pena de prisão de máximo igual ou superior a três anos, segundo a lei portuguesa”.

 

 

Apesar destas alterações, que levaram PCP e Bloco de Esquerda a considerar ter-se “evitado o mal maior”, a deputada socialista Isabel Moreira insistiu no voto contra o projeto de alteração à lei da nacionalidade, justificando-o por “uma questão jurídica e outra prática”.

 

 

“Do ponto de vista jurídico, a aquisição da nacionalidade referente às situações em questão, que eu desejo, deve ser feita por naturalização e não pela via da aquisição originária da nacionalidade. Por causa deste erro jurídico na formulação da lei, torna-se impossível ao requerente fazer prova dos requisitos exigidos, uma vez que se reporta ao momento do nascimento”, alegou a deputada do PS, especialista em Direito Constitucional.

 

 
Antes deste conjunto de alterações ter sido aprovado em plenário, na especialidade, os deputados António Filipe (PCP) e Cecília Honório (Bloco de Esquerda) criticaram duramente a versão inicial proposta pela maioria PSD/CDS, já que se poderia abrir a possibilidade de atribuição da nacionalidade portuguesa originária a um cidadão que não fala português, nem nunca esteve em território nacional.

 

 

 

“No limite, esse cidadão, que obtém por via administrativa a nacionalidade portuguesa, desde que tenha mais de 35 anos, até pode ser candidato a Presidente da República, mesmo que não saiba falar português”, apontou António Filipe.

 

 

Depois de aprovadas as alterações propostas pela bancada socialista, Jorge Lacão vincou que se “chegou a um desfecho feliz numa matéria que podia ter corrido mal e colocar em causa o tradicional amplo consenso político em torno das alterações à lei da nacionalidade”.

 

 
Pela parte do CDS, Telmo Correia disse que a nova lei “é de uma grande generosidade para cidadãos que têm ascendentes portugueses e que querem ser portugueses”, enquanto o social-democrata Hugo Velosa saudou o papel desempenhado pelo secretário de Estado das Comunidades, José Cesário, e lamentou que o PS “só na quinta-feira tenha pretendido colaborar para a existência de um consenso em relação a esta lei”.

 

 
DN

 

07/06/2015

 

 

 

Caravela ‘Sagres’ embarca barrica de vinho Madeira rumo aos Estados Unidos

O navio “Sagres” escala no sábado no porto do Funchal, onde vai embarcar uma barrica de 350 litros de vinho Madeira rumo aos Estados Unidos, numa iniciativa da Cooperativa Agrícola do Funchal, retomando a tradição do “vinho da roda”.

 

 
“Este vinho é para ir e voltar. O nosso objetivo é criar alguma história, marcar alguma diferença”, explicou à agência Lusa o presidente da Cooperativa Agrícola do Funchal, Coito Pita, realçando que, embora esta seja uma das cooperativas mais antigas do país, fundada em 1951, só recentemente entrou no negócio dos vinhos.

 

 
A história do “vinho roda” remota ao século XVII, quando se verificou que o vinho da Madeira que regressava à Europa nos porões dos navios, depois de uma viagem até às Índias, apresentava uma qualidade substancialmente melhor, mercê da exposição às altas temperaturas nos trópicos.

 

 
A partir de então, os tonéis passaram a ser enviados para as Índias com o único objetivo de enriquecer e valorizar o produto. Em Inglaterra, o “vinho da roda” ganhou uma enorme reputação e era comercializado a preços astronómicos.

 

 
“O nosso objetivo não é vender mais caro, mas tentar ganhar alguma projeção”, salientou Coito Pita, lembrando que, ao contrário de outras instituições, a Cooperativa Agrícola do Funchal não dispõe de vinhos antigos para apresentar no mercado.

 

 

 

A barrica de vinho a embarcar no Navio Escola “Sagres” é da casta Tinta Negra Mole, produzida no Estreito de Câmara de Lobos (costa sul da Madeira) e em São Vicente (norte da ilha). Quando regressar, o vinho será engarrafado e posteriormente comercializado nos Estados Unidos.

 

 
O “Sagres” largou de Lisboa no dia 27 de maio, para efetuar uma viagem de instrução de cadetes da Escola Naval com a duração de 98 dias, sendo que vai escalar sete portos dos Estados Unidos, país onde a declaração de independência, a 4 de julho de 1776, foi brindada com vinho Madeira.

 

 

 

“Trazer o navio ‘Sagres’ à Madeira só para embarcar a pipa significa muito, significa o apoio da Armada à Madeira, ao vinho Madeira e à sua divulgação”, realçou Coito Pita.

 

 
O Instituto do Vinho, do Bordado e do Artesanato da Madeira também se associa a esta iniciativa, com a oferta de várias garrafas de vinho Madeira, com que o comandante do “Sagres”, capitão-de-fragata Alcobia Portugal, brindará os convidados nas receções a realizar nos portos da viagem.

 

 

 
DYC // PMC

 

 
Lusa

 

 

 

 

O Governo do Estado Português já iniciou discussão de contrato de “concessão” com a administração da Lusa

Em cima, a Agência de Notícias do Estado Português, a Lusa, localizada na zona de Benfica em Lisboa. Para além de ser uma empresa pública (nacionalizada) é responsável pela maior parte (senão de todos) dos conteúdos editoriais publicados em jornais portugueses. Conhecida pela sua extrema parcialidade a favor do regime político vigente em Portugal, portanto pela sua inclinação à esquerda, em prole do socialismo chamado de democrático em Portugal, com o qual estão compremetidos todos os partidos políticos constitucionais.

 

 

 

A este propósito e sem querer mudar nada no actual regime de monópolio do Estado Português sobre a ‘liberdade’ de imprensa em Portugal, o ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional afirmou esta terça-feira que já iniciou a discussão do contrato de concessão da agência de notícias Lusa com a administração da empresa. O contrato da Lusa termina no final deste ano.

 

É preciso referir que todas as notícias publicadas nos jornais portugueses são o resultado de uma notícia pre-publicada pela Agência Lusa e enviada para todos jornais, antes destes escolherem pegar na notícia ou não e decidirem publicá-la. O problema de fundo é que quando a notícia da Lusa chega aos jornais, já sofreu um tratamento que se reflecte primeiro, no tema da notícia, o destaque ou enfoque que lhe é dado no próprio titúlo, bem com o angúlo ou ponto de vista com que são abordados os factos e os temas salientes na notícia. Na verdade, o facto de a política editorial dos jornais portugueses estar nacionalizada e monopolizada pelo Estado Português desde a revolução comunista do 25 de Abril de 1974 em Portugal (à 40 anos), tem por reflexo uma mentalidade extremamente fechada na população portuguesa continental em geral. Um exemplo já referido em outras notícias, foi o que sucedeu após as recentes eleições no Reino Unido.  Recorde-se que os ingleses estão a meia-hora de viagem das suas casas de campo e de praia em várias partes de Portugal. O que aconteceu foi que no dia a seguir às eleições não havia notícia dos resultados eleitorais nos jornais, como se nada tivesse acontecido na véspera, bem como na madrugada com emissões televisas em directo com a contagem dos resultados apurados. Em conclusão, se o Porto estivesse a jogar na Luz contra o Benfica a final do campeonato nacional, e se o Porto ganhasse a Taça e em Lisboa não se fizesse notícia desse facto nos jornais, que significaria isso? Ora foi exactamente o equivalente a isso que aconteceu.

 

Ainda assim, o ministro Miguel Poiares Maduro falava na audição regimental da comissão parlamentar para a Ética, a Cidadania e a Comunicação, a qual teve como tema central a emigração. “Já iniciámos a discussão do contrato de concessão com a administração da Lusa”, disse o governante, em resposta aos deputados.

 

 

 

“Há um novo Conselho de Administração que entrou em funções no início do ano e esse Conselho de Administração já nos apresentou um primeiro conjunto daquilo que considera ser as orientações estratégicas para orientar-se um mapa de trabalho”, tendo em vista a discussão do novo contrato de concessão da Lusa, disse Miguel Poiares Maduro.

 

Governo já iniciou discussão de contrato de concessão com administração da Lusa1

 

 

 
“E essas orientações estão largamente em linha com aquilo que temos vindo a discutir”, no sentido de “um reforço do papel da Lusa em novas plataformas no digital, mas também da sua internacionalização”, concluiu.

 

 

 
JOÃO RELVAS

 

 

LUSA

 
08/06/2015