Dez talibãs disfarçados de soldados fizeram mais de 150 mortos numa base militar no Afeganistão

Terá subido para 157 no número de soldados afegãos que foram mortos esta sexta-feira num ataque de rebeldes talibãs a uma base do exército afegão, no norte do país.

 

 

Segundo a agência Reuters, aos atacantes estavam disfarçados com uniformes militares, naquele que já se diz ser o mais mortal de todos os ataques a uma base no Afeganistão.

 

 

Nas últimas declarações, citadas pela agência, o ministro da Defesa fala de mais de 100 soldados mortos mas um oficial da cidade de Mazar-i-Sharif,  onde se deu o ataque, referiu que podem chegar aos 160 os mortos, além dos feridos. Números divulgados sob anonimato já que o governo ainda não revelou qualquer dado oficial.

 

 

Já dos oficiais dos Estados Unidos chegavam números, esta sexta-feira, que apontavam para 50 mortes e vários feridos.

 

 

O ataque traz mais uma vez a lume a luta do governo afegão, e dos seus aliados internacionais, para derrotarem a insurgência talibã que já dura há décadas.

 

 

Terão sido 10 os combatentes talibãs que, disfarçados de militares afegãos e conduzindo veículos militares, entraram na base abrindo fogo contra a maioria dos soldados desarmados que estavam a meio de uma refeição.

 

 

Testemunhas citadas pela Reuters, descreveram uma cena de confusão já que os soldados, apanhados de surpresa, nem perceberam bem quem eram os atacantes.

 

 

Foi uma cena caótica e eu não sabia o que fazer”, disse um oficial do exército ferido no ataque. “Houve tiroteios e explosões em todos os lugares”, acrescentou.

 

 

A base é a sede para o Exército Nacional Afegão 209º, responsável por grande parte do norte do Afeganistão, incluindo a província de Kunduz, onde houve pesados ​​combates.

 

 

O porta-voz talibã, Zabihullah Mujahid, disse em comunicado que o ataque foi a retribuição pelo recente assassinato de vários líderes talibã no norte do Afeganistão.

 

 

 

 

Onze polícias do Norte do Afeganistão são mortos por colega ligado aos talibãs

 

 

 

 

Onze polícias afegãos foram mortos por um colega, ligado ao grupo radical Talibã, na província de Helmand, no sul do país, anunciaram hoje as autoridades do Afeganistão.

O incidente ocorreu na segunda-feira, enquanto os polícias estavam no quartel em Lashkar Gah, capital da província.

 

 

Um polícia ligado ao grupo extremista Talibã atirou contra 11 dos seus colegas, e matou-os todos”, disse um responsável provincial à agência de notícias AFP.

 

 

De acordo com a fonte, o atacante fugiu do local com armas e munições, sublinhando que já tinha sido iniciada uma operação de busca pelo assassino.

 

 

Os corpos ensanguentados dos polícias estavam espalhados em redor do posto de controlo, muitos deles com disparos realizados à queima-roupa”, disse Shir Mohammad, um polícia estacionado num posto avançado próximo do local.

 

 

Os rebeldes talibãs, que controlam vastas áreas da província (grande produtora de ópio), reivindicaram a responsabilidades pelo ataque.

 

 

No ano passado, a intensificação dos combates na província forçou milhares de pessoas a fugir das cidades para as periferias.

 

 

TPT com: Reuters// 22 de Abril de 2017

 

 

 

 

 

 

Devin Nunes defende mais cooperação entre Portugal e EUA na Defesa

“Portugal é um dos nossos aliados mais antigos e eu sempre acreditei que se os Estados Unidos e Portugal se sentarem à mesa e forem honestos um com o outro – isso inclui nós sermos honestos com Portugal -, podemos desenvolver uma iniciativa e visão estratégica de longo prazo para a Defesa e esse é o objetivo”, referiu Devin Nunes, que integrou a equipa de transição do novo Presidente norte-americano, Donald Trump.

 

Nunes participou hoje em Lisboa num encontro de legisladores luso-americanos, promovido pela Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD), que contou com a participação do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, com quem se reuniu.

 

 

Questionado sobre o futuro da presença norte-americana na base das Lajes, nos Açores, Nunes respondeu: “O mais importante é que temos de garantir a segurança dos Estados Unidos da América, que trabalhamos com os nossos aliados e que poupamos dinheiro dos contribuintes norte-americanos. As Lajes fazem tudo isto”.

 

 

Mas, acrescentou o congressista republicano, “também há outras oportunidades”.

 

 

Nunes adiantou que, na próxima segunda-feira, vai conhecer “algumas capacidades militares de Portugal” para avaliar “como é possível reforçar esta relação, avançando em outras avenidas”.

 

 

Instado a comentar qual é a posição de Donald Trump sobre as Lajes — para onde a anterior administração norte-americana anunciou uma redução do contingente militar -, Devin Nunes disse que o novo Presidente dos EUA “está muito empenhado em garantir que a NATO está forte e que todos estão a programar uma forma de atingir os 2%” (meta de contribuição de cada país, no valor de 2% do produto interno bruto).

 

 

“As Lajes foram sempre importantes, mas tivemos um departamento de Defesa na administração anterior que era completamente inapta”, criticou.

 

 

O líder norte-americano, acrescentou, está também “muito interessado em reforçar a marinha”.

 

 

“Há algumas sinergias que podem funcionar entre Portugal e os EUA nessa matéria”, considerou.

 

 

Sobre o papel da base militar nos Açores, Nunes apontou “os problemas com a Rússia, a China, o Estado Islâmico, a al-Qaeda”, pelo que a região do Atlântico, Mediterrâneo e África ocidental assumem maior importância.

 

 

“São áreas onde as Lajes e Portugal são aliados muito, muito importantes para nós”, referiu.

 

 

O congressista afirmou que “atualmente há mais combatentes do Estado Islâmico do que nunca”, quer no Médio Oriente quer na Europa.

 

 

“Este problema não vai desaparecer e temos de trabalhar de perto com os nossos aliados”, sublinhou.

 

 

Questionado para quando é expectável alguma decisão, comentou: “A burocracia move-se muito lentamente. A vantagem que temos com o Presidente Trump e a sua administração, o enfoque que ele coloca na NATO dá-nos uma nova oportunidade de fazer o que é certo”.

 

 

Em tom humorístico, referiu: “Os Estados Unidos fazem sempre o que está certo depois de esgotarem todas as outras alternativas”.

 

 

O Presidente português discursou no encontro, respondendo também a perguntas dos legisladores luso-americanos, numa sessão fechada à comunicação social.

 

 

TPT com: LUSA//Reuters// 22 de Abril de 2017