Duas múmias congeladas encontradas a 5,270 metros de altitude no México

Duas múmias foram encontradas a 5,270 metros de altitude junto ao vulcão Pico de Orizaba, situado na montanha mais alta do México, diz a ABC.

 

Pensa-se que as duas múmias são de alpinistas desaparecidos, segundo a ABC.

 
Um grupo de alpinistas mexicanos encontrou vestígios mumificados de dois homens. A descoberta aconteceu quando subiam ao vulcão Pico de Orizaba ou Citlaltépetl, situado na montanha mais alta do México, segundo o jornal espanhol ABC, que citava as autoridades locais.

 
As duas múmias encontravam-se congeladas e foram localizadas a aproximadamente 5,270 metros de altitude, naquele que é o terceiro vulcão mais alto do hemisfério ocidental, reportou Juan Navarro, presidente da câmara de Chalchicomula de Sesma na região de Pueble (Mexico) à ABC.

 
Já no fim de semana passado, seis alpinistas tinham encontraram por acidente o corpo congelado de um homem que alegadamente teria morrido no vulcão, há cerca de 50 anos.

 
Após terem reportado o acontecimento à Cruz Vermelha Mexicana, foi organizada uma expedição ao local liderada pelo alpinista Hilario Aguilar, acompanhado de 12 alpinistas profissionais.

 
Cerca de 11 horas após o inicio da expedição, foram encontradas as duas múmias que se pensam ser de alpinistas desaparecidos, diz o ABC.

 

 

Foto: EFE

06/03/2015

Observador

 

 

 

Afinal as pestanas querem-se… médias

Aderiu ou está a pensar aderir à moda das longas pestanas postiças? Um novo estudo aconselha-a a pensar duas vezes.

 
Um novo estudo do Instituto de Tecnologia da Geórgia, EUA, publicado na revista científica Journal of the Royal Society Interface, vem trazer muita polémica sobre o tamanho… das pestanas. O estudo concluiu que “quando as pestanas são demasiado curtas, não protegem o suficiente e quando são demasiado longas permitem a entrada de mais ar para dentro dos nossos olhos”. As conclusões da equipa de investigação, citadas pelo jornal espanhol ABC, surgem num momento em que os produtos para alongar pestanas, as pestanas falsas e os tratamentos que colocam e aumentam as pestanas estão na moda.

 
O estudo observou 22 espécies diferentes de mamíferos e concluiu que todos têm o mesmo tamanho de pestanas. Guilermo Amador, chefe da equipa de investigação, garante que não se trata de um acaso: “O comprimento ideal das pestanas é um terço do diâmetro do olho aberto”, segundo o jornal espanhol ABC.

 
O estudo conclui que é esta medida que permite que o fluxo de ar entre no olho seja minimizado, ajudando a manter os olhos húmidos e evitando a acumulação de sujidade. “Quando as pestanas são demasiado curtas, não protegem o suficiente e quando são demasiado longas permitem a entrada de mais ar para dentro dos nossos olhos”, garante a equipa de investigação.

 
Se está a pensar colocar pestanas postiças, Guilermo Amador afirma que estas podem ser utilizadas, desde que sejam do mesmo comprimento que as pestanas naturais. Isto para evitar que o olho seque ou se suje tão rápido. Contudo, também informa que a densidade das pestanas postiças permite proteger o olho da entrada de luz.

 

 
09/03/2015 – Observador

Miles Willis

 

 

 

Pronta Para Ser Mãe?

Se deseja contrariar a infertilidade, este artigo é mesmo para si.

 

Estudos recentes demonstram que o uso excessivo do telemóvel pode afetar a qualidade do esperma, colocando em causa a fertilidade masculina. Segundo os investigadores da Cleveland Clinic nos Estados Unidos, os homens que usam o telemóvel mais de quatro horas diárias sofrem alterações no esperma devido à exposição às ondas eletromagnéticas dos aparelhos.

 
A diminuição do tempo de utilização do telemóvel é uma boa dica para o seu parceiro, mas existem algumas estratégias que você também pode colocar em prática para prolongar a fertilidade e abrandar o tiquetaque do seu relógio biológico.

 
AGENDA EQUILIBRADA

 
Idealmente, em termos biológicos, é até aos 30 anos que a mulher tem maior probabilidade de conseguir engravidar. No entanto, a fertilidade depende de vários fatores que não se esgotam apenas na idade. Corrigindo alguns erros ligados ao seu estilo de vida pode encetar estratégias que lhe garantam encontrar-se na melhor forma possível quando decidir tornar-se mãe.

 
Pode começar por observar o seu dia a dia e procurar criar uma rotina semanal mais saudável. Cumpra oito horas de sono diárias e faça exercício físico regular, idealmente três vezes por semana.

 
O stresse pode ser altamente prejudicial para garantir a estabilidade que necessita para engravidar, por isso, aposte em atividades de lazer, disciplinas que promovem o relaxamento, como o ioga e a meditação, e cultive os momentos a dois.

 

MENU ESPECIAL

 

Tanto a obesidade como a magreza excessiva são suscetíveis de interferir com o funcionamento do sistema reprodutor, causando, por exemplo, disfunção ovulatória. Faça uma alimentação saudável, pobre em gorduras e açúcar, pois estas substâncias encontram-se associadas a diversas patologias, envelhecimento precoce e infertilidade.

 

Aposte nos vegetais, leguminosas, cereais integrais, leite e derivados, peixe e carne, de preferência de origem biológica.

 

Beba um litro e meio de água por dia e opte por alimentos sem aditivos ou químicos e, por exemplo, ricos em antioxidantes e em ácido fólico (espinafres, brócolos ou citrinos).

 
HÁBITOS SAUDÁVEIS

 

O tabaco contribui diretamente para o envelhecimento do organismo e para a infertilidade, afetando o funcionamento dos sistemas reprodutivos feminino e masculino.

Deve também ter atenção ao álcool, moderando o seu consumo ou no caso de gravidez ou tentativa de engravidar evitando-o totalmente.

 

Aproveite para reduzir o consumo de bebidas com cafeína como o chá, café ou cola. Faça por manter um acompanhamento médico regular, tenha as vacinas em dia e realize uma consulta ginecológica anual.

 

Não arrisque e proteja-se de doenças sexualmente transmissíveis, recorrendo ao preservativo, pois algumas destas infeções são passíveis de afetar a função reprodutiva.

 

SE ESTÁ A PENSAR ENGRAVIDAR…

 

– Procure antecipadamente um ginecologista de forma a realizar uma citologia vaginal, análises (sangue, bioquímica, toxoplasmose, HIV e hepatite ) e para verificar se está devidamente vacinada, nomeadamente contra a rubéola

 
– Inicie a ingestão de um comprimido de ácido fólico por dia (5 mg) um mês antes da conceção e mantenha a sua toma até aos primeiros três meses de gravidez

 
– Tenha em conta que, antes de tentar engravidar, deve esperar pelo menos um mês após a pausa na toma de contracetivos orais

 

 

Texto: Paula Nascimento

SAPO

 

 

Evitar as Estrias – O Que Deve Fazer para o Conseguir

Uma vez instaladas, as estrias são lesões irreversíveis. Contudo, não só pode evitar o seu apa recimento como sua vizar a apa rência das já existentes, com persistência, tratamentos e produtos específicos.

 
As estrias são lesões cicatriciais decorrentes da ruptura das fibras de colagénio e elastina da pele. Aparecem quando:

 
A pele é submetida a fenómenos de distensão relativamente rápidos que levam à ruptura das fibras de colagénio e elastina. De acordo com o dermatolgista Miguel Trincheiras, «isto pode acontecer quer por variações bruscas no peso, alterações no volume corporal durante a gravidez e pós-parto, como consequência do crescimento na adolescência ou mesmo por aumento do volume muscular (body building)».

 
Se toma, de forma prolongada, determinados medicamentos ou substâncias químicas que interferem com a formação de colagénio, como é o caso dos compostos de cortisona (por exemplo, corticoesteróides tópicos ou sistémicos).

 
COMO EVITÁ-LAS

 

– Hidrate e nutra pele diariamente, sobretudo em zonas mais propensas à formação de estrias, para evitar a ruptura das fibras de sustentação da pele.

 
– Evite o uso de roupa demasiado apertada que dificulte a circulação e a oxigenação das camadas cutâneas.

 
– Beba água em abundância (1 a 2 litros por dia). Quanto mais água existir na pele, melhores as condições para o metabolismo das suas células, em particular as responsáveis pela produção de colagénio e elastina.

 
– Pratique exercício físico ou desporto. O exercício estimula a circulação e o fornecimento de nutrientes às células cutâneas.

 
– Procure manter um peso regular, sem variações bruscas, ao longo da vida, para evitar a distensão da pele.

 
– Evite o tabaco. O fumo provoca a vasoconstrição periférica, isto é, dificulta a chegada do sangue aos capilares que irrigam a pele.

 
– Sol com moderação. A radiação ultravioleta desidrata a pele (a pele seca tem mais propensão a estrias) e ataca e degrada as fibras de sustentação.

 
– Procure tratamento o mais cedo possível.

 

 

PREVENIR EM CASA

 

A hidratação cutânea condiciona a elasticidade da pele e a sua capacidade de sofrer distensões sem haver ruptura nos tecidos, pelo que é um dos mais eficazes cuidados preventivos para evitar o aparecimento de estrias.

 
Qual a melhor forma de manter a pele hidratada? Aplique um creme hidratante todos os dias depois do banho, quando a pele ainda está húmida, pois favorece a sua absorção.

 

 

QUAIS AS MELHORES FÓRMULAS?

 
Os produtos mais eficazes são os específicos para a prevenção de estrias, pois contêm uma maior concentração de ingredientes activos. Entre estes, o dermatologista Miguel Trincheiras destaca os retinóides (derivados da vitamina A).

 
«Estimulam as células da derme a produzir novos elementos (fibras elásticas, por exemplo) que melhoram a elasticidade e a capacidade de hidratação da derme, não só numa óptica preventiva, mas também com bons resultados ao nível da melhoria cosmética das estrias já instaladas», refere ainda o especialista.

 

 

Texto: Fernanda Soares

 

SAPO

 

 

 

Os Cremes que as Grávidas devem Evitar

Exibir uma pele com estrias durante e depois da gravidez é um risco que muitas mulheres correm. Descubra os cuidados acrescidos que deve ter durante esta fase para as evitar.

 

 

Ficar com estrias é um dos maiores receios das mulheres grávidas. Apesar de já existirem muitos produtos no mercado que as previnem ou atenuam, nem todas as fórmulas cosméticas são aconselhadas na gestação. Os cremes com derivados da vitamina A não podem ser usados por grávidas, daí que existam cremes anti-estrias específicos para esta fase.

 
Estes são compostos maioritariamente por ácidos gordos, óleos naturais e silício orgânico, substâncias que hidratam e reforçam a elasticidade da pele. «Uma mulher grávida pode usar um creme anti-estrias normal, desde que, entre os seus princípios ativos, não esteja a vitamina A», elucida a dermatologista Manuela Cochito.

 
A prevenção das estrias passa muito pela hidratação, pois uma pele bem hidratada tem maior capacidade de resistir às distensões sem que se dê a ruptura que provoca as estrias. Assim, é obrigatório hidratar a pele diariamente após o banho com um creme nutritivo e ingerir dois litros de água por dia.

 
«Se as queremos prevenir, é importante, também, evitar as oscilações de peso e não tomar anabolizantes», remata Manuela Cochito. Durante a gravidez, troque o gel de banho ou sabonete por um óleo de banho, que hidrata mais profundamente a pele, ajudando-a a evitar as estrias.

 

 
Texto: Rita Caetano com Manuela Cochito (dermatologista)

SAPO SABER VIVER

GRAVIDEZ

 

 

 

Viajar de Avião Grávida

De um modo geral, as deslocações por meio aéreo não apresentam perigo para a mãe nem para o feto, mas também não dispensam cuidados. Veja todas as precauções que deve ter.

 
As viagens de avião são, geralmente, seguras para a mãe e para o feto. «Em voos domésticos, as companhias aéreas permitem, habitualmente, que as grávidas viajem até às 36 semanas de gestação. Para voos internacionais, o limite é de 35 semanas e, de preferência, com uma nota do obstetra atestando que não existe problema em viajar», explica o infeciologista Jorge Atouguia. Além disso, «é obrigatório fazer consulta do viajante, porque pode necessitar de vacinas e de medicações especiais que podem ter implicações na gravidez», refere.

 
«Se necessário, o especialista em medicina do viajante e o obstetra deverão contactar-se para decidir sobre os aspetos técnicos das medidas preventivas», acrescenta o especialista. Jorge Atouguia sublinha ainda que «a grávida não deve fazer vacinas vivas atenuadas, como a da febre amarela. Assim, destinos em que esta vacina seja obrigatória estão desaconselhados a grávidas que a tenham de fazer. No caso das mulheres que a fizeram antes de engravidar, não há problema», assegura o especialista.

 
Mesmo nos casos em que os destinos não impliquem grandes precauções, o bom senso deve sempre imperar. «Porque, idealmente, a grávida não deve adoecer, todos os destinos onde exista um risco elevado de contrair alguma doença devem ser evitados, assim como aqueles onde possam existir traumatismos possíveis para o bebé (viagens longas por estradas degradadas, por exemplo)», sublinha Jorge Atouguia, habituado a repetir este conselho em muitas das suas consultas com grávidas.

 
OS CONSELHOS DO ESPECIALISTA

 
– Todas as medidas para evitar a doença num viajante saudável e num determinado destino exigem, numa grávida, muito mais atenção e esforço para as cumprir.

 
– Antes de viajar, deve informar-se junto do seu obstetra sobre as atitudes a ter perante dores e hemorragias, os principais sinais de alerta a ter em conta.

 
– Deve levar um kit de farmácia receitada pelo obstetra e questioná-lo sobre o que fazer em caso de doença.

 
– Se houver risco de traumatismo repetido (devido a más estradas, por exemplo), e sobretudo em períodos mais avançados da gravidez, deve levar uma cinta de apoio lombar.

 
CUIDADOS A TER EM DESTINOS TROPICAIS

 
«Se esteve em locais de risco e teve algum sintoma durante a viagem, deve consultar o seu obstetra. Se esteve em regiões tropicais, sobretudo zonas endémicas de malária, deve consultar um especialista em medicina do viajante ou medicina tropical, perante qualquer sintoma anormal», recomenda Jorge Atouguia. Se está grávida leve consigo informação relativa à gravidez, nomeadamente o boletim de saúde da grávida, ecografias e resultados de análises. Deste modo, se houver algum problema ou se surgir alguma complicação poderá, mais facilmente, solucionar o assunto.

 

 

 

Texto: Lia Pereira com Jorge Atouguia (infeciologista)

SAPO SABER VIVER

GRAVIDEZ

 

 

 

Estratégias para Minimizar a Dor dos Bebés Recém-Nascidos

Entre 20% a 40% das crianças sofrem de dores agudas nos primeiros meses de vida. Saiba quais os comportamentos que vários estudos sugerem para as evitar.

 
Amamentar um bebé enquanto ele é vacinado, massajá-lo e manter o contacto físico direto com a pele da mãe são medidas que ajudam a reduzir a dor dos recém-nascidos. Sendo o uso de medicamentos limitado nessa fase, a investigação tem-se vindo a dirigir, ao longo dos últimos anos, para criação de terapêuticas alternativas para evitar a dor.

 

Estas sugestões, que resultam de vários estudos apresentados nas últimas edições do Congresso da Federação Internacional para o Estudo da Dor (EFIC), estão alinhadas com as recomendações de outros especialistas e até de organismos e instituições de saúde internacionais, que se juntam a profissionais que defendem o recurso a terapias alternativas, como a acupuntura, para aliviar cólicas e outros desconfortos.

 

«Na maior parte das vezes, a aplicação é realizada sem que o bebé sequer perceba o que está acontecendo», assegura mesmo Erica de Paula, psicóloga e acupunturista brasileira. Para esta especialista, o tratamento pode ser feito logo desde os primeiros dias de vida da criança, com a criança a dormir ou a ser amamentada pela mãe para facilitar o processo.

 

Segundo estatísticas internacionais, entre 20% a 40% dos recém-nascidos sofre de dores agudas, mas as limitações decorrentes da sua condição acabam por constituir um impedimento ao desenvolvimento de novos procedimentos de prevenção, tratamento e cura. «A dor destas crianças está subavaliada, logo não pode ser tratada convenientemente», concluiu um estudo desenvolvido por três enfermeiras francesas.

 

Na tentativa de ajudar muitos pais que não sabem como lidar com o problema, a Canadian Paediatric Society, associação pediátrica canadiana, elaborou um conjunto de normas orientadoras que podem minimizar o problema. Em caso de dor no bebé, mantê-lo numa zona calma, sem ruídos estridentes, com uma iluminação suave e tranquilizante, evitando movimentos bruscos.

 

 

O uso da chucha também é recomendado. Envolver o recém-nascido numa manta, para potenciar uma situação de conforto, é outra das soluções preconizadas. Muito elogiada pelos especialistas, «a amamentação também funciona como analgésico durante processos de punção venosa a que estes pequenos seres são sujeitos», refere ainda uma outra investigação.

 

 
PREVENIR

SAPO BEBÉ

 

 

 

Incapacidade antes dos 45 Anos

Estas dores na coluna vertebral podem ser de causa degenerativa, infecciosa, inflamatória, metabólica ou neoplásica. Veja como prevenir este problema, também designado por raquiodinia.

 

 

As raquialgias são dores na coluna vertebral. São as queixas reumáticas mais frequentes e um dos principais motivos de incapacidade antes dos 45 anos. Tambén apelidadas de raquiodinias, podem ser de causa degenerativa, infecciosa, inflamatória, metabólica ou neoplásica. Os segmentos cervical e lombar são normalmente os mais afetados.

 

 
A cervicalgia deve-se, na maioria dos casos, à deterioração degenerativa ou à alteração funcional das estruturas musculoligamentares. A lombalgia, que é um grave problema de saúde pública por afectar uma parte da população ativa, é, ao contrário do que muita gente pensa, um sintoma e não uma doença.

 

 

FACTORES DE RISCO

 
A raquialgia, com especial enfoque para a lombalgia, é um sintoma frequente na população em geral, estimando-se que entre 60 a 80 por cento da população portuguesa seja afetada por uma crise no decorrer da vida. Os principais fatores de risco são idade superior a 45 anos, ser do sexo feminino, tabagismo, alcoolismo, profissões que exigem esforços importantes ou posturas prolongadas com a coluna em flexão e/ou rotação, além de fatores psicológicos.

 

 
FORMAS DE PREVENÇÃO

 

O risco de sofrer de lombalgia aumenta com certas atividades profissionais, em particular as que exigem esforços físicos importantes ou posturas prolongadas com a coluna em flexão e/ou rotação. Neste sentido, o contexto socioprofissional e psicológico do doente deve ser tido em conta na abordagem inicial, procurando reconhecer fatores de risco de evolução para cronicidade.

 

 

DIAGNÓSTICO

 
O primeiro objetivo passa sempre pela distinção entre as causas mecânica e não mecânicas da dor, incluindo a identificação de situações como infeção, doença inflamatória, tumor, fratura osteoporótica ou patologia extraraquidiana, que necessitem de tratamento específico. A abordagem inicial da lombalgia em concreto baseia-se, essencialmente, em elementos de natureza clínica, nomeadamente uma anamnese e exame objetivo cuidados são, em geral, suficientes para o diagnóstico de lombalgia comum.

 
Embora as alterações degenerativas sejam muito prevalentes, raramente as queixas do doente têm uma causa bem identificada. Tal significa que não existe uma boa correlação anatomo-clínica.

 
TRATAMENTO

 
Não existe uma estratégia terapêutica eficaz para todas as formas de lombalgia. O tratamento varia consoante se trata de uma lombalgia aguda ou crónica, da presença ou da ausência de radiculalgia (dor com origem nas raízes dos nervos), da origem da dor (discal, interapofisária posterior ou musculo-tendinosa) e do contexto socioprofissional e psicológico do doente. Nas lombalgias agudas, e excluídos os casos de cirurgia, o tratamento tem por objetivo aliviar a dor.

 

 

 

PREVENIR

SAPO SAÚDE E MEDICINA

 

 

 

 

Cerca de 15% dos Futebolistas sofre Lesão Traumática na Coluna

Estima-se que entre 10% a 15% dos jogadores de futebol sofram uma lesão traumática da coluna cervical de maior ou menor gravidade ao longo da sua carreira desportiva.

 
Tal acontece sobretudo por traumatismo indireto na sequência dos movimentos bruscos de flexão/extensão após traumatismos cranianos contra os postes da baliza, contra o solo ou contra outros jogadores.

 
Quem o diz é Luís Teixeira, fundador do Spine Center, a propósito da situação de Júlio César, atual guarda-redes do Benfica que apresenta uma lesão crónica na coluna. O médico especialista refere também a predisposição dos atletas desportivos para este tipo de situações.

 
Depois de uma longa ausência no clube da Luz, que já preocupava os adeptos encarnados e a própria SAD, Júlio César regressou aos relvados e muito se tem falado sobre a lesão crónica do guarda-redes e do rendimento dos atletas desportivos nestas situações.

 

 

GUARDA-REDES MAIS PREDISPOSTOS

 

Numa altura em que o nome de Loris Karius tem sido apontado para o plantel do Benfica, o cirurgião ortopedista explica que: “um guarda-redes está mais sujeito a algumas lesões na coluna vertebral, tal como a lesões de lises ístmicas na coluna lombar que ocorrem por movimentos repetidos de hiper-extensão, ou de quedas em posição de hiper-extensão forçada com sobrecarga mecânica dos elementos articulares facetários posteriores e sua consequente lesão”.

 
Já sobre como se deve proceder face a este tipo de situações, o médico que trouxe para Portugal o primeiro sistema que permite a obtenção de imagens multidimensionais durante as operações, recolhendo imagens em 3D no bloco operatório, explica que o melhor é sempre prevenir e antecipar já que um sintoma num ombro, pescoço ou nas mãos, por exemplo, pode ser um indicador de que algo na coluna está errado.

 
“É importante não esquecer de que a coluna vertebral está envolvida no mecanismo de transmissão e coordenação dos movimentos entre os membros superiores e inferiores. Essas estruturas incluem ossos, articulações, músculos, ligamentos e os discos intervertebrais, que agem continuamente no sentido de potencializar a força a ser desprendida pelos membros. Por isso, lesões na coluna podem prejudicar todas as partes do corpo”, conclui o especialista.

 

 

18/11/2014

NUNO NORONHA

SAPO NOTÍCIAS

 

 

 

Dores nas Costas podem ser uma das Causas da Falta de Relações Conjugais

De acordo com os dados publicados pela Agência Nacional de Estatísticas do Canadá, quatro em cada cinco pessoas experimentará pelo menos um episódio de dor lombar incapacitante ao longo da vida, sendo que cerca de 84% dos homens e 73% das mulheres com dor lombar relatam uma diminuição significativa na frequência de relações sexuais como consequência.

 

 

“A lombalgia limita não apenas os tempos e posicionamentos dos atos sexuais como é apontada em diversos estudos como causadora da diminuição da líbido e da satisfação sexual”, esclarece Luís Teixeira, médico fundador do Spine Center, um centro de cirurgia da coluna, sediado em Coimbra.

 

 
As repercussões sexuais da lombalgia são muitas vezes subestimadas devido às barreiras e a preconceitos existentes entre o doente e o seu médico assistente na abordagem deste tema.

 

 
A preparação dos clínicos, o tempo e a privacidade são algumas das causas apontadas para a pouca abordagem ao assunto, mas os preconceitos dos próprios doentes relativamente ao tema, continuam a ser o principal motivo indicado para a falta de esclarecimento com as consequências que daí advêm, conforme explica o cirurgião ortopédico que destaca “a hiperpressão aplicada às estruturas articulares e musculoligamentares da coluna vertebral aquando do acto sexual.”

 

 
Mas o caminho pode ser outro, conforme revela o especialista que admite que algumas posições sexuais e uma flexão menor de alguns membros podem ajudar numa redução significativa do desconforto sentido. “É um facto que a coluna vertebral se move durante o sexo e um dos conselhos que costumo dar passa por sugerir que a pessoa controle o movimento e que utilize menos a coluna e mais os joelhos ou o quadril, mantendo a sua coluna o mais neutra e com a menor tensão possível”, salienta.

 

 
Mas não podemos esquecer-nos que cada caso é um caso, conforme esclarece o cirurgião ortopédico: “As posições sexuais que são adequadas para um tipo de dor nas costas podem não ser as melhores para evitar algumas lesões na coluna”. Independentemente de cada posição e da postura certa, o importante, de acordo com o médico fundador do Centro de Cirurgia da Coluna, é que as pessoas recorram a um especialista para avaliar o seu caso para que “a dor nas costas não seja limitadora e não afete a vida do doente física e psicologicamente. E que percebam que há alternativas para lidar com a dor”, conclui.

 

 
25/02/2015

 

FOTO: DR

 

NUNO NORONHA

 

NOTÍCIAS