Lula da Silva pode tornar-se assessor especial de Dilma Rousseff

O ex-Presidente Lula da Silva pode tornar-se assessor especial da Presidente brasileira, Dilma Rousseff, caso o Supremo Tribunal Federal (STF) mantenha a nomeação para ministro da Casa Civil suspensa, disse o ministro Jaques Wagner.

 

 

“Se não desobstruir no Supremo a nomeação dele, pessoalmente sou favorável a convocá-lo como assessor especial da Presidência”, referiu Jaques Wagner, chefe do Gabinete Pessoal de Dilma Rousseff, num encontro com jornalistas estrangeiros no Rio de Janeiro.

 

 

Para Jaques Wagner, o essencial é que Lula da Silva “tenha um grau de institucionalidade para estar em Brasília não como um cidadão, mas como parte de um projeto político e do governo, para conversar com parlamentares e senadores”.

 

 

Wagner defendeu que foi correto “convocar o melhor jogador” do Partido dos Trabalhadores (PT) para a maior disputa política já enfrentada pelo partido em 13 anos à frente dos destinos do país. O ministro disse ainda esperar que até ao início da próxima semana Lula da Silva esteja a trabalhar como membro do Executivo.

 

 

Lula da Silva foi nomeado ministro da Casa Civil na quinta-feira, mas, no dia seguinte, a nomeação foi anulada pelo magistrado Gilmar Mendes, do STF. O ex-Presidente deverá agora ter de esperar por uma decisão final do plenário do STF, que só voltará a reunir-se a 30 de março.

 

 

O chefe do Gabinete Pessoal da Presidente voltou a criticar o processo de ‘impeachment’ (destituição) contra Dilma Rousseff, dizendo que se trata de um golpe da oposição. “Definitivamente não há nenhum crime de responsabilidade. (…) É golpe porque é mau uso do dispositivo constitucional”, afirmou, considerando ainda que a impugnação parece instituir a lógica de que um executivo impopular pode ser objeto de impedimento.

 

 

O pedido de destituição baseia-se na acusação de que Dilma Rousseff cometeu atos ilegais, conhecidos como “pedaladas fiscais”, ao autorizar adiantamentos de dinheiro para os cofres do Governo, que foram realizados pela Caixa Económica Federal e pelo Banco do Brasil.

 

 

Estes adiantamentos teriam sido solicitados para manipular as contas públicas durante o seu primeiro mandato. Dilma Rousseff foi notificada na quinta-feira sobre a abertura oficial dos trabalhos da comissão especial da Câmara de Deputados que vai analisar o processo de destituição.

 

 

Dilma Roussef diz que não vai renunciar ao cargo de Presidente do Brasil

 

 

A Presidente brasileira, Dilma Rousseff, assegurou esta segunda-feira que não renunciará ao cargo e que o processo de ‘impeachment’ (destituição) contra ela que segue no Congresso é uma tentativa de golpe.

 

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“O que está em curso é um golpe contra a democracia. Jamais renunciarei”, afirmou a chefe de Estado, em Brasília, durante umencontro com dezenas de juristas que criticaram o processo de ‘impeachment’ e a divulgação de gravações telefónicas da presidente interceptadas pela Operação Lava Jato.

 

 

Dilma considerou que a tentativa de derrubá-la é tramada nos “porões da baixa política”.

 

 

“Pode descrever-se um golpe de Estado com muitos nomes, mas ele sempre será o que é: a ruptura da legalidade, atentado à democracia”, enfatizou a líder brasileira.

 

 

Confessando que preferia não passar pelo que está a viver neste momento, Dilma Rousseff deixou, no entanto, claro que lhe “sobram energia, respeito à democracia e disposição para enfrentar a ameaça à estabilidade democrática do país”.

 

 

Segundo a imprensa brasileira, juristas, advogados, promotores, magistrados e defensores públicos participaram do evento denominado “Encontro com Juristas em Defesa da Legalidade”.

 

 

O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância, como a divulgação de áudio de conversa telefônica entre Dilma e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

 

 

A presidente da República foi recebida no Palácio do Planalto, onde ouviu por diversas vezes a plateia gritar palavras de ordem como “não vai ter golpe”.

 

 

Entre as vozes que se pronunciaram no evento, o ex-presidente da Associação Nacional de Juízes Federais (Ajufe), o governador do Maranhão, Flávio Dino, considerou a divulgação das escutas telefónicas feita pelo juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, “absolutamente ilegais”.

 

 

“Estamos assistindo a um crescimento dramático de posições de porte fascista representadas pela violência cometida por grupos inorgânicos sem líderes e em busca de um fuhrer [expressão alemã usada para designar um líder ou um chefe], de um protetor. Ontem, as Forças Armadas. Hoje, a toga supostamente imparcial e democrática”, opinou.

 

 

Já o juiz federal Francisco de Queiroz Bezerra Cavalcanti criticou a tese de que Lula da Silva teria sido nomeado ministro da Casa Civil para obstruir a Justiça, dado que ao chegar ao governo passaria a ter foro privilegiado no Supremo Tribunal Federal, escapando assim ao juiz Sérgio Moro.

 

 

Bezerra Cavalcanti frisou que, mesmo estando sob a alçada da Supremo, o ex-Presidente não deixaria de ser investigado.

 

 

Entre os áudios divulgados pelo juiz Sérgio Mouro, Dilma Rousseff diz a Lula da Silva que mandou alguém entregar o termo de posse do ex-Presidente como ministro para o caso de ser necessário.

 

 

As declarações foram interpretadas como um possível “combinação” para garantir a imunidade de Lula, mas a Presidente esclareceu que falavam na assinatura do seu antecessor para a tomada de posse, porque na altura não era ainda certa a presença de Lula no evento.

 

 

Por seu lado, o sub-procurador da República João Pedro de Sabóia Filho, alertou que o estado democrático está “ameaçado” por aqueles que querem “manipular a Justiça” e substituir o Governo.

 

 

Dilma pede anulação da divulgação de escutas por estar em risco a “soberania nacional”

 

 

O Governo brasileiro pediu esta segunda-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF) a anulação da decisão do juiz Sérgio Moro de retirar o sigilo às escutas telefónicas na investigação contra o ex-Presidente Lula da Silva. De acordo com a Advocacia-Geral da União (AGU), que defende o Executivo, Moro colocou “em risco a soberania nacional, em ofensa ao Estado democrático republicano”.

 

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Os actos do juiz apresentam “vício de incompetência absoluta”, uma vez que só o Supremo poderia ter divulgado as gravações, por envolverem a atual Presidente do Brasil, Dilma Rousseff, alegou a AGU, citada pelaimprensa brasileira. Na prática, como as escutas já foram divulgadas, se o Supremo entender que o juiz agiu de modo indevido, o conteúdo das gravações pode ser desconsiderado como prova.

 

 

Nas escutas divulgadas, Dilma Rousseff diz a Lula da Silva que mandou alguém entregar o termo de posse do ex-Presidente como ministro da Casa Civil para o caso de ser necessário. As declarações foram interpretadas como um possível “combinação” para garantir a imunidade de Lula, mas a Presidente esclareceu que falavam na assinatura do seu antecessor para a tomada de posse, porque ainda não era certa a presença de Lula na cerimónia.

 

 

Também esta segunda-feira, a AGU pediu ao Supremo Tribunal Federal para anular a decisão do ministro do Supremo Gilmar Mendes, que suspendeu a posse de Lula da Silva como ministro da Casa Civil e ainda determinou que as investigações envolvendo o ex-Presidente continuem a ser conduzidas pela Justiça do Paraná, ou seja, nas mãos do juiz Sérgio Moro.

 

 

O Governo classificou como “ilação” a tese de que o ex-chefe de Estado, investigado no âmbito da Operação Lava Jato, foi nomeado para a Casa Civil para não ser investigado pela Justiça do Paraná. E entende que Gilmar Mendes é suspeito para analisar o caso porque, entre outras questões, deu declarações prévias sobre a situação de Lula, e que a nomeação de qualquer pessoa é um ato privado de Dilma Rousseff, ainda mais em tempos de crise política.

 

 

Para a AGU, barrar a nomeação do ex-Presidente para governante por ele ser investigado seria ferir o princípio da presunção de inocência.

 

 

 Marina da Silva contra a nomeação de Lula de Silva

 

Marina Silva, porta-voz do partido Rede Sustentabilidade, criticou esta terça-feira a nomeação de Lula da Silva para o ministério da Casa Civil do governo de Dilma Rousseff, e pediu que se faça “adequadamente a leitura das ruas”.

 

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Logo que foi feita a nomeação eu entendi-a como uma espécie de paliativo para a crise, criando ali, num regime presidencialista, a figura do primeiro-ministro. Isso não está previsto na nossa Constituição. Depois de tudo o que aconteceu com essa nomeação, passei a ver [este acto] como um combustível de aprofundamento da crise. É preciso fazer adequadamente a leitura das ruas, que tinham acabado de se manifestar, dizendo que não estão satisfeitas com o que está aí”, disse em entrevista ao jornal Estadão.

 

 

Revista Veja revela um “plano secreto” para tirar Lula da Silva do Brasil em caso de prisão

 

 

Os conselheiros de Lula da Silva estarão a preparar um plano de fuga para evitar uma eventual ordem de prisão contra o antigo presidente brasileiro. O alegado “plano secreto” é revelado na próxima edição da revista Veja que avança ainda Itália como o destino preferido para este fim. Até agora a revista só disponibilizou no site uma parte desta investigação.

 

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O plano passará por um pedido de asilo a uma embaixada estrangeira, mas não sem antes negociar com o Congresso a obtenção de uma espécie de salvo-conduto que permitiria a Lula deslocar-se até ao aeroporto do qual partiria para o país de destino. Esta seria uma solução política, na medida em que envolveria algum tipo de apoio dos órgãos políticos brasileiro.

 

 

Segundo a revista, o staff do ex-presidente chegou a discutir um plano mais radical, no qual Lula da Silva poderia deixar o país no papel de vítima de perseguição ou conspiração. Cuba, Venezuela, Franca e Itália foram os quatro destinos possíveis avaliados neste plano. Chegaram a ser feitas sondagens por parte dos conselheiros de Lula que afastaram logo o país liderado por Nicolás Maduro, devido à instabilidade política. A investigação jornalística diz mesmo que os enviados de Lula conversaram com o embaixador de Itália no Brasil sobre a hipótese deste país receber o antigo presidente.

 

 

Embaixada italiana desmente conversas com embaixador

 

 

A Embaixada de Itália no Brasil já veio desmentir contactos com o embaixador. “As informações referentes à Embaixada e às supostas conversas do Embaixador Raffaele Trombetta são inverídicas”. A escolha de Itália como destino teria como fundamento o facto da mulher de Lula ter dupla nacionalidade, brasileira e italiana, uma condição que seria extensível aos familiares. O Instituto Lula da Silva ainda não reagiu à reportagem da Veja.

 

 

A Veja faz ainda uma cronologia da preparação do plano que arrancou no dia 6 de março, depois de o ex-presidente ter sido detido para interrogatório, no quadro da mega investigação Lava Jato. Foi nesta data que surgiu a possibilidade de Lula Silva ser nomeado para o governo de Dilma Roussef, uma via que foi tentada, mas entretanto suspensa por ordem do ministro do Tribunal Federal, Gilmar Mendes. Terá sido depois desta suspensão que Lula se envolveu pessoalmente no tal plano que aposta numa solução de saída negociada com os principais partidos da oposição ao PT (Partido dos Trabalhadores).

 

 

TPT com: Sebastião Moreira/EPA/Milton Cappelletti/Fernando Bizerra Jr./EPA/Ana Suspiro/OBS/Lusa/ 31 de Março de 2016

 

 

 

 

 

Primeira análise feita ao aeroporto de Bruxelas conclui que infraestrutura está estável

O edifício principal e a outra infraestrutura local, onde são controlados passageiros, no aeroporto de Bruxelas, “estão estáveis”, segundo a primeira e provisória análise efetuada aos estragos provocados na terça-feira, devido aos ataques terroristas.

 

 

Em comunicado, o Aeroporto de Bruxelas indicou que a análise foi levada a cabo por engenheiros, técnicos e especialistas externos independentes, depois de as autoridades policiais terem concluído as investigações às duas explosões.

 

 

“Esta primeira, provisória, análise mostra que ambos os edifícios, o principal e o Connector — onde são verificados passageiros e bagagem – estão estáveis”, lê-se na informação, que também prevê o estudo de possibilidades para instalar balcões temporários de ‘check-in’. Segundo a mesma nota, a localização ideal terá de ser identificada, e a organização prática concertada com as companhias aéreas e de gestão de bagagem.

 

 

Em curso está a devolução de bagagens e das viaturas deixadas no local, na terça-feira, com a empresa a anunciar que, após dois dias, quatro mil de seis mil automóveis foram recolhidos. A recuperação dos estragos provocados na área de recuperação de bagagem começa domingo. O aeroporto esteve sem operar voos até terça-feira.

 

 

Duas explosões no aeroporto e uma numa estação de metro junto de várias instituições europeias provocaram 31 mortos e 340 feridos, segundo o balanço provisório divulgado hoje. As autoridades belgas indicaram que os serviços de socorro receberam, durante a semana, 2.449 pessoas, entre as quais 340 feridos nos atentados.

 

 

Atualmente, 101 estão internadas em 33 locais e 62 em cuidados intensivos e 32 num centro para queimados graves. “Muitas pessoas vivem atualmente um choque psicossocial pelo que vivenciaram e viram. Os especialistas da saúde publica estão prontos a ajudar essas pessoas a passar este período difícil”, lê-se num comunicado.

 

 

Os 31 mortos, incluem três autores dos atentados, e das restantes 28 pessoas, 24 foram identificadas — 14 mortos no aeroporto e 10 no metro. Treze das vítimas são de nacionalidade belga e as restantes de oito diferentes nacionalidades. Os feridos contabilizam naturais de 19 países, entre os quais Portugal.

 

 

Antigo embaixador belga nos Estados Unidos entre as vítimas dos atentados

 

 

Uma das vítimas dos atentados de Bruxelas é um antigo embaixador belga nos Estados Unidos da América. A notícia foi avançada pelo ministro belga dos Negócios Estrangeiros.

 

Primeira análise ao aeroporto de Bruxelas conclui que infraestrutura está estável 2

Andre Adam é um dos 31 mortos que resultaram dos atentados no aeroporto e na estação de metro de Maelbeek, em Bruxelas, na passada terça-feira. Adam tinha 79 anos e foi embaixador belga durante a administração Clinton, esclarece a Bloomberg. Marcou também presença na ONU desde 1962.

 

 

Entretanto, as investigações prosseguem. As autoridades belgas  acreditam que o terceiro homem por detrás dos ataques ao aeroporto de Zaventem é Fayçal Cheffou, detido na quinta-feira à noite. Estava previsto acontecer uma “marcha contra o medo”, em Bruxelas, mas o evento foi cancelado depois de as autoridades belgas terem pedido um adiamento por motivos de segurança.

 

 

Atentados: custos podem chegar aos quatro mil milhões de euros para a Bélgica

 

 

 

Os ataques terroristas deverão ter um custo, para a Bélgica, de cerca de quatro mil milhões de euros, estimou o jornal local Het Nieuwsblad, com base em contas de um especialista.

 

Primeira análise ao aeroporto de Bruxelas conclui que infraestrutura está estável 3

Peter Vanden Houte, economista chefe de um banco, referiu que, numa primeira análise, o custo dos ataques representam cerca de 0,1% do Produto Interno Bruto da Bélgica, o que significa aproximadamente quatro mil milhões de euros.

 

 

“Se a ameaça terrorista persistir ou mais ataques ocorrerem, os custos vão elevar-se”, analisou o especialista, garantindo que os custos de reconstrução representam uma “pequena parte dos custos”, já que perdas mais significativas se relacionam com o encerramento de serviços, como os transportes, e de outros negócios.

 

 

O especialista notou as perdas nos cafés, restaurantes e lojas encerrados e a possibilidades de, a curto prazo, não haver muitos clientes.

 

 

Por seu lado, a empresa de análise IHS adiantou a previsão do “impacto negativo de curta duração na economia belga”, sobretudo devido às quebras no consumo e no turismo.

 

 

LAURENT DUBRULE/ OLIVIER HOSLET/EPA/Reuters/ 31 de Março de 2016

 

 

 

 

 

 

Conheça as cinco seleções que são estreantes no campeonato de futebol da Europa

O Euro 2016 está aí a chegar e nada como conhecer as seleções que marcam a sua estreia nesta competição. São cinco equipas com trajetos distintos mas muito curiosos que mostram que nem sempre um plantel cheio de estrelas é sinónimo de um bom coletivo.

 

 

Albânia

 

 

Após uma boa prestação na qualificação para o Mundial de 2014, onde chegou a ser segunda classificada após seis jogos, a seleção albanesa conseguiu finalmente alcançar a fase final do Europeu de futebol.

 

Conheça as cinco seleções estreantes na maior competição do futebol europeu 2

A Albânia fez uma qualificação surpreendente ficando em segundo lugar do Grupo I, apenas atrás da seleção portuguesa, que sofreu logo na primeira jornada uma derrota por um golo em Aveiro.

 

 

A partir desse momento, muitos perceberam que a Albânia não seria pera doce. Portugal voltaria a defrontar os albaneses em Elbasan, ganhando pela margem mínima com um golo de Miguel Veloso já nos descontos. A Albânia apurou-se com 14 pontos, remetendo a Dinamarca para os play-offs.

 

 

O treinador Gianni De Biasi é um dos grandes responsáveis por esta ótima prestação e já comanda esta equipa desde dezembro de 2011. O capitão Lorik Cana é o jogador com ,ais jogos pela sua seleção, 87, e tem ao seu lado jovens jogadores com um futuro promissor como Elseid Hysaj, defesa do Nápoles, ou Taulant Xhaka, do Basileia.

 

 

A Albânia está no grupo A, com a anfitriã França, a Roménia e a Suíça, e a passagem à fase seguinte não é tarefa fácil.

 

 

Eslováquia

 

 

Apesar de ter ganho a competição em 1976 como parte integrante da Checoslováquia, esta é a primeira participação da Eslováquia como país independente. Equipa integrante do grupo C na fase de qualificação, a Eslováquia apurou-se em segundo lugar, atrás da Espanha, com 22 pontos. A vitória frente a Espanha por 2-1 na segunda jornada foi um passo importante para o apuramento.

 

Conheça as cinco seleções estreantes na maior competição do futebol europeu 3

Jogadores como Martin Škrtel, defesa do Liverpool, Marek Hamšík, médio do Nápoles, e o experiente Róbert Vittek, avançado com mais golos pela seleção eslovaca, prometem criar dificuldades a Inglaterra, País de Gales e Rússia, equipas que compõem o grupo B.

 

 

Irlanda do Norte

 

 

A Irlanda do Norte conseguiu um impressionante primeiro lugar no grupo F na fase de qualificação. Com apenas uma derrota e 21 pontos, superou a Roménia, segundo classificado, deixou para trás a Grécia e Finlândia, e obrigou a Hungria a disputar o play-off.

 

Conheça as cinco seleções estreantes na maior competição do futebol europeu 4

A seleção treinada por Michael O’Neill desde dezembro de 2011 conseguiu o enorme feito de se apurar pela primeira vez para a competição que David Healy, melhor marcador de sempre da seleção da Irlanda do Norte, e o mítico George Best nunca jogaram.

 

 

Estão no difícil grupo C onde vão defrontar a Alemanha, Polónia e Ucrânia. Veremos se conseguem fazer outra surpresa apurando-se para a próxima ronda do Euro 2016.

 

 

Islândia

 

 

A história começou logo na primeira jornada do apuramento quando os islandeses ganharam por 3-0 à Turquia. Na terceira jornada, o 2-0 à Holanda. Apuraram-se em segundo lugar com 20 pontos, deixando para trás uma desastrosa Holanda, que ficou em quarto com apenas 13 pontos.

Conheça as cinco seleções estreantes na maior competição do futebol europeu 5

A seleção onde o melhor marcador de sempre ainda está no ativo, Eidur Gudjohnsen, com 37 anos e 25 golos, tem também algumas estrelas como Gylfi Sigurdsson, jogador do Swansea, que marcou seis golos em dez jogos.

 

 

Inserida no grupo F, onde está Portugal, tem ainda pela frente a Áustria e a Hungria.

 

 

País de Gales

 

 

A última participação do País de Gales numa competição a nível internacional foi no Campeonato do Mundo de 1958. Passaram mais de 50 anos e a seleção galesa apurou-se em segundo lugar do grupo B na fase de qualificação com 21 pontos e uma derrota apenas.

 

Conheça as cinco seleções estreantes na maior competição do futebol europeu 6

Comandada por Chris Coleman, a seleção do País de Gales é, deste grupo das estreantes, a que tem um futuro mais promissor na competição. Jogadores de nível mundial como Gareth Bale, do Real Madrid, Aaron Ramsey, do Arsenal, ou Ashley Williams, do Swansea, são opções de peso que prometem fazer estragos no grupo B, onde têm a companhia da Inglaterra, Rússia e Eslováquia.

 

 

Fotos de: Loic Venance/AFP//David Rogers//Tom Dulat//Photo by Srdjan Stevanovic/AFP/ Texto de: Obs/ 30/3/2016

 

 

 

 

FBI conseguiu descobrir maneira de aceder aos dados armazenados no iPhone

A luta entre a Apple e o FBI deu uma volta inesperada quando a agência norte-americana descobriu uma maneira de aceder ao iPhone do atirador de São Bernardino sem a ajuda da Apple.

 

 

Na sequência do tiroteio que matou 14 pessoas em São Bernardino, a Califórnia, o FBI pediu à Apple que lhe fosse facilitado o acesso ao iPhone do atirador. A empresa negou o pedido, alegando que estaria a abrir um “perigoso precedente” que iria pôr em causa o direito à privacidade dos seus clientes.

 

 

Os serviços de inteligência norte-americanos desistiram de insistir com a empresa, mas não abdicaram de tentar aceder aos conteúdos do telemóvel do terrorista. Na verdade, a desistência só veio depois de terem descoberto uma maneira de aceder ao iPhone sem a ajuda da empresa.

 

FBI descobre maneira de aceder aos dados armazenados no iPhone 2

A resistência da Apple foi fundamentada como uma forma de garantir a liberdade dos seus clientes, mas criou alguma tensão entre a empresa e o governo norte-americano.

 

 

O FBI pediu o adiamento da audiência marcada originalmente para terça-feira passada, alegando que uma terceira parte tinha encontrado uma solução que não passava pela Apple. Num documento oficial lê-se que “o governo conseguiu aceder com sucesso aos dados armazenados no iPhone de Farook (o atirador de São Bernardino) e, por isso, já não necessita da assistência da Apple”.

 

 

Os representantes legais da Apple revelaram, na semana passada, que não sabiam que os investigadores estavam a tentar aceder ao dispositivo. Estes novos dados alertam para uma vulnerabilidade na segurança do iPhone de que a empresa não tinha conhecimento.

 

 

TPT com: NYT/OBS/ 28 de Março de 2016

 

 

 

Rebelo de Sousa promulga Orçamento do Estado para este ano e pede rigor

O Presidente da República promulgou hoje o Orçamento do Estado para este ano. Numa comunicação ao país, Marcelo Rebelo de Sousa chamou-lhe “orçamento de compromisso” e pede rigor na execução.

 

 

Marcelo Rebelo de Sousa já enviou o documento para a Assembleia da República e, se tudo correr como previsto, o Orçamento é publicado amanhã e entra em vigor na quarta-feira.

 

 

Entre as medidas previstas estão a reposição gradual dos salários da Função Pública e a redução da sobretaxa mas também aumentos de impostos indiretos, sobre veículos, produtos petrolíferos, tabaco e bebidas alcoólicas.

 

 

Dez minutos bastaram para um anúncio esperado, alguma pedagogia, diversos recados ao governo e à maioria de esquerda e ainda remoques ao executivo anterior. Marcelo Rebelo de Sousa confirmou ontem a promulgação do Orçamento do Estado (OE) para este ano mas não escondeu as dúvidas que ainda o assaltam após a análise ao diploma.

 

 

Sentado na Sala de Audiências do Palácio de Belém – o que constitui, por si, uma novidade -, o Presidente da República falou de improviso e elencou as razões pelas quais deu luz verde ao OE. Porém, os alertas estavam lá todos. Desde as suas reservas sobre o modelo económico adotado por António Costa e Mário Centeno até à imperiosa necessidade de uma boa execução orçamental, passando ainda pelo otimismo das metas inscritas no documento.

 

 

“Mesmo revistas, as previsões não serão ainda demasiado otimistas?”, questionou o Chefe do Estado, prevenindo o governo da incerteza acerca da economia mundial (e, por consequência, também da nacional). Por isso, sobre receitas e despesas estimadas, atirou: “Uma análise fria dirá que não é possível garantir que as previsões serão confirmadas.”

 

 

Mas não é só aí que Marcelo recomenda prudência. Para que se evitem medidas suplementares, o tal plano B que o primeiro-ministro tem dito só ser necessário em caso de derrapagens orçamentais, o Presidente juntou a sua voz à dos responsáveis de Bruxelas. “Será possível executar este Orçamento sem medidas adicionais?”, interrogou, antes de fazer um repto sem meias palavras: “Insto o governo e a administração pública a serem muito rigorosos na execução do Orçamento porque é esse rigor que pode permitir fazer face a uma evolução económica menos positiva ou a problemas quanto ao realismo das despesas e receitas.”

 

 

Sob pena, prosseguiu, de voltarmos a ter um OE Retificativo, “como a nossa prática dos últimos anos já demonstrou”. Passos Coelho também não terá gostado.

 

 

Mesmo considerando que o modelo económico das esquerdas é “inspirador”, Marcelo foi defensivo. “Este modelo que aposta no consumo das famílias e no consumo público fará crescer a economia? Criará emprego? Não questionará o rigor financeiro? Será suficiente para manter a competitividade das empresas?”, insistiu, notando que o sucesso da estratégia depende do que Costa tiver guardado para o Programa de Estabilidade e para o Programa Nacional de Reformas, cujas linhas gerais serão desvendadas hoje pelo governo.

 

 

A prova dos nove, prosseguiu Marcelo, será feita para o ano: “Só em 2017 começaremos a ver se o modelou provou ou não provou.”

 

 

Feitos os avisos à navegação, o Presidente justificou a promulgação do OE, documento que descreveu como uma “solução de compromisso”, com uma “indiscutível” preocupação social – ainda que “mitigada pelo compromisso com as instituições europeias” -, de recuperação de rendimentos, contrastante com os diplomas que o governo PSD-CDS vinha a apresentar. E explicou as suas três motivações.

 

 

A primeira pela necessidade de “certeza na vida das pessoas”, isto é, daquilo que “vão receber e do que vão ter de pagar”. A segunda certeza “do direito”: Marcelo não encontrou em “nenhuma norma dúvida que justificasse pedir ao Tribunal Constitucional” a fiscalização do articulado. “Nem antes nem depois de assinado”, sustentou.

 

 

Já no plano político, salientou que se verificou a conjugação de duas vontades que durante as duras negociações entre Lisboa e Bruxelas demoraram a alinhar-se: a da maioria na Assembleia da República e a das instituições europeias, que “aceitaram o Orçamento”.

 

 

A rematar a comunicação ao país – conforme prometera fazer sempre que o tema o justificasse -, Marcelo recuperou o guião das eleições presidenciais e pediu que se enterrassem os machados de guerra e que se evitassem as querelas partidárias. Em nome da “estabilidade” do país.

 

As 4 dúvidas e as 3 certezas de Marcelo

 

 

 

Marcelo Rebelo de Sousa recorreu ao tom a que habituou o país durante longos anos de comentário político nas televisões: colocar tudo em cima da mesa e traçar possíveis respostas/riscos. Agora que é Presidente da República, o impacto é outro: o comentário passa a aviso sério e a análise das hipóteses em jogo transforma-se em exigência. Num formato a que prometeu recorrer sempre que tiver de explicar alguma decisão de peso ao país, Marcelo falou sentado a uma secretária e sem um discurso escrito para distribuir, para justificar por que promulgou o Orçamento do Estado para este ano. Não se mostrou convencido sobre um diploma que notou não ter arrebatado ninguém e deixou mais dúvidas do que certezas sobre um Orçamento a que não chama mais do que “solução de compromisso”.

 

 

As dúvidas

 

1 – “As previsões, mesmo revistas, não serão ainda demasiado otimistas?”

 

O Presidente nunca as coloca diretamente, refere-se às dúvidas quase como teóricas, mas os recados ficam dados e o primeiro é sobre as previsões económicas inscritas no diploma aprovado pela esquerda parlamentar. Marcelo lembra que elas foram revistas, quando o Governo levou o esboço Orçamental à Comissão Europeia, tendo de ceder a algumas exigências que lhe foram colocadas, entre elas a revisão das metas iniciais do défice e do crescimento e até de medidas. Quando coloca a pergunta, o chefe de Estado responde também indiretamente, refugiando-se no que diria “uma análise fria”: “Neste momento não é possível, em Portugal como noutras economias, estar a garantir que as previsões vão ser confirmadas pela realidade. Há tantas incógnitas e incertezas que essa garantia não pode ser dada”.

 

 

E, neste ponto, o chefe de Estado vai fundo, começando a declaração precisamente pelo contexto em que o Orçamento surge, uma “situação complexa”, de “sinais contraditórios” vindos de três planos: o mundial — onde é preciso dar especial atenção às economias emergentes, aos produtores de petróleo (as duas “fundamentais para as nossas exportações”) e à estabilidade dos mercados financeiros; no plano europeu, onde falou nos dados que “apontam para uma situação aquém da prevista há seis meses”, sem contar com os problemas políticos (exemplo: os refugiados); por fim, no plano nacional, o Presidente vê também indicadores “contraditórios”, uns apontam “para a saída da crise, mas outros apontam para perspetivas aquém do previsto no outono passado”.

 

 

2 – “Poderá ser executado sem medidas adicionais que venham a exigir retificação?”

 

O anterior Governo retificou por oito vezes os Orçamentos do Estado que aprovou durante o seu mandato e Marcelo não se esqueceu disto quando falou na execução orçamental deste ano e se referiu “à prática dos últimos anos”. A pressão neste capítulo foi colocada quase exclusivamente nos ombros do executivo de António Costa. Porque Marcelo admitiu que a execução depende de fatores externos à ação do Governo, como “a evolução da situação económica”, mas também do “realismo das previsões sobre a receita e a despesa” (e isso é responsabilidade do Governo) e sobretudo da forma como o Orçamento vai ser executado. E foi aqui que fez o aviso mais direto e dirigido: Insto o Governo e a Administração Pública a serem muito rigorosos na execução do Orçamento do Estado”.

 

 

O aviso aqui é claro: quanto mais controlada for a execução, mais margem há para fazer face a eventuais derrapagens e imprevistos futuros. Ou, nas palavras de Marcelo: “É esse rigor que pode permitir fazer face a uma evolução económica menos positiva ou a problemas quanto ao realismo das receitas e despesas previstas”.

 

 

3 – “Este modelo que aposta no consumo das famílias e público fará crescer a economia?”

 

A resposta está, mais uma vez, “sobretudo na execução do Orçamento”, de acordo com o chefe de Estado. Mas não só. “Depende do Plano Nacional de Reformas e do Programa de Estabilidade” que o Governo apresentará nos próximos dias e que vão estabelecer as linhas de ação para um horizonte mais largo (quatro anos) do que o do Orçamento do Estado. O PS já chamou o maior partido da oposição, o PSD, para se sentar à mesa da negociação dos dois documentos que, tal como o Orçamento do Estado, têm de passar pela apreciação da Comissão Europeia.

 

 

Mas a prova definitiva sobre a eficácia do modelo assente sobretudo no consumo, Marcelo só espera mesmo tê-la em 2017. Só aí espera que se comece “a ter uma resposta”: O modelo provou ou não provou?”. Não há uma carta branca dada pelo Presidente ao caminho escolhido por António Costa. Há que ver para crer.

 

 

4 – “A política é a arte do possível. Resta saber se o possível é suficiente”

 

O Presidente descreveu o Orçamento do Estado como um diploma que não enche as medidas de ninguém: do Governo, dos partidos que o apoiam e das instituições europeias. Os dois primeiros, descreve Marcelo, não tiveram o OE que teriam preferido e a Comissão Europeia não teve o que teria “apreciado”. E aqui deixou um aviso implícito à necessidade deste equilíbrio constante, e que vai voltar a ser testado já nos próximos tempos — na apresentação dos dois documentos já referidos (o Plano Nacional de Reformas e o Programa de Estabilidade). Marcelo recorreu mesmo à velha máxima: “A política é a arte do possível”. Mas para voltar a frisar a incerteza: será esta uma medida “suficiente”?

 

 

Certezas

 

1 – “Os portugueses precisam de saber com o que contam”

 

Aqui, o Presidente foi curto e grosso e acabou por justificar os quatro dias (em vez dos 20 que tinha disponíveis) que levou para promulgar o Orçamento: o país precisava de ter este instrumento em vigor rapidamente. Porquê? “Os portugueses precisam de saber com o que contam, no que vão receber e no que devem pagar”.

 

 

2 – “A certeza do Direito”

 

A existência de dúvidas constitucionais ou o esclarecimento sobre se tenciona enviar o diploma para o Tribunal Constitucional era um dos pontos que os últimos anos ditaram que o novo Presidente deixasse claro na sua declaração. É verdade que, desta vez, esse não foi tema suscitado na análise deste Orçamento do Estado, mas depois dos pedidos de fiscalização sucessiva dos últimos anos (do Presidente da República incluídos), Marcelo quis deixar claro que não encontrou, “em nenhuma regra e em nenhuma norma, dúvida que justificasse pedir ao Tribunal Constitucional o cumprimento da Constituição, nem antes nem depois de assinar” o documento.

 

 

3 – “É indiscutível que há preocupação social”

 

A ideia foi logo transmitida no início da declaração, depois de Marcelo Rebelo de Sousa ter falado da negociação em Bruxelas do Orçamento do Estado, com o Governo a ser confrontado com “a exigência de um défice mais baixo”, “previsões menos otimistas” e necessidade de conter medidas sociais ou o aumento de impostos indiretos, o que “aproximou o Orçamento do modelo anterior”, sublinhou. Ainda assim, o Presidente admite que o resultado final foi um diploma onde se nota “preocupação social dirigida para certas camadas da população”.

 

 

Rita Tavares/OBS/JN/DN/ 28 de Março de 2016

 

 

 

 

Pentágono diz que não há usos alternativos para a base das Lajes, nos Açores

O Departamento de Defesa dos EUA entregou ao Congresso um relatório que afasta a hipótese de a Base das Lajes receber um centro de informações, que está planeado para Inglaterra.

 

 

“A Base Aérea de Croughton, no Reino Unido, continua a localização ótima para o Complexo de Análise de Informação Conjunta. Com base em requisitos operacionais, as Lajes não são a localização ideal”, disse um porta-voz do Pentágono.

 

 

A mesma fonte garantiu que “dados os requisitos operacionais das missões atuais, neste momento não existem usos alternativos para as Lajes.”

 

 

O Pentágono ressalvou, no entanto, que “irá continuar a considerar o valor estratégico da presença dos EUA e da NATO nos Açores.”

 

 

Este relatório, exigido pela lei de Orçamento das Forças, deverá incluir ainda uma avaliação completa das valências da base.

 

 

“Compreendemos que a simplificação da nossa presença nas Lajes tem um impacto nas pessoas da Terceira. Estamos a implementar este plano em coordenação próxima como o governo de Portugal e a comunidade dos Açores”, concluiu o Pentágono.

 

 

“Mantemos a esperança” de uma solução para as Lajes

 

 

O ministro dos Negócios Estrangeiros português ainda tem esperança numa solução para a presença dos EUA nas Lajes. “Mantemos a esperança de que a importância estratégica das Lajes seja bem compreendida, tendo como consequência que aquela estrutura possa ser plenamente aproveitada, também, pelas Forças Armadas dos EUA, com os fins de defesa e segurança que entender convenientes”, disse Augusto Santos Silva.

 

 

Entrevistado em Nova Iorque, onde participou esta segunda-feira num debate do Conselho de Segurança da ONU, o governante sublinhou que “o processo de decisão norte-americano ainda não está concluído”.

 

 

“Não conhecemos ainda a reação do Congresso e, portanto, aguardamos o desenvolvimento normal do processo de decisão interno dos EUA”, acrescentou.

 

 

O presidente do Governo dos Açores, Vasco Cordeiro, disse este mês que a apresentação deste relatório seria “a última oportunidade” para uma “boa saída” para aquela infraestrutura militar.

 

 

A 8 de janeiro de 2015, o secretário da Defesa dos Estados Unidos, Chuck Hagel, anunciou uma redução de 500 militares na base das Lajes, na ilha Terceira, Açores.

 

 

Atualmente, ainda devem estar colocados na base das Lajes quase 400 militares norte-americanos, que até setembro de 2016 serão reduzidos para 165.

 

 

TPT com: Lusa/JN/ DD/28/3/2016

 

 

 

 

 

Centro Cultural “Os Serranos” com sede em Newark, mostra e vende os produtos da terra há 31 anos

Sempre na vanguarda do melhor que se faz em termos de promoção e marketing do “Queijo da Serra da Estrela” em terras norte-americanas, os membros do Centro Cultural “Os Serranos”, com sede em Newark, no estado de New Jersey, apresentaram em Virgínia, Pennsylvania, New York, Connecticut e New Jersey, um conjunto das nossas boas marcas de queijo, e outros produtos regionais de qualidade, garantindo a presença no evento, de um vasto público apreciador.

 

Centro Cultural “Os Serranos”, com sede em Newark, mostra e vende os produtos da terra há 31 anos 2

Para além do prestígio que esta iniciativa confere à comunidade, os seus objectivos começam a abranger um conjunto de interesses de grande utilidade para a divulgação dos produtos regionais portugueses, em termos qualitativos, dando a conhecer um produto de qualidade e a sua denominação de origem.

 

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A feira do queijo da Serra organizada pelo Centro Cultural “Os Serranos” continuam a conquistar novos clientes.

 

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Entre os produtos expostos, nos vários lugares por onde passaram, e para além dos queijos, estavam também os enchidos, azeites, compotas, pão, vinhos e outros produtos alimentares regionais portugueses, que pela sua qualidade, ajudam a abrir, deste modo, mais uma porta de oportunidades, para os produtores portugueses que querem conquistar novos mercados e fiéis clientes.

 

Centro Cultural “Os Serranos”, com sede em Newark, mostra e vende os produtos da terra há 31 anos 5Centro Cultural “Os Serranos”, com sede em Newark, mostra e vende os produtos da terra há 31 anos 6

O The Portugal Times esteve a acompanhar os certames que decorreram nas cidades de Elizabeth e Newark, no estado de New Jersey, e constactou que não faltaram motivos de interesse para as centenas de pessoas que visitaram as mesas expositoras.

 

Centro Cultural “Os Serranos”, com sede em Newark, mostra e vende os produtos da terra há 31 anos 8Centro Cultural “Os Serranos”, com sede em Newark, mostra e vende os produtos da terra há 31 anos 7

E era notória uma atmosfera apetitosa entre todos quantos fizeram questão de visitar o certame.

 

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Os elogios faziam-se ouvir entre os visitantes que prometiam ajudar a posicionar os nossos produtos em termos qualitativos, dando a conhecer a sua denominação de origem, e criando em seu torno uma imagem de credibilidade.

 

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Alexandrino Costa, presidente do Centro Cultural “Os Serranos” (ao centro na foto), disse ao nosso jornal que  “é sempre importante ter produtos portugueses nos Estados Unidos, mas também é muito importe que se mantenha a ligação dos empresários luso-americanos com o seu país de origem e com o país de acolhimento”. Alexandrino Costa que está integrado em várias actividades que visam divulgar os produtos da região da Serra da Estrela nos Estados Unidos e na Europa, referiu ainda a importância que existe em continuar a apoiar iniciativas deste género que, neste caso, têm por objectivo divulgar e vender os nossos produtos alimentares regionais de qualidade, em terras norte americanas. Uma iniciativa que visa também ajudar Portugal, nestes tempos de crise”, concluiu.

 

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A apresentação e promoção dos produtos regionais portugueses na costa leste norte americana pelo Centro Cultural “Os Serranos”, está a ser um grande sucesso, entre portugueses, brasileiros e americanos, não só pelo dinamismo do certame, mas também pelas oportunidades de negócio feito, através dos contactos que se estabelecem.

 

Centro Cultural “Os Serranos”, com sede em Newark, mostra e vende os produtos da terra há 31 anos 12

Um destes exemplos é Rodrigo Duarte, natural de Cantanhede, que emigrou para os Estados Unidos quando tinha 23 anos de idade.

 

 

Convicto de que cada vez mais os jovens devem tomar consciência de que o mercado de trabalho é limitado e de que no futuro não existirá emprego para todos, Rodrigo Duarte, assumiu  o desafio de se tornar empresário por conta própria, passados dez anos de cá ter chegado.

 

 

Escolheu a área da charcutaria, uma profissão que já tinha iniciado num talho, quando tinha apenas 12 anos de idade para, segundo este, ajudar a família.

 

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Actualmente, com 36 anos de idade, Rodrigo Duarte fundou a empresa “Caseiro e Bom”, na cidade de Newark, estado de New Jersey, em 2006, com o objectivo  de recuperar a forma tradicional e artesanal de produzir enchidos portugueses.

 

 

O objectivo foi conseguido e o sucesso alcançado nesta área por Rodrigo Duarte é atualmente divulgado como exemplo, em vários orgãos de comunicação social portugueses, americanos e brasileiros.

 

 

“Viajei por Portugal para falar com pessoas antigas e aprender os seus saberes na arte da charcutaria. Fui a Trás-Os-Montes, Minho, Alentejo, Ribatejo, Lisboa, e até a Espanha”, lembra.

 

 

Neste momento, Rodrigo Duarte que está a tratar da licença federal para vender os seus presuntos e o seu fumeiro em todo o território norte-americano, já tem autorização para vender no estado de New Jersey. “Mas alguns dos meus clientes viajam desde New York, Pennsylvania, Connecticut e até de Massachusetts, apenas para comprar os nossos enchidos”, referiu.

 

 

Actualmente o “Caseiro e Bom”  para além dos presuntos, produz e vende numa semana normal, 1.400 kg de enchidos, incluindo diversos tipos de alheiras, chouriços, torresmos e salpicão.

 

 

Neste certame serrano para além dos queijos e da charcutaria houve também folclore e exposição de vinhos

 

 

O papel e importância deste evento levado a efeito há 31 anos pelo Centro Cultural “Os Serranos”, resulta também das vertentes formativa e informativa, onde não falta a oportunidade de desenvolver em simultâneo o desenrolar do certame propriamente dito, para além dos aspectos comerciais, sempre decisivos neste tipo de iniciativas.

 

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E para quem gosta de vinho, são oportunidades imperdíveis de conhecer exemplares de qualidade.

 

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Os “provadores” entusiasmados em analisar a claridade, paladar, grau e o aroma dos vinhos iam deixando a mensagem de que beber uma boa pinga sem ser exagerado, “é uma sensação benéfica passageira sem efeitos prejudiciais”.

 

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De facto, do programa desta iniciativa serrana 2016, destacam-se também várias actividades promocionais de produtos “made in” Portugal, ligados à área da viticultura, com a empresa de importação de vinhos WINE IN-MOTION, com sede em Union, New Jersey (908-688-3837), a apresentar com qualidade uma interessante colecção de vinhos de mesa de várias quintas, adegas e regiões de Portugal, que lhe mereceram rasgados elogios por parte das pessoas presentes, pela forma como promovem e consolidam eficazmente os produtos viticulturais portugueses em terras do “Tio Sam”.

 

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Na verdade, para além da prova de queijos, pão, presunto e chouriços, a prova de vinhos têm feito parte das apostas do Centro Cultural “Os Serranos” desde o início deste certame, para contentamento de todos os visitantes.

 

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E enquanto uns faziam fila para comprar o queijo ou o presunto preferido, outros aproveitavam para provarem uma pinguinha, analizando entusiasmados, a claridade, o paladar, o grau e o aroma dos vinhos em exposição.

 

 

Pedro Veloso, director da WINE IN-MOTION, visivelmente satisfeito com os resultados desta exposição, fez questão de referir ao The Portugal Times que “hoje em dia, já há muitos americanos e não só, que elogiam os nossos vinhos, considerando-os distintos e “a próxima grande onda” no mercado internacional de vinhos”, disse, adiantando ainda que “se os jovens na América bebem vinho de outras nacionalidades, porque não beber o bom vinho português”?, concluiu.

 

 

Rancho Folclórico “Camponeses do Minho” animou o certame serrano

 

 

E para animar a 31ª edição desta feira de produtos alimentares portugueses, na cidade de Newark, esteve presente o Rancho Folclórico “Camponeses do Minho”, do Sport Clube Português, desta cidade, para mostrar a diversidade dos seus trajes, das suas músicas e das suas danças.

 

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O Rancho Folclórico “Camponeses do Minho”, fundado em 1991, aposta na sensibilização das camadas mais jovens, para manter viva a tradição. Uma tradição ligada profundamente ao quotidiano laborioso das pessoas, às romarias e aos folguedos, na região do Minho.

 

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Com um trabalho prestigiado e reconhecido nos Estados Unidos e Canadá, o “Camponeses do Minho” apresentou um repertório alegre, e recriou o ambiente dos bailes do início do século passado, na região minhota.

 

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E foi em nome de todos os membros do Centro Cultural “Os Serranos” que Alexandrino Costa  colocou a tradicional fita na bandeira do “Camponeses do Minho”, testemunho da sua actuação neste certame, perante o olhar de adultos e jovens de segunda e terceira gerações, inspirados nos saberes dos mais velhos.

 

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A exibição do Rancho Folclórico “Camponeses do Minho” foi muito aplaudida, devido ao somatório grandioso de folclore e etnografia, que mostraram com orgulho.

 

 

Neste certame foi ainda apresentado ao público o livro (Autobiografia) “Querer é Poder” – “Uma História de Vida em Dois Continentes” – da autoria de Moses Ascensão Saraiva, que conta a odisseia de um homem lutador que a exemplo de muitos outros, também comeu “o pão que o diabo amassou” para conseguir uma vida melhor.

 

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Moses Ascensão Saraiva, que também foi e é um “activista comunitário”, para além de dar a conhecer aos seus leitores alguns trechos da história de Portugal e suas Lendas, elogia no seu livro o homem integro que “apesar de todas as adversidades nunca baixou os braços nem perdeu de vista os seus objectivos, triunfando, finalmente, num mundo tão competitivo como é a sociedade americana”.

 

 

Moses Ascensão Saraiva reside na cidade de Yonkers, comarca de Westchester, no estado de New York, onde desenvolve a sua actividade profissional ligada às áreas do Turismo e Viagens, Seguros Gerais, Impostos Federais, Estaduais e Locais e ainda no ramo da Imobiliária. Como conselho, diz que “o melhor atalho para entrar numa vida bem-sucedida é pelo caminho da paciência, e persistência no trabalho”, disse. “Assim como na vida e no desporto, o trabalho diário e a persistência é que te fazem um vencedor”, concluiu.

 

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E entre os vencedores de mais um encontro gastronómico-cultural na costa leste norte-americana, estão os membros do Centro Cultural “Os Serranos” de Newark, que assim chegam com sucesso ao fim da 31ª edição da Mostra, Promoção e Venda, dos produtos tradicionais da Serra da Estrela neste lado do Atlântico.

 

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O folclore, o pão, os queijos e os vinhos em exposição, fizeram as delícias de todos quantos passaram pelos salões dos clubes portugueses de Elizabeth e Newark, no estado de New Jersey, que vindos de vários estados da costa leste norte americana, não deram o seu tempo por mal empregue.

 

 

JM/The Portugal Times, 26 de Março de 2016

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Marcelo convoca Conselho de Estado para 7 de abril com Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu, como convidado

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, convocou para 7 de abril a primeira reunião do Conselho de Estado do seu mandato e convidou o presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, para estar presente.

 

 

«O Presidente da República convidou o presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, para apresentar uma exposição ao Conselho de Estado sobre a situação económica e financeira europeia, convite que foi aceite. Estará também presente neste ponto da agenda, como convidado, o governador do Banco de Portugal, Dr. Carlos Costa», refere uma nota divulgada na página da Presidência da República na Internet.

 

 

Segundo a mesma nota, «após concluído o ponto com a participação de Mario Draghi, o Conselho de Estado apreciará o segundo ponto da ordem de trabalhos sobre o Programa Nacional de Reformas e Programa de Estabilidade».

 

 

A reunião do Conselho de Estado foi convocada para as 15:00. Antes, às 14:00, tomarão posse os cinco conselheiros de Estado nomeados pelo novo Presidente da República, adiantou à Lusa fonte de Belém.

 

 

Marcelo Rebelo de Sousa nomeou para o Conselho de Estado o antigo dirigente do CDS-PP António Lobo Xavier, o antigo primeiro-ministro António Guterres, o ensaísta Eduardo Lourenço, o antigo presidente do PSD Luís Marques Mendes e a presidente da Fundação Champalimaud, Leonor Beleza.

 

 

O Conselho de Estado é o órgão político de consulta do Presidente da República, presidido por este, e é composto pelo presidente da Assembleia da República, pelo primeiro-ministro, pelo presidente do Tribunal Constitucional, pelo Provedor de Justiça, pelos presidentes dos governos regionais e pelos antigos Presidentes da República.

 

 

Além destes membros, o Conselho integra cinco cidadãos designados pelo Presidente da República, pelo período correspondente à duração do seu mandato, e cinco eleitos pela Assembleia da República, de harmonia com o princípio da representação proporcional, pelo período correspondente à duração da legislatura.

 

 

A 18 de dezembro, a Assembleia da República elegeu Carlos César (PS), Francisco Louçã (BE), Domingos Abrantes (PCP), Pinto Balsemão (PSD) e Adriano Moreira (CDS-PP) para o Conselho de Estado, em resultado da votação de duas listas separadas, uma das bancadas da esquerda e outra da direita.

 

 

Estes conselheiros de Estado tomaram posse a 12 de janeiro, quando ainda estava em funções o anterior Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva.

 

 

TPT/JN/Diário Digital com Lusa/ 24 de Março de 2016

 

 

 

 

 

MNE de Portugal saúda na ONU esforço de Angola pela paz em países africanos

O chefe da diplomacia portuguesa defendeu esta segunda-feira na ONU o trabalho que Angola tem feito pela paz em vários países africanos, num encontro sobre Prevenção e Resolução de Conflitos na Região dos Grandes Lagos.

 

 

“Quero louvar todo o trabalho que Angola tem feito na presidência da Conferência Internacional para a Região dos Grandes Lagos, na procura de soluções para conflitos e na identificação de caminhos de desenvolvimento da região”, disse o ministro Augusto Santos Silva.

 

 

Com o título “Paz e Segurança Internacional: Prevenção e Resolução de Conflitos na Região dos Grandes Lagos”, este debate aberto do Conselho de Segurança foi presidido por Angola. Santos Silva foi convidado a participar pelo seu homónimo angolano, Georges Chikoti.

 

 

No seu discurso, Santos Silva disse que “África ocupa um lugar especial na política externa portuguesa.”

 

 

Enquadrando a atuação do país no âmbito da ONU, da União Europeia e da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, o ministro disse que continua “constante o empenho de Portugal no multilateralismo ativo”.

 

 

Santos Silva falou dos casos específicos do Burundi, República Democrática do Congo e Sudão do Sul. O ministro disse que a colaboração entre Comunidade da África Oriental, União Africana e ONU no Burundi “é o único caminho válido para evitar uma escalada do conflito e uma maior deterioração da situação dos Direitos Humanos no país”.

 

 

Quanto à República Democrática do Congo, considerou “fundamental assegurar um forte apoio à missão da ONU no terreno, MONUSCO, e promover o estreitamento da sua colaboração com as Forças Armadas” do país.

 

 

Finalmente, em relação ao Sudão do Sul, o representante disse que “as constantes violações do acordo de cessar-fogo e a dramática situação dos Direitos Humanos” preocupam o governo português “seriamente”.

 

 

Depois de se referir aos desafios enfrentados por esta região, o ministro disse que “existe também um vastíssimo potencial de desenvolvimento”, associado à presença de “uma boa governação” e à “existência de instituições sólidas”.

 

 

“Estou ciente de que a generalização da cultura democrática requer estabilidade. Não me refiro, porém, a uma estabilidade democrática a qualquer preço, mas à estabilidade que resulta do rigor no cumprimento da ordem constitucional, do Estado de Direito, da transparência e fiabilidade dos processos eleitorais e de instituições estatais que protejam os interesses de toda a população”, concluiu.

 

 

Ainda esta segunda-feira, Santos Silva teve uma reunião com o secretário-geral cessante da ONU, em que o tema da candidatura do ex-primeiro-ministro português e antigo Alto Comissário da ONU para os Refugiados, António Guterres, estava fora da agenda oficial.

 

 

Numa nota emitida antes do encontro, o Ministério dos Negócios Estrangeiros português indicou que na reunião com Ban Ki-moon seriam discutidos “temas da agenda multilateral de particular relevância para Portugal”.

 

 

Entre eles, lê-se no documento, estão a situação na Guiné-Bissau, a política dos oceanos, a questão das migrações e a participação de Portugal na operação de manutenção de paz das Nações Unidas no Mali.

 

 

AFP/JN/Lusa/23/3/2016

 

 

 

 

Estado Islâmico reivindica morte de mais de trinta pessoas em Bruxelas

Forças de segurança envolvidas em operações por toda a Bélgica procuram suspeito filmado pelas câmaras de segurança do aeroporto. “É toda a Europa que é atacada”, diz o Presidente francês.

 

 

Ao longo do dia, a Praça da Bolsa foi-se tornando num memorial improvisado. Ao fim da tarde, horas depois dos atentados reivindicados pelo Estado Islâmico que mataram pelo menos 31 pessoas e feriram 250 no aeroporto e no metro da cidade, já havia centenas de pessoas juntas na praça do centro histórico de Bruxelas.

 

 

Muitos belgas, alguns turistas, pessoas de todas as nacionalidades que vivem na cidade sede das principais instituições da União Europeia improvisaram cartazes e mensagens em diferentes línguas: “Paz”, “Bruxelles est belle”, “Don’t worry”, “Je suis Bruxelles”. “Bruxelles I love you”, escreveu-se a giz no chão. À noite, enquanto alguns acendiam velas, um jovem tocava violoncelo. “É importante juntarmo-nos em momentos como este. É simbólico, mostra que estamos unidos face ao terrorismo”, disse à AFP Leila Devin, uma comediante de 22 anos.

 

 

O primeiro-ministro belga, Charles Michel, e o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, juntaram-se à multidão na Praça da Bolsa. “O que temíamos aconteceu”, dissera Michel. “Neste momento de tragédia, neste momento negro para o nosso país, apelo a toda a gente para manter a calma e também para mostrar solidariedade.”

 

 

Eram 8h quando a primeira explosão aconteceu na zona de partidas do aeroporto internacional de Zaventem; alguns segundos depois, uma segunda explosão na mesma zona, antes dos primeiros controlos de bagagens. O tecto de vidro desabou com o abalo. Há testemunhas que dizem ter ouvido disparos antes – para além de uma terceira bomba numa mala, a polícia encontrou uma Kalashnikov abandonada.

 

 

“Ajudei a transportar cinco pessoas mortas, com as pernas destruídas”, contou à Reuters Alphonse Youla, de 40 anos, que trabalha no aeroporto e descreve ter ouvido um “senhor gritar em árabe” antes da primeira explosão.

 

 

Tinha passado pouco mais de uma hora quando uma bomba explodiu na carruagem do meio de um metro que se preparava para deixar a estação de Maelbeek, perto da Comissão e do Parlamento europeus, na direcção de Arts Loi e do centro da cidade. Há vídeos onde se vêem os passageiros a atravessar a pé o túnel do metro. A explosão foi tão violenta que fez colapsar três paredes de um parque de estacionamentosubterrâneo contíguo à estação.

 

Estado Islâmico reivindica morte de mais de 30 pessoas em Bruxelas 2

As autoridades divulgaram imagens das câmaras de vigilância do aeroporto onde surgem, lado a lado, três jovens que empurram trolleys com malas. Dois ter-se-ão feito explodir; o terceiro está em fuga e foi pedido que quem o reconheça contacte a polícia federal, que coordena as investigações.

 

 

A polícia passou horas a revistar malas no aeroporto, e fez explodir algumas das muitas que as pessoas deixaram para trás no caos da fuga. O aeroporto foi evacuado e encerrado.

 

 

Durante algumas horas, todo o sistema de transportes públicos da cidade esteve parado. Só voltou a funcionar a meio da tarde. Foi pedido a toda a gente que evitasse usar as saturadas redes de telemóveis e que se ficasse onde estava, em casa, no emprego, enquanto se apelava aos pais para não irem às escolas buscar os filhos.

 

 

Operações em todo o país

 

 

“No país inteiro há casas a serem revistadas e pessoas a serem interpeladas”, disse ao início da noite o procurador belga Frédéric van der Leeuw, numa conferência de imprensa ao lado do primeiro-ministro. Pouco depois sabia-se que a polícia encontrava “uma bomba de pregos, produtos químicos e uma bandeira do ISIS” (uma das siglas usada para referir o Daash, o auto-designado Estado Islâmico).

 

 

Falta muito para se poder reconstituir o filme dos atentados que a Bélgica esperava e que “agora aconteceram”, nas palavras do primeiro-ministro. “Não tínhamos informações sobre nenhum ataque em particular, mas sabíamos que eles se estão a mexer na Europa, em diferentes países, aqui, em França, na Alemanha”, disse o ministro do Interior, Jan Jambon, afirmando ainda que estes atentados surpreendem pela “escala”.

 

 

 

Os atentados acontecem quatro dias depois da detenção, na comuna de Molenbeek, em Bruxelas, do principal suspeito que sobreviveu aos atentados de 13 de Novembro, em Paris, Salah Abdeslam, de nacionalidade francesa mas que sempre viveu na Bélgica. Jambon avisara depois que desfazer uma célula terrorista pode “empurrar outra a agir”.

 

 

Ninguém acredita que estes ataques tenham acontecido apenas em retaliação pela detenção – seria preciso mais tempo para os preparar – mas admite-se que tenham sido acelerados por receios de que o jovem pudesse pôr as autoridades na pista de outros jihadistas. Segundo o procurador e o seu advogado, ele tem colaborado com os investigadores.

 

 

As operações na cidade sucediam-se desde há uma semana. O nível de alerta só esta terça-feira voltou a ser elevado para o máximo, que indica uma “ameaça credível e iminente” – é o mesmo que esteve accionado durante alguns dias em Novembro, quando eram procurados vários suspeitos em fuga de Paris; mas desta vez não se limita a Bruxelas, é todo o país que está afectado.

 

 

Várias capitais europeias também elevaram os níveis de alerta para ameaça terrorista e mobilizaram forças de segurança nos transportes. Os controlos nas fronteiras terrestres com a Bélgica foram restabelecidos; na fronteira com a Holanda, as filas de carros chegaram a ter dez quilómetros.

 

 

“Aliança de cruzados”

 

 

As informações confirmadas sobre os ataques são muito poucas. Não foi divulgada a identidade das vítimas, sabe-se apenas que entre os feridos “há muitas nacionalidades” (pelo menos oito são franceses, outros oito norte-americanos), e não há dados sobre os atacantes. As autoridades belgas nem dão como certa a reivindicação dos jihadistas do Estado Islâmico nem admitiram, no imediato, qualquer ligação entre estes ataques e os da capital francesa.

 

 

“Uma célula secreta de soldados do califado […] lançou-se em direcção da Bélgica cruzada”, lê-se no comunicado do grupo, onde se acusa o país de não ter “parado de combater o islão e os muçulmanos”. O texto garante que “os alvos foram cuidadosamente seleccionados” e reclama que os ataques fizeram 40 mortos sem dizer nada sobre os atacantes. “Prometemos à aliança de cruzados que viverão dias negros em resposta à sua agressão”, diz-se ainda.

 

 

A Bélgica está entre as dezenas de países que disponibilizaram meios e forças para atacar o Daash na Síria e no Iraque. Em Cuba, o Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou que estes atentados mostram a necessidade de “manter o combate da coligação” contra os jihadistas e apelou à “união face aos que ameaçam a segurança dos povos em todo o mundo”.

 

 

“É toda a Europa que é atacada”, declarou o Presidente francês, François Hollande. “Enfrentamos uma ameaça global.” O seu primeiro-ministro, Manuel Vals, repetiu aquilo que Hollande disse depois de Paris: “Estamos em guerra. Nos últimos meses temos sido alvo de actos de guerra na Europa.”

 

 

Tal como aconteceu com a Al-Qaeda, o Daash começou por recrutar centenas de europeus para combater na Síria e no Iraque, mas consegue mobilizar, ao mesmo tempo, cidadãos nascidos na Europa para atacar nos seus países. A marca mantém-se: ataques simultâneos e pensados para atingir qualquer pessoa. Como em Madrid, em 2004, ou Londres, um ano depois, o alvo voltam a ser os transportes públicos. “Hoje é a Bélgica, mas o mesmo pode acontecer noutros sítios”, diz Thomas Hegghammer, analista do Instituto de Investigação em Defesa Norueguês. “Acima de tudo, não podemos pensar que é um problema belga.”

 

 

Ao início da noite, enquanto a Praça de Bolsa de Bruxelas se enchia, os principais monumentos de Paris, Roma ou Berlim eram iluminados com as cores da bandeira belga. Na Bélgica foram declarados três dias de luto nacional e o Governo convidou a população a cumprir um minuto de silêncio esta quarta-feira às 12h.

 

 

Os homens que podem estar por trás dos atentados

 

 

 

Najim Laachraoui e Mohamed Abrini estão a ser investigados como possíveis suspeitos de serem os responsáveis pelos atentados de Bruxelas, adianta o The Telegraph. Segundo a polícia belga, os dois homens eram também suspeitos nas investigações aos atentados de Paris, em novembro.

 

 

Laachraoui e Abrini fugiram na sequência da captura, pela polícia belga, de Salah Abdeslam na passada sexta-feira.

 

Estado Islâmico reivindica morte de mais de 30 pessoas em Bruxelas 3

Najim Laachraoui, de 24 anos, é suspeito de ser um dos fabricantes das bombas que explodiram em novembro, em Paris. O ADN de Laachraoui foi encontrado nos coletes usados pelos bombistas do Stade de France e do Bataclan. Segundo o The Telegraph, o jovem belga terá alegadamente viajado para a Síria em fevereiro de 2013 e regressado a França como um suposto refugiado em fuga do conflito na Síria.

 

 

Já Mohamed Abrini, cidadão belga de 30 anos que nasceu em Marrocos, foi visto com Abdeslam dois dias antes dos ataques de Paris, num carro que foi usado durante o massacre. Familiares afirmam que Abrini não participou nos atentados da noite de 13 de novembro porque estava em Bruxelas. O suspeito terá viajado para a Síria em 2014.

 

 

O que sabemos neste momento sobre os atentados em Bruxelas?

 

 

A Europa acordou com a notícia de explosões em Bruxelas, no aeroporto e numa estação de metro, que resultaram em dezenas de mortos.

 

 

O que é que aconteceu?

 

 

Por volta das 8h de Bruxelas (7h em Lisboa), duas bombas explodiram no aeroporto de Zaventem. Cerca de uma hora depois, um homem fez-se explodir na estação de metro de Maelbeek, perto das instituições europeias. No aeroporto morreram cerca de 10 pessoas e na estação de metro morreram cerca de 20. No total, morreram pelo menos 34 pessoas e mais de 230 ficaram feridas.

 

 

Quem é responsável pelos atentados?

 

 

O Estado Islâmico reivindicou os dois ataques numa nota divulgada pela agência noticiosa do grupo. Bélgica “é um país que faz parte da aliança contra o Estado Islâmico”, referiram. O EI prometeu fazer mais atentados na Europa.“Nós prometemos aos Estados Cruzados que se aliaram contra o Estado Islâmico mais dias sombrios, em resposta às agressões endereçadas ao nosso Estado. Esperem mais dificuldades e mais amarguras”, avisou o Daesh.

 

 

Estamos a falar de quantas bombas?

 

 

Estavam três bombas no aeroporto belga. Duas explodiram logo pela manhã. A terceira bomba foi entretanto encontrada e desativada pela polícia.

 

 

Ainda há suspeitos em fuga?

 

 

Dois dos presumíveis autores dos ataques no aeroporto terão morrido no atentado. Os dois homens foram vistos a empurrar um carrinho com malas de viagem antes de o atentado acontecer. Ao lado deles estava um terceiro homem que está agora ser “procurado ativamente” pela polícia. Entretanto, a polícia alemã deteve três homens suspeitos de ligações a grupos terroristas, informa o jornal La Libre Belgique. Serão três homens nascidos no Kosovo que saíram esta terça-feira de Bruxelas e estavam a caminho de Salzburgo quando foram intercetados. A polícia belga está a pedir à população para enviarem informações sobre os suspeitos.

 

 

Era este o ataque que estava a ser planeado por Salah Abdeslam?

 

 

É essa a principal convicção até agora. O único suspeito vivo dos dez alegados responsáveis pelos ataques de Paris foi detido na passada sexta-feira e, já na altura, as autoridades alertavam para a possibilidade de um novo ataque. Didier Reynders, ministro dos Negócios Estrangeiros da Bélgica, dizia que Salah Abdeslam planeava fazer “alguma coisa em Bruxelas” depois dos atentados de novembro na capital francesa. Abdeslam terá dado a entender que a unidade terrorista a que pertencia tinha como próximo alvo a capital belga, depois de Paris.

 

 

Como ficou Bruxelas?

 

 

Os voos de e para o aeroporto de Bruxelas foram cancelados logo após os ataques. O aeroporto ficará fechado até às 6h de quarta-feira. Todas as linhas de metro foram encerradas de imediato mas algumas retomaram o funcionamento esta tarde, referem meios locais. O complexo de edifícios europeus também está fechado. O primeiro-ministro belga pediu aos cidadãos para “evitarem o máximo possível” deslocarem-se, por uma questão de segurança. O governo belga decretou três dias de luto nacional.

 

 

TPT com: Sofia Lorena/Púb/AFP/CBS//Catarina Marques Rodrigues/OBS/23 de Março de 2016