Amigos de Carregal do Sal iniciam campanha “A Sede é Nossa” no estado de New Jersey

A cidade de Elizabeth, no estado de New Jersey, foi palco de mais um gesto solidário da comunidade portuguesa que aqui reside.

 

 
– Mais de 400 pessoas residentes nos estados de New Jersey, New York e Washington DC, estiveram presentes no Clube Português desta cidade para participar no 8º jantar de angariação de fundos para os Bombeiros Voluntários de Carregal do Sal, que rendeu cerca de vinte mil dólares.

 
Estiveram presentes várias personalidades políticas da cidade, entre elas o mayor Christian Bollwage, o vereador geral Manny Grova Jr, e ainda o chefe de batalhão dos bombeiros de Elizabeth, Mike Mateiro.

 
De Portugal, deslocaram-se aos Estados Unidos o comandante da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Carregal do Sal, Miguel Ângelo David e ainda José Tiago, director deste corpo de bombeiros.

 
Neste encontro, a banda musical Nossa Senhora de Fátima, de Newark, teve a seu cargo a musicalidade do protocolo e numa cerimónia simples, mas cheia de significado, executou os Hinos Nacionais dos Estados Unidos e Portugal.

 
– Após a execução do hino português, guardou-se um minuto de silêncio em honra de todos os bombeiros que faleceram em defesa do bem comum.

 

 

TRABALHO DOS BOMBEIROS DE CARREGAL DO SAL ELOGIADO EM NEW JERSEY

 

 

Entre as personalidades que discursaram, e para além do Comandante Miguel Ângelo David e do director José Tiago, estavam também o mayor Christian Bollwage, e o vereador geral da cidade de Elizabeth, Manny Grova Jr. que fizeram questão de elogiar o trabalho desenvolvido pelos membros desta organização, e enalteceram a importante missão humanitária que os Bombeiros de Carregal do Sal desenvolvem, em prol das suas populações.

 
Depois dos discursos, seguiu-se um lauto jantar confeccionado pelo chefe Flávio Correia que há oito anos consecutivos chefia a confeccão do menú.

 
– Esta iniciativa, levada a efeito por um grupo de pessoas “chefiadas” por Jorge Abreu, Vitor Castanheira, Flávio Correia e José Russo, para além do seu pendor gastronómico, teve também por objectivo lembrar que os portugueses, embora longe do seu país natal, têm as suas terras e as suas gentes no coração.

 

 

O SONHO DE RECUPERAR O ANTIGO QUARTEL DOS BOMBEIROS DE CARREGAL DO SAL FICOU MAIS PERTO

 

 

José Tiago, director da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Carregal do Sal, disse ao “The Portugal Times” que “a campanha de angariação de fundos “A Sede É Nossa”, que foi lançada nesta festa, tem por objectivo fundamental angariar fundos para recuperar o antigo quartel dos bombeiros de Carregal do Sal, já que o actual quartel não satisfaz as necessidades actuais”.

 

 

 

Por sua vez, o comandante da A.H. dos B.V. de Carregal do Sal, Miguel Ângelo David, agradeceu aos mentores desta iniciativa e falou sobre a importante missão que os bombeiros têm na sociedade, bem como, sobre as necessidades da sua corporação.

 

 

 

Segundo o comandante Miguel Ângelo David, “ninguém pode negar a importância que um Corpo de Bombeiros tem, para qualquer cidade. Nos lugares onde ele não existe, a apreensão da população é grande. E não é por acaso que os bombeiros dos municípios de Carregal do Sal e Elizabeth, no estado de New Jersey, têm desenvolvido acções de cooperação, com o objectivo de, para além de estreitarem laços de amizade, trocarem também experiências, relacionadas com a defesa de pessoas e bens”.

 
Mike Mateiro, um luso americano que chefia actualmente o batalhão dos bombeiros da cidade de Elizabeth, gostou da experiência adquirida durante a sua estadia em Portugal, e aposta na continuidade desta cooperação.

 

 

 

E a pensar no futuro destas duas corporações está também o vereador geral da cidade de Elizabeth, Dr. Manny Grova, que prevê já para este Verão, o envio de uma delegação de bombeiros desta cidade norte americana, a Portugal, com a finalidade de trocarem conhecimentos técnicos, em diferentes áreas.

 

 

 

E antes da hora da despedida, os dirigentes da Associação Humanitária dos Bombeiros de Carregal do Sal que se deslocaram aos Estados Unidos, fizeram questão de agradecer a esta comissão organizadora, bem como a todas as pessoas presentes, pela vontade demonstrada em colaborarem no projeto de reconstrução do seu antigo quartel.

 
Formidável foi também a tradicional noite dançante, com os participantes a envolverem-se num animado baile que durou até às primeiras horas da madrugada.

 

 

 

No final da festa, e com cerca de 20 mil dólares angariados, o sonho de reconstruir a antiga sede dos Bombeiros de Carregal do Sal, ficou mais perto.

 

 

 

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Este jantar contou com a presença de várias gerações de luso americanos que fizeram questão de apoiar os Bombeiros de Carregal do Sal

 

 

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Algumas das personalidades presentes na 8ª edição do jantar de angariação de fundos para os Bombeiros de Carregal do Sal

 

 

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José Moura, ex-director da A.H. dos Bombeiros de Carregal do Sal e o mais antigo director desta associação humanitária ainda vivo. Também esteve presente na festa para apoiar a campanha “A Sede É Nossa”. Conta actualmente com 96 anos de idade, e imigrou para os Estados Unidos em 1967.

 

 

 

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Na cozinha a azáfama era grande…

 

 

 

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O bolo comemorativo do 8º Jantar de Angariação de Fundos para os Bombeiros de Carregal do Sal

 

 

 

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Todos gostaram do lauto buffet confeccionado por Flávio Correia

 

 

 

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A boa disposição foi um dos pontos fortes deste jantar de angariação de fundos

 

 

 

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Os membros da Comissão Amigos de Carregal do Sal que tiveram a responsabilidade de realizar este evento

 

 

 

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Neste encontro, a banda musical Nossa Senhora de Fátima, de Newark, teve a seu cargo a musicalidade do protocolo e numa cerimónia simples, mas cheia de significado, executou os Hinos Nacionais dos Estados Unidos e Portugal.

 

 

 

 

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Após a execução do hino português, guardou-se um minuto de silêncio em honra de todos os bombeiros que faleceram em defesa do bem comum.

 

 

 

 

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Neste encontro, mais de 400 pessoas de boa vontade, residentes nos estados de New Jersey, New York e Washington DC, participaram neste jantar

 

 

 

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O Comandante dos Bombeiros Voluntários de Carregal do Sal, Miguel Ângelo David , agradeceu aos mentores desta iniciativa e falou sobre a importante missão que os bombeiros têm na sociedade, bem como, sobre as necessidades da sua corporação.

 

 

 

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O director José Tiago referiu a importância da campanha “A Sede É Nossa”, que foi lançada nesta festa

 

 

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Na foto (esq/dir, Miguel Ângelo David, comandante dos Bombeiros Voluntários de Carregal do Sal, Manny Grova Jr. vereador geral de Elizabeth, Mike Mateiro, chefe de batalhão dos bombeiros de Elizabeth, e o inspector Chris da mesma corporação.

 

 

 

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O vereador geral da cidade de Elizabeth, Dr. Manny Grova Jr., prevê já para este Verão, o envio de uma delegação de bombeiros desta cidade norte americana, a Portugal, com a finalidade de trocarem conhecimentos técnicos, em diferentes áreas.

 

 

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Também Christian Bollwage, mayor da cidade de Elizabeth, fez questão de elogiar o trabalho desenvolvido pelos membros desta organização, e enalteceu a importante missão humanitária que os Bombeiros de Carregal do Sal desenvolvem, em prol das suas populações.

 

 

 
The Portugal Times

 

 

João Machado

 

 

 

Marca de mobiliário português Boca do Lobo anda nas bocas do mundo

As pessoas mais atentas certamente já terão ouvido falar da marca Boca do Lobo. Pois é, a Boca do Lobo tem andado nas bocas do mundo e pelos melhores motivos possíveis.

 

 

 

Esta empresa que faz parte do grupo português Menina Design (fundado em 2008 por Amândio Pereira e Ricardo Magalhães), foi uma das marcas de design de móveis escolhida pela Universal Pictures para decorar e mobilar o tão luxuoso apartamento de Christian Grey. Sim, estamos a falar do personagem principal do filme, adaptado do livro “As 50 Sombras de Grey”, que estreou recentemente. A empresa, proveniente de Rio Tinto, é conhecida pelo design único das suas peças de mobiliário e decoração fabricadas a partir da conjugação das “técnicas artesanais aliadas à nova tecnologia existente.”

 
Depois da presença da marca em duas das mais conhecidas feiras de mobiliário americanas, a Boca do Lobo conquistou a equipa de produção dos estúdios da Universal Pictures com as suas peças modernas, cosmopolitas e inovadoras, perfeitas para combinar com estilo de vida luxuoso do personagem principal.

 
No total, são três dezenas de peças que decoraram o interior do apartamento de Christian Grey. No filme vai poder ver aparadores, consolas, poltronas, armários, cadeiras, mesas, roupeiros, candeeiros, um biombo, espelhos, bancos, entre muitas outras… São peças únicas e luxuosas que não vão passar despercebidas a nenhum fã de decoração de interiores.

 
Ora veja como o design das peças portuguesas assumem as mais inusitadas formas, tingem-se de diversas cores e moldam-se numa multiplicidade de materiais, demonstrando a versatilidade técnica que carateriza esta marca portuguesa.

 

 

 

Marca de mobiliário português Boca do Lobo anda nas bocas do mundo6

 

 

 Aparador “Diamond”, Boca do Lobo.

 

 

 

 

Este vistoso e moderno aparador é uma das peças de decoração protagonistas no filme “As 50 Sombras de Grey.” Tem uma superfície forrada a folha de prata e os pés e interior revestidos a folha de ouro. Custa 21480€.

 

 

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Armário “Pixel Anodized” & “Brooklyn Bar”, Boca do Lobo.

 

 

 

São peças completamente distintas, mas com um design único. O primeiro armário com um padrão geométrico e colorido estilo Art Deco tem o preço de 23160€. Por sua vez, o “Brooklyn Bar”, com um design mais sóbrio e clássico está à venda por 3580€.

 

 

 

Mas não são só as peças da Boca do Lobo que vais poder ver no filme mais aguardado do ano. As restantes três marcas do grupo Menina Design, a Koket, Brabbu e Delightfull, também vão ter algumas das suas peças de mobiliário expostas, tanto no apartamento como no escritório do protagonista do filme.

 

 

 

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Sofá “Desire”, Koket.

 

 

 

Um sofá super confortável, com um design meia lua e acabamentos dourados, cujo preço é de aproximadamente 10950€.

 

 

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“Hypnotic Chandelier” & Espelho “Guilt”, Koket.

 

 

 

O candeiro de tecto “Hypnotic Chandelier”, é uma das nossas peças preferidas. Original e contemporâneo, tem um valor aproximado de 8900€. Por sua vez, o espelho de parede em formato sol e com os tons dourados custa cerca de 4410€.

 

Marca de mobiliário português Boca do Lobo anda nas bocas do mundo5

 

 

Mesa de centro “Sequoia”, Brabbu.

 

 

 

 

Esta mesa de centro com um design muito particular é uma das peças de mobiliário da marca Brabbu que fará parte da decoração interior do apartamento de Christian Grey. O preço desta peça é de 13340€.

 

 

No encerramento da exposição em New York, Janet Morais fez questão de referir ao The Portugal Times que este projecto “é um reflexo da minha paixão pelo design e em especial pelo design internacional”.

 

 

Marca de mobiliário português Boca do Lobo anda nas bocas do mundo7

 

 

Janet, que continua a querer representar marcas portuguesas nos Estados Unidos reconhece o sucesso conquistado, e faz questão de lembrar que também representa neste momento marcas de design de Espanha, França e Itália.

 

 

 

The Portugal Times

João Machado

 

 

 

 

 

Design é forma e função, arte, criatividade e paixão

Na foto em cima, os representantes da empresa Menina Design que costuma marcar presença nas feiras de mobiliário mais prestigiadas do mundo. As marcas Boca do Lobo, DelightFull, Koket e Brabbu aqui representadas por (foto esq/dir) Hugo Magalhães, Janet Morais, Marta Vieira, Carlos Portaluji e Maria Medeiros.

 

 

Exposição em Nova York destaca o design moderno português como referência de qualidade a nível mundial.

 

 

A Architectural Digest Home Design Show reuniu de 19 a 22 de Março em Nova Iorque, centenas das mais conceituadas marcas de mobiliário de luxo. Entre elas, cinco representantes portuguesas e ainda uma de Itália, França e Espanha.

 

 

Janet Morais, Presidente e Directora Criativa da empresa Koket, com sede em Manassas, Virgínia, Área Metropolitana de Washington D.C., que participa pela sétima vez nesta iniciativa da Architectural Digest Home Design de New York, disse ao “The Portugal Times” que embora as marcas Koket, Maison Valentine, Delighfull, Brabbu e Boca do Lobo, estejam a ter as maiores atenções no plano internacional, devido à eficiência de um bom trabalho, “é necessário para bem de todos avançar rapidamente para uma forte campanha internacional que promova a marca Portugal em mais países dos vários continentes”.

 
Janet Morais deu ainda a entender através do seu sorriso rasgado, que já foi perdido demasiado tempo.

 
“Estas exposições, são também uma óptima oportunidade para ajudar a promover a exportação de produtos portugueses e por isso, “vamos continuar a trabalhar para contribuirmos para o crescimento de exportações e internacionalizações das marcas e produtos portugueses”, disse ao nosso jornal esta empresária luso americana.

 

 

“Queremos contribuir para o crescimento de marcas e produtos portugueses”

 

 

E foi com agrado que ouvimos nos corredores do pavilhão da Architectural Digest Home Design de New York, comentários elogiosos ao trabalho desenvolvido no campo do “design” por estas empresas portuguesas.

 
Segundo Janet Morais que tem participado em diversas exposições realizadas pelo mundo fora, “o sucesso obtido em mais esta exposição deve-se essencialmente à grande aposta que as marcas representativas da empresa fundada em 2008 por Armâdio Pereira e Ricardo Magalhães, na cidade de Rio Tinto, têm feito, no campo do empreendedorismo e da inovação. Porém, é também importante referir que estas exposições funcionam, ao nível internacional, como uma plataforma de lançamento para jovens designers nacionais nos mercados produtores internacionais que estão sempre em busca de novos talentos”.

 
Sobre a realidade do design em Portugal, não é fácil ter uma visão completa do panorama nacional. No entanto, já há alguns excelentes exemplos no Design Management Europe Award dos quais destaco a Revigrés e a Cifial. Também a Boca do Lobo é uma empresa que apesar de relativamente jovem conseguiu já criar uma imagem muito própria e interessante.

 

 

Hollywood presta tributo ao design português

 
A empresa Menina Design costuma marcar presença nas feiras de mobiliário mais prestigiadas do mundo mas foi na Carolina do Norte e em Nova Iorque, que a Universal Pictures convidou este grupo português do qual fazem parte as marcas Boca do Lobo, DelightFull, Koket e Brabbu, para decorar o cenário dos momentos mais escaldantes do filme “Cinquenta sombras de Grey”.

 

 

“A produção do filme não quis alterações. Gostou da identidade das marcas e do design das peças tal como elas são”, sustentou Janet Morais, segundo a qual os responsáveis pela decoração dos cenários encontraram no design português a forma de melhor comunicar “o estilo de vida luxuoso do actor principal”.

 
“Cinquenta sombras de Grey” é o primeiro romance de uma trilogia publicada entre 2011 e 2012 da autora britânica E.L. James, de 51 anos.

 
A trilogia, que se centra na relação e nos jogos sexuais entre Christian Grey, multimilionário de 27 anos, e Anastasia Steele, estudante universitária, atingiu vendas na ordem dos cem milhões de exemplares, segundo contas da editora.

 

 

Por outro lado, e falando sobre o futuro do grupo Menina Design, graças ao seu estilo único e às suas técnicas artesanais aliadas à nova tecnologia existente, e à paixão que a sua forte e unida equipa tem pelo design, a empresa Menina Design quer continuar a mostrar o que de melhor se faz em Portugal nesta área, e esperam que com a sua participação no filme “Cinquenta sombras de Grey” se comecem a abrir novas portas e a aumentar novos horizontes.

 

 

Design é forma e função, arte, criatividade e paixão1

Uma das peças de mobiliário que fez parte do filme “Cinquenta sombras de Grey”

 

Design é forma e função, arte, criatividade e paixão3

Janet Morais, Presidente e Directora Criativa da empresa Koket, com sede em Manassas, Virgínia, Área Metropolitana de Washington D.C., participa pela sétima vez nesta iniciativa da Architectural Digest Home Design de New York.

 

 

Design é forma e função, arte, criatividade e paixão4

 

Maria Medeiros e Marta Vieira também estiveram presentes nesta exposição em New York.

 

 

 

The Portugal Times
João Machado

 

 

 

 

Na batalha pelas ruas de Nova Iorque, já há mais Ubers que táxis

De acordo com a organização Taxi and Limousine Commission, o número de veículos registados na aplicação supera pela primeira vez o número de táxis. Seria o início do fim dos táxis amarelos?

 

 

O serviço Uber chegou à cidade de Nova Iorque em maio de 2011

 
Os táxis amarelos já fazem parte do imaginário coletivo, inclusive de quem nunca foi à cidade de Nova Iorque. Estão presentes em cartões postais, fizeram parte de filmes e séries e até já foram tema de diversas canções. Este valor simbólico cada vez mais substitui a sua função como meio de transporte – pelo menos é o que avança o jornal The New York Post. De acordo com um artigo publicado nesta terça-feira, o número de veículos registados no serviço Uber na cidade atingiu a marca de 14.088 carros, superando pela primeira vez o número de táxis, que totalizam 13.587 unidades, de acordo com um estudo da organização Taxi and Limousine Commission (TLC).

 

 
Conforme explica a publicação, o serviço Uber chegou à cidade de Nova Iorque em maio de 2011, dois anos após o seu surgimento, e desde então, tem aumentado a sua popularidade entre os moradores da cidade. Para os condutores, as vantagens incluem os horários flexíveis e maior remuneração. É o que explica Joel Abreu, condutor de um veículo registado na aplicação, ao The New York Post. “Você pode ligar o seu telemóvel e começar a trabalhar a qualquer minuto”, afirma. Ele garante que ganha cerca de 79 mil euros por ano com o serviço, o dobro do que conseguia quando conduzia um táxi, mas reconhece que já há mais concorrência nas ruas da cidade do que gostaria.

 

 
Os críticos da aplicação, como o Comité de Segurança para os Táxis dos Estados Unidos, acusam-na de desviar a receita da cidade por não terem de declarar os seus ganhos à Receita Federal. Numa carta enviada a Taxi and Limousine Commission em novembro de 2014, o comité pediu a cassação do licenciamento dos veículos registados no Uber para que deixem de conduzir em Nova Iorque, segundo noticiou a revista Newsweek.

 

 
Outra preocupação da entidade diz respeito à privacidade dos seus utilizadores. “Estamos a convocar o TLC para que comecem uma investigação oficial sobre a utilização de informações dos passageiros do Uber. Também pedimos que a sua licença seja suspensa até que o público tenha certeza de que os seus dados estão seguros”, explica Tweeps Phillips, diretor executivo do comité, em entrevista à publicação.

 

 
A rivalidade entre taxistas e condutores do Uber já teve como cenário diversas cidades do mundo, como Barcelona, Londres, Paris e Nova Deli. Em Portugal, há um vazio na lei, discutido entre a Federação Portuguesa do Táxi e os representantes do serviço, conforme explicou o Observador.

 

FOTO: Getty Images
Autor: Milton Cappelletti – Observador -19/03/2015

 

 

 

 

Os riscos dos EUA e aliados na luta contra o Estado Islâmico

O anúncio foi grandioso: cerca de 30 países, entre árabes e ocidentais, concordaram em formar uma coalizão para lutar contra o grupo radical autodenominado Estado Islâmico (EI).

 

Coaligação reúne países ocidentais e árabes (Foto: AFP)

 

O anúncio foi grandioso: cerca de 30 países, entre árabes e ocidentais, concordaram em formar uma coalizão para lutar contra o grupo radical autodenominado Estado Islâmico (EI), que se instalou em um grande território do Iraque e da Síria e choca o mundo com suas práticas cruéis, incluindo a divulgação de vídeos de decapitações.

 
A aliança seguirá basicamente as linhas apresentadas pelo presidente Barack Obama em 10 de setembro: ataques aéreos, apoio às forças locais, uso da inteligência e contra-terrorismo e fornecimento de assistência humanitária.

 

 

Estado Islâmico – O que está por trás do grupo radical.

 

 
A coligação começou a funcionar poucos dias após a reunião de cúpula em Paris. A França foi o primeiro país a aderir ativamente aos ataques dos EUA no Iraque, na última sexta.

 

 
E, nesta terça-feira (23) o grupo deu um golpe estratégico. O Pentágono disse que os Estados Unidos e cinco aliados árabes (Jordânia, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Barein e Catar) lançaram os primeiros ataques aéreos contra alvos do EI na Síria. Até agora, os bombardeios estavam concentrados no Iraque.

 

 

O desafio é conseguir que países com diferentes estratégias, políticas e interesses se unam sob a liderança de um país do qual muitos têm receio ou suspeita.

 

 

O plano visa conciliar a experiência que os Estados Unidos têm acumulado ao longo de meio século de intervenções com a realidade turbulenta e volátil do Oriente Médio.

 

 

Mas Obama tenta evitar intervir sozinho e, portanto, precisava de uma coalizão que incluísse, especialmente, os países árabes.

 

 
Até agora, Egito, Iraque, Jordânia, Líbano, Barein, Kuwait, Omã, Catar, Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos manifestaram disponibilidade para apoiar a ação.

 

 

Obama apresentou o plano de modo a liderar “por trás”, como ele fez na intervenção na Líbia em 2011.

 

 
O comentarista político Geoff Dyer disse ao jornal britânico Financial Times que “o risco de liderar por trás é que ele deixa os Estados Unidos dependentes dos esforços de seus membros”.

 

 
“Se eles não conseguirem, Obama poderia se encontrar em meio a uma guerra no Iraque, precisamente aquela que seu governo prometeu sair.”

 

 

Ecos do 11 de Setembro

 

 

Rami Khouri, da Universidade de Beirute, aponta vários problemas para a coligação.

 

 
Khouri observa que este grupo foi criado por Washington, em estado de pânico, antes de consultar as partes interessadas e chegar a acordo sobre os países árabes, deixando-os em uma posição desconfortável.

 

 
Além disso, os Estados Unidos e seus aliados acreditam que, sem um governo inclusivo dos sunitas no Iraque, não há como lutar contra o EI.

 
Washington investiu bilhões de dólares na última década, e o resultado até agora é o sectarismo e a corrupção dos líderes xiitas.

 

 

Sectarismo e repressão

 
Os riscos dos EUA e aliados na luta contra o Estado Islâmico1

Militantes do Estado Islâmico com os restos do que dizem ser um drone americano que caiu em Raqqa (Foto: AFP)

 

 
A ascensão do EI se deve em grande parte ao sectarismo e à repressão dos governos xiitas.

 

 
O governo de Nouri al-Maliki, primeiro-ministro iraquiano até agosto de 2014, usou o exército e milícias para reprimir a população sunita.

 

 
Patrick Cockburn, do jornal britânico The Independent, acredita que os 5 ou 6 milhões de árabes sunitas que vivem entre o Iraque e a Síria temem mais a violência em Bagdá e suas milícias do que o Estado Islâmico.

 

 
O New York Times publicou recentemente denúncias de milícias xiitas retaliando cidades e aldeias sunitas.

 

 
Os riscos do uso de drones

 

 

Outro possível problema, segundo o acadêmico libanês Khouri, é que o presidente Obama mencionou o uso de drones e colocou os casos do Iêmen e da Somália como exemplos do que quer conseguir com a coalizão.

 

 

Nem nesses países e no Paquistão os drones eliminaram as organizações insurgentes.

 

 

Pelo contrário: as mortes de civis aceleraram a radicalização contra Washington.

 

 
Liderança de sucesso?

 

 

Também existem dúvidas, diz Khouri, sobre o fato de que o coordenador da coligação contra o EI seja o general aposentado da Marinha John Allen.

 

 
Anteriormente, Allen teve cargos de responsabilidade no Afeganistão, no Comando Central para o Oriente Médio, no Iraque e no conflito israelense-palestino.

 

 
“É difícil acreditar em uma combinação mais deprimente de fracassos da política americana na região do que os que acumula Allen”, diz.

 

 

 

Além disso, para Khouri e outros analistas, a coalizão também tem resquícios da resposta dos Estados Unidos e seus aliados aos ataques de 11 de Setembro de 2001.

 

 
No entanto, o problema com o IE é diferente da Al Qaeda e, segundo analistas, as reações emocionais anti-islâmicas e militaristas devem ser evitadas.

 

 

Luta regional

 

 

Apesar do sucesso duvidoso de intervenções no Afeganistão e no Iraque durante a última década e a rejeição de grande parte da população americana a entrar em uma nova guerra, Obama tem sido pressionado pelos chamados neo-conservadores em seu país, por governos de países árabes sunitas e por Israel para intervir militarmente contra o governo de Bashar al-Assad na Síria e atacar instalações nucleares iranianas.

 

 
O crescimento violento do EI levou Obama a projetar uma intervenção com o menor risco militar, político e econômico possível.

 

 

Ter uma coalizão foi uma das condições prévias para evitar um possível fracasso unilateral.

 

 

Mas a guerra na qual a coligação ainda frágil e incerta está prestes a entrar faz parte da luta política religiosa entre sunitas e xiitas na região.

 

 

Irã contra a Arábia Saudita

 

 

E a rivalidade pela hegemonia regional entre o Irã (xiita) e Arábia Saudita (sunita) marca as alianças.

 

 
Ambos os países têm interesse em lutar contra o EI, mas mantêm uma forte concorrência regional.

 

 
O Irã apoia Bashar al-Assad, o Hezbollah no Líbano e o Hamas em Gaza; a Arábia Saudita apoia a oposição sunita na Síria.

 

 
Da mesma forma, a Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos e o Egito lutam contra a Irmandade Muçulmana, enquanto o Catar e Turquia os apoiam.

 

 

Os Estados Unidos, a Arábia Saudita e o Irã estão se comunicando no combate ao EI, mas é difícil de alcançar um elevado nível de coordenação.

 

 

O dilema da Turquia

 

 
A Turquia (com população de maioria sunita), por sua vez, preferiu manter uma postura cautelosa, especialmente desde que dezenas de diplomatas foram sequestrados pelo EI.

 

 
O governo turco teme que o combate ao EI ajude a fortalecer os curdos iraquianos e, em médio prazo, um Curdistão turco.

 

 
Outros países temem que o Irã saia fortalecido desta guerra.

 

 
Juan Cole, professor da Universidade de Michigan, disse em seu blog: “(É) uma triste ironia que as duas potências regionais mais entusiásticas no combate ao ISIL (EI) sejam o Irã e a Síria.”

 

 
Bashar, inimigo também do EI

 

Os riscos dos EUA e aliados na luta contra o Estado Islâmico3

Presidente sírio também é inimigo do Estado Islâmico (Foto: AP)

 
Em relação à Síria, durante os últimos três anos a Casa Branca insistiu que uma condição para se chegar a um acordo de paz no país era que o presidente Bashar al-Assad – alawita, um ramo xiita – saísse.

 
Além dos ataques a focos do EI na Síria, Obama pretende fornecer assistência militar a grupos armados do fragmentado Exército Livre da Síria – a quem se refere como “oposição moderada” – a fim de que eles combatam o governo de Damasco e o EI.

 

 
A Síria não se pronunciou sobre os recentes ataques, mas havia comunicado anteriormente que qualquer ataque a seu território seria considerado uma interferência.

 

 
E o governo russo também disse que um ataque de Washington na Síria será considerado uma violação ao direito internacional.

 

 

Rebeldes moderados?

 

 
Na volátil situação na Síria, é difícil saber quais grupos são moderados, e há risco de transferência de armas para grupos que podem se tornar inimigos dos Estados Unidos.

 

 
Lina Khatib, da Fundação Carnegie para a Paz Internacional, acredita que o plano de Obama e da coalizão não contempla uma forma de incluir o Exército Livre da Síria em um quadro político.

 

 
Esta confusão pode reproduzir o caos que ocorreu na Líbia após a intervenção da OTAN em 2011.

 

 
Grande parte da população sunita na Síria teme e rejeita o governo de Bashar al-Assad e muitos deles preferem o EI.

 

 
Ao mesmo tempo, os adversários do governo desconfiam dos Estados Unidos depois de ter esperado por quase quatro anos até que este país interviesse para apoiá-los.

 

 
O sentimento de muitos cidadãos sírios e iraquianos é de estar presos entre o Estado Islâmico e os governos de Damasco e Bagdá, e a esperança de serem salvos por uma coalizão improvisada parece distante.

 

 
(*) Mariano Aguirre coordena o Centro Norueguês de Consolidação da Paz (NOREF) em Oslo. www.peacebuilding.no

 

 
Mariano Aguirre* Especial para a BBC Mundo

 

Dez membros de família que inspirou ‘Os Sopranos’ detidos nos EUA

Dez membros e associados da família DeCavalcante, que serviu de inspiração para a série “Os Sopranos”, foram hoje detidos em Nova Jérsia por suspeita de tentativa de assassínio, distribuição de drogas e gestão de uma rede de prostituição.

 

 

A família DeCavalcante, considerada pelo FBI como uma “das mais notáveis do crime organizado”, inspirou a equipa de roteiristas de “Os Sopranos”, série da HBO, que deu início a uma nova era de ouro da televisão nos Estados Unidos.

 

 
O FBI disse hoje que aquelas prisões foram um “duro golpe para a família da Cosa Nostra”.

 

 
“Esta é também uma mensagem para a Cosa Nostra, que o FBI vai fazer tudo dentro das suas competências legais para acabar com a Cosa Nostra em Nova Jérsia”, referiu o FBI.

 

 
Os detidos vão ser ainda hoje presentes a tribunal.

 
13/03/2015

MSE // JPS / Lusa

 

 

 

EUA: Há shoppings transformados em igrejas, centros médicos e faculdades

É uma nova vida para os milhares de centros comerciais abandonados nos EUA, cujas infraestruturas começam a ser usadas para outros fins. Ao todo, há mais de 200 projetos para reformular shoppings.

 
Há cerca de 200 projetos para reformular centros comerciais abandonados nos EUA.

 

 

Igrejas, escolas, faculdades e centros médicos. Os muitos centros comerciais abandonados nos Estados Unidos da América estão a ganhar uma vida nova, com as respetivas infraestruturas a serem aproveitadas para servir outras funcionalidades. Contam-se, ao todo, mais de 200 shoppings que estão a sofrer facelifts e a mostrar que, afinal, servem para mais do que uma tarde bem passada nas compras.

 
De acordo com Ellen Dunham-Jones, arquiteta e professora na universidade pública Georgia Tech, existem cerca de 1200 centros comerciais de portas fechadas em solo norte-americano, sendo que um terço está “morto ou a morrer”. Ouvida pela The Atlantic, Dunham-Jones explica que foram construídos demasiados shoppings no país no século XX e apresenta números que corroboram a afirmação: os Estados Unidos têm o dobro de centros comerciais em área per capita, quando comparado com o resto do mundo, e seis vezes mais do na Europa.

 
Os hábitos dos americanos, ao que parece, também contribuem para a onda de abandono que se assiste no país liderado por Barack Obama, já que há preferência por compras online ou então por passear de sacos na mão em centros urbanos, escreve a jornalista Alana Semuels.

 
Mas nem tudo são más notícias: em muitas zonas do país encontram-se novos usos para infraestruturas que, noutras vidas, foram centros comerciais. A professora que também é arquiteta contabiliza 211 espaços que estão a ser adaptados de uma maneira ou de outra. “Os centros comerciais estão a ser transformados em centros médicos, faculdades, escolas e igrejas”, diz.

 

EUA - Há shoppings transformados em igrejas, centros médicos e faculdades2

Exemplo disso é o Highland Mall. Foi um dos primeiros centros suburbanos em Austin, no Texas, e abriu as portas em 1971 a ocupar uma área com mais de 30 hectares e com 1,2 milhões de metros quadrados de espaço interior. Apesar de uma obra de proporções consideráveis, em 2010 quase todas as lojas estavam vazias, como que indicando um mau presságio.

 
É nesta fase que entra a Austin Community College que, insatisfeita com o mau ambiente que se estava a gerar em torno de um centro comercial praticamente abandonado, optou por investir nele: a faculdade comprou o shopping com a intenção de o transformar num campus universitário, com centro médico e culinário incluídos.

 
Já o shopping Euclid Square em Ohio, que recorrentemente aparece em blogues que publicam imagens de centros abandonados, serve propósitos mais religiosos. Este, que continua vazio, aluga espaço a 24 congregações cristãs que não são capazes de financiar edifícios próprios. A Vanderbilt University Medical Center fez algo semelhante ao apropriar-se do segundo piso doshopping 100 Oaks, situado em Nashville. Escreve a The Atlantic que o estacionamento é mais fácil e que, por vezes, os pacientes podem passear pelas lojas que ainda estão abertas enquanto esperam pela hora da consulta.

 

 
FOTO: Getty Images

Autor: Ana Cristina Marques / Observador / 15/03/2015

 

 

 

EUA criam cargo dirigente para ‘desacreditar a propaganda dos terroristas’

O Departamento de Estado norte-americano anunciou na quarta-feira a criação de um cargo dirigente com a função de “desacreditar a propaganda de terroristas”, em particular a da organização designada Estado Islâmico.

 

 
Ataques aéreos já não são a única arma dos EUA contra o Estado Islãmico. A informação entra no combate ao jiadismo.

 

 
O cargo é o de enviado especial e coordenador para as comunicações estratégicas contra o terrorismo e vai ser desempenhado por Rashad Hussain, um ex-assessor de Obama, informou o Departamento de Estado em comunicado.

 

 
Hussain vai coordenar “os esforços do Governo dos EUA para desacreditar a propaganda dos terroristas e degradar a sua capacidade de disseminar mensagens e recrutar combatentes, com um foco particular no Estado Islâmico (EI)”, adiantou a Casa Branca, num outro comunicado.

 

 
Este dirigente vai liderar uma equipa “formada a partir de vários departamentos e agências dos EUA para aumentar a coordenação e as alianças internacionais para contrariar o extremismo violento e para desenvolver comunicações estratégicas contra o terrorismo em todo o mundo”, adiantou o Departamento de Estado.

 

 

Desde 2010 que Hussain era o enviado especial de EUA junto da Organização para a Cooperação Islâmica e em 2009 participou no desenvolvimento da estratégia de Obama para o mundo árabe.

 

 

 

Para além da nomeação de Hussain, a Casa Branca acrescentou que os EUA e Emirados Árabes Unidos vão trabalhar em conjunto para “estabelecer um centro de comunicações digitais que contraria a propaganda do EI e os seus esforços de recrutamento, tanto diretamente como através da relação com a sociedade civil e os líderes religiosos e comunitários”.

 

 

 

Por outra parte, o Departamento de Estado vai lançar uma iniciativa para animar “estudantes universitários nos EUA, no Canadá, no norte de África, no Médio Oriente, na Europa, na Austrália e na Ásia a desenvolver conteúdos digitais que contrariem as mensagens dos extremistas violentos”, especificou a Casa Branca.

 

 

 

19/02/2015 / JN
FOTO: EPA

 

Obama recebe ‘bom amigo’ Dalai Lama em Washington

O presidente dos Estados Unidos saudou o “bom amigo” Dalai Lama, por ocasião da manhã de oração em Washington, na qual participava o líder espiritual dos tibetanos, apesar das críticas antecipadas de Pequim.

 
“Quero cumprimentar especialmente um bom amigo”, declarou Barack Obama, no início de um discurso perante três mil pessoas, concentradas para este encontro anual na capital federal norte-americana.

 
O Dalai Lama “é um poderoso exemplo do que significa compaixão, é uma fonte de inspiração que encoraja a defender a liberdade e a dignidade de todos os seres humanos”, sublinhou Obama.

 
“Estamos felizes que esteja hoje entre nós”, acrescentou, lembrando já ter recebido, em várias ocasiões, o Dalai Lama na Casa Branca.
A Casa Branca não exclui a possibilidade de um breve encontro entre os dois prémios Nobel da Paz, mas sublinhou não estar previsto qualquer “reunião específica” entre os dois líderes.

 
Esta foi a primeira vez que Obama e o Dalai Lama foram vistos juntos em público.

 
Três encontros anteriores decorreram à porta fechada e fora da Sala Oval para evitar qualquer perturbação das relações com Pequim.
O anúncio desta iniciativa, no início da semana, desencadeou uma reação imediata de Pequim. “Opomo-nos a qualquer encontro, seja qual for a sua forma, entre um dirigente estrangeiro e o Dalai Lama”, declarou Hong Lei, porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês.

 
Washington deve “agir nesta questão tendo em conta os interesses da relação bilateral” com a China, acrescentou o porta-voz.

 

05/02/2015 / JN
FOTO: Kevin Lamarque / REUTERS

 

 

 

 

 

Obama defende que se ofereça ‘algo de melhor’ aos jovens para impedir extremismo

O presidente dos Estados Unidos defende que o mundo deve oferecer “algo melhor” aos jovens para impedir a sua radicalização e que o combate ao extremismo ultrapassa a força militar, sendo “uma batalha pelos corações e pelas mentes”.

 

 
“[Grupos extremistas como a al-Qaeda e o Estado Islâmico (EI)] exploram a ira que surge quando as pessoas sentem que a injustiça e a corrupção as deixam impotentes para melhorar as suas vidas. O mundo tem de oferecer aos jovens de hoje algo melhor”, escreveu Barack Obama numa coluna publicada, esta quarta-feira, no diário “Los Angeles Times”.

 

 
O artigo precede o discurso que Obama proferirá na Cimeira contra o Extremismo Violento, organizada pela Casa Branca.

 

 
“Os Governos que negam os direitos humanos favorecem os extremistas que afirmam que a violência é a única maneira de obter a mudança”, sustentou o chefe de Estado norte-americano.

 

 
Para Obama, “os esforços para combater o extremismo violento só terão êxito se os cidadãos puderem apresentar as suas queixas legítimas através do processo democrático e expressar-se através de sociedades civis fortes”.

 

 
A força militar por si só “não consegue resolver” o problema do extremismo, segundo Obama, que sublinha a necessidade de lutar, não só contra os “terroristas que matam civis inocentes”, mas também contra aqueles que “radicalizam, recrutam e incitam outros a fazer o mesmo”.

 

 
A Casa Branca não quer que a cimeira seja dominada pelo extremismo islâmico e, em particular, pelo EI. O seu objetivo tem uma perspetiva mais ampla e procura o diálogo sobre as populações “mais vulneráveis” à radicalização e ao recrutamento tanto nos Estados Unidos como noutros países.

 

 
Esta quarta-feira, no âmbito da cimeira, a Casa Branca acolherá várias mesas-redondas centradas na prevenção do extremismo entre mulheres, jovens e comunidades religiosas, antes da intervenção do presidente.

 

 
Na quinta-feira, a cimeira prosseguirá no departamento de Estado, onde Obama voltará a intervir, bem como o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, perante representantes de 60 países.

 

 
Na sessão de abertura da cimeira, na terça-feira, o vice-presidente norte-americano, Joe Biden, advogou que se fomente a integração e a inclusão das comunidades de imigrantes para evitar a radicalização, especialmente dos jovens.

 

 
Na opinião de Biden, os Estados Unidos não têm “todas as respostas” para atacar o extremismo violento, mas apenas mais experiência que a Europa, recente alvo dos radicais, quanto ao acolhimento e integração de grandes quantidades de imigrantes.

 

 

18/02/2015 / JN
FOTO: Jonathan Ernst/REUTERS