A Festa de Natal da ourivesaria Jack & Dee continua a ser um dia muito especial

Tal como tem vindo a acontecer ao longo dos últimos 33 anos, o objetivo desta festa organizada pela administração da ourivesaria portuguesa J & D Enterprises, com sede em Newark, passa por promover os valores desta época natalícia, dando destaque aos mais necessitados.

 

A Festa de Natal da ourivesaria Jack  Dee continua a ser um dia muito especial 2

Neste ano de 2015, o empresário e benemérito Joaquim Coelho, acompanhado pela sua esposa Adelaide, fez questão de referir na festa de Natal da sua empresa que “numa época onde se fala tanto de dificuldades e egoismo, as pessoas são mais solidárias do que se pensa e sabem unir-se por causas, em favor de pessoas e instituições, como em outras situações já o fizeram”.

 

A Festa de Natal da ourivesaria Jack  Dee continua a ser um dia muito especial 3

O encontro deste ano teve lugar na “varanda” do restaurante Mediterraneo Manor, em Newark e contou com a presença de mais de centena e meia de pessoas que aproveitaram para se fazer um balanço do ano, fomentando a boa disposição, boa comida, alegria e acima de tudo, promovendo o “espírito de equipa“.

 

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Para além de um bom momento de convívio e diversão, esta iniciativa da J&D Enterprises, reuniu também à mesma mesa familias e amigos que levam a cabo ao longo do ano, todos os anos, acções relacionadas pelo “espírito de doação”.

 

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Entre os convidados presentes, estavam também o Comendador Bernardino Coutinho, acompanhado pela sua esposa Maria Coutinho e seu filho Billy.

Bernardino Coutinho, empresário e filantropo, a quem se atribui o pioneirismo na realização das Comemorações do Dia de Portugal em Newark, é também um homem desde há muito ligado a acções de filantropia e que para além de realizar durante 30 anos, as Comemorações do Dia de Portugal em Newark (1979-2009), também deu muito do seu tempo e trabalho em prol da cultura portuguesa e multi-étnica do estado de New Jersey.

Bernardino Coutinho, visivelmente satisfeito com o espírito festivo do Natal que se sentia na festa, ia dando a perceber que ajudar ao próximo é uma daquelas coisas que podem mudar a nossa vida – e a dos outros.

 

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Neste reencontro natalício a juventude também mostrou a sua boa disposição (e o seu esperado espírito académico), comemorando com entusiasmo a festa de Natal da empresa.

 

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Segundo Ricky Vera, genro de Joaquim Coelho, e director executivo da Jack & Dee Enterprises (uma empresa de joalharia que se dedica ao restauro e à compra e venda de jóias de ouro, pedras preciosas e diamantes), “hoje é um dia muito feliz para o nossa família, por ver aqui tantos amigos a comemorar connosco e com os nossos colaboradores mais uma festa de Natal, onde tradicionalmente sempre se angaria mais alguns fundos para ajudar instituições de solidariedade e pessoas necessitadas. Hoje quero também agradecer a todos quantos estiveram connosco nesta caminhada de 2015 e desejar-lhes um novo ano cheio de saúde e prosperidade”.

 

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Para Adelaide Coelho (2ª esq./dir.) “a força do nosso sucesso também está em cada colaborador, principalmente, porque, como sabe o valor de uma empresa está nas pessoas que trabalham nela e para ela. São essas pessoas que, com o seu conhecimento e empenho, garantem que as nossas acções estejam de acordo com as necessidades dos nossos clientes e colaboradores.

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E para colaborar na animação da 33ª festa de Natal da Jack & Dee Enterprises, estavam os artistas (esq./dir.), Mário Prejsmar; Rogério Ribeiro; Emília Silva e Fátima Molina, que proporcionaram bons momentos de alegia e boa disposição.

Este “quarteto” que desde há vários anos se dedica à animação musical, junto da comunidade portuguesa que reside nos Estados Unidos e Canadá, continua a trabalhar na pesquisa das novidades da música, para além de apresentarem no seu reportório cantigas “de todos os tempos” próprias dos momentos de festa.

 

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E como tristezas não pagam dívidas a assistência inquieta e ansiosa, por mexer as pernas, instalou-se no salão.

 

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Os músicos dão vida aos instrumentos e o baile começou. Dois a dois, começam a encher a sala de movimentos pomposos e alegres. A alegria que a música oferece, e a destreza dos movimentos animam o espírito, e obrigam o corpo a mover-se. “Autêntico exercício, anti-stress”, dizem os dançarinos.

 

A Festa de Natal da ourivesaria Jack  Dee continua a ser um dia muito especial 12

E embora na “varanda” do Mediterranean Manor a dança unisse a música, essa forma de arte que expressa sentimentos e emoções através de seus movimentos e gestos, o que realmente importa nesta festa de Natal é o espírito solidário que toma conta das pessoas. O clima de festa que nos traz a alegria que devemos conservar durante o ano todo.

 

A Festa de Natal da ourivesaria Jack  Dee continua a ser um dia muito especial 13

Joaquim Coelho, patriarca desta família, em jeito de reconhecimento para com os seus familiares, amigos e colaboradores, disse ao The Portugal Times que “a nossa meta é oferecer sempre o melhor. Espero que da mesma forma que contamos com cada um para atingirmos os nossos objectivos no ano de 2015, tenhamos também a força e a disposição renovadas para que 2016 seja ainda melhor para todos nós. Aos nossos clientes, amigos e familiares, elevamos o nosso carinho, e desejamos-lhes um Próspero Ano Novo”, concluiu.

 

 

Quem é Joaquim Coelho o empresário luso-americano que se sente vocacionado para fazer o bem?

 

Joaquim Coelho, é uma das mais emblemáticas figuras empresariais luso americanas de New Jersey. Natural de Ílhavo, distrito de Aveiro, emigrou para os Estados Unidos da América, em 1960, onde o esperavam o pai e o avô.

 

 

Começou por frequentar a escola Lafayette Street, em Newark, e após ter completado 17 anos de idade, arranjou emprego numa fábrica de objectos de ouro. Mas a luta de Jack Coelho, na procura do “sonho americano”, não se fica por aqui.

 

 

Depois de se envolver em vários negócios, funda em 1980 a empresa “Jack & Dee Enterprises, INC.”, uma empresa composta por fábrica, e estabelecimento de venda de objectos de ouro e outras pedras preciosas. Talvez devido ao facto de em pequeno ter frequentado o seminário Santa Joana Princesa, de Aveiro, o empresário Joaquim Coelho tem desenvolvido acções, de apoio humano junto de instituições e de pessoas necessitadas, nos Estados Unidos e em Portugal.

 

 

O reconhecimento das acções em que se tem envolvido este empresário português de New Jersey, estão bem parentes nas inúmeras distinções que tem recebido, não só nos Estados Unidos, mas também em Portugal. Na cidade de Ílhavo, sua terra natal, para além de ajudar inúmeras famílias necessitadas, patrocinou também a construção da estátua de homenagem ao Homem do Mar, bem como o novo hospital de cuidados continuados, que tem 55 camas de internamento, e uma área de fisioterapia com 500 metros quadrados. Esta unidade hospitalar tem ainda capacidade para acolher doentes abandonados pelas famílias, e doentes crónicos de poucos recursos económicos.

 

 

JM/The Portugal Times/31/12/2015

 

 

 

 

 

 

 

Cidade de Matosinhos vai receber Casa da Diáspora e da Língua Portuguesa

A Câmara de Matosinhos está a preparar a criação da Casa da Diáspora e da Língua Portuguesa e o presidente da autarquia, Guilherme Pinto, assume que gostaria de poder inaugurar este novo espaço museológico em 2017. A ideia foi apresentada ao ministro da Cultura, João Soares, durante uma visita às futuras casas da Arquitectura e do Design.

 

 

Depois da visita, em declarações ao PÚBLICO, Guilherme Pinto disse estar muito satisfeito por o ministro ter considerado que o novo projecto que a autarquia quer desenvolver “tem interesse nacional”. “Não queremos fazer coisas para o nosso umbigo. Nada disto tem interesse se for apenas para Matosinhos, é necessário dar-lhe uma dimensão nacional”, disse.

 

Casa da Diáspora e da Língua Portuguesa vai ser criada na cidade de Matosinhos 2

O autarca independente disse que a ideia de criar um museu dedicado à língua portuguesa tem já alguns anos, mas que, no último ano e meio, o conceito evoluiu, para ganhar uma dimensão considerável associada à diáspora. “Vamos explorar as evoluções da língua, pelos vários continentes, bem como as várias línguas concorrentes no território nacional, como o mirandês. Além disso, queremos homenagear a diáspora e vamos fazê-lo, contando vários casos de sucesso, quer dos que saíram quer dos que, ao longo do tempo, contactaram com Portugal”, explica.

 

 

Guilherme Pinto diz que a casa – que deverá chamar-se Cais da Diáspora e da Língua Portuguesa – ficará instalada numa antiga fábrica que será reabilitada para o efeito, mas recusa, para já, dar a localização exacta do espaço, uma vez que, diz, o negócio relativo ao edifício ainda não está fechado. Contudo, o autarca tem a expectativa de que tal possa acontecer já no início do ano, a mesma altura em que espera ter pronto o programa museológico. Quanto à rua onde ficará instalado este novo espaço, poderá vir a receber um de dois nomes – Rua das Fábricas (por ter vários edifícios ligados à actividade fabril) ou Rua dos Museus. Isso, diz, vai depender da vontade da população.

 

 

O projecto está a ser encabeçado pela ex-ministra da Cultura, Isabel Pires de Lima, e será entregue a uma equipa externa à autarquia. Quanto aos custos, Guilherme Pinto aponta para cerca de dois milhões de euros – o que inclui a reabilitação mas não a aquisição do prédio. Apesar de reconhecer que o projecto poderá ser candidatado a fundos comunitários, o presidente da câmara garante que ele se irá fazer, com ou sem esse apoio.

 

 

Patrícia Carvalho/Pub/TPT/28/12/2015

 

 

 

 

 

Rebelo de Sousa apresenta jovem cientista como sua mandatária nacional

O candidato presidencial Marcelo Rebelo de Sousa apresentou nesta segunda-feira a investigadora científica Maria Pereira, de 29 anos, como mandatária nacional da sua candidatura, adiantando que optou por não ter um mandatário para a juventude.

 

 

Maria Pereira, investigadora na área da área da biotecnologia e medicina, que atualmente desenvolve a sua atividade em França, foi apresentada como mandatária nacional na cerimónia de inauguração da sede de campanha de Marcelo Rebelo de Sousa, localizada na Rua da Junqueira, junto ao Palácio de Belém, em Lisboa.

 

 

O antigo presidente do PSD disse que se trata uma desconhecida para a maioria dos portugueses, “mas não o é lá fora, nos meios mais sensíveis ao que de melhor se faz na ciência e na sua aplicação à tecnologia, como não o é para a informação nacional mais atenta”. Maria Pereira foi distinguida pela revista norte-americana Forbes como um dos 30 talentos mundiais com menos de 30 anos, referiu.

 

 

“Representa tudo o que eu quero para a minha candidatura”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, considerando que Maria Pereira representa “não o passado” mas “o futuro”, a aposta na educação e na ciência defendida pela sua candidatura, e é também um exemplo dos jovens que nos últimos anos partiram para o estrangeiro e um elogio aos emigrantes portugueses.

 

 

Maria Pereira contou que foi surpreendida com o convite de Marcelo Rebelo de Sousa e que ficou hesitante e pediu uns dias para refletir, mas decidiu aceitá-lo “por uma questão de responsabilidade cívica” e “para promover a aproximação dos jovens à política”.

 

 

A investigadora declarou-se uma defensora do ensino público português.

 

“Eu estou fora, mas estudei sempre em Portugal. Nós temos um sistema de ensino muito bom, público, que tem de ser preservado, que tem de ser melhorado – tudo o que existe tem de ser melhorado”, disse. “Atingi elevados graus de formação académica, sempre ao abrigo do sistema público português”, salientou.

 

 

Maria Pereira, licenciada em ciências farmacêuticas pela Universidade de Coimbra e doutorada ao abrigo de um programa de colaboração com o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), considerou a sua geração é possivelmente “a mais qualificada de sempre” em Portugal, mas que “falta massa crítica económica capaz de gerar emprego, criar valor no país e conseguir integrar os jovens e também os menos jovens no mercado laboral”.

 

 

No seu entender, isso levou a que muitos portugueses “se sentissem desiludidos com o país”.

 

Segundo Maria Pereira, “quem permaneceu em Portugal por regra sofreu fortes restrições nos últimos anos, quem saiu sofreu o peso da distância e do afastamento”.

 

 

Porém, disse que vê a emigração também “como uma oportunidade de criar novas redes, colaborações, contactos, num mundo cada vez mais pequeno”.

 

 

Orçamento baixo mas que pesa na consciência

 

 

 

Numa sessão discreta de inauguração da sede da candidatura, sem a presença de quaisquer nomes sonantes da área política, Marcelo explicou ainda o porquê de ser o candidato com o orçamento de campanha mais baixo (157 mil euros), dizendo que “se pudesse voltar atrás”, o orçamento seria mais baixo ainda. “É por uma questão de princípio, as campanhas eleitorais devem ser muito mais modestas do que são habitualmente”, disse, acrescentando que em período de crise é “um escândalo gastar centenas de milhares de euros”.

 

 

“Se há alguma coisa que me pesa na consciência é o orçamento”, sublinhou, referindo que podia ter sido ainda mais baixo do que foi, sendo o desejável ficar a baixo dos 100 mil euros. A ideia é desenvolver uma campanha o mais simples possível e focada no “essencial”, daí que a própria sessão de inauguração da sede e apresentação da mandatária nacional tenha sido discreta, rápida e sem “floreados”, ouviu o Observador junto da organização da campanha.

 

 

Descartando a ideia de que a fraca aposta na dinamização da campanha se deva ao facto de já se considerar um candidato vencedor, Marcelo Rebelo de Sousa lembrou que em tempos houve “candidatos com notoriedade elevada que tiveram campanhas muito dispendiosas”, mesmo tendo “décadas” de experiência política.

 

 

 

José Sena Goulão/LUSA/Rita Dinis/OBS/TPT/28/12/2015

 

 

 

 

 

 

Paulo Portas anunciou que não se vai recandidatar à liderança do CDS

Paulo Portas é o líder partidário em funções há mais tempo. É, mas vai deixar de ser: Portas anunciou hoje ao partido, na reunião da Comissão Política desta segunda-feira à noite, que não se vai recandidatar à liderança. O que significa que vai deixar de ser o presidente do partido a partir do próximo congresso.

 

 

Aos dirigentes do CDS, Paulo Porta disse que sairia da presidência do partido por não ser candidato ao cargo no próximo congresso. Durante o discurso, Portas agradeceu o empenho dos centristas durante a sua liderança e o trabalho desempenhado ao longo dos últimos anos, contaram ao Observador várias fontes presentes na reunião.

 

 

Esta reunião de hoje antecede o Conselho Nacional do partido de 7 de janeiro, onde será marcada a data do congresso que deverá decorrer durante os primeiros meses de 2016, entre março ou abril.

 

 

A saída de Paulo Portas da liderança do CDS era esperada em caso de derrota da coligação Portugal à Frente em outubro. Já havia até movimentações, mas com a coligação à frente do PS e a formar Governo (que contudo durou menos de um mês) o partido sossegou. Foi, afinal, por pouco tempo.

 

 

“A liderança é tão forte que essa não é questão que se ponha, o partido está completamente ao lado do seu líder”, dizia antes dessas eleições ao Observador o dirigente centrista Diogo Feio. “O CDS está muito contente com o seu líder e quer que ele continue”, reforçava Cecília Meireles. “A sua liderança ainda vai a meio, a outra metade é para governar com ventos mais favoráveis”, concluia o deputado Telmo Correia.

 

 

Em maio, contudo, Assunção Cristas assumia, em entrevista ao Observador, que estava “ao serviço do partido para o que for necessário”, inclusive para a liderança. Antes, o ministro da Economia, Pires de Lima, já tinha dito ao Expresso que “só nos regimes menos democráticos é que os líderes se perpetuam independentemente dos resultados”, fazendo depender uma eventual saída de Portas dos resultados eleitorais. Ainda que nenhum queira falar na hipótese de uma sucessão no curto prazo, a verdade é que, mais uma vez, o elefante entrou e ficou à espera na sala.

 

 

Eleito líder do CDS em 1997, Portas abandonou a liderança pela primeira vez em 2005, com o reconhecimento de que tinha falhado a meta dos 10% dos votos que tinha traçado. “Acho que terminou o ciclo político em que presidi ao CDS/PP”, disse na altura, afirmando que “o povo português detesta a conversa das vitórias morais”. Hoje, muitos dizem que “foi um erro”. Porque abriu fissuras fortes no partido e “foi muito difícil recuperar a coesão”, diz o deputado João Rebelo. A diferença, acrescenta, é que na altura Portas “teve medo” de sair “porque não havia ninguém muito preparado” para o substituir.

 

 

Nessa altura foi Ribeiro e Castro que presidiu ao partido no interregno de Paulo Portas (até 2007), mas agora é seguramente uma carta fora do baralho. Ao Observador, o atual deputado muito crítico da falta de debate interno e da “ausência de uma rotina de discussão de políticas” dentro do partido, afirmava em setembro que não pensa recandidatar-se no caso de uma saída de Portas. Da ala crítica de Portas, atualmente é Filipe Anacoreta Correia o rosto mais ativo, podendo ser ele o candidato desafiador do portismo no momento da sucessão.

 

 

Depois de dois anos fora, Paulo Portas não aguentou o afastamento e regressou para reconquistar a liderança do partido. Nessa altura, voltou determinado a fazer mudanças e fez da captação de novos quadros e da renovação pelo mérito as suas palavras de ordem. Pela mão levou por exemplo a atual ministra da Agricultura, Assunção Cristas, e de 2007 para cá tem-se dedicado a dar protagonismo a todos os discípulos em quem vê mérito. É o caso de Mota Soares, que além do cargo no Governo, é o homem do CDS na mediação da coligação, da deputada Cecília Meireles, a quem lhe deu a pasta da coordenação da campanha eleitoral, de João Almeida, secretário de Estado que faz a gestão da comunicação do partido, ou da própria Cristas que ficou com a responsabilidade de elaborar o programa eleitoral. Ou de Nuno Melo, o primeiro vice-presidente do partido e o mais popular entre os militantes – a seguir ao líder. Tudo nomes que agora surgem apontados como sucessores, antevendo-se uma guerra de tronos num partido que muitas vezes foi visto como sendo “de um homem só”.

 

 

 

Diogo Queiroz de Andrade/Liliana Valente/OBS/28/12/2015

 

 

 

 

 

 

 

FC Porto anuncia acordo de 457,5 milhões com a PT por um período de dez anos

O FC Porto anunciou às primeiras horas deste domingo a venda, por 457,5 milhões de euros, dos direitos de transmissão dos jogos disputados em casa à PT/Altice, que se tornará também no patrocinador principal das camisolas do clube.

 

 

O acordo, válido por dez anos, supera os valores alcançados num negócio de contornos parecidos celebrado no início deste mês pelo Benfica com a NOS, concorrente directa da PT — que detém a operadora Meo — no mercado televisivo português.

 

 

Em comunidado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, a SAD do FC Porto informa que o acordo envolve “os direitos de transmissão televisiva dos jogos disputados pela equipa principal de futebol, na qualidade de visitado, na Primeira Liga, bem como o direito de exploração comercial de espaços publicitários do Estádio do Dragão”.

 

 

Esta parte do acordo é válida por um período de dez épocas desportivas mas apenas com início em 1 de Julho de 2018, dado que só nessa altura expira o contrato dos “dragões” com a PPTV de Joaquim Oliveira, o empresário dono da Sport TV.

 

 

Muito antes disso, já a partir do próximo dia 1 de Janeiro de 2016, a PT/Meo ficará com o “estatuto de patrocinador principal do FC Porto, com o direito de colocar publicidade na parte frontal das camisolas da equipa principal de futebol” e por um período de sete épocas e meia, segundo o mesmo comunicado.

 

 

Nessa mesma data, a operadora televisiva ganhará também o “direito de transmissão do Porto Canal, pelo período de 12 épocas e meia”, não explicitando o comunicado se essa transmissão será feita em regime de exclusividade.

 

 

Embora de maior abrangência, o acordo agora anunciado pelo FC Porto supera os valores do contrato celebrado a 2 de Dezembro entre o Benfica e a NOS, que comprou por dez anos, e por um valor que pode chegar aos 400 milhões de euros, os direitos de transmissão televisiva dos jogos dos “encarnados” na Liga portuguesa disputados no Estádio da Luz, para os mercados nacional e internacional. O contrato, que engloba também os direitos de transmissão e distribuição do canal Benfica TV, terá início na próxima temporada e irá prolongar-se, inicialmente, por três anos, podendo ser alargado por mais sete. Só nesse caso os valores do contrato chegarão aos anunciados 400 milhões de euros.

 

 

O negócio do Benfica exclui, contudo, o patrocínio das camisolas do clube, que passou a ser assegurado nesta temporada pela Emirates.  Este contrato, celebrado em Maio e válido até à época de 2017/18, deverá render mais 30 milhões de euros aos cofres dos “encarnados”, a uma média de entre oito a dez milhões de euros por ano, dependendo dos objectivos alcançados. A companhia aérea do Dubai substituiu precisamente a PT/Meo como principal patrocinadora do clube da Luz.

 

 

AFP/Pub//28/12/2015

 

 

 

 

Tornados fazem 11 mortos no norte do estado norte-americano do Texas

“Foi uma destruição total no dia depois do Natal, é horrível”, disse o porta-voz da polícia local. O tornado tem a segunda classificação mais grave numa escala de seis níveis.

 

 

Os tornados e as posteriores tempestades que afetaram durante a noite de sábado a zona de Dallas, no Texas, fizeram pelo menos onze mortos e afetaram centenas de casas, deixando algumas destruídas, revelaram este domingo as autoridades. A povoação mais afetada foi Garland, a noroeste da área metropolitana de Dallas, onde morreram oito pessoas num acidente rodoviário provocado por um tornado, que envolveu doze viaturas.

 

Tornados fazem 11 mortos no norte do estado norte americano do Texas 2

Outras 15 pessoas foram resgatadas e transportadas de ambulância desde o local do acidente, na autoestrada interestadual I30, para hospitais da zona, segundo explicou o agente Pedro Barineau, porta-voz da Polícia de Garland, numa conferência de imprensa. As outras três mortes aconteceram no condado de Collin, também a noroeste de Dallas. Duas pessoas morreram em Copeville quando um tornado arrasou o posto de abastecimento de combustíveis onde estavam estacionadas, enquanto a terceira morte ocorreu em Blue Ridge, não sendo conhecidos mais detalhes.

 

Tornados fazem 11 mortos no norte do estado norte americano do Texas 3

As equipas de emergência e os moradores da zona de Garland trabalham nesta altura debaixo de uma forte chuva para reparar os prejuízos causados pelos tornados, ao mesmo tempo que surgem novos alertas de tornados e inundações e os meteorologistas preveem ventos e chuvas fortes e neve, para a noite de domingo. A passagem dos tornados por Garland deixou uma paisagem desoladora, com cerca de 600 moradias com danos ou destruídas, além de 60 pessoas feridas.

 

Tornados fazem 11 mortos no norte do estado norte americano do Texas 4

“Foi uma destruição total no dia depois do Natal, é horrível”, disse Barineau. As autoridades procuram pessoas presas debaixo dos escombros, ainda que não haja indicação de desaparecidos, ao mesmo tempo que recomendam aos habitantes da zona que não saiam de casa e evitem utilizar os automóveis.

 

Tornados fazem 11 mortos no norte do estado norte americano do Texas 5

O tornado que atingiu Garland foi classificado pelos meteorologistas como EF4, numa escala de seis níveis, em que EF5 é o mais grave, com ventos que alcançaram os 320 quilómetros por hora. O único tornado desta escala registado na zona de Dallas ocorreu em 1927 e provocou a morte a 15 pessoas.

 

 

Desconhece-se o número total de tornados que passaram na região, mas as autoridades emitiram cerca de 40 alertas durante a noite de sábado. Além dos tornados no Texas, há relatos de inundações em Saint Louis, Missouri, no sul do Ohio e no Oklahoma.

 

Tornados fazem 11 mortos no norte do estado norte americano do Texas 6

As tempestades no norte do Texas constituem o último de uma série de incidentes climáticos que ocorreram na semana passada no país e que já tinham causado 14 mortos no Arkansas, Mississípi e Tennessee, o que eleva para 25 o número total de mortos.

 

 

PAUL MILLER/EPA/TPT/28/12/2015

 

 

 

 

 

 

Luzes de Natal nos EUA gastam mais eletricidade do que alguns países

As luzes de Natal usadas pelas famílias norte-americanas, uma tradição desta quadra festiva, gastam mais eletricidade do que alguns países pobres, como El Salvador ou a Etiópia, consomem anualmente, revelou hoje o Centro para o Desenvolvimento Global.

 

Luzes de Natal nos EUA gastam mais eletricidade do que alguns países pobres 2

De acordo com um ‘post’ divulgado no blogue do ‘think thank’ norte-americano, as luzes que proliferam nas árvores, telhados e relvados dos Estados Unidos representam um consumo anual de eletricidade de 6,63 mil milhões de quilowatts/hora.

 

Luzes de Natal nos EUA gastam mais eletricidade do que alguns países pobres 3

Um valor superior ao consumo anual de eletricidade de países em vias de desenvolvimento como El Salvador (5,35 mil milhões de quilowatts/hora), Etiópia (5,30 mil milhões) ou Tanzânia (4,81 mil milhões).

 

Luzes de Natal nos EUA gastam mais eletricidade do que alguns países pobres 4

Os investigadores recorreram a dados do relatório de 2008 do Departamento de Energia dos Estados Unidos e do Banco Mundial para realizar a pesquisa.

 

Luzes de Natal nos EUA gastam mais eletricidade do que alguns países pobres 5

Todd Moss e Priscilla Agyapong destacaram que os 6,63 mil milhões de quilowatts/hora usados nas luzes natalícias representam apenas 0,2% do consumo anual de energia nos Estados Unidos e são equivalentes à potência necessária para pôr a funcionar 14 milhões de frigoríficos.

 

 

Econ/WP/TPT/25/12/2015

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Em resultado das eleições espanholas o Rei quer nova política de diálogo e compromisso

O Rei de Espanha afirmou ontem que “a pluralidade” que saiu das eleições gerais do passado domingo “pressupõe uma nova forma de fazer política, baseada no dialogo, na concertação e no compromisso”.

 

 

A segunda mensagem de Natal do reinado de Felipe VI surge quatro dias depois das eleições gerais em Espanha, que o PP de Mariano Rajoy venceu sem maioria absoluta (123 deputados), forçando o partido a tentar acordos pós-eleitorais para formar Governo. O segundo colocado nas eleições, o PSOE já recusou viabilizar um governo PP e vai tentar apoios à esquerda (nomeadamente com o Podemos e outras forças) para governar Espanha.

 

 

“A pluralidade política expressa nas urnas traz sensibilidades, visões e perspetivas diferentes e pressupõe uma forma de fazer política baseada no diálogo, na concertação e no compromisso”, disse o Rei num discurso gravado no Palácio Real da Zarzuela e emitido hoje nas televisões espanholas.

 

 

Para o monarca, a legislatura que se aproxima “requer todos os esforços, energia e vontade das instituições democráticas”, no sentido de “adequar a realidade política à sociedade espanhola atual”. Estas, salientou, devem “acompanhar o ritmo de mudança do povo que servem”.

 

 

No final de um ano marcado por diversos casos de corrupção relacionados sobretudo com o partido no poder, o PP, mas também com o PSOE, Felipe VI deixou ainda uma mensagem para que as Cortes Generales (parlamento e Senado) “sejam sensíveis aos pedidos de rigor, retidão e integridade que os cidadãos exigem para a vida pública”.

 

 

O Rei de Espanha abordou ainda a questão independentista da Catalunha, ainda que não tenham mencionado especificamente a região nem os seus políticos.

 

 

“Também não devemos esquecer que a rotura da lei, a imposição de uma ideia ou do projeto de alguns sobre a vontade do resto dos espanhóis só conduziu, ao longo da nossa história, à decadência, ao empobrecimento e ao isolamento”, disse o rei.

 

 

“É um erro do nosso passado que não devemos voltar a cometer”, salientou.

 

 

Em novembro, as forças independentistas no parlamento regional catalão aprovaram uma resolução que inicia o processo de independência da região, o que contraria a constituição espanhola, especificando que pretendem desobedecer ao Tribunal Constitucional de Espanha.

 

 

“Respeitar a nossa ordem constitucional é defender a convivência democrática aprovada por todo o povo espanhol, é defender as direitos e liberdades de todos os cidadãos”, disse Felipe VI, reiterando, no entanto, “uma mensagem de serenidade e de continuidade de Espanha”.

 

 

 

Em Espanha, o Rei Filipe VI apelou ao consenso e ao diálogo entre as várias forças políticas.

 

 

Depois das eleições gerais de domingo, o PP não consegue o apoio dos socialistas para governar, o que torna mais difícil a posse de Mariano Rajoy como presidente do governo espanhol.

 

Em resultado das eleições espanholas o Rei quer nova política de diálogo e compromisso 2

Quase uma semana depois de o PP ter ganho, sem maioria, o compromisso está longe de ser alcançado. Os socialistas recusam apoiar Mariano Rajoy e preferem liderar uma maioria de esquerda no parlamento.

 

Depois do apelo natalício do monarca, o PP pede ao PSOE que esteja à altura do actual momento político.

 

O Podemos não abdica de um referendo vinculativo sobre a Catalunha. Já os socialistas, o PP e o rei não ponderam sequer discutir essa possibilidade.

 

Até ao próximo dia 13 de Janeiro, Mariano Rajoy precisa de reunir o maior consenso possível. É a altura em que o Congresso deve votar a sua investidura. Sem maioria absoluta, e também sem maioria simples, a aritmética parlamentar não o favorece.

 

 

 

Angel Diaz / EPA/25/12/2015

 

 

 

 

Centro de Saúde Saint James foi inaugurado no dia 23 de Dezembro

Depois de alguns anos de espera os habitantes do Ironbound, veêm agora concretizado um grande sonho: a abertura do Centro de Saúde Saint James.

 

Centro de Saúde Saint James, em Newark, foi inaugurado no dia 23 de Dezembro 2

Segundo Augusto Amador, vereador do Bairro Leste de Newark, “este Centro que está a funcionar provisoriamente no 2º andar do edifício Nº 228 da Lafayette Street, em Newark, enquanto decorrerem as obras de recupeção do antigo Hospital Saint James, onde será instalado definitivamente, para além de garantir a sua missão específica de providenciar cuidados de saúde abrangentes aos residentes, vai também constituir-se em articulação permanente com os cuidados de saúde hospitalares e os cuidados de saúde continuados do Hospital Saint Michael’s Medical Center como um parceiro fundamental na promoção da saúde e na prevenção da doença”.

 

 

Este projecto de iniciativa privada, para tal ser possível, teve de ser aprovado pelas respectivas autoridades federais, estaduais e municipais e foram promovidas infindáveis reuniões com autoridades de todas as instâncias, envolvendo as “forças vivas” da comunidade e do Estado.

 

Centro de Saúde Saint James, em Newark, foi inaugurado no dia 23 de Dezembro 3

Após a inauguração deste Centro de Saúde, que teve lugar no dia 23 de Dezembro, o vereador Augusto Amador (à dir.), acompanhado por Daniel Gonzalez e Nicole M. Fields, Presidente do Saint James Health Inc., e ainda pelo vereador Luís Quintana, entre outros convidados, fez questão de agradecer a todos quantos estiveram envolvidos nesta causa que visa a prestação e a melhoria no acesso aos cuidados de saúde dos residentes desta área de Newark, independentemente do seu “status” emigratório.

 

Centro de Saúde Saint James, em Newark, foi inaugurado no dia 23 de Dezembro 4

Uma iniciativa estratégica dos administradores do Centro de Saúde Saint James cujo objetivo é enfrentar os novos desafios para a saúde de uma forma diferenciada, baseando-se no próprio conhecimento e investindo na busca de novos conhecimentos, serviços e produtos.

 

 

Entre os serviços oferecidos à população o destaque vai para as áreas da Pediatria, Medicina Preventiva, Medicina Interna e Assistência Social, com esta última destinada a ajudar a combater as desigualdades da sociedade, analisando, acompanhando e propondo soluções, para melhorar as condições de vida tanto de crianças e adolescentes, como de adultos.

 

Centro de Saúde Saint James, em Newark, foi inaugurado no dia 23 de Dezembro 5

Para o vereador Augusto Amador a abertura deste Centro Médico “vem resolver algumas das carências que existiam na nossa comunidade desde o encerramento do Hospital de Saint James. Neste contexto e em nome dos residentes do Bairro Leste, quero agradecer mais uma vez aos senadores federais Bob Menendez e Cory Booker, e ainda ao congressista Albio Sires, bem como aos vereadores de Newark, Luís Quintana e Aníbal Ramos, pelo apoio que deram para que fosse possível a realização deste projecto”, concluiu.

 

 

O Centro de Saúde Saint James está pronto para enfrentar os novos desafios como unidade de emergência hospitalar, com profissionais e tecnologia que vão garantir tranquilidade e confiança aos pacientes e às suas famílias.

 

 

Este centro de saúde irá estar a operar definitivamente nas instalações do antigo Hospital Saint James dentro do primeiro semestre de 2016.

 

JM/The Portugal Times/25/12/2015

 

 

 

 

 

Ministro recusa polémicas sobre túnel do Marão e destaca vantagens para o interior

O ministro das Infraestruturas e Planeamento, Pedro Marques, recusou-se hoje a entrar em polémicas sobre a construção do túnel do Marão, preferindo evidenciar as vantagens da infraestrutura para a região de Trás-os-Montes. “Mais do que polémicas sobre custos e modelos que se alteraram, o que é mais importante é que a obra está muito perto da conclusão e de entrar ao serviço dos cidadãos portugueses”, frisou aos jornalistas, após a visita que hoje realizou às obras na A4 que ainda decorrem entre Amarante e Vila Real. Para o ministro, “as infraestruturas em obras como esta não dividem os portugueses de certeza absoluta”.

 

 

“Esta é uma obra muito importante para a coesão do nosso país”, insistiu. Pedro Marques admitiu, por outro lado, ser para si “simbólico e satisfatório” ter feito parte do Governo que lançou a obra e poder hoje efetuar a sua primeira visita a uma obra enquanto ministro da tutela.

 

 

Acompanhado do secretário de Estado das Infraestruturas, responsáveis da Infraestruturas de Portugal e de autarcas da região, o ministro percorreu hoje de autocarro as três empreitadas que decorrem na A4, ligando a Amarante a Vila Real, incluindo o túnel de 5,6 quilómetros que atravessa a serra do Marão. No final, Pedro Marques disse aos jornalistas ter visto “uma obra de engenharia tecnicamente impressionante, que bateu vários recordes nacionais e até ibéricos em termos de várias das suas componentes técnicas”. Para o ministro, “é uma obra importantíssima para desencravar o interior do país”.

 

 

“Toda a gente que é da região de Trás-os-Montes percebe bem a importância de concluir o túnel do Marão, para realmente favorecer a acessibilidade das pessoas, das mercadorias que são produzidas no interior, ao litoral do país, aos portos portugueses e, desde logo, reforçar a capacidade económica e exportadora desta região”, declarou. Pedro Marques destacou, por outro lado, o facto de estar a ser montado no túnel “um sistema muito sólido de monitorização com vista à segurança da obra”, ao mesmo tempo que elogiava a empresa pública Infraestruturas de Portugal e os empreiteiros por não terem ocorrido quaisquer acidentes graves.

 

 

O túnel respeita as mais recentes exigências de segurança, disponibilizando 13 galerias transversais, separadas entre si por 400 metros, e reúne outros equipamentos, destacando-se 110 câmaras que monitorizam o interior da infraestrutura, que é a mais extensa da Península Ibérica. Os dois maiores viadutos têm 900 e 1.000 metros de extensão e uma altura de cerca de 80 metros e foram construídos do lado de Amarante, o mais íngreme.

 

 

No total das três empreitadas, realizadas por 90 empresas, foram investidos 150 milhões de euros, 88 milhões dos quais no túnel. A obra vai disponibilizar 26 quilómetros de autoestrada, assegurando a ligação do Porto a Bragança.

 

 

Túnel do Marão, a nova via transmontana!…

 

 

A escavação do túnel do Marão, que possui 5,6 quilómetros e está inserido na Autoestrada do Marão, ficou concluída em 2 de Novembro com a abertura da segunda galeria que atravessa a serra, anunciou a Infraestruturas de Portugal (IP).

 

Ministro recusa polémicas sobre túnel do Marão e destaca vantagens para o interior 2

Menos de um mês depois da abertura da galeria sul, viveu-se nas entranhas do Marão, mais um momento simbólico com a detonação da última carga explosiva que permitiu a junção das duas frentes de obra da galeria norte e a conclusão da escavação do túnel que atravessa a serra.

 

A IP referiu, em comunicado, que durante a noite foram retirados todos os escombros e a galeria foi atravessada pela primeira vez esta manhã, de Amarante a Vila Real, por uma delegação técnica encabeçada pelo presidente da empresa pública.

 

Os dois túneis foram construídos em paralelo, em quatro frentes de obra, e todos os trabalhos lá dentro decorrem também em simultâneo.

 

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O objetivo é cumprir os prazos estipulados, que apontam para a conclusão da obra até ao final do ano e entrada em funcionamento da nova autoestrada até ao final do primeiro trimestre de 2016, seis anos do arranque dos trabalhos.

 

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No maior túnel rodoviário da Península Ibérica trabalham neste momento 580 pessoas. São 1.200 nas várias frentes de obra que tem decorrido “com um nível muito baixo de acidentes de trabalho e com nenhuma vítima mortal”.

 

Avanços e recuos, paragens e processos em tribunal, questões económicos e políticas marcaram a construção da via que começou em 2009 e vai ligar a Autoestrada 4 (A4), em Amarante, à Autoestrada Transmontana, em Vila Real.

 

Após ter resgatado a concessão da Autoestrada do Marão, depois da terceira paragem das obras em junho de 2011, a IP (então Estradas de Portugal) dividiu os trabalhos em três empreitadas, nomeadamente a do túnel e os acessos poente e nascente.

 

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Para além da execução do túnel, o empreendimento compreende ainda a construção do sublanço com 9,9 quilómetros da ligação poente entre o nó do Itinerário Principal 4 (IP4) e o túnel e a ligação nascente, entre o túnel e o nó de Parada de Cunhos.

 

Esta ligação, igualmente com 9,9 quilómetros de extensão, inclui a execução de diversas obras de arte nomeadamente o viaduto sobre o vale do Rio Ovelha com 816 metros e o viaduto sobre o vale do Rio Marão com 915 metros.

 

A Autoestrada do Marão foi a primeira obra público privada resgatada pelo Estado, devido a incumprimentos por parte da concessionária.

 

 

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O presidente da IP, António Ramalho, já disse que esta autoestrada vai ter um investimento final que ronda entre “os 260 a 280 milhões”, valores abaixo do inicialmente previsto de 345 milhões de euros.

 

Entretanto, a União Europeia atribuiu um cofinanciamento de 89 milhões de euros a esta empreitada no âmbito dos Fundos de Coesão.

 

Para atravessar os 26 quilómetros desta autoestrada ter-se-á que pagar cerca de dois euros de portagem.

 

É um valor, segundo António Ramalho, que fica também abaixo do inicialmente previsto e que é possível porque se “conseguiu poupar na construção” desta via.

 

 

OCTÁVIO PASSOS/LUSA/Obs/VC/TPT/25/12/2015