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Agricultores protestam no Fundão por apoios face ao aumento de preços

Agricultores do distrito de Castelo Branco participaram ontem numa marcha lenta na cidade do Fundão, para protestarem contra os aumentos dos custos de produção, resultantes da crise energética e da guerra, e para exigirem “medidas fortes” ao Governo.

 

 

A iniciativa foi promovida pela Associação Distrital dos Agricultores de Castelo Branco (ADACB), com os tratores e máquinas agrícolas a concentrarem-se na zona industrial do Fundão, percorrendo depois o percurso até à sede da associação e passando no centro da cidade.

 

 

Com ajuda de um megafone e auxílio das buzinas dos veículos, os agricultores alertaram para os problemas que enfrentam, designadamente a subida dos preços dos combustíveis, energia, rações e fertilizantes para valores como “não há memória”, apontou Mesquita Milheiro, presidente da ADACB.

 

 

“A agricultura está a ser asfixiada pelos custos de produção brutais. Eu sou agricultor há 50 anos e nunca assisti a um aumento dos custos de produção como agora está a acontecer. É um aumento da ordem dos 120%”, frisou.

 

 

Sublinhando que os agricultores ainda estão a lidar com as consequências da pandemia de covid-19 e com os impactos da seca, Mesquita Milheiro vincou que a guerra veio piorar ainda mais a situação para o mundo rural e exigiu medidas e apoios ao Governo.

 

 

“Não é com pequenas medidas de mitigação que se resolve um problema desta dimensão. Tem de haver medidas fortes da parte do Governo, porque assim não é possível os agricultores continuarem”, apontou.

 

 

Aquele responsável sublinhou ainda que o aumento dos custos não é acompanhado pelos preços pagos aos agricultores e vincou que, neste momento, já todos os setores do mundo rural sofrem os impactos negativos dos aumentos.

 

 

“O gasóleo verde antes custava 80 cêntimos, agora está a um euro e meio e isto arruína qualquer atividade”, referiu.

 

 

Deu igualmente exemplo de um saco de adubo que antes custava cerca de 20 euros e que atualmente custa 45 a 50 euros ou dos herbicidas, cuja embalagem de 20 litros passou de 60 para 200 euros.

 

 

Mesquita Milheiro mostrou ainda preocupação de que alguns agricultores optem por não avançar com as próximas sementeiras e que alguns até possam abandonar a atividade.

 

 

Alertas e testemunhos que foram repetidos pelos agricultores que participaram nesta manifestação.

 

 

“Isto não tem cabimento. Além do gasóleo, as rações custam quase o dobro e os adubos quase três vezes mais. Desta maneira não há hipótese de a gente trabalhar”, apontou Adelino Santos, que tem produção pecuária.

 

 

João Luís Salvado também deita contas ao prejuízo e exige apoio ao Governo: “Da maneira como estão as coisas não se pode trabalhar. Não há dinheiro que resista. Andamos a tirar o que tínhamos poupado para não deixar morrer tudo, mas assim não pode continuar e o Governo tem de pôr mão nisto”.

 

 

Manuela Leal produz azeitona e também fez questão de marcar presença nesta marcha lenta, porque também tem visto os custos de produção aumentarem, sem que o retorno acompanhe tal escalada.

 

 

No âmbito desta ação, a ADACB vai enviar ao Governo uma resolução “em defesa da agricultura, do mundo rural e da soberania alimentar” em que se exigem medidas e apoios para travar as dificuldades.

 

 

 

TPT com: MadreMedia / Lusa//Sapo24// 19 de Abril de 2022   

 

 

 

 

 

 

A Roménia proíbe navios russos nos seus portos

A Roménia proibiu a entrada nos seus portos do Mar Negro e do Danúbio aos navios com bandeira russa a partir de 17 de Abril (domingo de Páscoa) noticiou a agência oficial russa TASS.

 

 

A proibição está em conformidade com as sanções impostas pela União Europeia (UE) à Rússia por ter invadido a Ucrânia, em 24 de fevereiro, segundo a Administração Marítima Romena.

 

 

“A partir de 17 de abril de 2022, às 00:00, é proibida a entrada nos portos romenos de qualquer navio registado sob a bandeira russa, incluindo navios que tenham mudado a bandeira russa para a bandeira de qualquer outro Estado ou que tenham alterado o registo na Rússia para o registo em qualquer outro Estado após 24 de fevereiro de 2022”, anunciou a autoridade romena.

 

 

A proibição aplica-se também aos iates e embarcações de recreio, segundo a mesma fonte, citada pela televisão romena e pela agência russa.

 

 

Será feita uma exceção apenas para os navios cujas tripulações necessitem de assistência humanitária ou embarcações que transportem energia e produtos agrícolas e alimentares para países da UE.

 

 

Com esta decisão, a Roménia está a aplicar as medidas adotadas pela UE em 08 de março, de reforço das sanções contra a Rússia.

 

 

O novo pacote também inclui a proibição de operadores rodoviários de carga russos e bielorrussos na UE, igualmente com a exceção de “produtos agrícolas e alimentares, ajuda humanitária e energia”, de acordo com a Comissão Europeia.

 

 

O quinto pacote de sanções da UE contempla igualmente um embargo das importações de carvão russo e outros combustíveis fósseis sólidos, a proibição de exportações para a Rússia, em particular de bens de alta tecnologia, até 10 mil milhões de euros, e novas sanções contra bancos russos.

 

 

A Roménia tornou-se membro da UE em 2007, juntamente com a Bulgária, depois do alargamento de 2004, que abrangeu Eslovénia, Eslováquia, Estónia, Letónia, Lituânia, Hungria, Malta, Polónia, República Checa e Chipre.

 

 

Além das medidas restritivas da União Europeia, a Rússia foi alvo de sanções económicas e financeiras de países como os Estados Unidos, o Reino Unido, o Japão ou a tradicionalmente neutral Suíça.

 

 

 

TPT com: Agência Oficial Russa TASS/MadreMedia//Lusa// 16 de Abril de 2022

 

 

 

 

 

 

 

Académica despromovida pela primeira vez ao terceiro escalão do futebol português

A Académica jogará assim na Liga 3 em 2022/23, depois de 88 épocas consecutivas entre a primeira e a segunda divisões do futebol luso.

 

 

A histórica Académica, vice-campeã nacional em 1966/67, caiu hoje, pela primeira vez na sua história, para o terceiro escalão do futebol português, ao empatar a zero com o Penafiel, em jogo da 30.ª jornada da II Liga.

 

 

Em Coimbra, o empate consumou a oitava descida da história da Académica, a primeira ao terceiro escalão, uma vez que, com quatro rondas por disputar, os ‘estudantes’ matematicamente já não podem deixar os lugares de despromoção: somam 16 pontos, menos 11 do que o Académico de Viseu, também em zona de despromoção direta, e 12 do que o Trofense, que ocupa o lugar reservado ao ‘play-off’ de manutenção, com estas duas equipas a defrontarem-se ainda hoje.

 

 

A Académica, um dos históricos clubes nacionais, jogará assim na Liga 3 em 2022/23, depois de 88 épocas consecutivas, desde 1934/35, entre a primeira e a segunda divisões do futebol luso, num trajeto que até hoje contava com sete descidas e 24 presenças na divisão secundária.

 

 

Apesar desses ‘percalços’, a história da ‘Briosa’ fez-se, sobretudo, no escalão principal, entre os ‘grandes’ e tem como ponto alto o segundo lugar conquistado na época 1966/67, na qual lutou até ao fim com o ‘grande’ Benfica, de Eusébio, que na época seguinte jogou a final da Taça dos Campeões.

 

 

Artur Jorge, Rui Rodrigues, Vítor Campos, Rocha, Maló, Celestino, Ernesto, Marques, Gervásio, Crispim, Curado, Vieira Nunes, Mário Campos, Serafim e Toni foram nomes que entraram para a ‘lenda’ da Académica, como vice-campeões nacionais.

 

 

Os ‘estudantes’, que acabaram a prova com 18 vitórias, quatro empates e quatro derrotas, ainda lutaram pelo cetro até à 19.ª jornada, de 26, na qual comprometeram o ‘sonho’, ao perderem por 1-0 na receção ao Benfica, que acabaria campeão.

 

 

Na divisão ‘maior’, a Académica não mais lutou pelo título, mas conquistou outros lugares muito honrosos, nomeadamente os quartos de 1964/65 e 1967/68, o quinto de 1970/71 e os sextos de 1965/66 e 1968/69, nesta última edição com 19 golos de Manuel António, que acabou como melhor marcador da prova.

 

 

A ‘Briosa’ fechou o ‘top 5’ pela última vez em 1970/71, sendo que até essa altura só tinha falhado a divisão principal uma vez, em 1948/49, época em que venceu a fase final da II divisão, após o 14.º e último lugar de 1947/48.

 

 

Depois, as presenças no segundo escalão começaram a aumentar, duas ainda na década de 70, cinco na de 80, um recorde de oito na de 90, na qual só esteve entre os ‘grandes’ em 1997/98 e 1998/99, duas na primeira do século XXI e quatro na segunda.

 

 

A Académica somou a sétima descida ao segundo escalão em 2015/16 e, depois disso, nunca mais voltou, embora tenha acumulado sempre boas classificações: sexto lugar em 2016/17, quarto em 2017/18, quinto em 2018/19, sétimo em 2019/20 e quarto na temporada transata.

 

 

Para a presente época, os ‘estudantes’ perderam muitos dos ‘craques’ que brilharam em 2020/21, começaram desde cedo a acumular treinadores e, a ‘longas’ cinco rondas do fim, têm confirmada a descida ao ‘abismo’, numa inédita participação no terceiro escalão do futebol luso, agora denominado Liga 3.

 

 

Esta é a oitava descida da história da Académica, depois de sete do primeiro para o segundo escalão, em 1947/48, 1971/72, 1978/79, 1980/81, 1987/88, 1998/99 e 2015/16, sendo que, só em dois ciclos, cumpriu mais de três épocas seguidas no segundo, nove entre 1988/89 e 1996/97 e seis de 2016/17 a 2021/22.

 

 

Nas passagens pela segunda divisão, nas zonas Norte e Centro, na II Honra ou na II Liga, os ‘estudantes’ tinham acabado sempre no ‘top 8’, sendo exceção a época 1995/96, na qual se ficaram pelo 15.º posto, um acima da zona de descida.

 

 

A Académica só garantiu a manutenção na 33.ª de 34 jornadas, acabando apenas dois pontos à frente do Nacional, que ficou no 16.º posto e caiu para a então II divisão B.

 

 

Essa temporada tinha sido, porém, a exceção, com os ‘estudantes’ a ficarem sempre mais perto de subir do que de descer, como aconteceu na época 2020/21, em que acabaram imediatamente atrás das três formações promovidas, uma delas, o Arouca, depois de bater o Rio Ave no ‘play-off’.

 

 

Um ano depois, a queda ao terceiro escalão é quase certa, de um clube que, há menos de uma década, em 2012/13, estava a disputar a fase de grupos Liga Europa, na qual conseguiu vencer os espanhóis do Atlético de Madrid (2-0 em Coimbra).

 

 

Esta presença aconteceu depois da histórica vitória na edição 2011/12 da Taça de Portugal, com um triunfo por 1-0 sobre o Sporting, selado por Marinho, na final do Jamor, a reeditar o triunfo da edição inaugural (4-3 ao Benfica, em 1938/39).

 

 

Em 2013/14, a Académica conseguiu outro feito invulgar nos últimos anos, ao acabar o campeonato principal no oitavo lugar, a melhor classificação desde o sétimo posto de 2008/09, o outro ‘top 10’ do século XXI.

 

 

Para 2022/23, o programa de ‘festas’ perspetiva-se bem mais desinteressante, com a participação na Liga 3, na qual estão esta época outros históricos do futebol português, como o Vitória de Setúbal, a União de Leiria ou o Alverca.

 

 

 

 

Presidente da Académica considera descida à terceira divisão “página negra

 

 

Pedro Roxo, presidente da Académica Académica de Coimbra, considerou hoje que, desportivamente, a descida à terceira divisão, pela primeira vez em 134 anos de história, é a página “mais negra” do futebol do clube.

 

“Obviamente, que este é um momento desportivamente muito negro”, disse Pedro Roxo, em conferência de imprensa, no final do jogo da ‘Briosa’ com o Penafiel, realizado esta manhã, que terminou empatado sem golos e que sentenciou a descida de divisão.

 

 

O dirigente assumiu que a “época desportiva falhou” e que assume todas as responsabilidades, salientando que a Académica “não pode terminar por aqui”, já que tem uma “histórica rica, que nos fará reerguer”.

Na conferência de imprensa que se seguiu ao final do jogo, Pedro Roxo anunciou um parceiro (Athlon) para a constituição de uma Sociedade Anónima Desportiva (SAD), referindo que se candidatou com o projeto de alterar a atual estrutura do clube.

“A Académica tinha e tem dificuldades que não lhe permitem ombrear com as outras equipas dos campeonatos profissionais”, disse o líder academista, recordando que o parceiro escolhido aceita as condições e regras impostas pela direção-geral da Associação Académica de Coimbra, que é a casa mãe do OAF.

O presidente da direção da ‘Briosa’ assumiu também a responsabilidade de “tornar a Académica mais forte, competitiva e com futuro”, embora não tenha assumido que é recandidato ao cargo nas eleições agendadas para 15 de maio.

Salientando que o projeto de constituição da SAD não é “desta direção, mas da Académica”, Pedro Roxo referiu que este passo é a solução que vai permitir ao clube “ter viabilidade e um futuro”.

O dirigente lamentou que só agora tenha sido possível apresentar o parceiro e disse que assim que a comissão criada no seio do Conselho Académica para estudar a proposta se pronuncie, os sócios estarão em condições de votar o projeto da SAD.

“A Académica vai voltar mais forte, mas precisa de se unir para recuperar rapidamente”, sublinhou.

 

 

 

“Futebolisticamente falando, somos muito ignorantes”, disse José Castro

 

 

 

Declarações de Zé Castro, capitão da Académica, no dia em que ficou consumada a descida da Briosa ao terceiro escalão do futebol português.

 

Reação a descida de divisão: “O futebol ensina-nos muita coisa, o futebol é isto mesmo, uma aprendizagem para todos. Os jogadores, para o bom e para o mau, para mim, são os principais culpados. Temos de assumir as responsabilidades, no bom e no mau. É o futebol. Faz parte. Temos de mudar um bocado a nossa cultura futebolística, ninguém é melhor por perder ou ganhar. Temos de deixar de pensar isso. Futebolisticamente falando, somos muito ignorantes. Não somos analfabetos, porque analfabetismo é quem nunca pôde aprender. Quem pôde aprender e não quer, é ignorante. A nível de futebol ainda somos um país bastante ignorante. Temos muito que aprender.

 

 

Impacto da descida: “Para a Académica é um passo atrás. O clube pode destruturar-se, mas pode depois dar dois passos à frente. Oxalá seja assim. A Académica é o meu único clube e vai ser sempre o meu único clube. Isto acontece. Um dia a uns, outro dia a outros. A nossa cultura tem de mudar um bocado um bocado. Temos de nos preparar para mudar isso. Cada vez há menos gente a gostar de futebol. Cada vez há mais gente a querer só ganhar e não gosta dos clubes, aproveita-se. Temos de gostar de futebol primeiro e depois seguir em frente. Não desresponsabilizar os jogadores. Oxalá a Académica cresça. Não tenho de pedir desculpas, porque quem dá tudo não tem de pedir de desculpas. Espero que o clube suba já no próximo ano e consiga aquilo que merece, que é estar no patamar mais alto do futebol.”

 

 

É o fim da sua carreira como jogador? “Era o meu último ano como jogador, os meus colegas sabem, toda a gente sabe. Mas é o menos importante. Nunca me aproveitei das coisas.”

 

 

E agora? “Vou estar fora do futebol pelo menos por um ano. O futebol dá muito e tira muito. Neste momento momento não sou nada nem ninguém. Nem quero saber de mim neste momento. Não quero pensar em mim, farei a minha vida. A Académica é muito mais importante do que qualquer jogador e qualquer pessoa. As pessoas devem sempre tentar ter mais conhecimento com quem sabe.”

 

TPT com: Sportinforma / Lusa// Sapo//16 de Abril de 2022

 

 

 

 

 

Esta é a proposta de Moedas para os transportes públicos gratuitos em Lisboa

O presidente da Câmara de Lisboa propõe que a gratuitidade nos transportes públicos para residentes jovens e idosos inclua Carris, Metropolitano, CP-Comboios de Portugal e Fertagus, segundo a proposta a que Lusa teve hoje acesso.

 

 

A proposta do presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas (PSD), prevê um acordo entre o município e a empresa TML – Transportes Metropolitanos de Lisboa, que será válido “até 31 de dezembro de 2025” e estabelece a gratuitidade para jovens entre os 13 e os 18 anos, estudantes do ensino superior até aos 23 anos, incluindo a exceção dos inscritos nos cursos de medicina e arquitetura até aos 24 anos, e maiores de 65 anos, em que o requisito comum para todos é ter residência fiscal no concelho.

 

 

Desde 2017, as crianças até aos 12 anos já beneficiam de transportes públicos gratuitos em Lisboa, nas redes do Metropolitano e da Carris.

 

 

O documento, que prevê uma despesa no montante máximo de 6,266 milhões de euros em 2022 e, para os anos económicos de 2023, 2024 e 2025, uma verba de até 14,9 milhões de euros para cada ano, será discutido na próxima quinta-feira em reunião privada do executivo camarário.

 

 

O acordo estabelece as compensações aos operadores de transportes, em que o município se obriga a pagar mensalmente, através da TML, as verbas previstas “como contrapartida pela disponibilização gratuita dos títulos Navegante Municipal Lisboa nas modalidades 4_18 e sub23”, no caso dos jovens até 18 anos e dos estudantes universitários até aos 23 anos, em que a gratuitidade abrange as redes da Carris, do Metropolitano de Lisboa, da CP e da Fertagus.

 

 

Prevê-se um valor total de pagamento de 585.906 euros, isto para cada um dos três primeiros meses de vigência do acordo. A partir do quarto mês, o valor da compensação terá em conta os dados de adesões, vendas e validações.

 

 

Esse pagamento será “mediante atribuição, por cada título carregado, e desde que o mesmo tenha tido pelo menos uma validação no mês correspondente, do respetivo valor de venda ao público em vigor em cada momento, que inclui o valor do IVA legalmente em vigor, sempre que aplicável, que já é deduzido do valor do desconto aplicável ao abrigo da modalidade 4_18 ou sub23”, lê-se no acordo.

 

 

Relativamente aos maiores de 65 anos, a gratuitidade do transporte aplica-se nas redes da Carris, Metropolitano de Lisboa e CP “em que seja válido o título Navegante Urbano na modalidade «3.ª idade»” e a compensação prevista para cada um dos três primeiros meses de vigência do acordo prevê um valor total de pagamento por conta mensal de 650.366 euros.

 

 

Esse valor é distribuído por: 385.855 euros para a Carris; 262.687 euros para o Metropolitano de Lisboa; e 1.824 euros para a CP.

 

 

Os montantes devidos aos operadores “incluem o efeito financeiro líquido decorrente da soma das incidências, positivas e negativas, da medida no conjunto das receitas tarifárias da globalidade dos títulos válidos na área metropolitana de Lisboa, podendo englobar, designadamente, a perda de receitas tarifárias em títulos de abrangência metropolitana e o acréscimo de receitas tarifárias por indução de procura nos títulos disponibilizados a custo zero para o beneficiário”, refere o acordo, que além da votação em reunião de câmara tem que ser submetido à assembleia municipal.

 

 

“A atribuição dos títulos gratuitos deve pressupor a titularidade de suporte válido para o efeito, designadamente do cartão Navegante, com o correspondente perfil de bonificação e a prévia adesão à gratuitidade por parte dos beneficiários”, refere a proposta, indicando que a adesão nas modalidades 4_18 e sub_23 pode ser realizada entre 01 de setembro e 15 de novembro de cada ano e é válida pelo período máximo de um ano, findo o qual deve ser renovada, enquanto na modalidade «3.ª idade» a adesão pode ser realizada a qualquer momento e é válida pelo período máximo de um ano, sendo também renovável.

 

 

A câmara pode rever o acordo com a TML caso o Estado proceda a alterações substanciais nas regras de financiamento das bonificações em vigor para as modalidades 4_18, sub23 ou Navegante Urbano «3ª idade» e sempre que haja uma atualização das regras tarifárias em vigor na Área Metropolitana de Lisboa que tenha um impacto financeiro significativo relativamente às verbas a pagar aos operadores em cada um dos títulos da medida de gratuitidade.

 

 

Durante a vigência do acordo, em face das disponibilidades financeiras do município, será estudada, em articulação com a TML, a viabilidade do alargamento do universo de potenciais beneficiários da gratuitidade, por forma a abranger “os residentes na cidade de Lisboa em situação de desemprego de longa duração; os beneficiários do rendimento social de inserção (RSI) e os portadores de incapacidade permanente igual ou superior a 60% fiscalmente reconhecida”.

 

 

Na terça-feira, na reunião da Assembleia Municipal, Carlos Moedas anunciou a apresentação da proposta e disse que a mesma foi elaborada com “todos os vereadores sem exceção”, o que inclui os sem pelouro, nomeadamente de PS, PCP, Livre, BE e independente do Cidadãos por Lisboa (eleita pela coligação PS/Livre), Paula Marques.

 

 

Além da proposta do presidente da Câmara de Lisboa, o executivo camarário vai apreciar, na próxima quinta-feira, a iniciativa do BE para criar o programa municipal para a gratuitidade dos transportes públicos, que tem aguardado agendamento desde dezembro de 2021.

 

 

 

BE retira proposta de transportes gratuitos em Lisboa para contribuir na iniciativa de Moedas

 

 

 

O BE na Câmara de Lisboa decidiu hoje retirar a sua proposta para a gratuitidade dos transportes públicos, depois do presidente da autarquia, Carlos Moedas (PSD), ter apresentado ao restante executivo camarário uma iniciativa com esse propósito.

 

“O Bloco de Esquerda desde a primeira hora deixou claro o seu desejo de trabalhar para uma solução de gratuitidade dos transportes públicos em Lisboa. Por isso, retiraremos a nossa proposta, entregue em dezembro de 2021, permitindo uma melhor decisão para a cidade de Lisboa”, indica o partido, em comunicado.

 

 

A decisão do BE foi tomada após o presidente da Câmara de Lisboa ter entregado esta tarde a sua proposta para a gratuitidade de transportes públicos em Lisboa para mais novos e mais velhos.

 

 

“Só hoje ficámos a conhecer a forma como pretende implementar a gratuitidade dos transportes públicos no município”, refere o BE, partido que integra o executivo camarário de Lisboa, com a vereadora Beatriz Gomes Dias.

 

 

Na próxima quinta-feira, em reunião privada, a Câmara de Lisboa vai discutir a proposta apresentada por Carlos Moedas para a gratuitidade nos transportes públicos para residentes jovens e idosos, a que se juntaria também a iniciativa do BE para criar o programa municipal para a gratuitidade dos transportes públicos, que tem aguardado agendamento desde dezembro de 2021.

 

Em comunicado, o BE refere que a entrega e agendamento da proposta do presidente da câmara vem no seguimento das “insistentes solicitações” da vereadora única do Bloco de Esquerda, Beatriz Gomes Dias, para a discussão do tema, as perguntas da deputada municipal do BE Isabel Pires e ainda a “chamada de atenção” feita esta manhã pela coordenadora do partido, Catarina Martins.

 

 

“Recorde-se que a proposta do Bloco para a gratuitidade dos transportes está por agendar desde há quatro meses, violando o disposto no regimento da Câmara Municipal de Lisboa”, lembra o partido, ressalvando que a retirada da sua proposta não significa desistir de ampliar a gratuitidade dos transportes públicos para pessoas em situação de desemprego e pessoas com deficiência, pelo que irá propor alterações à iniciativa apresentada por Carlos Moedas.

 

 

Colocando de parte as divergências políticas, o BE realça o “avanço no caminho para a gratuitidade dos transportes públicos”, considerando que é uma medida essencial para o combate às alterações climáticas e muito importante num contexto de subida dos encargos das famílias.

 

 

 

 

TPT com: Sapo24// MadreMedia//Lusa// 16 de Abril de 2022

 

 

 

 

 

 

 

Rússia ameaça com armas nucleares se Finlândia e Suécia aderirem à NATO

O vice-presidente do Conselho de Segurança e ex-presidente russo, Dmitri Medvedev, ameaçou hoje com o destacamento de armas nucleares no Báltico se a Suécia e a Finlândia aderirem à NATO.

 

 

“Será necessário reforçar o agrupamento de forças terrestres, defesa antiaérea, destacar forças navais significativas nas águas do Golfo da Finlândia. E, então, já não poderemos falar de um Báltico sem armas nucleares. O equilíbrio deve ser restabelecido”, escreveu Medvedev na rede social Telegram.

 

 

A Finlândia e a Suécia estão a analisar a possível adesão à Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), na sequência da guerra em curso na Ucrânia, desencadeada pela Rússia em 24 de fevereiro.

 

 

As autoridades de Moscovo usaram como uma das justificações para invadir a Ucrânia o objetivo de travar o avanço da NATO a Leste, dado que Kiev pretendia aderir à aliança militar ocidental.

 

 

A primeira-ministra finlandesa, Sanna Marin, disse na quarta-feira, no final de um encontro com a sua homóloga sueca, Magdalena Andersson, em Estocolmo, que a decisão sobre a possível adesão será tomada antes da cimeira da NATO em Madrid, marcada para o final de junho.

 

 

No seu comentário no Telegram, citado pela agência russa TASS, Medvedev disse que “muito em breve, até ao verão deste ano, o mundo tornar-se-á mais seguro”, porque a Rússia terá de reforçar as suas fronteiras terrestres com os países da NATO.

 

 

Segundo o também ex-primeiro-ministro russo, as fronteiras russas com a NATO “mais do que duplicarão” se a Finlândia e a Suécia aderirem à organização.

 

 

A Finlândia partilha uma fronteira de 1.340 quilómetros de extensão com a Rússia, que tem como vizinhos cinco membros da NATO: Estónia, Letónia, Lituânia, Noruega e Polónia.

 

 

Segundo a NATO, os membros da Aliança totalizam atualmente 1.215 quilómetros dos mais de 20.000 quilómetros da fronteira terrestre que a Rússia tem com 14 países.

 

 

A Rússia tem ainda fronteiras terrestres com Azerbaijão, Bielorrússia, Cazaquistão, China, Coreia do Norte, Geórgia, Mongólia e Ucrânia, e fronteiras marítimas com Suécia, Japão, Turquia e Estados Unidos.

 

 

Medvedev disse ainda que a NATO está disposta a aceitar os dois novos membros “no menor tempo possível e com o mínimo de procedimentos burocráticos”.

 

 

“Isto significa que a Rússia terá mais adversários oficialmente registados”, notou.

 

 

Para a Rússia, segundo Medvedev, é indiferente a NATO ter 30 membros ou 32 — “menos dois, mais dois, dada a sua importância e população, não há grande diferença” –, mas Moscovo deve reagir, “sem emoções, com a cabeça fria”.

 

 

Medvedev refutou a tese de que a questão da adesão dos dois países à NATO não se colocaria se a Rússia não tivesse invadido a Ucrânia.

 

 

“Isto não é assim. Em primeiro lugar, já foram feitas antes tentativas de os arrastar para a Aliança. Em segundo lugar, e mais importante, não temos disputas territoriais com estes países, como acontece com a Ucrânia. E, portanto, o preço de tal adesão é diferente para nós”, afirmou.

 

 

Medvedev disse que a adesão à NATO divide a opinião pública na Finlândia e na Suécia, apesar dos “máximos esforços dos propagandistas nacionais”, e apelou para que finlandeses e suecos tenham consciência do que está em causa.

 

 

“Ninguém no seu perfeito juízo quer aumentos de preços e impostos, aumento da tensão ao longo das fronteiras, [mísseis] Iskander, hipersónicos e navios com armas nucleares literalmente à distância de um braço da sua própria casa”, escreveu.

 

 

“Esperemos que a inteligência dos nossos vizinhos do Norte ainda vença”, acrescentou.

 

 

 

Rússia avisa Washington para parar de armar Kiev

 

 

 

 

A Rússia enviou esta semana uma carta diplomática aos Estados Unidos da América (EUA) a alertar que, se Washington não parar de fornecer armas à Ucrânia, haverá “consequências imprevisíveis”, avançou hoje um jornal norte-americano.

 

Segundo avançou o jornal The Washington Post, que indica ter tido acesso à referida carta diplomática, Moscovo adverte no documento que os envios de armas dos EUA e da NATO para a Ucrânia estão “a adicionar combustível” ao conflito e podem estar a desencadear “consequências imprevisíveis”.

 

 

Horas antes do The Washington Post ter avançado com a notícia, o canal de televisão CNN também disse ter tido acesso ao documento.

 

 

Na quarta-feira, o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, comunicou ao seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, o envio de um pacote adicional de assistência militar no valor de 800 milhões de dólares (mais de 740 milhões de euros), com armas mais letais, para enfrentar a Rússia na nova fase da guerra, agora mais focada no Donbass (leste ucraniano).

 

 

Depois de falar ao telefone com Volodymyr Zelensky, Biden disse em comunicado que as armas dos EUA e de outros países ocidentais foram “cruciais” para Kiev resistir à invasão russa no primeiro mês e meio de guerra, ainda assim com um “efeito devastador” para a Ucrânia.

 

 

De acordo com a lista divulgada pelo Pentágono, a nova assistência militar inclui pela primeira vez, desde o início da invasão em 24 de fevereiro, 18 obuses, canhões de 155 milímetros com 40.000 munições, aos quais se somam 10 radares anti-artilharia tipo AN/TPQ-36 e dois radares de vigilância aérea AN/MPQ-54.

 

 

O pacote de ajuda também contém 300 ‘drones’ (aparelhos aéreos não tripulados) Switchblade (que possuem ogivas anti-blindagem), 500 mísseis antitanque Javelin, 200 veículos blindados, 100 veículos blindados leves Humvees, 11 helicópteros Mi-17, 30.000 capacetes e uniformes blindados e 2.000 laser e binóculos óticos.

 

 

A lista menciona ainda o fornecimento de equipamentos de proteção contra possíveis ataques químicos, biológicos e nucleares e embarcações de defesa costeira não tripuladas.

 

 

 

TPT com: The Washington Post//NBCNews//PNG // MDR/Lusa// 16 de Abril de 2022

 

 

 

 

 

Boris Johnson está proibido de entrar na Rússia

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, está proibido de entrar na Rússia, como resposta às sanções impostas por Londres devido à invasão militar da Ucrânia, anunciou hoje o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo.

 

 

Segundo avançou o ministério liderado por Serguei Lavrov em comunicado, a proibição de entrada no país estende-se também a outros altos responsáveis britânicos, incluindo vários membros do Governo de Boris Johnson.

 

“Esta medida foi tomada em resposta à campanha política e mediática desenfreada destinada a isolar a Rússia internacionalmente e criar as condições para (…) estrangular a economia nacional”, justificou a diplomacia russa.

 

 

De acordo com Moscovo, o Governo britânico “agrava propositadamente a situação em torno da Ucrânia, enchendo o regime de Kiev de armas letais e coordenando esforços semelhantes por parte da NATO”.

 

 

“A política russofóbica das autoridades britânicas, que se encarregaram de promover uma atitude negativa em relação ao nosso país e de congelar laços bilaterais em praticamente todas as áreas, prejudica o bem-estar e os interesses dos habitantes da própria Grã-Bretanha”, sublinharam os Negócios Estrangeiros.

 

 

Além de Boris Johnson, a proibição de entrada na Rússia abrange também o vice-primeiro-ministro Dominic Raab, a ministra dos Negócios Estrangeiros Liz Truss, o ministro da Defesa Ben Wallace, a ex-primeira-ministra e agora deputada Theresa May e a primeira-ministra escocesa Nicola Sturgeon, adianta a agência France-Presse.

 

 

 

 

TPT com: Agência France Press//MadreMedia / Lusa// 16 de Abril de 2022

 

 

 

 

 

 

Rússia pede ajuda do Brasil no FMI, Banco Mundial e G20

A Rússia pediu oficialmente o apoio diplomático do Brasil junto ao Fundo Monetário Internacional (FMI), o Banco Mundial e no G20, num momento em que enfrenta sanções devido à invasão na Ucrânia, informou o jornal brasileiro O Globo.

 

 

“Pedimos o seu apoio para evitar acusações políticas e tentativas de discriminação em instituições financeiras internacionais e fóruns multilaterais. Supomos que agora, mais do que nunca, é crucial preservar um clima de trabalho construtivo e a capacidade de promover o diálogo no FMI, no Banco Mundial e no G20”, diz uma carta enviada pelo ministro das Finanças da Rússia, Anton Siluanov, ao ministro da Economia do Brasil, Paulo Guedes.

 

 

O jornal brasileiro informou que teve acesso ao documento enviado nesta semana e no qual o governante russo salientou ao ministro brasileiro que “quase metade das reservas internacionais da Federação Russa foram congeladas, as transações de comércio exterior estão bloqueadas, incluindo aquelas com nossos parceiros de economias de mercados emergentes.”

 

 

“Existem dificuldades em cumprir as obrigações da dívida soberana apenas devido à falta de acesso às nossas contas em moeda estrangeira”, acrescentou.

 

 

Na carta, Siluanov também frisou que os Estados Unidos estariam a adotar uma política de isolar o país da comunidade internacional.

 

 

“Foi exercida uma enorme pressão sobre a Presidência indonésia para que não nos convidasse para as reuniões do G20. O trabalho nos bastidores está em andamento no FMI e no Banco Mundial para limitar ou até mesmo expulsar a Rússia do processo de tomada de decisões”, disparou.

 

 

“Os países avançados também estão a fazer declarações antagónicas e avaliações extremamente distorcidas e tendenciosas da situação na Ucrânia”, completou o ministro russo.

 

 

O Brasil não apoia as sanções impostas à Rússia e tem atuado para evitar medidas que possam prejudicar o comércio de fertilizantes já que a Rússia, e também a Ucrânia, são fornecedores destes produtos largamente utilizados pelo agronegócio brasileiro.

 

 

Falando sobre as sanções, Siluanov considerou que “tais ações são inaceitáveis e vão contra os princípios básicos e as disposições estabelecidas nos Artigos do Acordo das organizações de Bretton-Woods.”

 

 

“Acreditamos que o desrespeito aos princípios e espírito do multilateralismo, bem como a contínua condenação e a retórica dura, só agravarão a situação da economia mundial, que ainda não se recuperou da pandemia. Consideramos que a atual crise causada por sanções económicas sem precedentes impostas pelos países do G7 pode ter consequências duradouras, a menos que tomemos ações conjuntas para resolvê-la”, afirmou o ministro russo.

 

 

Apesar de o Brasil ter votado no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) contra a Rússia numa resolução que condenava as ações de Moscovo, o chefe de Estado brasileiro, Jair Bolsonaro, tem sido ambivalente nas suas declarações, tendo mesmo chegado a elogiar o seu homólogo russo, Vladimir Putin.

 

 

Bolsonaro, que visitou Moscovo poucos dias antes da Rússia invadir a Ucrânia, tem evitado condenar as ações do Kremlin e diz que a postura brasileira é de “equilíbrio” e “neutralidade”.

 

 

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.793 civis, incluindo 176 crianças, e feriu 2.439, entre os quais 336 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

 

 

A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,5 milhões para os países vizinhos.

 

 

Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.

 

 

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

 

 

 

TPT com: O Globo//CYR(MYMM)//PJA//Lusa// 16 de Abril de 2022

 

 

 

 

 

Concelho de Cantanhede prevê investimento na área empresarial de 300 milhões de euros até 2025

A Câmara Municipal de Cantanhede estima que sejam investidos, no concelho, mais de 300 milhões de euros (ME) até 2025, em função dos pedidos de investimento empresariais.

 

 

«Considerando os pedidos que nos chegaram, muitos deles já contratualizados, estimamos que, até 2025, o valor dos investimentos empresariais a realizar no concelho de Cantanhede seja superior a 300 milhões de euros», disse hoje à agência Lusa, a presidente da Câmara de Municipal de Cantanhede, Helena Teodósio.

 

 

A acentuada procura de lotes nas zonas industriais deste concelho do distrito de Coimbra estão a materializar-se na instalação de muitas empresas.

 

 

A Câmara quer ampliar a zona industrial de Cantanhede, e tem vindo a trabalhar numa «lógica de parque industrial», que quer que «evolua para parque empresarial».

 

 

«Estão contemplados dois núcleos, um a nascente, com cinco novas empresas, duas das quais em fase de licenciamento, e as restantes em fase de projecto; e outro a poente, para o qual estamos a trabalhar na aquisição de terrenos de modo a dar resposta às intenções de investimento de 10 empresas que efectuaram pedidos nesse sentido», afirmou.

 

 

Na zona industrial da Tocha está em curso um aumento de 80% relativamente à sua actual realidade empresarial.

 

 

Relativamente à zona industrial de Febres estão estabelecidos compromissos para instalação de 13 novas empresas, o que significa um aumento de 81,25%, relativamente às 16 actualmente existentes.

 

Na zona industrial de Murtede, algumas das suas empresas estão a ampliar instalações, o que reverterá no aumento do número de postos de trabalho e no incremento da sua actividade.

 

 

Atualmente os lotes criados e infraestruturados estão praticamente todos tomados, estando a autarquia a «trabalhar na aquisição de mais terrenos».

 

 

Dado os pedidos de empresas que pretendem instalar-se no concelho de Cantanhede, até 2025, o aumento do número de postos de trabalho directos será «superior a 2.200, sendo expectável que o efeito induzido pela sua actividade produzirá muitos outros indirectos», sublinhou a autarca.

 

 

A «localização privilegiada» junto ao acesso dos principais eixos rodoviários do país e praticamente equidistante de Coimbra, Figueira da Foz e Aveiro, «com todas as vantagens decorrentes de estas duas últimas cidades serem portuárias» aliado à «politica de preço dos terrenos bastante competitiva» e a política da Câmara Municipal para dar respostas «qualificadas e em tempo útil» aos investidores são algumas das razões para os empresários optarem por Cantanhede.

 

 

Questionada sobre a capacidade de resposta do município a nível da habitação, a autarca sublinhou que a Câmara Municipal de Cantanhede está «fortemente empenhada em dinamizar o mercado habitacional, nomeadamente através da revisão dos regulamentos urbanísticos».

 

 

TPT com: Human Resources/Lusa// 16 de Abril de 2022

 

 

 

 

 

Bison Digital autorizada a gerir criptomoedas em Portugal

O Banco de Portugal autorizou a Bison Digital Assets, empresa a criar de raiz e totalmente detida pelo Bison Bank, a operar no país a atividade de custódia e de ‘exchange’ de ativos virtuais, anunciou hoje a instituição financeira.

 

 

Em comunicado, a empresa sublinha que a autorização do Banco de Portugal faz com que a Bison Digital seja a primeira entidade no país detida por um banco a operar nesta área.

 

 

A empresa, a ser criada de raiz sob a marca Bison Digital, “é totalmente detida pelo Bison Bank, S.A., passando assim a oferecer aos seus clientes e parceiros um novo e mais alargado conjunto de produtos e serviços que, em linha com as tendências de mercado e de procura neste novo segmento, combinam com as suas necessidades globais presentes em ativos financeiros e virtuais, através de uma plataforma regulada e segura, e de preparação para o futuro”, pode ler-se no comunicado.

 

 

“Prosseguindo a estratégia da sua casa mãe, a Bison Digital Assets irá posicionar-se no segmento de clientes com elevado património líquido”, acrescenta a mesma fonte.

 

 

Segundo a informação, o Bison Bank iniciou um diagnóstico interno de necessidades, que envolverá, “a par de uma reorganização do seu modelo de governação e da sua macroestrutura organizacional, uma reavaliação e requalificação das suas pessoas e de procedimentos internos, processo que deverá estar concluído no final do primeiro semestre de 2022”.

 

 

Em 2021 o banco depositário e os serviços de custódia mantiveram a trajetória de crescimento, com um aumento dos ativos sob gestão de 385 milhões, para 1.365 milhões no final do ano, indica a nota.

 

 

O Bison Bank sucedeu ao banco de investimento do Banif, tendo sido adquirido pela Bison Capital Financial Holdings (Hong Kong) Limited (Bison Financial), a qual, por sua vez, é detida pela Bison Capital Holding Company Limited (Bison).

 

 

TPT com: Lusa//DF(IM)//MSF//Sapo//  16 de Abril de 2022

 

 

 

 

 

O novo presidente da Petrobras quer tornar o Brasil na 5.ª potência mundial petrolífera

O novo presidente da Petrobras, José Mauro Ferreira Coelho, hoje eleito, assumiu o compromisso de tornar o Brasil na quinta potência mundial petrolífera, até 2030, e frisou que a gigante estatal está preparada para mais investimentos.

 

 

Durante a cerimónia de tomada de posse, horas depois de ter sido eleito em reunião extraordinária do conselho de administração, José Mauro Ferreira Coelho afirmou que o Brasil ambiciona produzir 5,2 milhões de barris de petróleo por dia e que a empresa que preside terá uma “participação importantíssima nessa matéria”.

 

 

O Brasil produziu uma média de 2,917 milhões de barris de petróleo por dia em fevereiro, sendo a Petrobras responsável por mais de 70% desse valor.

 

 

José Mauro Ferreira Coelho disse ainda que, depois da redução da dívida da empresa, que agora se cifra em cerca de 55 mil milhões de euros, esta está agora mais capacitada para maiores investimentos.

 

 

O responsável comprometeu-se também a reduzir os custos de extração e assim aumentar a competitividade.

 

 

Presente na cerimónia, o ministro de Estado de Minas e Energia, Bento Albuquerque, destacou que o país está empenhado na transição energética, mas sublinhou o setor de petróleo e do gás é fundamental para as próximas décadas e para financiar essa transição.

 

A petrolífera brasileira Petrobras anunciou hoje que os seus acionistas aprovaram novos membros de seu Conselho de Administração, incluindo o ex-secretário do Ministério de Minas e Energia José Mauro Coelho.

 

 

Coelho, que foi secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis entre abril de 2020 e outubro de 2021, é o candidato indicado pelo Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, para substituir o general da reserva Joaquim Silva e Luna no comando da petrolífera.

 

 

Em sessão realizada virtualmente, a assembleia de acionistas renovou, por voto múltiplo, oito dos onze diretores da Petrobras na quarta-feira. Os novos conselheiros foram eleitos para um mandato de dois anos, ou seja, de 2022 a 2024.

 

 

Na quarta-feira, em assembleia geral, foi ainda aprovado o pagamento de dividendos no valor de cerca de 7,8 reais (1,53 euros) por ação (ordinária ou preferencial) em circulação.

 

 

Também na quarta-feira, a Petrobras informou ainda ter recebido hoje 5,26 mil milhões de reais por parte da pela multinacional anglo-neerlandesa Shell referente à sua parcela de 25% na Jazida Compartilhada de Atapu, localizada na Bacia de Santos.

 

 

As mudanças na Petrobras surgem numa altura em que os preços da gasolina dispararam no Brasil e que, por isso, surgiram várias críticas à empresa estatal por parte dos mais variados quadrantes políticos.

 

Em meados de março, a Petrobras anunciou um aumento de 18,77% na gasolina, de 24,9% sobre o gasóleo e 16,1% sobre o gás de cozinha, após quase dois meses sem elevar os preços.

 

 

A Petrobras é uma empresa controlada pelo Governo brasileiro, porém, o seu capital é misto e tem ações negociadas nas bolsas de valores de São Paulo, Madrid e Nova Iorque.

 

 

 

TPT com:  MIM(CYR)//RBF//Lusa//Petrobrás 16 de Abril de 2022