Faltam escavar 800 metros para acabar perfuração do Túnel do Marão que vai ligar Amarante a Vila Real

 

 

O presidente da Infraestruturas de Portugal (IP) afirmou este sábado que faltam escavar 800 metros no Túnel do Marão para concluir a perfuração desta estrutura incluída na Autoestrada do Marão que vai ligar Amarante a Vila Real.

 

 

António Ramalho, que falava após uma visita do secretário-geral do PS à obra do Túnel do Marão, no lado de Amarante, distrito do Porto, disse que se prevê que a junção dos túneis ocorra durante o mês de agosto.

 

 

Faltam escavar cerca de 400 metros em cada túnel, que estão a ser construídos em paralelo, num total de 800 metros.

 

 

A Autoestrada do Marão vai ligar Amarante a Vila Real e inclui a construção de um túnel rodoviário de quase seis quilómetros.

 

 

A perfuração está a avançar agora com mais cautelas porque, segundo explicou o responsável, os trabalhos estão a decorrer numa falha geológica.

 

 

“As coisas não podiam estar a correr melhor, o que significa genericamente que estamos muito confortáveis em relação aos prazos de cumprimento da obra na parte do túnel, que seria aquela que objetivamente teria mais risco”, salientou.

 

 

Após ter resgatado a concessão da Autoestrada do Marão, depois da paragem das obras em junho de 2011, o Estado dividiu os trabalhos em três empreitadas, nomeadamente a do túnel e os acessos poente e nascente.

 

 

No entanto, apesar de os trabalhos decorreram a bom ritmo dentro do túnel, nos acessos as obras estão mais atrasadas.

 

 

“Os acessos tinham duas características. Primeiro não estavam na fase tão crítica e têm mais tempo para serem feitos dentro do prazo e depois são acessos feitos sobre uma obra já existente e era necessários que os empreiteiros comprassem algumas coisas aos anteriores”, explicou.

 

 

Agora, frisou, essas obras “estão a acelerar imenso”. Neste momento, está-se em pico de obra. No túnel trabalham cerca de 620 trabalhadores dos 1200 afetos à autoestrada.

 

A proposta de portagem para os 26 quilómetros da Autoestrada do Marão situa-se entre o 1,85 e 2,25 euros.

 

 

Esta via vai ligar a A4 (Porto/ Amarante) à Autoestrada Transmontana (Vila Real/ Bragança) a partir do primeiro trimestre de 2016.

 

 

Desde o início da empreitada, no verão de 2009, as obras foram suspensas três vezes, sendo que, da primeira vez, o foram apenas na escavação do túnel e por causa de duas providências cautelares interpostas pela empresa Água do Marão.

 

 

Depois, a construção em toda a extensão da autoestrada parou a 27 de junho de 2011 e, dois anos depois, a obra foi resgatada pelo Estado.

 

 

P.Santos/TPT/7/7/2015

 

 

 

Marcelo critica apoio de Balsemão a eventual candidatura de Rui Rio à Presidência da República

O antigo presidente do PSD Marcelo Rebelo de Sousa considerou que é “mau para a coligação” a apresentação imediata de um candidato presidencial, discordando do momento em que Francisco Pinto Balsemão declarou apoio a Rui Rio.

 

 

O fundador do PSD e antigo primeiro-ministro Francisco Balsemão desafiou na terça-feira o ex-presidente da Câmara do Porto Rui Rio a montar o “cavalo do poder” como candidato a Presidente da República, dizendo que de todas as possíveis candidaturas esta é a que mais o entusiasma.

 

 

À margem da apresentação do livro Leiria e a Democracia – 40 anos, que decorreu no Instituto Politécnico de Leiria, Marcelo Rebelo de Sousa adiantou que o “único ponto” em que diverge de Francisco Pinto Balsemão “não tem a ver com o nome, tem a ver com a apresentação imediata da candidatura”.

 

 

“Para Balsemão, é bom para a coligação e é bom para o candidato haver uma apresentação imediata e haver uma corrida em simultâneo para as legislativas e para as presidenciais. Eu entendo exatamente o oposto. Entendo que é mau para a coligação e é mau para o candidato”, sublinhou Marcelo Rebelo de Sousa, acrescentando que, em Portugal, só existe “uma experiência de haver simultaneamente um candidato e uma coligação: foi a AD com o general Soares Carneiro”.

 

 

Segundo o ex-líder social-democrata, a afirmação do fundador do PSD “dá um ruído que é negativo para ambos e há uma sobreposição de coisas diferentes”.

 

 

“Mas é uma opinião perfeitamente legítima, que não é a minha, e os factos se encarregarão de mostrar quem é que tinha razão”, afirmou, adiantando não ter ficado surpreendido com o apoio “em relação à pessoa”, pois é “uma decisão e uma opção perfeitamente lógica, se não mesmo esperável”.

 

 

Para o ex-líder do PSD, Rui Rio é “um nome com peso” e “um dos nomes possíveis de candidatos presidenciais da área do centro direita”.

 

 

Confrontado com a possibilidade de estar a perder espaço para uma eventual candidatura sua à Presidência da República, Marcelo Rebelo de Sousa disse que “a questão fundamental, neste momento, não é tanto olhar para as sondagens e ver quem é que tem mais peso, nem é tanto olhar para as bases e ver quem é que vai mais às bases, nem sequer é olhar para os barões e ver quem é que tem um ou outro barão”.

 

 

“O mais importante é a escolha de fundo que os candidatos a candidatos que existirem e a coligação devem fazer, que é a escolha entre esperar pelas legislativas, e depois tratar das presidenciais, ou avançar já com as presidenciais, antes das legislativas. Eu acho que essa é a grande escolha dos próximos dois meses”, rematou.

 

“Os prazos vão encurtando. E o cavalo do poder raramente passa mais de uma vez à porta de quem o pode montar”, afirmou o também patrão do grupo de Comunicação Social Impresa, na terça-feira, dirigindo-se ao ex-presidente da Câmara do Porto, na apresentação da biografia de Rio, “Raízes de Aço”, na sede lisboeta da Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas.

 

Rio, por seu turno, escusou-se a responder ao repto, alegando tratar-se de “questões de política conjuntural”, embora expressasse “grande honra” e “orgulho” pelas palavras de alguém por quem tem “enorme respeito”, deixando apenas escapar que “só muito junto à foz se notam as marés num rio”.

 

 

O antigo chefe de Governo disse também que, “de todas as candidaturas anunciadas, semi-anunciadas, verdadeiras, hipotéticas, etc., até agora conhecidas, a eventual candidatura de Rui Rio à Presidência da República é a que mais entusiasmo e confiança” lhe “inspira”.

 

OBS/1/7/2015