A “Abreu Truck Services” acredita que as alegrias e sorrisos deste Natal vão perdurar durante todo o ano de 2018

Natal é tempo de confraternização. E, nesta oportunidade especial, a empresa “Abreu Truck Services” levou a efeito um bem participado almoço de confraternização que despoletou a vivência de momentos de partilha e agradável convívo.

Neste almoço, para além da confraternização, foi ainda feita uma mensagem de agradecimento a clientes e amigos bem como aos seus funcionários que diariamente, ajudam a construir o sucesso da empresa.

 

O almoço decorreu no interior das amplas instalações da empresa e da ementa contava o tradiconal leitão assado bem como outras interessantes iguarias da gastronomia  portuguesa devidamente regada com alguns dos nossos bons vinhos que fizeram as delícias dos convidados presentes.

 

Melissa Abreu, directora da empresa, aqui acompanhada pelo “Pai Natal”, fez questão de lembrar que o  Natal é uma época mágica para todos quantos vivem nesta data a expectativa da chegada do Pai Natal cheio de prendas…

 

 

“Para nós, adultos, o Natal tem um significado especial para cada um. O prazer de oferecer algo a quem mais gostamos, o convívio com a família, toda a alegria desta época que nos faz esquecer as contrariedades que surgem durante o ano. Mas também não podemos esquecer que um ano é feito não apenas de dias, semanas e meses, mas da colaboração de todos aqueles que estão empenhados no sucesso de uma idéia, de um objetivo, de um negócio. O ano é feito de Clientes, Colaboradores, Empresas e Instituições que se dedicam a tornar o nosso dia a dia mais simples e assim podermos aproveitar de momentos felizes em família como o Natal e Ano Novo”, referiu ao The Portugal Times, Melissa Abreu.

 

“A reputação é tudo nos negócios de hoje”, disse ao nosso jornal, Telmo Abreu (na foto), proprietário da empresa. “A forma como os consumidores vêem o negócio, a percepção que têm do mesmo, é vital para o sucesso da nossa empresa. Mesmo que se trate de um pequeno negócio devemos investir sempre na nossa marca e reputação.

 

 

Não basta ser empreendedor para se ser um empresário de sucesso. É a soma de um conjunto de factores que ditará o sucesso do nosso negócio. Mas, com o mesmo entusiasmo, a “Abreu Truck Services” aproveita também para aqui desejar a todos os nossos clientes e amigos um Natal cheio de Paz e Harmonia e um Ano Novo muito próspero”. Para concluir, Telmo Abreu acrescentou ainda que “estamos  gratos e felizes por ter vivido mais este ano, e por ter tido a oportunidade de aprender e crescer, como profissionais e pessoas”.

 

 

Quem é a empresa “Abreu Truck Services”?

 

 

A empresa “Abreu Truck Services”, é uma empresa direccionada para a reparação e venda de peças para camiões comerciais e pesados, com uma experiência de mais de vinte anos no mercado norte americano, com destaque no estado de New Jersey,  e que construiu junto das sociedades portuguesa, americana e não só, uma trajectória de ética, seriedade e bons serviços prestados.

 

“Essa trajectória deve-se ao esforço e à competência não só da administração, mas também dos seus funcionários que pelo seu profissionalismo desempenham um papel único e importante dentro da empresa”, referiu Melissa Abreu.

 

 

Quem é Telmo Abreu?

 

 

Mecânico de camiões dedicado, Telmo Abreu desde cedo começou a conhecer os rugidos crescentes e descendentes dos motores revolucionários entre eles os motores do Scania V8.

 

Apaixonou-se pelo poder dos motores e então, após um período de trabalho em projetos de construção, abriu a sua própria oficina e loja de venda de peças para camiões comerciais e pesados, onde ganhou reputação como mecânico que conhecia bem os motores de um qualquer camião e em especial o Scania.

 

Antes de chegar a New Jersey vindo de Portugal em 1986, Telmo Abreu já conhecia a marca sueca de motores desde os tempos em que neles trabalhava na Europa.De recordar que os camiões da Scania entraram no mercado americano em 1985 e foram vendidos somente até 1992, devido a factores relacionados com os regulamentos do comércio de peças dos EUA / Europa. Neste contexto, em 1992 a Scania parou de vender camiões no mercado norte-americano.

 

 

Mas este cenário, não impediu que Telmo Abreu comprasse o seu primeiro camião Scania, para rapidamente se encontrar na posse de 40 caminhões Scania, contratando-os para todos os tipos de trabalhos de construção e demolição.

 

No entanto, a falta dos veículos não desencorajou Telmo Abreu de colecionar, reconstruir e vender camiões Scania, espalhados pelos EUA. Graças à sua competência, a “Abreu Truck Services” conseguiu colocar cerca de 300 camiões Scania novamente em circulação, para além de também fornecer peças para os camiões dos novos proprietários.

 

Embora a “Abreu Truck Services” não trabalhe exclusivamente com camiões Scania, o Telmo continua apaixonado pelos produtos da empresa sueca.

 

Seja pela paixão em desenvolvimento de novas tecnologias, seja pelo histórico automobilístico ou simplesmente pela sua cultura mecânica enraizada nas veias, Telmo Abreu é também um apaixonado pelas corridas de camiões especialmente nas distâncias de um quarto de milha.

 

Que o diga o famoso Old Bridge Township Raceway Park, em Englishtown, New Jersey/USA onde desde 1965 para cá a história só ficou cada dia mais interessante.

 

Os seus autódromos não são simples pistas cercadas por muros, cadeiras e assentos, mas verdadeiros parques de diversões para “crianças crescidas com seus brinquedos urrantes”, diziam ao The Portugal Times alguns dos espectadores que se encontravam connosco na edição de 2017.

 

 

Após 52 anos da sua fundação, o complexo Raceway Park conta com uma pista de 1/4 de milha (402m), uma pista de 1/8 de milha (201m), pista de motocross, kartodromo, autocross e muito mais, além de uma super estrutura completa para toda a família que frequentar o local. Apesar de ser um parque, o tema é sempre corridas! O local recebe anualmente uma etapa do NHRA SuperNationals e diversos outros eventos aleatórios.

 

E é neste ambiente do Old Bridge Township Raceway Park, em Englishtown, New Jersey-USA que Telmo Abreu e os seus pilotos mostram os rugidos crescentes e descendentes dos motores do Scania V8, que arrasaram nos US Diesel Trucking Nationals em Englishtown, New Jersey, com um tempo de  402 metros em 13 segundos surpreendentes.

 

 

Segundo Telmo Abreu, “os dias de competição são sempre especiais para os pilotos, que aqui em New Jersey contam com a presença de milhares de apaixonados deste género de desporto”.

 

As multidões ansiosas observam como é que o camião branco da Abreu faz o seu “burnout” característico.

 

Um procedimento que aquece os pneus, em que as rodas rodam, mas o camião permanece colocado – enchendo o ar com fumo que cheira a pneu queimado antes de diminuir a linha de partida.

 

Mas o ar não é somente dominado pelo cheiro a pneu queimado. Para animar a tarde desportiva a “Abreu Truck Services” coloca no terreno a sua experiente equipa de “churrasqueiros” que fazem as delícias de quem passa pelo parque de estacionamento junto às boxes. E tudo isto, bem “regado” com cerveja e bons vinhos. Uma tradição portuguesa que Telmo Abreu faz questão de lembrar.

 

Para o próxiomo ano, o piloto Manuel Brito (na foto), diz que a “Abreu Truck Services” está preparada para ganhar o campeonato de 2018, pois segundo ele, “temos um novo turbo no motor que vai dar muito que falar nas competições ao longo do ano”.

E nós, queremos estar presentes mais uma vez, para registar e aplaudir tal feito!!…

 

A Scania continua a liderar, com soluções sustentáveis de todos os pontos de vista, enquanto, naturalmente, vai ao encontro dos típicos desafios com que se debate o transporte urbano, como a rentabilidade, o ruído, os aspetos ambientais e as filas.

 

A Scania tomou uma decisão estratégica de acrescentar novos serviços e uma gama de produtos muito versáteis, no que se refere quer aos motores, quer às cabinas. A capacidade dos operadores e dos compradores de transportes está a personalizar uma solução sustentável no diálogo com a Scania que está a atingir novos níveis, independentemente da aplicação urbana ou do tipo de desafios envolvidos, já que,  segundo alguns entendidos, a  sustentabilidade é a questão-chave para as cidades em todo o mundo.

 

 

 

TPT com: JM//The Portugal Times// 25 de Dezembro de 2017

 

 

 

 

 

Joe Pinto, um lutador luso americano na América, com coração de guerreiro

Joe Pinto tem 45 anos e nasceu no Ironbound, Bairro Leste da cidade de Newark, no estado de New Jersey.

É filho de pais do concelho de Cantanhede, Distrito de Coimbra e começou a praticar karaté quando tinha apenas 4 anos de idade. Depois de ter participado em vários campeonatos e ter ultrapassado vários escalões ao longo dos anos, Joe Pinto teve a sua primeira luta profissional de “Vale-Tudo”(UFC), aos trinta e oito anos de idade.

 

Na sua estréia profissional, Joe Pinto derrotou Darren Costa por TKO na segunda rodada na CFFC 24 (CAGE FURI FIGHTING CHAMPIONSHIP), mostrando estar preparado para qualquer situação dentro da luta.

 

Joe Pinto nos seus combates entra bastante agressivo, mas com técnica, dosando na hora certa. Ele não é de se expôr, é um atleta maduro, que sabe a hora de ser agressivo e a hora de não ser, buscando o nocaute ou a finalização, mas sempre com inteligência.

 

Em conversa com o The Portugal Times.com,  e, em bom português, o atleta luso-americano referiu entre outros temas que, “dentro da UFC é quase impossível lutar com um atleta que não seja ágil e duro”, explicou.

 

Especialista em várias modalidades de artes marciais, Joe Pinto reuniu, e ainda reune condições físicas para defontrar lutadores de alto nível técnico para não só competir, mas também para se tornar vencedor em qualquer categoria disputada.

 

Treinado pelos técnicos da UFC Jim Miller e Dan Miller, junto com os notáveis ​​Micky Gall e Sean Santella, Joe Pinto recorda-nos uma das lutas mais marcantes da sua carreira. “Quando derrotei o lutador Daniel Holmes em viril combate no CFFC 48”.

 

 

Como é de compreender, os treinos para este género de desporto também não são nada fáceis. Sobre a preparação física e técnica  para um combate de título, Joe Pinto diz que “um combate de título envolve muito mais do que o choque frontal de dois adversários em luta pelo mesmo objetivo. A preparação do combate requisita o esforço combinado de saberes físicos e psicológicos, a fim de que o atleta esteja nas melhores condições no dia do desafio”. Para Joe Pinto, “vencer o combate é, sem dúvida, o objetivo maior de qualquer atleta, mas importa não esquecer que acima de tudo tem de reinar o espírito desportivo. Realizar o desafio dentro do fair play e da civilidade indispensáveis, são requisitos que não devem nunca ser menosprezados”.

 

A pensar nos novos lutadores e em jeito de conselho para a juventude e outros atletas, Joe Pinto alerta que é importantíssimo que o atleta siga uma dieta alimentar equilibrada e rica em todos os nutrientes necessários à saúde, e que se alimente, o melhor possível, face à exigência da sua actividade e que se abstenha de noitadas, consumo de álcool e de outras substâncias ilícitas. “É de toda a utilidade que o atleta pratique um conjunto de regras de vida saudáveis aonde o deitar cedo, respeitando um número mínimo de horas de repouso indispensáveis ao bom funcionamento físico e mental, ocupe lugar de destaque. Também é fundamental que o atleta se autopreserve de exposições a elementos prejudicais à saúde tais como fumos de cigarros, fumos de escapes de automóveis etc., pois todos esses agentes poluentes se refletem na forma como respira, prejudicando o rendimento em combate. Depois, e como compreende, o que qualquer treinador, adepto e o público em geral requer do atleta é dedicação, esforço, trabalho e muito espírito desportista. E um pouco de sorte, que também convém não faltar”, referiu Joe Pinto com um sorriso nos lábios.

 

Entre os nomes dos seus adversários estão os de Azunna “Zulu” Anyanwu, Daniel Holmes,  James Raffone, Frankie DS Mma e Steven Frohlich, entre muitos outros, com destaque para a última luta  entre Joe Pinto e o campeão Azunna “Zulu” Anyanwu, que teve lugar no dia 29 de Outubro de 2016 no casino Borgata, na cidade de Atlântic City, estado de New Jersey e da qual o lutador lusoamericano saiu derrotado injustamente.

 

Porém, em quase todos os combates, a claque de Joe Pinto, com direito a vaias para os juízes quando a decisão não é favorável, sai feliz dos ringues graças aos resultados obtidos e às vitórias alcançadas por este lutador lusodescendente.

 

Joe Pinto, durante a conversa que teve com a nossa equipa de reportagem, deixou outro conselho aos futuros lutadores e não só; “nunca se esqueçam que como em tudo na vida, quando algo desafiador acontece, não nos podemos dar ao luxo de qualquer distração. Distração é igual à dissipação de energia, o que vai diminuir as chances do lutador seguir o processo de modo satisfatório e começar a mudar a situação”, refere.

 

“Assim, não podemos esquecer que toda essa sensação borbulhando dentro de nós e toda essa energia potencial, precisa ser canalizada a fim de gerar mais resultados positivos”, referiu.

O “Vale Tudo” popularizou-se nos Estados Unidos com o nome de Ultimate Fighting Championship (UFC), onde a regra consiste em cada lutador pôr em prática a modalidade treinada. Os atletas estão aptos em vários campos e em várias modalidades de luta, com uma resistência gigantesca e muito poderio físico.

 

Hoje em dia, com a evolução, profissionalização e regulamentação da modalidade, a curiosidade geral aumentou tanto a nível de regras como de interesse, ganhando inúmeros adeptos e simpatizantes e é muito popular em todo o mundo.

Os praticantes são examinados por médicos no início e final das lutas e foram também criadas categorias de pesos para não existir um desnível na competição.

 

Segundo a filosofia destes lutadores esta actividade tem como finalidade o desenvolvimento físico e psicológico do homem, assim como, dotá-lo de mecanismos de defesa próprios contra qualquer tipo de agressão.

 

Esta modalidade desportiva é muito completa pois trabalha a auto confiança e a auto-estima dos seus praticantes. O “Vale Tudo”, segundo o árbitro Ricky Vera, “aprimora os reflexos humanos e desenvolve a coordenação motora, administrando a ansiedade e as emoções, recorrendo à utilização de todos os músculos do corpo, o que permite aos atletas uma vincada evolução da sua resistência cárdio-vascular, potência muscular e elasticidade, e por outro lado, a vertente psicológica, que permite conhecer a garra e a vontade destes homens, autênticos gladiadores que se enfrentam”, disse Ricky Vera ao The Portugal Times.

 

“Uma modalidade assim poderia, à primeira vista, ser considerada perigosa por alguns, mas a verdade é que existem regras rigorosas destinadas a proteger os praticantes”, disse o lutador lusoamericano.

 

Os combates têm a duração de três rounds de 5 minutos cada (isto pode variar consoante a organização ou a existência de um título em jogo). São proibidos golpes aos olhos, órgãos genitais, nuca e espinha dorsal, bem como cabeçadas e torção de dedos.

 

Qualquer um dos lutadores pode desistir a qualquer momento, e tanto o árbitro como o médico da organização estão permanentemente atentos à condição dos atletas, colocando a segurança destes em primeiro lugar.

Um lutador tem de estar preparado para qualquer situação: se for mandado para o chão terá que se sentir à vontade para lutar no solo. Se o confronto se desenrolar com punhos e pontapés também tem de estar à vontade nesse campo.

 

 

Segundo Joe Pinto, “há quatro maneiras de perder um combate: KO: quando um lutador perde a consciência em virtude de golpes ou outros impactos. Quando é feita uma chave: torcer por exemplo um braço ou um pé ao adversário de modo a que ele desista. KO técnico: quando o árbitro pára o combate por um dos atletas estar em inferioridade e por último, existe a vitória tradicionalmente atribuída por juízes através de pontuação”.

 

O “Vale Tudo” é, resumidamente, um desporto único e incomparável. Depois de conhecer esta actividade de guerreiros, certamente que nomes como Bruce Lee, Jackie Chan, Steven Seagel ou mesmo Chuck Norris mais se parecerão com meninos de côro em comparação com os praticantes do “Vale Tudo” – verdadeiras personagens de um enorme arsenal bélico!

 

Com a idade da reforma de atleta a aproximar-se Joe Pinto reconhece que saber lidar com as dificuldades da vida é, de longe, a habilidade mais importante que se pode desenvolver como ser humano.

 

Para este lutador luso-americano, descendente do concelho de Cantanhede, distrito de Coimbra, o estoicismo sugere o desenvolvimento do autocontrole e da firmeza, como um meio de superar emoções destrutivas.

 

 

Joe Pinto faz questão de enfatizar a necessidade da melhoria ética do indivíduo e como o seu bem-estar está relacionado com a prática de virtudes. “Eu gosto especialmente desse ponto, já que se conecta bem com a nossa busca por crescimento pessoal e automestria”, referiu o lutador luso.

 

Já a pensar no seu futuro, Joe Pinto que tem a família sempre em primeiro lugar na vida, para além das suas competições como lutador, ocupa já parte do seu tempo a arbitrar sendo considerado uma figura correcta que garante que as regras oficiais são cumpridas, tornando-se também, como é óbvio, a figura mais importante dentro do ringue, devido à autoridade que tem para desclassificar ou dar a vitória a alguém.

 

 

 

Para além da arbitragem, Joe Pinto projeta também o seu futuro como treinador

 

 

 

Devido aos conhecimentos adquiridos durante mais de 40 anos no campo de diversas artes de luta, bem como a sua experiência no campo social de dias difíceis que não chegavam ao fim, como se a esperança estivesse enterrada, Joe Pinto não descartou esta ideia e prometeu-nos que, “vou-me focar nisso quando parar de lutar”, sorriu.

 

Para um treinador, Joe Pinto diz que “no contexto de uma comunidade, não é só ensinar a técnica, mas verificar também se o aluno se está a sentir bem emocionalmente, sentimentalmente e fisicamente”.

Segundo Joe Pinto, os valores que serão enfatizados por ele aos jovens “são e serão sempre, os valores de amizade, do respeito e da excelência. Acredito que com o fortalecimento desses valores, educadores e jovens desenvolverão habilidades que poderão ser aplicadas em outros aspectos de sua vida quotidiana”, disse.

 

No final da nossa conversa, o lutador Joe Pinto que chegou ao escalão mais alto da modalidade confidenciou-nos que o sonho de lutar por cinturões nos maiores eventos do mundo e viver como profissional do desporto conta com diferentes histórias de vida, “mas com um factor em comum: a dificuldade de se manter o treino em alto nível, já que são diversos os problemas, como sejam conciliar o trabalho com o treino diário, quebrar preconceitos de género, para manter uma dieta equilibrada. Essas questões influenciam muito o desempenho e mexem principalmente com a psicologia dos atletas.

 

Para aqueles que querem seguir lutando profissionalmente, Joe Pinto lembrou que devem ter disponibilidade de treinar pelo menos quatro horas por dia. “E que ninguém duvide que há mais gente que desiste do que fica. O caminho de formação de um atleta é longo. Já vi muita gente talentosa desistir no meio do caminho porque é muita a pressão, aliada a que o financiamento da maioria dos atletas é feito por meio de bolsas, cachês, venda de bilhetes e patrocínios”, diz.

 

Ganhar as lutas marcadas garante dinheiro para investir na carreira, mas isso não basta para se manter: quem compete tem que buscar autopromoção e, na maioria das vezes, ajudar a própria organização em que lutará, pois eventos nacionais não têm a verba que os maiores do mundo possuem. O dinheiro da bolsa e do cachê de quem compete geralmente é determinado pelo número de ingressos vendidos. Joe Pinto foi um dos muitos atletas que sonhando em conseguir um lugar no UFC, teve que vender entradas para garantir a sua renda em algumas lutas. Caso ele não conseguisse vender, receberia menos dinheiro. Por essa dificuldade, alguns profissionais decidem tornar-se professores para conseguir um sustento melhor.

 

 

Joe Pinto faz também questão de lembrar que mais dolorido do que qualquer golpe sofrido em uma luta, o caminho para se tornar profissional de um desporto tão forte e concorrido é difícil para todos aqueles que têm o sonho de conquistar um título mundial. Lutadoras e lutadores passam por dificuldades diferentes, situações variadas, mas a ambição é a mesma: “fazer com que tudo isso valha a pena no final”, concluiu.

 

O “Vale-Tudo” (UFC), é uma modalidade de combate sem armas, onde os lutadores utilizam apenas os seus corpos para ferir e possui com isso, poucas regras, o suficiente para preservar a integridade física dos lutadores, bastante amplo em termos técnico-táctico com um sistema muito próprio de preparação e desenvolvimento bastante complexo devido à exigência das lutas.

 

 

O evento que mais difundiu a modalidade foi o Ultimate Fighting Championship, que em seus primórdios havia menos regras e restrições, além de haver várias lutas na mesma noite, sem limite de tempo (UFC 1, UFC 2, UFC 3, UFC 4). No Japão, os principais eventos foram “O Open Japan Free Style” e O PRIDE Fighting Championships que já destacou muitos lutadores de diversas categorias de artes marciais.

 

 

 

TPT com: JM//CMM//The Portugal Times.com//20 de Dezembro de 2016

 

 

 

 

 

 

Elon Musk numa corrida louca que ultrapassa os 58.000 km por hora e cujo objectivo é colocar um homem em Marte já em 2022

Para Elon Musk, o responsável pela SpaceX e pela Tesla, tudo parecia simples. A sua SpaceX, depois de ter provado a mais-valia com os foguetões Falcon 1 e Falcon 9, com que visita regularmente a Estação Espacial Internacional – transportando carga e, muito em breve, astronautas – e coloca satélites em órbita à razão de vários por mês, está já a testar o Falcon Heavy, um ‘monstro’ que pode levar uma nave espacial até Marte. Pode e tudo indica que vai, com a curiosidade de, lá dentro, transportar um Tesla Roadster.

 

 

Quando tudo parecia controlado para o lado de Musk, que pretende iniciar a sua viagem em 2022, ou seja, dentro de quatro anos, eis que o CEO da Boeing decide colocar uns grãos de areia na engrenagem e organizar uma competição, para ver quem é o primeiro a chegar ao planeta vermelho.

 

Dennis Muilenburg, responsável pela companhia americana que vai construir o SLS (Space Launch System), afirma que o foguetão de 61 metros de altura e uma força de 8,5 milhões de libras de impulso, que a Boeing está a produzir para a NASA, vai voar em 2021, o que lhe vai permitir chegar primeiro a Marte, pois a SpaceX só tem previsto descolar um ano mais tarde.

 

Mas se o congresso americano garantiu, em 2016 e 2017, as verbas para o projecto continuar a ser desenvolvido, não é evidente que isso continue a acontecer. Sobretudo por o objectivo da NASA, que consiste em colocar astronautas americanos no espaço profundo (projecto apadrinhado e financiado por Obama, e já assegurado por Trump), poder saltar da Boeing para um novo fornecedor que proponha o mesmo a custos inferiores. O que pode ser o objectivo da SpaceX, que já ultrapassou a Boeing e a Lockheed Martin noutros projectos da NASA, por ser mais barata e mais rápida, e que certamente irá tentar fazer o mesmo em relação a Marte. Sobretudo porque, desta vez, em jogo estão orçamentos que fazem ‘corar de vergonha’ os envolvidos com a Estação Espacial Internacional.

 

 

 

Musk e o tweet mais curto de sempre

 

 

 

Se a Boeing atacou a SpaceX numa entrevista à cadeia de televisão CNBC, na passada quinta-feira, reforçada por um tweet da Fortune Tech, Musk aceitou o desafio com agrado, tweetando de volta com um simples e curto: “Do it”. Ele que aproveita muitas vezes todos os caracteres que o Twitter coloca à disposição dos seus utilizadores, limitou-se a uma resposta que mais parecia uma versão mais curta do slogan da Nike.

 

 

Esta corrida espacial, que parece uma repetição menos bélica dos anos 60, quando russos e americanos se digladiaram pela conquista do espaço, vai ser, muito provavelmente, a corrida mais louca do mundo. Ou, pelo menos, uma das mais rápidas, uma vez que os foguetões deverão ultrapassar 58.000 km/h, a velocidade mais elevada alguma vez atingida por um veículo espacial. Quem estabeleceu o recorde foi a sonda New Horizons, que partiu em 2006 rumo a Plutão com apenas 478 kg e o tamanho de um piano, batendo confortavelmente a velocidade mais elevada conseguida por uma nave tripulada, que continua a estar fixada nos 40.000 km/h da Apollo 10, valor alcançado em 1969.

 

Curiosamente, por muito elevada que seja esta velocidade, os 58.000 km/h que se esperam ser possíveis para as duas naves, valor que é quase 50 vezes maior do que a velocidade do som, na realidade é apenas 0,0037% da velocidade da luz, ficando mesmo muito abaixo da velocidade de Marte, que orbita em torno do Sol a 87.000 km/h, e sobretudo da Terra, que “dá a volta” a 110.000 km/h. Ainda assim, se quer um exemplo mais terreno para a dimensão da velocidade que deverá ser atingida por estes foguetões, que prometem ser os mais potentes de sempre, sempre lhe podemos dizer que uma bala de uma espingarda de combate sai do cano a 2.800 km/h, isto enquanto os projécteis das mais pequenas armas de mão raramente ultrapassam 1.200 km/h.

 

 

 

Quem vencerá a corrida até Marte?

 

 

 

Nesta corrida espacial, e independentemente de quem venha a construir o melhor foguetão, a SpaceX parece estar em vantagem, basicamente por estar mais avançada. O seu Falcon Heavy vai realizar o voo de teste já no próximo mês, enquanto o foguetão da Boeing tem previsto o primeiro teste apenas em 2019, não se sabendo qual o estágio de desenvolvimento da cápsula, uma vez que não é a Boeing, mas sim a Lockheed Martin a produzi-la. Também aqui, a empresa de Elon Musk tem vantagem, uma vez que a cápsula destinada a Marte é a Dragon 2, uma versão maior e com maior potencial da Dragon já utilizada para as viagens à Estação Espacial Internacional.

 

 

Por outro lado, enquanto a SpaceX conta recuperar a maior parte do seu foguetão para novos lançamentos, reduzindo grandemente os custos de cada viagem, a Boeing optou por construir um foguetão à antiga, do tipo “voar e deitar fora”. Será pois curioso não só ver quem vencerá a corrida, e chegará primeiro a Marte, bem como quem apresentará a proposta mais em conta, já que para o congresso americano, money talks. Certezas, só que o primeiro carro a voar em direcção ao planeta vermelho será tão vermelho quanto ele, e envergará o emblema da Tesla.

 

 

TPT com: AFP//Reuters//CNN//CNBC//Alfredo Lavrador//Observador// 12 de Dezembro de 2017

 

 

 

 

Viagens com a fundadora da Raríssimas terão levado secretário de Estado da Saúde a demitir-se

O secretário de Estado da Saúde Manuel Delgado, que viu o seu nome envolvido na polémica da Raríssimas, está de saída do Governo. O governante sai depois da reportagem da TVI denunciar alegadas irregularidades nas contas da instituição por parte da presidente na Associação Nacional de Deficiências Mentais e Raras, Paula Brito e Costa, e depois de ser confrontado pela jornalista da TVI sobre viagens que terá feito com a presidente da Raríssimas. O gabinete do primeiro-ministro já “aceitou o pedido de exoneração” e informou que a substituta será Rosa Augusta Valente de Matos Zorrinho, até aqui presidente da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARS LVT).

 

 

O pedido de exoneração foi apresentado pelo próprio e o Presidente da República já aceitou. “O Presidente da República aceitou hoje [terça-feira] as propostas do Primeiro Ministro de exoneração, a seu pedido, do Secretário de Estado da Saúde Manuel Martins dos Santos Delgado e de nomeação para o mesmo cargo da Dra. Rosa Augusta Valente de Matos Zorrinho”, lê-se no site da Presidência. A nova secretária de Estado tomou posse pelas 19h30 desta terça-feira.

 

 

Esta noite passou na TVI a entrevista que Ana Leal fez ao secretário de Estado demissionário, antes de ser conhecida a sua saída. A jornalista da TVI disse esta tarde que Manuel Delgado foi confrontado com perguntas “comprometedoras” sobre viagens que terá feito com a presidente da Raríssimas e outros documentos. Manuel Delgado já teria posto o lugar à disposição, logo depois da reportagem ter ido para o ar, mas o ministro terá segurado o governante. Segundo a RTP, o ministro dos Negócios Estrangeiros, que conduziu a cerimónia da tomada de posse terá dito que Manuel Delgado apresentou razões pessoais para se afastar do cargo.

 

 

Na entrevista, a jornalista começa por perguntar a Manuel Delgado se participou na tomada de decisões relativas ao financiamento e à gestão da instituição, ao que o secretário de Estado demissionário responde que “seria indelicado estar a intrometer-se em algo para que não foi convidado”. Ana Leal confronta o entrevistado com um email do então tesoureiro Jorge Nunes, em que este pede uma “opinião no sentido de inverter a situação em que a Casa dos Marcos se encontra”, referindo-se a um saldo negativo de 351.457,24 euros. Manuel Delgado argumenta que não se recorda desse email e repete que “não foi para essas questões que foi contratado”.

 

 

Quanto ao facto do seu elevado salário ser pago com subsídios do Estado desviados do apoio a crianças com doenças raras, Manuel Delgado não acha imoral. “Acha moral que eu preste um serviço e não seja remunerado por ele?”, questionou. A jornalista volta a confrontar o antigo secretário de Estado com mais um email, novamente de Jorge Nunes, em que o ex-tesoureiro escreve “solicitámos ao ministro da Solidariedade Social apoio para equilíbrio financeiro. Foi-nos concedido 15 mil euros. Vou dar instruções para rapar o tacho e pagar-lhe ainda hoje”. Manuel Delgado reitera que foi pago pelos serviços que prestou e que seria injusto não receber o equivalente àquilo que foi acordado desde o início.

 

 

Quando questionado sobre as condições financeiras que alegadamente impôs para entrar na Raríssimas, Manuel Delgado refere que não impôs quaisquer trâmites e “nem sabia que a Raríssimas tinha seguros de saúde”. Ana Leal volta a confrontar o secretário de Estado demissionário com mais emails – desta vez da própria presidente, Paula Brito e Costa, para um membro da direção – em que a então presidente elenca as condições de Manuel Delgado e os benefícios políticos que a Raríssimas podia ter com a presença de um membro do PS. “Ele aceitou ir para a Casa dos Marcos mas com estas condições: 12 mil euros brutos, carro e seguro de saúde. O homem vai-nos custar assim pela rama 150 mil euros mais 40 mil para um carro o que dá 200 mil euros. É muito mas eu sei que ele põe a casa no mapa do mundo e a fazer dinheiro, ele diz que o guito vai aparecer.

 

 

Já na entrevista, Manuel Delgado dizia ter colocado o lugar à disposição, mas o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, achou “que não existiam razões objetivas nenhumas para isso”.

 

 

Em abril de 2013, o atual secretário de Estado da Saúde demissionário foi contratado como consultor, com um salário mensal de 3.000 euros. “Na altura em que foi feita a contratação achei que era muito dinheiro. Falava-se inclusivamente no senhor Manuel Delgado vir a ganhar 12 mil euros por mês. Ganhava muito para as possibilidades que a Raríssimas tinha”, disse o ex-tesoureiro Jorge Nunes na reportagem da TVI.

 

 

O pagamento de salários a Manuel Delgado chegou a estar atrasado, sendo que o então consultor terá mesmo sido informado de que a associação estava à espera do dinheiro do Fundo de Socorro Social para que pudesse saldar a dívida. E foi quando chegou à Raríssimas um novo subsídio estatal, de 15 mil euros, que o ex-tesoureiro Jorge Nunes enviou um e-mail a Manuel Delgado onde lhe terá dito que ia “rapar o tacho” para lhe pagar o valor em falta. Manuel Delgado recebeu da Associação, em dois anos, 63 mil euros, de acordo com a mesma reportagem.

 

 

Em sua defesa, o Secretário de Estado da Saúde disse, no domingo, que enquanto consultor na Raríssimas “nunca participou em decisões de financiamento”. E numa reação por escrito ao Observador, Manuel Delgado demarcou-se das denúncias sobre a gestão dos dinheiros feita pela presidente Paula Brito e Costa e afirmou que enquanto consultor da Raríssimas participou na preparação técnica da abertura da Casa dos Marcos, instalação da Raríssimas na Moita, colaborou “na área de organização e serviços de saúde”.

 

 

Manuel Delgado confirmou que foi consultor da Raríssimas entre abril de 2013 e dezembro de 2014, altura em que ainda não era secretário de Estado da Saúde. No mesmo comunicado, disse ainda que desde que assumiu funções no Governo de António Costa apenas fez “uma visita oficial à Casa dos Marcos”. “Fui convidado e não tenho tido qualquer tipo de intervenção nas relações entre a referida associação e o Estado”, garante. A colaboração com aquela associação começou em 2010, quando integrou o Conselho Consultivo.

 

 

 

 

Rosa Zorrinho troca ARS de Lisboa e Vale do Tejo pela secretaria de Estado

 

 

 

 

Sai Manuel Delgado, entra Rosa Augusta Valente de Matos Zorrinho, que presidia à Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo desde o início de 2016, para onde foi substituir Luís Cunha Ribeiro.

 

 

A mulher do eurodeputado socialista Carlos Zorrinho é licenciada em sociologia pela Universidade de Évora e tem pós graduação em administração hospitalar. Rosa Augusta Valente de Matos Zorrinho tem uma vasta experiência no ramo da saúde, tendo presidido ao conselho diretivo da Administração Regional de Saúde do Alentejo, entre 2005 e 2011, onde já tinha sido vogal entre 1996 e 2002.

 

 

No currículo acumula ainda, entre 1990 e 1996, o cargo de administradora no Hospital do Espírito Santo, em Évora, onde foi responsável pela gestão dos recursos humanos, instituição à qual retornou de 2002 a 2005 na qualidade também de administradora com o pelouro dos meios complementares de diagnóstico e terapêutica e serviços hoteleiros. Foi ainda presidente da SAUDAÇOR — Sociedade Gestora de Recursos e Equipamentos de Saúde dos Açores.

 

 

 


Raríssimas recebeu mais de quatro milhões em apoios públicos desde 2010

 

 

 

 

Ministério da Segurança Social foi principal financiador da associação, que também recebeu do Ministério da Saúde. Apoios chegaram a 4,2 milhões entre 2010 e 2016. Casa dos Marcos foi projeto apoiado.

 

A associação Raríssimas, de apoio a pessoas com doenças raras, recebeu ao longo dos últimos sete anos apoios de entidades públicas no valor de pelo menos 4,2 milhões de euros.

 

 

De acordo com o levantamento feito pelo Observador nas listas de entidades beneficiárias de subvenções públicas, o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social (MTSSS) tem sido o principal financiador estatal desta instituição de solidariedade social que está no centro da polémica por causa de denúncias de má gestão. Os organismos tutelados pelo MTSSS concederam financiamentos de cerca de 2,8 milhões de euros, pagos entre 2010 e 2016, com o Instituto da Segurança Social a concentrar o maior volume de apoios, aproximadamente dois milhões de euros.

 

 

A maioria destes financiamentos são justificados como ação social, equipamentos sociais e acordos de cooperação. A instituição também foi financiada ao abrigo dos apoios para a rede nacional de cuidados integrados, verbas que terão tido como destino a Casa dos Marcos, e do programa PARES, o programa de alargamento da rede de equipamentos sociais para instituições particulares de solidariedade social.

 

 

O Fundo de Socorro Social, uma entidade que presta apoio a instituições particulares de solidariedade social ou instituições equiparadas e a famílias, e o Instituto Nacional para a Reabilitação foram outras duas instituições do Ministério da Segurança Social que concederam subvenções à Raríssimas. Os financiamentos foram decididos por este Governo, mas também pelo anterior, e o atual ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, José Vieira da Silva — que chegou a ser vice-presidente da Assembleia Geral da instituição — já deu explicações sobre o caso que está a ser investigado pelo Estado e pela justiça.

 

 

Ainda na esfera da Segurança Social, a instituição recorreu de forma frequente aos programas de estágios e apoio à criação de emprego do Instituto do Emprego e Formação Profissional. O IEFP pagou desde 2013 — ano em que a Casa dos Marcos começou a funcionar — mais de 430 mil euros em subsídios para estágios, mas também em incentivos para a contratação de desempregados de longa duração e outros. Retirados os incentivos à criação de emprego, as subvenções do Estado caem para menos de quatro milhões de euros.

 

 

 

Ministério da Saúde dá 1 milhão

 

 

 

 

O Ministério da Saúde foi o outro grande doador público da associação, com pouco mais de um milhão de euros, sobretudo nos anos entre 2010 e 2012, onde existem financiamentos da Direção-Geral da Saúde e das administrações regional e central dos sistemas de saúde.

 

 

Estes apoios foram concedidos ao abrigo do regime de apoios a entidades sem fins lucrativos que promovem a saúde e a instituições com ofertas de cuidados integrados. É neste regime que surge algumas vezes a referência específica à Casa dos Marcos, aquela que será a grande obra da associação Raríssimas, uma unidade que recebe crianças com doenças raras na Moita. Este é também o único projeto concreto que é especificado nas subvenções comunicadas à Inspeção-Geral das Finanças. Com o mesmo destino, a Câmara da Moita também é uma contribuinte regular da instituição, tendo atribuído cerca de 85 mil euros — pouco mais de 20 mil euros por ano desde 2013.

 

 

Há ainda valores mais pequenos pagos por entidades regionais e locais dos Açores, onde a organização também está presente (secretaria regional e Lajes do Pico para terapia ocupacional) e um financiamento de pouco mais de cem mil euros concedido pelo Programa Operacional de Capital Humano, financiado com fundos comunitários.

 

 

A lista publicada na Inspeção-Geral de Finanças com as subvenções públicas mostra que os montantes em apoios do Estado à Raríssimas tem vindo a subir nos últimos anos, mas isso também reflete uma maior imposição de transparência na divulgação de apoios por parte de entidades públicas, sobretudo a partir de 2013, quando essa informação passou a ser mais completa e legalmente mais exigente. Ainda assim, há entidades que não comunicam os valores ou que não o fazem no prazo previsto. Os valores apurados pelo Observador para os financiamentos públicos concedidos a esta associação não são, por isso, exaustivos.

 

 

Com a exceção do ano de 2011, em que foram reportados apoios de mais de 800 mil euros à entidade, os financiamentos públicos comunicados pelas entidades que os concedem tem vindo a crescer todos os anos desde 2013. Em 2016, primeiro ano completo em que este Governo esteve no poder, foram reportados apoios no valor de cerca de um milhão de euros. Mais uma vez, a maior fatia veio do Instituto da Segurança Social (cerca de 645 mil euros), com destaque para o financiamento concedido no quadro do PARES, um programa para financiar instituições de solidariedade social que apresentam projetos para criar novos lugares nas respostas sociais elegíveis.

 

 

TPT com: AFP//TVI//Lusa//Marlene Carriço//Ana Suspiro//Observador//RTP// 12 de Dezembro de 2017