A invasão russa é uma repetição dos múltiplos “crimes de guerra” na Síria, alerta Amnistia Internacional

 

“O que está a acontecer na Ucrânia é uma repetição do que vimos na Síria”, realçou à agência France Presse (AFP) a secretária-geral da Organização Não-Governamental (ONG), Agnès Callamard.

 

 

“Estamos “a assistir” a ataques intencionais a infraestruturas civis, casas ou bombardeamentos de escolas”, sublinhou, acusando a Rússia de permitir que corredores humanitários se transformem em “armadilhas de morte”.

 

 

Segundo Marie Struthers, diretora da Amnistia Europa Oriental e Ásia Central, os investigadores desta ONG documentaram durante dez dias na Ucrânia o uso “das mesmas táticas usadas na Síria ou na Chechénia”, incluindo ataques contra civis e o uso de armamento proibido pelo direito internacional.

 

 

A responsável, que falava na África do Sul, dirigiu-se às cerca de 20 nações africanas que, no início de março, se abstiveram durante a votação de uma resolução das Nações Unidas, que pedia a retirada das forças russas, insistindo que “perante a Rússia, não pode haver neutralidade”.

 

 

“O que está a acontecer na Ucrânia é uma repetição do que vimos na Síria”, realçou à agência France Presse (AFP) a secretária-geral da Organização Não-Governamental (ONG), Agnès Callamard.

“Estamos [a assistir] a ataques intencionais a infraestruturas civis, casas ou bombardeamentos de escolas”, sublinhou, acusando a Rússia de permitir que corredores humanitários se transformem em “armadilhas de morte”.

 

 

Segundo Marie Struthers, diretora da Amnistia Europa Oriental e Ásia Central, os investigadores desta ONG documentaram durante dez dias na Ucrânia o uso “das mesmas táticas usadas na Síria ou na Chechénia”, incluindo ataques contra civis e o uso de armamento proibido pelo direito internacional.

 

 

A responsável, que falava na África do Sul, dirigiu-se às cerca de 20 nações africanas que, no início de março, se abstiveram durante a votação de uma resolução das Nações Unidas, que pedia a retirada das forças russas, insistindo que “perante a Rússia, não pode haver neutralidade”.

 

 

O relatório da AI 2021-2022 aponta também que, após mais de dois anos de pandemia de covid-19, ocorreram ataques aos direitos humanos sob o pretexto de combater a propagação do vírus.

 

 

“Em todo o mundo, os estados impediram e dispersaram indevidamente manifestações, às vezes sob a cobertura de regulamentos destinados a impedir a propagação do coronavírus”, principalmente nos Camarões, Costa do Marfim e Chade.

 

 

Leis que restringem as liberdades de expressão, manifestações ou reuniões pacíficas foram introduzidas em pelo menos 67 dos 154 países investigados, incluindo o Camboja, Egito, Estados Unidos, Paquistão e Turquia.

 

 

O coronavírus SARS-CoV-2 já matou mais de seis milhões de pessoas no mundo, desde que surgiu na China no final de 2019, segundo dados da Organização Mundial de Saúde.

 

 

Com o avanço da vacinação, muitos países têm vindo a diminuir gradualmente as restrições sanitárias.

 

 

O relatório da AI 2021-2022 aponta também que, após mais de dois anos de pandemia de covid-19, ocorreram ataques aos direitos humanos sob o pretexto de combater a propagação do vírus.

 

 

“Em todo o mundo, os estados impediram e dispersaram indevidamente manifestações, às vezes sob a cobertura de regulamentos destinados a impedir a propagação do coronavírus”, principalmente nos Camarões, Costa do Marfim e Chade.

 

 

Leis que restringem as liberdades de expressão, manifestações ou reuniões pacíficas foram introduzidas em pelo menos 67 dos 154 países investigados, incluindo o Camboja, Egito, Estados Unidos, Paquistão e Turquia.

 

 

O coronavírus SARS-CoV-2 já matou mais de seis milhões de pessoas no mundo, desde que surgiu na China no final de 2019, segundo dados da Organização Mundial de Saúde.

 

 

Com o avanço da vacinação, muitos países têm vindo a diminuir gradualmente as restrições sanitárias.

 

 

O relatório da AI 2021-2022 aponta também que, após mais de dois anos de pandemia de covid-19, ocorreram ataques aos direitos humanos sob o pretexto de combater a propagação do vírus.

 

 

“Em todo o mundo, os estados impediram e dispersaram indevidamente manifestações, às vezes sob a cobertura de regulamentos destinados a impedir a propagação do coronavírus”, principalmente nos Camarões, Costa do Marfim e Chade.

 

 

Leis que restringem as liberdades de expressão, manifestações ou reuniões pacíficas foram introduzidas em pelo menos 67 dos 154 países investigados, incluindo o Camboja, Egito, Estados Unidos, Paquistão e Turquia.

 

 

O coronavírus SARS-CoV-2 já matou mais de seis milhões de pessoas no mundo, desde que surgiu na China no final de 2019, segundo dados da Organização Mundial de Saúde.

 

 

Com o avanço da vacinação, muitos países têm vindo a diminuir gradualmente as restrições sanitárias.

 

 

 

TPT com: AFP(France Press)//AI// 30 de Março de 2022

 

 

 

 

 

Maria Helena Carreiras a socióloga e ministra que quer quebrar “tabus” nas Forças Armadas

 

Sem experiência nas lides políticas, Helena Carreiras será a primeira mulher a exercer o cargo de ministra da Defesa Nacional. Uma académica por definição, dedicou grande parte da sua vida ao estudo da relação entre a sociedade e as Forças Armadas.

 

 

Socióloga de formação (licenciou-se em 1987, no ISCTE, e concluiu o doutoramento em Ciências Sociais e Políticas pelo Instituto Universitário Europeu de Florença, em 2004), colocou o tema das questões de género, nomeadamente o papel das mulheres nas Forças Armadas. no centro da sua investigação.

 

No que se refere a produção científica, conta com um vasto leque de artigos e outras publicações sobre a integração das mulheres nas forças militares, tendo dado continuidade à obra de Maria Carrilho, uma das figuras de referência no estudo da sociologia militar em Portugal.

 

 

Foi também neste contexto que, na última década, assumiu cargos de direção em várias organizações: foi subdiretora do Instituto da Defesa Nacional (2010-2012), diretora da Escola de Sociologia e Políticas Públicas do ISCTE-IUL (entre 2016 e 2019), subdiretora do Centro de Investigação e Estudos de Sociologia (2015) e do Instituto para as Políticas Públicas e Sociais (2018-2019). Foi, também, membro do Conselho do Ensino Superior Militar (2011-2012) e do Conselho Geral do Instituto Universitário Militar (2017-2020).

 

 

Assumiu ainda a presidência do European Research Group on Military and Society (entre 2017 e 2019). E, há cerca de três anos, foi também a primeira mulher a assumir a Direção do Instituto de Defesa Nacional (IDN).

 

Não é só às questões de género que se dedica Helena Carreiras, mas também à necessidade de pensar a questão da gestão da diversidade social em articulação com o problema da eficácia organizativa nas Forças Armadas, levantando a questão da orientação sexual no mundo militar.

 

 

“A integração de mulheres, minorias étnicas, homossexuais, minorias religiosas ou linguísticas nas Forças Armadas passou a constituir objeto de enorme atenção por parte das chefias militares e também dos cientistas sociais”, lê-se na tese ‘Diversidade Social nas Forças Armadas: Género e Orientação Sexual em Perspectiva Comparada’, da autoria de Helena Carreiras.

 

 

Conhecendo de perto as fragilidades, considera que a gestão da diversidade constitui um dos desafios mais prementes que se colocam às políticas de gestão de recursos humanos nas Forças Armadas dos países da NATO.

 

 

“Os ideais da igualdade e equidade, basilares ao modelo de sociedade democrática em que vivemos, não podem permanecer estranhos a uma organização que tem por objetivo último defender essa sociedade e os seus valores fundamentais”, defende na sua tese.

 

 

Também num artigo publicado em 2016, já havia denunciado que a situação internacional relativa à aceitação da presença de homossexuais nas Forças Armadas variava entre a proibição e a criminalização, e a ausência de restrições formais, acompanhada por elevados níveis de tolerância.

 

 

No caso português, apontava que, mesmo não existindo atualmente restrições legais à presença de homossexuais nas fileiras, existe “uma cultura que estigmatiza e exclui, e relativamente à qual não se tem atuado ao nível institucional”.

 

De recordar que nesse mesmo ano de 2016 rebentou a polémica em torno da discriminação homossexual no Colégio Militar, tendo vindo a público que vários alunos teriam sido empurrados para fora da instituição por serem homossexuais.

 

 

Na ótica de Helena Carreiras, esses “tabus” são disfuncionais para a coesão e efetividade da dinâmica de grupo militar, “porque são contrários à ética militar do respeito, da disciplina, do espírito de corpo e da camaradagem”.

 

 

“As Forças Armadas têm todo o interesse em prestar atenção à diversidade social nas suas fileiras. Só através de políticas ativas e liderança forte podem evitar os comportamentos que alimentam a desagregação com base em estereótipos e tabus”, salientava na altura, identificando que essas atitudes e comportamentos são legitimados por “elementos tradicionais da cultura militar, assentes numa conceção anacrónica da masculinidade, e que não poucas vezes se revelam perniciosos face aos objetivos da organização”.

 

 

É sobretudo esta preocupação que distingue o seu trabalho e percurso, e será talvez agora um dos pontos-chave do seu mandato. Num momento internacional conturbado e exigente para as Forças Armadas como é a invasão russa da Ucrânia, resta saber se Helena Carreiras terá o peso político do seu antecessor João Gomes Cravinho para implementar as suas ideias.

 

TPT com: DN/ Portugal.Gov.PT//Joana Mourão Carvalho/DN// 29 de Março de 2022