O restaurante e bar “The Patio”, em Newark, é um lugar onde o cliente se sente convidado

Localizado na confluência da Lafayette Street e Wilson Avenue, em Newark, New Jersey, o restaurante e bar “The Patio”, apresenta-se como um lugar acolhedor, com uma simpática esplanada, onde o cliente se sente convidado a saborear uma excelente refeição, acompanhada por bons vinhos nacionais e internacionais.

 

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O “The Patio”  é acima de tudo um espaço de convívio informal no qual se pode estar confortavelmente a qualquer hora do dia ou da noite, e onde encontrará uma ementa de sabores mediterrânicos e cozinha tradicional portuguesa, que lhe permitirá desfrutar de uma boa experiência enogastronómica.

 

 

Com um cardápio bastante diversificado o “The Patio” consegue satisfazer diferentes públicos. Desde os petiscos e entradas para quem estiver interessado em beber com os amigos ou com a família, ou para aqueles que querem degustar um prato preparado com esmero para a ocasião.

 

 

Os antigos diziam que, para além da comida e da bebida, “a boa disposição é o grande lubrificante da roda da vida”, e assim sendo…, aqui, no “The Patio”, é o que não falta…

 

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O convívo no “The Patio” proporciona diversão para pessoas de todas as idades…

 

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No  “The Patio” o karoake  também faz parte do ambiente social e cultural. Muita gente bonita e simpática solta a voz e diverte-se entusiasticamente sem se lembrar de problemas e preocupações.

 

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Em dias de karoake, o microfone não para de rodar e os interessados cantam as suas músicas favoritas, independentemente do seu talento.

 

 

Das actividades de animação do  “The Patio”, para além da música ambiente e do karoake, faz também parte, de vez em quando, a noite da “Kizomba”.

 

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A Kizomba é uma dança africana de origem angolana que, nos últimos anos, tem conquistado a alma dançante de muitos pares em pistas e discotecas de todo o mundo. Com passos, ritmos e música muito própria, quem sabe dançar Kizomba não quer outra coisa e quem não sabe, só quer aprender!

 

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Com uma ligação forte a Portugal – as músicas da Kizomba são maioritariamente cantadas em português e têm sido alvo de um sucesso muito próprio. Em Cabo Verde, porém, a maioria das Kizombas são cantadas em crioulo e são conhecidas como “passada”. A Kizomba de S. Tomé e Príncipe é muito semelhante à angolana.

 

 

Kizomba também significa festa do povo, tendo o nome origem nas danças dos negros que resistiram à escravidão. Era congregação, confraternização, resistência. Um chamado à luta por liberdade e por justiça. Kizomba era festa e resistência cultural de um povo.

 

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Hoje em dia a kizomba tem tido muita aceitação por europeus e americanos e há uma tendência muito grande de angolanos profissionais na arte de dançar kizomba; estes emigram para essas partes do planeta por causa das oportunidades de emprego na área de docência nas escolas de dança. Já tem havido alguns concursos de kizomba em algumas discotecas da Europa e América porque o estilo tem tido muita expansão, por causa do seu ritmo musical e da sensualidade da dança.

 

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Neste contexto, se passar por Newark visite o restaurante “The Patio”, mas antes, saiba mais informação sobre o cardápio e sobre o programa das actividades através do facebook, ou do número de telefone: 973-368-2799.

Restaurante & Bar “The Patio”, um lugar acolhedor que espera por si!.

 

 

JM//The Portugal Times// 22 de Maio de 2016

 

 

 

 

 

Seleção portuguesa de futebol sub-17 sagra-se campeã da Europa após bater a Espanha na final

Portugal colocou hoje um ponto final ao jejum de 13 anos sem conquistar títulos internacionais de seleções jovens. Os sub-17 venceram o Europeu da categoria, ao baterem a Espanha na final, no desempate por grandes penalidades (5-4), após um empate a uma bola no final dos 80 minutos.

 

 

Desde o Europeu de sub-17 conquistado em Viseu, em 2003, com a geração que revelou nomes como Miguel Veloso, João Moutinho e Vieirinha, Portugal passou 13 anos sem voltar a erguer um troféu. Em 2011, os sub-20 perderam o título mundial na final, no prolongamento, frente ao Brasil, e no ano passado os sub-21 deixaram fugir o título europeu nos penáltis, diante da Suécia.

 

 

O fantasma dos momentos decisivos voltou a assombrar Portugal, que chegou a estar em vantagem na final, com um golo de Diogo Dalot (27 minutos), mas Brahim Díaz restabeleceu a igualdade (32″), num jogo em que a seleção treinada por Hélio Sousa foi (quase) sempre superior. Nos penáltis, Manu Morlanes atirou ao ferro, no último remate, libertando a euforia lusa no Azerbaijão.

 

 

O mesmo ferro, curiosamente, já tenha sido inimigo de Portugal na primeira parte, quando Domingos Quina acertou na trave. No entanto, Portugal esteve sempre mais próximo do golo do que a Espanha, com uma seleção de sub-17 com vários jovens da cantera do Barcelona.

 

 

A Espanha é, de resto, a principal dominadora do Europeu de juvenis, que já venceu por oito vezes. Portugal atingiu o sexto triunfo, sendo a segunda seleção mais bem-sucedida da história da prova, que até 2001 era uma competição destinada a sub-16.

 

 

Nos penáltis, Portugal revelou o sangue-frio que faltou em tantas outras alturas – inclusive no Euro 2012 de seleções A, quando a seleção nacional foi eliminado pela Espanha nas meias-finais – e José Gomes, João Filipe, Diogo Leite, Diogo Dalot e Gedson não falharam os seus penáltis. De nada valeu à Espanha ter, propositadamente, trocado de guarda-redes no último minuto, a pensar nos penáltis, pois Adrián não travou nenhum remate dos jogadores portugueses. E nem a audácia de Díaz, ao fazer uma “panenka” para o 4-4, retirou confiança a Portugal.

 

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“Que este título seja útil para concretizarem os seus sonhos”, desejou o selecionador Hélio Sousa no final do jogo, “orgulhoso” dos seus atletas. “Fomos muito fortes mentalmente e executámos muito bem a questão dos penáltis. Para nós, isso não é uma questão de lotaria, mas sim de competência e qualidade”, explicou.

 

 

Os juvenis nacionais foram prontamente parabenizados por Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República. “Fiquei muito contente com a notícia da conquista do titulo de campeões europeus por uma das seleções mais jovens de futebolistas portugueses. São um exemplo de trabalho, esforço e dedicação ao serviço da nossa bandeira e da nossa pátria. Como Chefe de Estado, é um orgulho imenso ver portugueses tão jovens triunfar com tanta glória!”, reagiu, no sítio oficial da Presidência da República.

 

 

Fernando Gomes, líder da FPF, assinalou que “o título é reflexo da competência da equipa técnica e da coragem e ambição dos jogadores, mas também consequência da coragem, da ambição e do orgulho que estes jovens jogadores sentem ao representar a nossa bandeira”.

 

 

 Presidente recebe seleção de Sub-17 na segunda-feira

 

 

Numa nota enviada à agência Lusa, refere-se que o chefe de Estado felicitou na pessoa do presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Fernando Gomes, a seleção nacional de sub-17, que este sábado derrotou a Espanha no desempate por grandes penalidades (5-4), na final do campeonato da Europa, após o resultado de 1-1 no tempo regulamentar.

 

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“Fiquei muito contente com a notícia da conquista do título de campeões europeus por uma das seleções mais jovens de futebolistas portugueses. São um exemplo de trabalho, esforço e dedicação ao serviço da nossa bandeira e da nossa pátria”, salienta o Presidente da República.

 

 

Como chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa considera “um orgulho imenso ver portugueses tão jovens triunfar com tanta glória”.

 

 

“A vossa vitória é uma enorme alegria para todos os portugueses e espero que seja uma inspiração para a seleção que irá disputar o campeonato da Europa deste ano em França. Normalmente, são os mais velhos a dar o exemplo aos mais novos, desta vez, todos esperamos que seja exatamente o inverso e que os mais velhos repitam a caminhada vitoriosa dos mais jovens”, indica o Presidente da República.

 

 

Na sua mensagem, Marcelo Rebelo de Sousa dá também os parabéns à Federação Portuguesa de Futebol “pelo trabalho desenvolvido nos últimos anos na formação destes desportistas”.

 

 

“Para alcançar o sucesso é fundamental um trabalho paciente e persistente, investir, planear, formar, para mais tarde ver os resultados, e eles estão à vista: Portugal dá cartas no desporto dentro e fora de portas!”, acrescenta o chefe de Estado, que receberá a seleção nacional de Sub-17 na segunda-feira, no Palácio de Belém.

 

 

Fotos: André Sanano/FPF/Texto:/João Ruela/DN//Lusa// 21 de Maio de 2016

 

 

 

 

 

 

Senado americano aprova lei para processar a Arábia Saudita pelos atentados de 11 de Setembro

O Senado norte-americano aprovou na terça-feira à noite (17 de Maio), por unanimidade, uma lei que permite a familiares das vítimas do 11 de Setembro de 2001 processarem o Governo saudita por possíveis ligações aos ataques, apesar da oposição aberta da Casa Branca, que ameaça vetar o documento. A lei revoga o estatuto de imunidade diplomática de Governos estrangeiros em tribunais dos EUA em casos de ataques terroristas em solo americano.

 

 

O passo dado terça-feira no Senado abre caminho para que tribunais norte-americanos investiguem suspeitas antigas sobre o envolvimento de instituições e responsáveis governamentais sauditas nos ataques de 2001. Quinze dos 19 sequestradores no 11 de Setembro eram sauditas, mas as investigações norte-americanas nunca encontraram qualquer ligação com o Governo de Riad e o reino negou sempre qualquer responsabilidade.

 

 

Mas famílias das vítimas e congressistas em Washington dizem que a investigação levada a cabo pelo Congresso entre 2002 e 2004 não exonera por completo o Governo saudita e querem abrir uma via judicial para julgar Riad nos Estados Unidos. “Se os sauditas não participaram neste acto de terrorismo, então não têm nada a temer em ir a tribunal”, disse na terça-feira o democrata Chuck Schumer, um dos autores da lei.

 

 

É uma decisão que preocupa a Casa Branca. As relações com os aliados sauditas estão num ponto crítico desde que os Estados Unidos assinaram o acordo nuclear com os rivais iranianos. A situação piorou com críticas recentes de Barack Obama, que disse que o reino estava a ser “oportunista” em matérias de segurança regional. O Presidente sublinha também o risco de se criar um precedente que leve a que cidadãos americanos sejam julgados por tribunais estrangeiros.

 

 

O porta-voz da Casa Branca reiterou estes receios na terça-feira. Josh Earnest revelou que o Presidente norte-americano vai tentar negociar nas próximas semanas com membros dos dois grandes partidos em busca de uma alternativa à lei aprovada no Senado. Até lá, sugeriu Earnest, a lei não deve passar pelo Presidente: “Creio que isso não é possível neste momento”, disse.

 

 

O documento terá ainda de ser aprovado na Câmara dos Representantes antes de ir à Casa Branca, mas o Governo saudita alertou já para possíveis represálias caso ela vá para a frente. Em Abril, Riad ameaçou vender 750 mil milhões de dólares em dívida do Tesouro e outros bens no país — uma ameaça que muitos em Washington desvalorizam, afirmando que essa jogada prejudicaria mais a economia saudita do que a norte-americana.

 

 

“O que eles [Congresso] querem fazer é violar o princípio de imunidade soberana, o que transformaria o mundo da lei internacional na lei da selva”, disse o ministro saudita dos Negócios Estrangeiros, Adel Al-Jubeir, no início deste mês. “É por isso que a Administração [americana] se opõe e é por isso que todos os países no mundo se opõem.”

 

 

Antecipa-se uma luta acesa entre Congresso e Casa Branca. Nenhuma outra lei tem este apoio interpartidário — a votação de terça-feira foi feita por aclamação, um raro momento de consenso num Congresso muitas vezes imobilizado por disputas entre Democratas e Republicanos. Para além disso, Obama está já sob pressão para divulgar as 28 páginas confidenciais do relatório sobre o 11 de Setembro, que detalham o possível envolvimento de países estrangeiros nos atentados.

 

 

Um dos elementos da comissão responsável pelo relatório revelou esta semana que os documentos secretos dão conta de seis sauditas ligados aos ataques, que na altura pertenciam a instituições próximas do Governo mas que não faziam parte dos escalões políticos mais altos — eram funcionários na embaixada dos EUA, instituições de caridade e uma mesquita na Califórnia, financiada pelo Estado saudita.

 

 

TPT com:  Jim Watson//AFP/Reuters//Público//18 de Maio de 2016

 

 

 

 

Guterres quer liderar uma ONU que “fale mais alto e mais claro”

Candidato à liderança das Nações Unidas diz que em matérias relacionadas com a paz, segurança e os Direitos Humanos “é preciso falar mais alto e mais claro, para ter maior capacidade de mobilizar a comunidade internacional”

 

 

O candidato português a secretário-geral das Nações Unidas considera que a instituição tem “uma estrutura demasiado fragmentada”, que tem de ser “renovada” para que possa falar “mais alto e mais claro” na resolução dos conflitos mundiais.

 

 

“Em algumas matérias, a ONU fez ouvir a sua voz, como no caso das alterações climáticas, mas noutras, sobretudo relacionadas com a paz e segurança e em certos aspetos com os Direitos Humanos, creio que é preciso falar mais alto e mais claro, para ter maior capacidade de mobilizar a comunidade internacional”, diz António Guterres em entrevista à agência noticiosa espanhola Efe, esta terça-feira.

 

 

O antigo primeiro-ministro português, que ocupou o cargo de alto comissário da ONU para os Refugiados (ACNUR) durante uma década (2005 a 2015), declara na entrevista que a comunidade internacional perdeu “capacidade em matéria de prevenção e resolução” dos conflitos. “Vemos que os conflitos se multiplicam e, ao mesmo tempo, os velhos conflitos não terminam. E cada vez há uma maior interligação entre eles”, alerta.

 

 

Sobre o conflito na Síria, Guterres considera que as Nações Unidas devem fazer mais para que todas as partes envolvidas encontrem uma solução. “Olhando para a Síria, vê-se claramente que aqueles que ali combatem não poderiam continuar a fazê-lo se deixassem de ter o apoio financeiro, em armas e a nível político, que algumas das potências globais ou regionais lhes dão”, aponta.

 

 

Questionado sobre o terrorismo islamita, ligado a vários dos conflitos em curso no mundo, António Guterres reconhece que o uso da força é “muitas vezes absolutamente indispensável”, sublinhando que os Estados “têm o dever moral e o direito legal” de a utilizar. Ainda assim, sublinha que para lutar contra este fenómeno os meios militares não bastam, sendo necessário ir até às “raízes que facilitam o recrutamento de gente desesperada por parte de organizações terroristas”.

 

 

“Hoje existe um indiscutível progresso económico e tecnológico, mas as desigualdades aumentaram, sobretudo no interior de cada país, onde existem áreas de população que se sentem discriminadas (…). E isso leva a situações de revolta, de combate à sociedade, que explicam muitos movimentos radicais e terroristas”, realça.

 

 

Sobre a organização interna da ONU, o político português mostra-se favorável a uma reforma do Conselho de Segurança, para que o órgão mais importante para o funcionamento das Nações Unidas se torne “mais eficaz e operacional”. No entanto, escusa-se a avançar que tipo de estrutura defende para este órgão, e também não aborda o polémico poder de veto das cinco grandes potências: China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia.

 

 

Na entrevista à EFE, Guterres não esquece também a crise dos refugiados, considerando que é o reflexo da debilidade do projeto europeu. “Quando os projetos se debilitam, a consequência inevitável é que perdem peso e capacidade de intervenção na cena internacional”, salienta, considerando “terrível” que a Europa não tenha sido capaz de encontrar uma solução comum.

 

 

António Guterres considera, por outro lado, que as “transições políticas” de Portugal, Espanha e da América Latina constituem um exemplo “e um impulso decisivo para a democracia no Mundo”. “É importante que a ONU saiba dar valor a esta contribuição que a Iberoamérica deu ao mundo moderno”, conclui.

 

 

Manuel Elias / ONU /AFP/ LUSA/Expresso// 17 de Maio de 2016

 

 

 

 

O seleccionador nacional Fernando Santos revelou as suas escolhas para o Euro 2016

A dúvida manteve-se até às 20h30, altura em que Fernando Santos anunciou o nome dos 23 portugueses que vão marcar presença no Euro 2016, e confirmou-se o pior cenário para Bernardo Silva: uma lesão na coxa ditou o afastamento do jogador do Mónaco da competição que será disputada, a partir de 10 de Junho, em França. A indisponibilidade física do monegasco abriu as portas da competição a Renato Sanches. A presença do futuro jogador do Bayern Munique nos eleitos de Fernando Santos reforça a juventude do meio-campo de Portugal, em contraponto com enorme experiência do sector defensivo.

 

 

Sem surpresa, a comitiva portuguesa que a 9 de Junho viajará para Paris será composta por três guarda-redes, oito defesas, sete médios e cinco avançados. A dúvida no grupo dos eleitos por Fernando Santos residia na presença, ou não, de Bernardo Silva, que na passada sexta-feira sofreu uma lesão na coxa direita. O “10” do Mónaco foi observado pelo departamento clinico da Federação Portuguesa de Futebol, e o diagnóstico não foi positivo: paragem de cerca de três semanas. A indisponibilidade física de última hora de Bernardo Silva, que é agora forte candidato a marcar presença nos Jogos Olímpicos, obrigou Fernando Santos a rever os planos e o seleccionador optou por Renato Sanches, deixando de fora, por exemplo, Pizzi ou Tiago.

 

 

Com a ausência de Bernardo Silva e a entrada de Renato Sanches, que será mais uma opção para a zona central do meio campo, o mais provável é que João Mário, à semelhança do que aconteceu durante praticamente toda a época no Sporting, seja utilizado no flanco direito do ataque. O “17” sportinguista, considerado por muitos como o melhor jogador do campeonato nacional, é mesmo forte candidato à titularidade em França.

 

 

A chamada de Renato Sanches, um jogador com características bem diferentes dos restantes médios presentes na convocatória, reforça a juventude do sector intermédio: dos sete médios convocados, apenas Moutinho e Adrien têm mais do que 25 anos. Se no meio-campo há juventude q.b. (média de idades inferior a 24 anos), na defesa reina a experiência, destacando-se a veterania de Ricardo Carvalho, que hoje completa 38 anos. Excluindo dois laterais (Cédric e Raphaël Guerreiro), os restantes seis jogadores que compõe o leque de opções para a defesa de Portugal são “trintões”: a média de idades dos quatro centrais é superior a 34 anos.

 

 

Após anunciar o nome dos 23 eleitos, Fernando Santos começou por dizer que a sua escolha foi feita “após muita ponderação” e que não tem “lista de reserva”. “No dia 30 é que sai a convocatória final, porque estes são os que eu penso que podem ir. Mas ainda faltam jogos e não sei se pode acontecer, espero que não, uma infelicidade”, explicou o seleccionador nacional.

 

 

Confiante numa boa companha portuguesa – “Acredito e nós todos vamos acreditar que podemos chegar à final do Campeonato da Europa e vencer” –, Fernando Santos destacou a presença de “dez jogadores que nunca foram a uma fase final”, considerando que “há uma mistura clara de experiência com a irreverência da juventude”. “Isto prova que Portugal tem futuro”, concluiu o seleccionador português.

 

 

O estágio da selecção nacional começa a 23 de Maio, na Cidade do Futebol. Até à viagem para solo francês, a 9 de Junho, Portugal realiza três particulares, com Noruega (29 de Maio, no Dragão, no Porto), Inglaterra (2 de Junho, em Wembley, Londres) e Estónia (8 de Junho, na Luz, em Lisboa).

 

Na fase final do Euro 2016, Portugal vai disputar o Grupo F, juntamente com Islândia, Áustria e Hungria.

 

 

Os 23 convocados

 

 

Guarda-redes
Rui Patrício
Anthony Lopes
Eduardo

 

 

Defesas
Vieirinha
Cédric
Ricardo Carvalho
Bruno Alves
Pepe
José Fonte
Eliseu
Raphaël Guerreiro

 

 

Médios
William Carvalho
Danilo
João Mário
Adrien Silva
André Gomes
João Moutinho
Renato Sanches

 

 

Avançados
Cristiano Ronaldo
Rafa
Quaresma
Éder
Nani

 

 

TPT com: Patrícia de Melo Moreira//AFP//David Andrade// Público// 17 de Maio de 2016 

 

 

 

 

 

Salvamento de risco dá prémio a dois bombeiros portugueses do estado de New Jersey

A ação determinante do capitão Frank Fonseca e do bombeiro Carlos Henriques, salvou uma mulher grávida e duas crianças durante um violênto incêndio que teve lugar na cidade de Newark, Condado de Essex.

 

 

Este acto de salvamento prestado valeu-lhes a distinção de “Prémio Valor/2016”, atribuído no dia 5 de Maio pelo “200 Club of Essex County”. Uma organização  formada  por autoridades políticas, empresariais, comunitárias e de segurança, que tem por objectivo fundamental distinguir aqueles que pelos seus actos de enorme coragem, sentido do dever e espírito de sacrifício, arriscam tudo pelo bem comum.

 

 

A cerimónia de homenagem teve lugar no restaurante “Nanina’s in the Park”, na cidade de Belleville, New Jersey, e contou com a presença de várias figuras públicas do Condado de Essex, entre elas o xerife Armando Fontoura.

 

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Durante as alocuções, os dois bombeiros luso-americanos (na foto à esquerda o capitão Frank Fonseca e o bombeiro Carlos Henriques), ouviram em sua honra, mensagens de felicitações pelos seus actos heróicos, vindas de, entre outros, Lori Hennon Bell, Presidente do “Clube 200”, de Ira Cohen, Membro do Conselho Executivo, Anthony Ambrose, Director de Segurança Pública da cidade de Newark, Armando Fontoura, xerife do Condado de Essex, e ainda do Chefe do Departamento de Bombeiros da cidade de Newark, John Centanni.

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Nesta cerimónia e para além do capitão Frank Fonseca e do bombeiro Carlos Henriques, foram ainda homenageados com o “Prémio Valor” mais três bombeiros norte-americanos, sendo eles, Tony DeFeo, Michael Bellina e Carlo Dello Russo.

 

 

Armando Fontoura, xerife do Condado de Essex, também ele um português, elogiou os homenageados com palavras de profundo respeito e gratidão, bem como a todos os bombeiros, polícias e dirigentes das associações humanitárias “que nos ajudam a perspectivar um futuro de mais armonia e tolerância, maior segurança, estabilidade e paz”, concluiu o xerife Armando Fontoura.

 

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Após os recebimentos do “Prémio Valor/2016” (na foto, esq./dir.), Armando Fontoura, Cohen Hennon Bell,  Lori Hennon Bell, Tony DeFeo, Michael Bellina, Carlo Dello Russo, Frank Fonseca, Carlos Henriques, e John Centanni), houve a tradicional confraternização. Em relação aos méritos destes homens aqui homenageados, todos foram unânimes em reconhecer como exemplares as suas ações em prol do bem-estar das populações que servem, com dedicação, empenhamento e sacrifício pessoal.

 

 

O capitão Frank Fonseca desempenha uma das mais nobres tarefas de serviço público no Condado de Essex, há mais de vinte anos

 

 

Filho de pais naturais do concelho de Murtosa, Aveiro, o capitão Frank Fonseca cedo experimentou as dificuldades de sobrevivência das classes populares da costa leste dos Estados Unidos, para onde imigrou, quando tinha apenas 7 anos de idade.

 

 

Movido pela força de vontade, dos imigrantes que perseguem um sonho, Frank Fonseca quer continuar a desempenhar a sua nobre missão, com o característico orgulho de quem tem um ideal a cumprir.

 

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Promovido a capitão durante o mandato do mayor de Newark, Cory Booker, actual Senador Federal dos Estados Unidos, e do Chefe do Departamento de Bombeiros desta cidade, Michael Lalor, Frank Fonseca faz questão de referir que os bombeiros são sempre a principal força, mais próxima dos cidadãos.

 

 

O capitão Fonseca que já passou de tudo um pouco ao longo dos seus mais de vinte anos de carreira, disse sentir-se honrado por fazer parte dos vencedores do “Prémio Valor” que tem por objectivo louvar e honrar as forças de segurança e os bombeiros e enaltecer o importante contributo que dão para a prossecução de uma das mais nobres tarefas de serviço público, que é a segurança, a protecção e o socorro das pessoas. Para o capitão Fonseca, o “Prémio Valor” significa também homenagear todos os homens e mulheres que quotidianamente são protagonistas, quantas vezes anónimos, de histórias de coragem, abnegação e altruísmo, que culminam, muitas vezes, com o sacrifício da própria vida.

Em nome de toda a equipa do The Portugal Times, parabéns aos homenageados!.

 

 

JM//The Portugal Times/ 17 de Maio de 2016

 

 

 

 

 

O aeroporto de Lisboa já se chama “obviamente” Humberto Delgado

Ao meio-dia, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, puxa a corda que tapa o pano branco e as letras fixadas na fachada do aeroporto de Lisboa surgem diante dos olhos de todos: Aeroporto Humberto Delgado. Ouvem-se palmas. Uma vez lá dentro, na zona das chegadas, o Chefe de Estado considera simbólico que este momento seja assinalado por um Governo de esquerda e um Presidente de centro-direita. O “general sem medo” foi elogiado por todos, em todas as facetas, a de aviador, responsável pela criação da aviação comercial em Portugal e a de homem que lutou pela liberdade. Pelo contributo que deu à democracia.

 

 

Os discursos seguiram-se à exibição de um vídeo sobre a vida de Humberto Delgado, que se candidatou às eleições presidenciais de 1958 e que, quando questionado sobre o que faria a Salazar caso fosse eleito, respondeu a célebre frase: “Obviamente, demito-o.”

 

 

Quando se comemoram 110 anos do nascimento de Humberto Delgado, Marcelo Rebelo de Sousa começou por saudar os netos e bisnetos, entre outros familiares do general sem medo, presentes na cerimónia, porque os mais novos são o “futuro”. Elogiou o homem que “amava a liberdade e por ela voava tão alto como os aviões que pilotou”. Um homem “livre, totalmente livre”, corajoso, com “coragem física” que enfrentou “tudo e todos”, um homem que se tornou “consensual”. Por isso, considerou “simbólico” que a cerimónia juntasse um Governo de esquerda e um Presidente de centro-direita. Humberto Delgado, disse, foi “um arrojado sonhador da nossa democracia”.

 

 

Voar e liberdade

 

 

Também o primeiro-ministro, António Costa, afirmou que se estava a cumprir “um acto de justiça histórica”. Salientou que, no imaginário do ser humano, a capacidade de voar sempre esteve associada à liberdade. Falou na audácia, na coragem, na resistência, na determinação de Humberto Delgado, no “sacrifício pela liberdade” que fez. A mudança de nome do aeroporto é, referiu também, um acto “pedagógico”, para que as novas gerações perguntem quem foi o vulto. E “ficarão a saber”, sublinhou o primeiro-ministro, que muitos portugueses morreram para termos “a liberdade que hoje nos é tão natural como o ar que respiramos”. Humberto Delgado foi, reiterou, um “pioneiro da aviação comercial” e um “herói da liberdade”. E o novo nome do aeroporto simboliza, defendeu, o Portugal democrático que nasceu depois de Abril.

 

 

O discurso do autarca de Lisboa, Fernando Medina, alinhou no mesmo sentido. Também recordou que foi o actual primeiro-ministro, quando era ainda presidente da Câmara de Lisboa, que sugeriu a mudança de nome de Aeroporto da Portela para Humberto Delgado – mudança confirmada este ano em Conselho de Ministros.

 

 

Salientou que o nome vai estar “na porta de entrada e saída do país”, o que vai fazer com que muitos se questionem sobre quem foi este homem “barbaramente assassinado” pela PIDE. “Vão ficar a saber que os portugueses são, mais cedo ou mais tarde, verdadeiramente um povo sem medo”, disse.

 

 

Na cerimónia, também o falou o filho, o comandante Humberto Rosa Delgado, lembrando que o pai “abdicou da sua individualidade pelo todo” e lamentando que a mãe, que morreu com 105 anos, não assistisse a este momento. A cerimónia incluiu ainda um momento em que vários convidados carimbaram e assinaram um postal dos CTT, alusivo ao momento, e visitaram a exposição Humberto Delgado e a Liberdade dos Céus.

 

 

Antes, tinha discursado Nicolas Notebaert, presidente da Vinci Airports, que salientou que “2015 foi um ano de recordes para toda a rede de aeroportos portugueses”: “Lisboa não foi excepção a esta regra, atingindo um novo recorde de 20 milhões de passageiros. Estes resultados de sucesso foram alcançados graças ao excelente relacionamento com as autoridades públicas, em particular com o Governo e com a Câmara Municipal de Lisboa, ao longo destes três últimos anos. Por isso, esperamos encontrar em conjunto soluções para garantir a continuidade deste enorme crescimento, sem limitações ou restrições”, disse, acrescentando que esses resultados “devem-se também à atractividade do destino Lisboa, da localização do aeroporto próximo do centro da cidade e à existência do hub de Lisboa, que é vital preservar e desenvolver”: “Estamos preparados para definir com o Governo qual será a melhor oferta adicional de capacidade para a região de Lisboa”, frisou.

 

 

Retrospectiva

 

 

 

Em fevereiro, o Governo aprovou, em Conselho de Ministros, batizar o aeroporto de Lisboa com o nome do general, seguindo a proposta da Câmara de Lisboa, aprovada um ano antes, quando o atual primeiro-ministro, António Costa, ainda estava à frente do município.

 

 

Na moção aprovada, por unanimidade, a 11 de fevereiro de 2015, em reunião camarária, António Costa sustentava que Humberto Delgado “foi uma figura notável do país político do seculo XX”, assim como “um vulto maior da aviação comercial portuguesa”, destacando o facto de ter fundado a TAP.

 

 

Humberto Delgado nasceu a 15 de maio de 1906 em Boquilobo, Torres Novas, e foi assassinado a 13 de fevereiro de 1965, encontrando-se sepultado no Panteão Nacional.

 

 

O militar estudou aeronáutica, foi adido militar de Portugal, em Washington, além de membro do comité dos representantes da Associação do Atlântico Norte (NATO, na sigla em inglês).

 

 

Em 1958, Humberto Delgado aceitou o convite  da oposição para ser candidato presidencial – contra Américo Tomás -, desafiando o regime, e recebeu manifestações de apoio um pouco por todo o país, que eram seguidas de perto e reprimidas pela PIDE (polícia política).

 

 

Questionado sobre o que faria com Salazar se ganhasse as eleições, respondeu ‘obviamente, demito-o’, uma vez que o Presidente da República nomeava e podia demitir o chefe de Governo.

 

 

Mesmo com fraude eleitoral, Humberto Delgado obteve 23,5% dos votos e passou a ser uma das figuras mais temidas do regime.

 

 

A 13 de fevereiro de 1965, o general e a sua secretária Arajaryr Campos foram assassinados perto de Badajoz, por uma brigada da PIDE, que o atraiu a este local convencendo-o de que se ia encontrar com militares oposicionistas.

 

 

 

TPT com: Maria João Lopes//Daniel Rocha/Público/Expresso// 15 de Maio de 2016

 

 

 

Celebrações do Dia de Portugal em Newark 2016 já começaram

A comissão organizadora das celebrações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas 2016, na cidade de Newark, estado de New Jersey, que vão ter lugar nos dias 10, 11 e 12 de Junho nesta cidade, levou a efeito a tradicional imposição das faixas de “Grande Marshall” e “Jovem do Ano”, em cerimónia que decorreu durante o jantar designado como “Noite Portuguesa”, cerimónia esta realizada no dia 6 de Maio no restaurante Mediterranean Manor, em Newark.

 

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Os nomeados para “Grande Marshall” e “Jovem do Ano” das Comemorações do Dia de Portugal em Newark/2016, são o empresário de restauração António Nobre e a jovem promissora aluna do East Side High School, de Newark, Samantha Cabrera, que tem raízes portuguesas.

 

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Estiveram presentes várias personalidades, políticas, culturais e empresariais da cidade, entre elas o Cônsul Geral de Portugal em Newark, Dr. Pedro Soares de Oliveira (1º na foto de pé à direita), Helena Oliveira, em representação do Xerifado do Condado de Essex, Augusto Amador, vereador da cidade de Newark,  Joseph Parlavechio, membro directivo do Partido Democrata, de New Jersey ((1º na foto à esquerda, sentado), Carlos M. Gonzalez, vereador da cidade de Newark, e ainda o consultor Pedro Belo, administrador da empresa PJBelo Consulting, LLC.

 

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Participou ainda nesta iniciativa a luso-americana Eliana Pintor Marin, legisladora do estado de New Jersey, aqui ladeada pelos membros da  “Portuguese American Police Association” (José Barros, à esquerda e Billy Correia, à direita), uma organização fundada em 1993 e constituída por elementos policiais luso-americanos que se encontram a prestar serviço em várias esquadras e departamentos policiais dos Estados Unidos da América e que tem como objectivo principal ser um dos elos de ligação entre a comunidade portuguesa e a sociedade americana.

 

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O East Side High School, que é um liceus mais emblemáticos de Newark, com uma população estudantil de mil e quinhentos alunos, esteve representado pelo seu director (“principal”).

Trata-se do Dr. Mário Santos, que também foi nomeado “Grand Marshall” do Dia de Portugal em Newark/2015, e que chegou acompanhado pela sua esposa.

 

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Fernando Grilo, presidente da União de Clubes Luso Americanos de New Jersey(1º na foto à esquerda), aqui acompanhado por Manuel Pereira, director do Rancho Folclórico “Barcuense”, também estiveram presentes na “Noite Portuguesa”.

De referir que Fernando Grilo foi o responsável pela realização do Dia de Portugal em Newark, após a “era Bernardino Coutinho”, o mentor desta iniciativa, e demitiu-se do cargo este ano, devido a divergências com o vereador luso-americano de Newark, Augusto Amador.

 

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O Sport Newark e Benfica, que foi fundado em 1969 e é a filial número 21, do Sport Lisboa e Benfica, também esteve representado por alguns dos seus membros directivos.

 

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Esta colectividade, para além do convívio social e cultural que proporciona aos seus sócios e amigos, é também o centro de uma importante actividade desportiva, voltada sobretudo para as camadas mais jovens e também para os veteranos.

 

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Entre os convidados da “Noite Portuguesa” estava também uma comitiva da região da Serra da Estrela, contituída por empresários e autarcas, entre eles, Carlos Santos, Dr. Albino Leitão, ex-presidente da Câmara Municipal de Manteigas, Dr. Paulo Langrouva, presidente da Câmara Municipal de Figueira de Castelo Rodrigo, Arqº. António Saraiva,  Gabril Rodrigues, Carlos Andrade e Alexandrino Costa, presidente do Centro Cultural “Os Serranos” de Newark. O objectivo principal da sua presença nos Estados Unidos está relacionada com a promoção dos produtos da região da Serra da Estrela nos Estados Unidos. Uma iniciativa “que visa também ajudar Portugal, nestes tempos de crise”, disseram ao The Portugal Times.

 

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E enquanto isto, na entrada do salão efectuava-se a habitual recepção aos convidados. Segundo alguns elementos da organização com quem o The Portugal Times falou, mais de duzentas pessoas estiveram presentes para jantar, aplaudir os artistas e os homenageados da noite.

 

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Uma noite de boa disposição onde foi realçado o poderoso e significativo papel desenvolvido pela Comunidade Portuguesa neste país de acolhimento. Uma comunidade que criou positivas referências nos mais variados campos de actividade, que também dignificam e fortalecem Portugal.

 

Um destes exemplos é o Dr. Joaquim Correia, “ex-Grand Marshall do Dia de Portugal/2014”, que foi muito “assediado” pela comunicação social presente.

 

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Joaquim Correia, é natural de Ermesinde, Porto, e imigrou para os Estados Unidos no dia 4 de Setembro de 1973, juntamente com os pais, quando tinha apenas 13 anos de idade.

Mas, nessa altura, estava longe sequer de sonhar que haveria de estudar nas três melhores universidades dos Estados Unidos, e tornar-se um doutor, dos melhores.

 

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Joaquim Correia, que é actualmente um dos médicos Electrofisiologistas mais conceituados dos Estados Unidos, disse ao The Porugal Times que “chegou a hora de sem demagogias, render justiça aos emigrantes portugueses que nos Estados Unidos e no Mundo dignificam o nome de Portugal e com o seu trabalho honesto contribuem para a paz, o progresso e a prosperidade dos países que os acolheram”.

Após a conversa que manteve connosco, o Dr. Joaquim Correia dirigiu-se para a mesa da administração do Hospital Saint Michael’s Medical Center onde o esperavam, para juntos, degustarem o jantar da noite.

 

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Depois do jantar teve início o protocolo que esteve a cargo de Luís Pires, do qual fez  parte também a entoação dos hinos dos Estados Unidos e Portugal, aqui interpretados pela jovem Alexandra Marques.

 

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Após a entoação dos hinos nacionais, houve as habituais apresentações, seguindo-se a cerimónia da imposicão das faixas e os tradicionais discursos “da praxe”.

 

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O Dr. Pedro Soares de Oliveira, Cônsul Geral de Portugal em Newark, New Jersey, Delaware e Pennsylvania, referiu na sua mensagem que “sendo esta uma efeméride de todos, é de inteira justiça destacar o trabalho e a dedicação dos vários colectivos que ao longo dos anos e décadas assumiram a responsabilidade de as realizar e liderar, neste ano, a Comissão do Dia de Portugal. Gostaria ainda de valorizar a tradição enraizada de distinguir e homenagear personalidades que servem a comunidade e são motivo de orgulho para todos nós. Faço votos que as comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas sejam neste ano de 2016 partilhadas por ainda mais portugueses e luso-americanos, de todas as idades, para que o testemunho e a responsabilidade dessa herança floresça nas novas gerações e todos continuemos a representar a cultura e a língua portuguesa e a elevar o nome de Portugal”, concluiu o Cônsul Geral.

 

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Augusto Amador, vereador do Bairro Leste da cidade de Newark, também discursou e teceu alguns considerandos sobre a importância destas comemorações. Na sua mensagem, “puxou dos galões da sua veia poética” e dedicou um dos seus poemas a estas comemorações, referindo nele que “há uma terra para além do mar que me engole os olhos e me consome em dias de ausência.

 

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Há um país para cá do paredão que entendo ainda neste tempo de inverno. Na minha carne viva há anjos de fogo a arder. Há um canal de raiva que se prende em beijos ternos sempre que faço uma viagem”, disse Augusto Amador.

Abordado pelo The Portugal Times sobre se tinha mais algumas palavras a acrescentar sobre esta efeméride, o vereador respondeu que não.

 

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E a festa prosseguiu com os discursos de agradecimento de António Nobre, e Samantha Cabrera, respectivamente “Grande Marshall” e “Jovem do Ano”, das Comemorações do Dia de Portugal em Newark/2016.

António Nobre, empresário de restauração, alimentação e bebidas, é proprietário do conhecido restaurante Solmar, na cidade de Newark, e da empresa de importação e distribuição de vinhos portugueses Wine Enterprise, com sede nesta cidade.

 

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O “Grand Marsahall” do Dia de Portugal em Newark/2016, nasceu na Quinta de Riba Fria, freguesia de Lamas, concelho de Cadaval. Casou quando tinha 18 anos de idade e iniciou a sua vida profissional antes de ter ingressado na vida militar, onde prestou serviço durante 48 meses.

Com uma actividade ligada ao sector das carnes, com produção e comercialização em Portugal, António Nobre quando atingiu os 25 anos de idade tinha já sob a sua responsabilidade duzentos e vinte e dois empregados(222). Mas, segundo este, “por razões diversas e políticas”, acabou por fechar toda a sua actividade em Portugal.

Em 1982 tomou a decisão de emigrar para os Estados Unidos onde ingressou na actividade da restauração. O seu primeiro emprego foi no ex-Portuguese Pavillion Restaurante, em Newark, New Jersey.

 

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António Nobre conta ainda que se aventurou pela área da construção civil, mas voltou para a área da restauração comprando um “lunch truk” onde se manteve durante seis anos. Em 1991 comprou o Solmar Restaurante que é considerado actualmente um dos restaurantes mais afamados de Newark, onde confecciona e divulga o melhor da gastronomia portuguesa, factores que lhe têm proporcionado a conquista de vários prémios, fazendo parte da sua enorme lista de clientes, individualidades do “jet set” da política e da cultura portuguesa e americana.

 

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António Nobre, após a imposição da faixa de “Grande Marshall”, valorizou ainda o apoio que sempre recebeu da família e deu a entender aos convidados presentes que  “a sorte vem depois de muito trabalho e que nada cai do céu”.

 

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Samantha Cabrera, tem 17 anos de idade. Nasceu na cidade de Rahway, no estado de New Jersey e tem raízes portuguesas. Não fala português, mas o sentir é igual. Tem orgulho na sua ascendência e para ela há linguagens “especiais” que são iguais em qualquer parte do mundo.

Samantha é uma criança que passou uma infância sofrida. Apresenta-se como uma rapariga humilde e trabalhadora que sonha vencer os desafios impostos pela vida. Dos pais, não guarda boas recordações e faz questão de referir que foi criada e educada pelos avós.

 

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Segundo alguns elementos da Comissão do Dia de Portugal em Newark/2016, “os feitos demonstrados por Samantha A. Cabrera, ao longo dos seus 17 anos de idade, mereceram-lhe a nomeação de “Jovem do Ano”. Samantha Cabrera redescobre força e energia e queremos ajudar a transmitir-lhe ousadia para se colocar no mundo de forma activa e positiva”.

E a marcha para que o seu sonho se torne uma realidade já começou. Samantha vai iniciar a carreira académica na universidade de “Seaton Hall”, no estado de New Jersey.

Em conversa com o The Portugal Times, Samantha agradeceu a todos quantos tornaram possível este sonho e disse que “o processo não é fácil, mas é possível”.

 

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Depois das homenagens e do jantar, segui-se a parte cultural da “Noite Portuguesa”: Eduardo Marques, Anita Guerreiro e o Rancho Folclórico da Casa do Concelho de Arcos de Valdevez, fizeram a festa.

 

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Eduardo Marques, que continua a mostrar interdisciplinaridade na sua classe vocal, iniciou a sua actuação recordando Paulo de Carvalho, um nome incontornável na música portuguesa das últimas décadas.

 

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Prosseguindo com o espectáculo, que foi curto, Eduardo Marques mostrou uma pequena parte do talento que o levou a participar como actor e cantor, nos musicais Navio dos rebeldes ( nomeado para os Globos de Ouro), Peter Pan, Fame, High-School Musical, Phantom of the Opera e Les Miserables.

 

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Depois de Eduardo Marques, seguiu-se a ctuação de Anita Guerreiro,  uma das mais carismáticas e populares artistas do fado, do teatro e da televisão portuguesa.  “Anita Guerreiro é Lisboa”, dizem!

 

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Actualmente mais na televisão, onde participa regularmente em telenovelas e séries de comédia, Anita Guerreiro continua a ser muito estimada pelo público.

Tal como muitos outros, Anita Guerreiro, cujo nome de baptismo é  Bebiana Guerreiro Rocha Cardinalli, começou, com apenas sete anos de idade, por ser uma das fadistas infantis que mais se identificava com o bairro de onde vinha, – sendo por isso conhecida como “a miúda do Intendente”, bairro onde nascera no dia 13 de Novembro de 1936.

A Anita Guerreiro se deve a criação de um fado-canção que ficou na boca do povo e até Amália gravou: Cheira a Lisboa, que criou em 1969 na revista Peço a Palavra.

 

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Ironicamente e pouco depois desse sucesso colossal, que obteve na sua carreira artística, nomeadamente no teatro de revista, Anita Guerreiro teve necessidade de se afastar durante um longo período de tempo. Nesse período de afastamento, Anita Guerreiro manteve-se a cantar Fado, gravando e actuando no estrangeiro, em longas temporadas na Europa, Canadá e nos Estados Unidos da América, locais onde recebeu os aplausos do público, nomeadamente das comunidades de emigrantes. Reflexo desse êxito são os Óscares de Popularidade que Anita recebeu em 1987 e 1988, em Fall River, Estados Unidos, país onde casou.

 

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E porque Anita nos trouxe mais uma vez o fado que foi partilhado por fidalgos, por vadios e marinheiros, e que a aristocracia boémia sentiu pelas ruas e vielas de Lisboa, bem como pelas tabernas e pelas mulheres, Anita Guerreiro recebeu mais uma vez os calorosos aplausos dos portugueses e portuguesas que participaram nesta noite de festa na cidade de Newark, em honra e Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.

 

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E como festa portuguesa sem folclore não é festa, após a actuação de Anita Guerreiro entrou no salão do Mediterranean Manor o conceituado Rancho Folclórico da Casa do Concelho de Arcos de Valdevez, que tem a sua sede em Newark, New Jersey.

 

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Fundado no dia 15 de Janeiro de 2010, o Rancho Folclórico da Casa do Concelho de Arcos de Valdevez-USA tem já muitos adeptos.

 

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Constituído por mais de meia centena de elementos com idades compreendidas entre os 5 e os 70 anos, o Rancho Folclórico da Casa do Concelho de Arcos de Valdevez, nos Estados Unidos, faz questão de mostrar com alegria, que se quer juntar àqueles que divulgam com saber, as danças e os cantares da região do Minho, neste lado do Atlântico.

 

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A recolha e pesquisa da origem dos seus trajes e das suas danças, é fruto de um dedicado trabalho feito pela direcção deste grupo, tendo em conta as tradições do Baixo Minho.

 

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E é precisamente este legado cultural que os responsáveis do Rancho Folclórico da Casa de Arcos de Valdevez pretendem transmitir aos mais novos, que se mostram interessados em ocupar de uma forma diferente os seus tempos livres, depois do horário escolar americano, e muitos deles, também, após as aulas de português.

 

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Aqui, pais, filhos e netos, vivem o folclore com alegria, conscientes da importância do seu papel, na aprendizagem, preservação e divulgação, dos usos e costumes da região, dos seus ancestrais.

 

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Para finalizar a sua actuação, os elementos do Rancho Folclórico da Casa do Concelho de Arcos de Valdevez convidaram todos os presentes a “saltar para a roda” para darem uns passos de dança onde entrou também o Cônsul Geral de Portugal em Newark, Dr. Pedro Soares de Oliveira.

 

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E é assim, equipados desta forma, que os elementos do Rancho Folclórico da Casa do Concelho de Arcos de Valdevez, com sede em Newark, querem mostrar, na América do Norte, as danças e cantares, que reflectem a vida campesina da região do Minho.

Os aplausos dirigidos a este rancho folclórico são estímulos de coragem para continuar o trabalho iniciado e cujo futuro parece ser prometedor.

 

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Prometedoras são também as iniciativas do Sport Clube Português de Newark, cujos membros continuam a ajudar a manter um indiscutível e profundo significado de afirmação e identidade do nosso povo neste país de acolhimento.

 

 

Nesta “noite portuguesa”  e através do seu presidente Jack Costa, fizeram questão de realçar o simbolismo destas comemorações transportando  o busto de Luís de Camões, deste clube português para o salão onde decorreu o evento, ajudando a dar, desta forma, um ar mais formal e camoniano à sala.

 

 

De referir que Sport Clube Português de Newark foi fundado no dia 17 de Dezembro de 1921 e é um dos clubes portugueses que tem vindo a projectar no mundo luso dos Estados Unidos a obra dos nossos ilustres conterrâneos. São várias as condecorações recebidas e o seu Livro de Honra continua a guardar e a gravar testemunhos da passagem pelos Estados Unidos, de algumas das mais altas individualidades portuguesas, desde a política à literatura, à arte, ao desporto e à música.

 

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As comemorações do Dia de Portugal em Newark/2016  terminam no dia 12 de Junho com a realização de uma “parada cultural” que vai decorrer na Portugal Avenue ou Ferry Street.

 

 

Inserido nas Comemorações do Dia de Portugal em Newark/2016, e numa iniciativa do Cônsul Geral de Portugal, Dr. Pedro Soares de Oliveira, está também o concerto que Júlio Pereira vai apresentar no dia 4 de Junho à noite no New Jersey Performing Arts Center, em Newark.

 

 

Neste espectáculo Júlio Pereira será acompanhado por Sandra Martins (violoncelo), Miguel Veras (guitarras) e Fernando Barroso (bouzouki).

 

Neste contexto, realçamos ainda o facto de um dos descendentes do cavaquinho ser o americano ukulele, que abrirá este concerto pelas mãos e arte de James Hill, músico canadiano que devolve ao ukulele a sua plena dignidade sem nunca se tomar demasiado sério.

 

 

Este concerto, resulta de uma colaboração entre o NJPAC e o Consulado Geral de Portugal em Newark. Um espectáculo a não perder.

 

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Fazem parte da Comissão do Dia de Portugal em Newark/2016, (em baixo, esq./dir.), Rosemary Ruivo (presidente), Manuela Cardoso, Maria Ribeiro, Paula Cardoso e Glória Tortoriello. Em cima(esq./dir.); Daniel Santos, Augusto Amador, Tiago Gonçalves, António Nobre (Grand Marshall), Ana Grifo, George Marques, Carlos Paredes, e Ulisses Brito.

 

 

As comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, na cidade de Newark, visam ser uma referência da expressão cultural das gentes lusitanas que residem nos Estados Unidos da América.

Viva Portugal!!!…

 

 

 

JM/CM/The Portugal Times, 13 de Maio de 2016

 

 

 

 

 

 

 

Presidente Michel Temer garante que o combate à corrupção é para levar até ao fim

“A Lava Jato tornou-se referência e deve ter prosseguimento e protecção contra qualquer tentativa de enfraquecê-la”, afirmou o Presidente em exercício, que escolheu sete ministros envolvidos nessa investigação para o seu Governo.

 

 

Michel Temer acordou pouco depois das seis da manhã de quinta-feira com fogos de artifício e deu-se conta de que dali a algumas horas seria o novo Presidente do Brasil.  O Senado brasileiro acabara de aprovar, por ampla maioria, a suspensão do mandato da primeira mulher eleita para a Presidência da República. A sessão no Senado começou às dez da manhã de quarta-feira e só terminou depois de quase 20 horas de discursos, mas Michel Temer, que nos últimos cinco anos e meio foi vice-presidente de Dilma Rousseff, não ficou acordado para acompanhar a maratona, segundo a Folha de S. Paulo. Foi dormir por volta das três da manhã e só ligou a televisão, que transmitia a sessão no Senado em directo, quando ouviu os fogos de artifício.

 

 

A votação – 55 senadores votaram a favor da instauração de um processo deimpeachment contra Dilma Rousseff, e só 22 contra – tinha acabado há instantes. De resto, a maioria dos brasileiros também não assistiu: ao contrário da votação de 17 de Abril na Câmara dos Deputados, o desfecho no Senado era previsível para todos. Enquanto os senadores alternavam a vez nos microfones do plenário, do outro lado da rua, em Brasília, funcionários do palácio presidencial esvaziavam os gabinetes e encaixotavam pertences.

 

 

Senadores da oposição e aliados do governo votaram com a certeza de que oimpeachment ia ser aprovado. Não houve embates, apertos, cuspidelas, tributos às famílias e a Deus, homenagens a torturadores, bandeiras do Brasil ou cartazes dizendo “Tchau, querida”. Os senadores discursaram uns atrás dos outros, no tempo máximo de 15 minutos, e a longa sessão fez o plenário ficar vazio por várias vezes. A votação durou poucos minutos e foi feita por painel electrónico – ao contrário do que acontecera na Câmara dos Deputados, onde os mais de 500 parlamentares votaram, um a um, com declarações ao microfone.

 

 

Quando o presidente do Senado Renan Calheiros anunciou os 55 votos a favor do impeachment, pouco depois das seis e meia da manhã, houve aplausos, mas foram curtos. Não houve folclore. Mas houve “uma dessas oportunidades que só a política brasileira proporciona à História”, como escreveu a revistaÉpoca: Fernando Collor de Mello, afastado da Presidência há 24 anos por um processo análogo, votou a favor do impeachment da sua quarta sucessora. Foi o único discurso que o plenário fez silêncio para ouvir, com o respeito que se dá a figuras trágicas. Collor, que é senador pelo estado de Alagoas e é alvo de investigação na Operação Lava Jato por suspeitas de corrupção, disse que chegou a alertar Dilma para o risco de um impeachment, mas foi ignorado. “Ouvidos de mercador. Desconsideraram as minhas ponderações. Relegaram a minha experiência.”

 

 

Acusado de corrupção e tráfico de influências, Collor demitiu-se em Dezembro de 1992, dois meses depois de o Senado aprovar o seu afastamento do cargo, no dia em que o seu julgamento começou. Mas Dilma garantiu esta quinta-feira que vai “lutar com todos os instrumentos legais” para exercer o seu mandato até ao fim. “Até ao dia 31 de Dezembro de 2018”, precisou.

 

 

Dilma foi oficialmente notificada sobre a decisão do Senado às 11h da manhã e 15 minutos depois fez o seu último discurso no Palácio do Planalto, rodeada de membros do seu executivo, deputados do Partido dos Trabalhadores e outros partidos aliados – alguns dos quais se emocionaram ao ouvir a Presidente. “Nunca imaginei que seria necessário lutar de novo contra um golpe no meu país”, disse Dilma, que integrou a luta armada contra a ditadura brasileira, instaurada em 1964 por um golpe militar. Ela declarou estar a ser punida por um crime que não cometeu e ser vítima de “uma farsa jurídica e política”. “Posso ter cometido erros, mas não cometi crimes. Não tenho contas no exterior. Não recebi subornos. Jamais compactuei com a corrupção. Esse é um processo injusto, desencadeado contra uma pessoa honesta e inocente.”

 

 

Afastada 17 meses depois de ter sido inaugurado o seu segundo mandato, Dilma é acusada de irresponsabilidade fiscal, por ter decretado aumentos orçamentais sem aprovação do Congresso e ter usado bancos estatais para pagar despesas públicas, mascarando o estado real das contas do Estado. Ela insistiu que essas acções foram legais e necessárias, além de também terem sido executadas pelos seus antecessores. “Jamais em democracia o mandato legítimo de um Presidente eleito pode ser afastado por actos legítimos de gestão orçamental. O Brasil não pode ser o primeiro país a fazer isso”, declarou.

 

 

Dilma saiu a pé do Palácio do Planalto e foi abraçada por aliados, incluindo um abatido Lula da Silva, o ministro nomeado que nunca chegou a sê-lo.  Cerca de três mil pessoas (estimativa da Polícia Federal) concentraram-se frente ao palácio presidencial e Dilma cumprimentou pessoalmente muitas das que estavam na frente, junto às barreiras de segurança, na sua maior parte mulheres. “Hoje para mim é um dia muito triste”, admitiu. “Mas vocês conseguem fazer com que a tristeza diminua”, disse. O Diário Oficial da União, equivalente ao português Diário da República, publicou esta quinta-feira a exoneração de 28 ministros do Governo de Dilma, incluindo Lula da Silva, nomeado ministro da Casa Civil em Março, mas cuja posse foi suspensa por decisão judicial e aguardava até agora uma decisão final do Supremo Tribunal Federal. A assinatura dos decretos das exonerações tinha a data de quarta-feira, sinalizando que Dilma já tinha a certeza de que seria afastada do cargo pelo Senado.

 

 

Enquanto Dilma discursava, Michel Temer foi notificado da decisão do Senado. “Ele recebeu com naturalidade, muito elegante, muito formal, mas a gente percebe no sorriso que ele está muito entusiasmado”, disse à imprensa Vicentinho Alves, o senador que entregou o comunicado oficial a Temer que o tornou Presidente interino do Brasil. A essa hora, já se sabia a composição do novo governo, um executivo exclusivamente masculino e branco, ou seja, ignorando duas maiorias da população brasileira – mulheres (51,5%) e negros (54%). O governo de Temer é o primeiro sem mulheres desde a ditadura militar e a presidência do general Ernesto Gleiser (1974-1979).

 

 

De resto, foi essa a imagem que o Brasil viu, na cerimónia de posse dos seus ministros ao final da tarde de quinta-feira: 24 homens de fato e gravata assinando termos de posse num ambiente festivo e auto-congratulatório. Temer, cuja equipa antecipara uma transição discreta e sóbria, estava sorridente. O novo Presidente brasileiro, que é do PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro), voltou a ouvir fogos de artifício quando entrou no Palácio do Planalto.

 

 

No seu primeiro discurso como Presidente em exercício, Temer sinalizou que o seu maior desafio é “estancar o processo de queda livre da economia” brasileira e reequilibrar as contas públicas num cenário de desemprego, inflação e défice elevados. Prometeu manter os programas sociais criados pelos governos do Partido dos Trabalhadores, como o Bolsa Família e Minha Casa Minha Vida, dizendo que “deram certo” e que “o Brasil, lamentavelmente, ainda é um país pobre”. Defendeu uma redução da intervenção do Estado e o incentivo da iniciativa privada. Reservou uma linha para o combate à corrupção: “A Lava Jato tornou-se referência e deve ter prosseguimento e protecção contra qualquer tentativa de enfraquecê-la”.

 

 

Enquanto discursava, ouviu-se um “panelaço” – protesto que consiste em bater em panelas – em bairros do Rio de Janeiro, juntamente com gritos de “golpista” e “Fora Temer”. Foi assim que, no último ano, os críticos de Dilma reagiram sempre que ela fazia importantes discursos à nação.

 

 

O Governo de Temer

 

 

Finanças: Henrique Meirelles (ex-presidente do banco central)

 

Planeamento: Romero Jucá (PMDB)

 

Desenvolvimento, Indústria e Comércio: Marcos Pereira

 

Relações Exteriores (inclui comércio exterior): José Serra (PSDB)

 

Casa Civil: Eliseu Padilha (PMDB)

 

Secretaria de Governo: Geddel Vieira Lima (PMDB)

 

Secretaria de Segurança Institucional: Sérgio Etchegoyen

 

Educação: Mendonça Filho (DEM)

 

Saúde: Ricardo Barros (PP)

 

Justiça e Cidadania: Alexandre de Moraes

 

Agricultura: Blairo Maggi (PP)

 

Trabalho: Ronaldo Nogueira (PTB)

 

Desenvolvimento Social e Agrário: Osmar Terra (PMDB)

 

Meio Ambiente: Sarney Filho (PV)

 

Cidades: Bruno Araújo (PSDB)

 

Ciência, Tecnologia e Comunicações: Gilberto Kasssab (PSD)

 

Transportes: Maurício Quintella (PR)

 

Advocacia-Geral da União: Fabio Medina Osório (especialista em combate à corrupção)

 

Fiscalização, Transparência e Controlo: Fabiano Augusto Martins Silveira

 

Defesa: Raul Jungmann (PPS)

 

Turismo: Henrique Alves (PMDB)

 

Desporto: Leonardo Picciani (PMDB)

 

Minas e Energia: Fernando Bezerra Filho (PSB)

 

Integração Nacional: Eduardo Braga (PMDB)

 

 

Katheleen Gomes/Público/Rio de Janeiro/ 14 de Maio de 2016

 

 

 

 

 

Os casos que vão levar o arguido Miguel Macedo a julgamento

Miguel Macedo tinha sido acusado no dia 13 de novembro de 2015 pelo Ministério Público (MP) da prática de três crimes de prevaricação e um crime de tráfico de influências no exercício das funções de ministro da Administração Interna. Esta quinta-feira foi pronunciado para julgamento pelo juiz Carlos Alexandre juntamente com os restantes 16 arguidos do processo que ficou conhecido com o caso dos ‘vistos gold’.

 

 

O magistrado do Tribunal Central de Instrução Criminal aderiu totalmente às imputações que a procuradora Susana Figueiredo fez no despacho de acusação. O melhor exemplo disso mesmo é o facto de ter transcrito uma frase do despacho de acusação, assumindo também como sua a seguinte posição:

 

 

O muito grave e acentuado desrespeito pelos deveres funcionais e pelos ético-profissionais de conduta, evidenciando total falta de competência e honorabilidade profissionais, a natureza e a extrema gravidade dos crimes imputados, a personalidade do arguido manifestada nos factos praticados e o elevado grau e culpa colidem com os fins institucionais do cargo público de que Miguel Macedo era titular, cujas atribuições assumem elevadíssima importância para o Estado português, donde resulta a incompatibilidade absoluta entre a ação praticada e a manutenção de qualquer outro cargo público exercido pressuponha a observância de especiais deveres de prossecução do interesse público, de isenção, de imparcialidade, de zelo e lealdade”, lê-se na decisão instrutória de Carlos Alexandre a que o Observador teve acesso.

 

 

Os crimes imputados a Macedo traduzem-se, segundo a decisão instrutória, em quatro situações:

 

 

Our man in Beijing

 

 

Todos os crimes imputados a Miguel Macedo, que terão de ser provados em julgamento, têm em comum uma pessoa: Jaime Gomes. Este empresário, que também será julgado por um crime de corrupção passiva para ato ilícito, um crime de prevaricação e dois crimes de tráfico de influência, é um dos melhores amigos de Macedo e está na origem de todos crimes imputados ao ex-ministro da Administração Interna. O MP diz mesmo que se conhecem desde a adolescência e que se tratam por “irmãos”.

 

 

Miguel Macedo e Jaime Gomes tinham também negócios antigos que, segundo o MP, o próprio Macedo nunca terá declarado ao Tribunal Constitucional enquanto deputado e ministro do PSD na X e XI Legislatura. Como “facilitadores de contactos com entidades públicas e privadas”, os dois terão tido contrato com o grupo Often (2008), assim como terão sido estabelecidos contactos entre ambos com José Santa Clara (Grupo Bragaparques) com o propósito de explorar (sem sucesso) hipóteses de negócio na área de Parcerias Público-Privadas no Brasil.

 

 

Macedo e Gomes terão sido igualmente sócios de uma empresa brasileira chamada Tecnobras. Terá sido mesmo constituída em julho de 2011, já depois de Macedo ter tomado posse como ministro da Administração Interna do Governo de Passos Coelho, tendo como sócios, segundo o MP, António Figueiredo, Jaime Gomes, Miguel Macedo e o luso-brasileiro Paulo Elísio de Souza, presidente da Câmara do Comércio e Indústria do Rio de Janeiro.

 

 

Regressando ao caso ‘vistos gold’. Jaime Gomes, juntamente com António Figueiredo (ex-presidente do Instituto de Registos e Notariado) e o empresário chinês Zhu Xhiadong, serão a base da rede dos ‘vistos gold’.

 

 

A ideia da rede era simples: realizar negócios imobiliários lucrativos com os empresários estrangeiros que manifestavam interesse em obter uma Autorização de Residência para Investimento (ARI) – nome técnico do ‘visto gold’. Segundo o MP, a ideia original pertencerá a António Figueiredo e a Zhu Xhiadong, juntando-se-lhe Jaime Gomes a partir de agosto de 2013.

 

 

Gomes e Xhiadong terão concebido no final de 2013 o plano de abrirem na China uma empresa comercial, designada como “Agência de Imigração/Vistos Gold”, para oferecerem aos empresários interessados o serviço completo: um portfólio de investimentos imobiliários em Portugal e um acesso rápido, eficaz e com sucesso garantido ao processo burocrático do ‘visto gold’. Para isso era fulcral a criação de um posto diplomático de Oficial de Ligação (OLI) e a nomeação de uma pessoa de confiança para tal cargo.

 

 

É precisamente aqui que entra Miguel Macedo, pois a criação de tal posto depende sempre da indicação do ministro da Administração Interna. Assim, Jaime Gomes terá solicitado a Miguel Macedo, que tutelava do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), a criação do posto de Oficial de Ligação na embaixada portuguesa em Pequim e a respectiva nomeação de um funcionário de confiança daquele organismo. Macedo terá ordenado verbalmente a Manuel Palos, então diretor do SEF e igualmente arguido neste processo, que lhe propusesse a criação de tal posto em março de 2013. Palos obedeceu mas Miguel Macedo não chegou a assinar o documento final. Segundo a procuradora Susana Figueiredo, verificou-se uma fuga de informação sobre a existência da investigação do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) que fez os arguidos congelarem os seus planos.

 

 

Um dos indícios mais fortes que o MP entende ter contra Miguel Macedo diz respeito a um sms enviado pelo então ministro para António Figueiredo no dia 5 de novembro de 2013: “Sempre a facturar… já dei a volta ao assunto da China. Abraço”. Para os procuradores responsáveis pela acusação, Macedo está a referir-se à criação do cargo OLI na embaixada em Pequim.

 

 

José Cesário, então secretário de Estado das Comunidades, chegou a estar envolvido neste processo administrativo, tendo Miguel Macedo admitido mesmo publicamente (mais concretamente na Assembleia da República a 17 de dezembro de 2013) que o posto OLI em Pequim seria mesmo criado.

 

 

O MP entende que a prática do crime de prevaricação por parte de Macedo foi alegadamente consumada com a ordem verbal que deu a Manuel Palos para propor a criação de um posto diplomático que não existia na embaixada em Pequim. O crime imputado: prevaricação de titular de cargo político em regime de co-autoria com António Figueiredo, Manuel Palos e Jaime Gomes

 

 

No ex-paraíso de Khadafi

 

 

A Líbia é centro do segundo alegado crime de prevaricação que é imputado a Miguel Macedo. Mais uma vez, Jaime Gomes representa o papel de intermediário. Neste caso, está em causa um negócio de Gomes com a Intelligent Life Solutions (ILS), de Paulo Lallanda Castro — também patrão de José Sócrates no mesmo período.

 

 

A ILS estabeleceu um contrato a 24 de Julho de 2013 com o Ministério da Saúde da Líbia para providenciar tratamentos médicos a 342 cidadãos líbios feridos na guerra civil que precedeu a queda do regime de Muammar al-Khadafi. A troco de um total de cerca de 18 milhões de euros, os doentes líbios seriam tratados em diferentes hospitais portugueses.

 

 

Contudo, eram necessários os respetivos vistos de entrada em Portugal. Para agilizar o processo burocrático junto das autoridades portuguesas, e tratar de toda a logística da estadia em território nacional, a ILS contratou a JAG – Consultoria e Gestão, sociedade de Jaime Gomes, por cerca de 961 mil euros brutos — dos quais só terá recebido cerca de 101 mil euros entre novembro de 2013 e maio de 2014.

 

 

Miguel Macedo aparece nesta história porque, segundo a acusação do MP, terá solicitado a Manuel Palos, diretor do SEF, que desse um tratamento de favor à ILS. Na sequência dessa alegada indicação, Palos terá elaborado um “pacote de medidas de natureza excepcional” para facilitar a entradas dos líbios em Portugal — medidas essas que terão tido parecer negativo e a oposição de diversos funcionários do Ministério dos Negócios Estrangeiros e da Embaixada de Portugal em Tripoli.

 

 

O MP evidencia mesmo nas provas que apresentou ao juiz Carlos Alexandre que a sociedade AMI – Hospital Privado de Guimarães, que foi pioneira em acordos idênticos com as autoridades da Líbia, teve de cumprir condições mais gravosas para conseguir os vistos para os seus pacientes.

 

 

Há mesmo uma situação em que Miguel Macedo, segundo o MP, terá falado com o seu colega ministro Rui Machete, de forma a que os pacientes da ILS continuassem a ter um tratamento excecional por parte dos serviços consulares da embaixada portuguesa da Tunísia — país para onde foram transferidos os funcionários da embaixada na Líbia depois desta ter sido encerrada em 2014 devido à guerra civil. Mais uma vez, diversas empresas portuguesas não tiveram direito ao mesmo tratamento que foi concedido à ILS.

 

 

Rui Machete manteve sempre um estatuto de testemunha ao longo do processo.

 

 

O IVA da empresa de Lalanda de Castro

 

 

A ILS de Paulo Lalanda de Castro, juntamente com Jaime Gomes, é também protagonista do crime de tráfico de influências imputado a Miguel Macedo.

 

 

Lalanda de Castro tinha um problema fiscal: não tinha cobrado IVA nas faturas de mais de 2,9 milhões de euros que emitiu por conta do contrato estabelecido com o Ministério da Saúde da Líbia, por entender que estava isento. A Autoridade Tributária (AT) não concordou e ordenou o pagamento de 677 mil euros do IVA em falta relativo ao ano fiscal de 2013.

 

 

O dono da ILS virou-se para Jaime Gomes que, por seu lado, solicitou ajuda a Miguel Macedo. O então ministro da Administração Interna falou com Paulo Núncio, secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, para que recebesse Paulo Lalanda Castro e ouvisse os seus argumentos.

 

 

Refira-se que Núncio sempre foi testemunha, nunca tendo sido encarado pelo MP como suspeito de qualquer ilícito.

 

 

Emitidos diversos pareceres da AT, certo é que não só a ILS levou a sua avante, como, segundo o MP, poupou igualmente mais 1,1 milhões de euros de IVA para o ano fiscal de 2014. Total do imposto que a AT entendeu que não era devido: cerca de 1,8 mihões de euros.

 

 

Segundo o MP, foi esse o valor que o “Estado português deixou de arrecadar na íntegra”, segundo a procuradora Susana Figueiredo escreveu no despacho de acusação e que teve agora a concordância do juiz Carlos Alexandre.

 

 

Os helicópteros e a Bragaparques

 

 

O terceiro crime de prevaricação imputado a Miguel Macedo está relacionado com o concurso público internacional da gestão e manutenção dos meios aéreos de combate aos fogos florestais — assegurados pelos helicópteros Khamov.

 

 

A história é simples. O então ministro da Administração Interna terá enviado do seu endereço eletrónico oficial uma cópia do caderno de encargos para o seu amigo Jaime Gomes — alegadamente antes de tais documentos estarem disponíveis para os restantes concorrentes.

 

 

O problema é que a documentação acabou nas mãos dos responsáveis da empresa Everjets, adquirida pouco antes pelo grupo Bragaparques. Foi a empresa de Domingos Névoa que viria a ganhar o concurso, não tendo sequer levantado o caderno de encargos quando manifestou a sua intenção de participar na competição pela gestão dos meios aéreos do Estado.

 

 

O juiz Carlos Alexandre acompanhou a posição da procuradora Susana Figueiredo de que o acesso prévio ao caderno de encargos do concurso configura um tratamento de privilégio que colocou a Everjets numa situação de vantagem face aos restantes concorrentes.

 

 

Os outros arguidos

 

 

António Figueiredo já tinha conhecido a acusação mais pesada por parte do MP — estando mesmo preso preventivamente durante um ano — e foi esta quinta-feira pronunciado na mesma medida.

 

 

O ex-presidente do Instituto dos Registos e Notariado, dado pelo MP como o líder da rede dos ‘vistos gold’, vai responder em julgamento por:

 

 

  • 4 crimes de corrupção passiva para ato ilícito

 

  • 2 crimes de recebimento indevido de vantagem

 

  • 1 crime de peculato de uso

 

  • 3 crimes de tráfico de influência

 

  • 1 crime de branqueamento de capitais

 

  • 1 crime de peculato de uso

 

  • 1 crime de prevaricação (em co-autoria com Miguel Macedo, Manuel Palos e Jaime Gomes)

 

  • Manuel Palos, ex-director do SEF)

 

Manuel Palos, ex-diretor do SEF, responderá por:

 

  • 1 crime de corrupção passiva para ato ilícito (em co-autoria com António Figueiredo)

 

  • 2 crimes de prevaricação (um crime co-autoria com Miguel Macedo e o segundo crime em co-autoria com Miguel Macedo, António Figueiredo e Jaime Gomes)

 

Maria Antónia Anes, ex-secretária-geral do Ministério da Justiça, conheceu a seguinte pronúncia:

 

 

  • 1 crime corrupção ativa para a prática de ato ilícito

 

  • 1 crime corrupção passiva para a prática de ato ilícito

 

  • 2 crimes de tráfico de influência

 

O grupo de três empresários chineses que tinham sido detidos a 16 de novembro de 2014 e constituído arguidos, foram pronunciados pelos seguintes crimes em regime de co-autoria:

 

 

  • Zhu Xiadong: 1 crime de corrupção ativa e 1 crime de tráfico de influência

 

  • Zhu Baoe: 1 crime de corrupção ativa e 1 crime de tráfico de influência

 

  • Xia Baoling: 1 crime de corrupção ativa e 1 crime de tráfico de influência

 

Eliseu Bumba, empresário angolano sócio de António Figueiredo, foi pronunciado por um crime de corrupção ativa por ter alegadamente acordado com Figueiredo o pagamento de cerca de um milhão de euros para elaborar um conjunto de leis para a República de Angola.

 

 

Paulo Lalanda Castro foi pronunciado por dois crimes de tráfico de influência, enquanto que Jaime Gomes vai ser julgado pelos seguintes crimes:

 

 

  • 1 crime de corrupção passiva para ato ilícito (como cúmplice de António Figueiredo)

 

  • 1 crime de prevaricação (em co-autoria com Miguel Macedo, António Figueiredo e Manuel Palos)

 

  • 2 crimes de tráfico de influência (um deles em co-autoria com Miguel Macedo)

 

 

TPT com: António Cotrim/LUSA/Luís Rosa/Observador/ 14 de Maio de 2016