Comissão Europeia defende perante ministros das Finanças que ‘despesa é sempre despesa’

08/07/2014

 

A Comissão Europeia colocou-se do lado dos países que defendem que não deve ser concedida mais flexibilidade orçamental, sustentando, num debate no Conselho de ministros das Finanças da União Europeia, que “despesa é sempre despesa”.

 

Na conferência de imprensa final do Conselho Ecofin (Economia e Finanças), o comissário europeu Siim Kallas, actualmente com a pasta dos Assuntos Económicos, referindo-se à possibilidade de certos investimentos destinados a promover o crescimento deixarem de contar para o défice público, como preconiza designadamente a Itália, a nova presidência semestral rotativa da UE, afirmou que “despesa é sempre despesa”.

 

“Esta é uma discussão eterna. Não há despesa boa e despesa má. Despesa é despesa, dívida é dívida”, disse, defendendo, tal como um grupo de países encabeçado pela Alemanha, que o actual pacto de estabilidade e crescimento já oferece flexibilidade orçamental em troca de reformas, e há que seguir as regras do que classificou como “um pilar de confiança”.

 

O comissário reforçou que “estas são as regras” e que não há espaço para uma “nova abordagem para discutir que tipos de despesas são boas ou más”.

 

“Há muitas possibilidades sobre como apoiar reformas nos Estados-membros usando os instrumentos disponíveis”, disse.

 
Também já hoje à tarde, o mais que provável futuro presidente da Comissão, o candidato designado Jean-Claude Juncker, num debate com o grupo dos Conservadores e Reformistas — no quadro da ronda de discussões que realiza entre hoje e terça-feira com os diferentes grupos políticos do Parlamento Europeu, antes da votação do seu nome, na próxima semana –, frisou que “as regras do pacto de estabilidade e crescimento não serão modificadas”.

 
“Foi isso que o Conselho Europeu acordou e colocou nas suas conclusões de 27 de Junho. Iremos, no entanto, fazer uso pleno da flexibilidade consagrada especialmente nas regras existentes”, disse durante a audiência à porta fechada, citado num comunicado pela sua assessoria de imprensa.

 

Na declaração final adoptada hoje pelo Conselho, os ministros das Finanças dos 28 dizem o mesmo, ao afirmar que apoiam os objectivos da presidência italiana de impulsionar o crescimento e o emprego, através de um esforço de reformas comum, designadamente completando o mercado interno, prosseguindo as reformas estruturais e promovendo o investimento que explore o potencial de crescimento, fazendo uso da “flexibilidade prevista nas regras existentes no pacto de estabilidade e crescimento”.

 

A declaração aponta que a discussão, nomeadamente sobre oportunidades de investimento e reformas estruturais, prosseguirá na reunião informal de ministros das Finanças da UE agendada para setembro, mas parece assim fechada a porta à pretensão italiana de, uma vez ultrapassado o período mais crítico da crise, ser concedida uma maior flexibilidade no cumprimentos das regras de défice e dívida para que os países em maiores dificuldades pudessem apostar mais em investimentos que promovessem o crescimento.

 

Lusa

 

 

 

 

Presidente da indústria alemã quer acordo de comércio livre com os EUA

22/02/2015

 

Ulrich Grillo, líder da confederação de indústrias alemã, considera que o processo de negociações entre a Comissão Europeia e os EUA devem acelerar de modo a concluir o acordo de comércio livre.

 

A indústria alemã avisa que a economia mundial não vai esperar pela Europa e que por isso, o Acordo de Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento entre a União Europeia e os Estados Unidos da América (TTIP), deve ser acelerado, para entrar em vigor rapidamente.

 

“A economia mundial está em constante mudança e o mundo não vai esperar pela Europa”, avisou neste domingo Ulrich Grillo, presidente da Federação de Indústrias alemã, equivalente à Confederação da Indústria Portuguesa. Segundo Grillo este acordo que vai permitir o livre comércio entre os Estados Unidos e os 28 Estados-membros da União deve ser acelerado, embora admita que o acordo entre os dois blocos – que caso se concretize, criará um dos maiores mercados do mundo – necessite de maior transparência.

 

“Os políticos, mas também a indústria, devem fazer muito mais trabalho para explicar o que é o TTIP”, disse Ulrich Grillo citado pela Bloomberg.

 

Este acordo, que vai na oitava ronda de negociações entre a Comissão Europeia, que representa todos os 28 Estados-membros, e altos funcionários do Governo norte-americano, tem encontrado muita resistência nos países nórdicos e da Europa Central, que temem que com a diminuição das taxas aduaneiras e com a equivalência de mínimos de qualidade e segurança, as empresas europeias e os cidadãos venham a se prejudicados.

 

Para ultrapassar estas dúvidas, o SPD, parceiro de coligação de Merkel, e a Federação de Indústrias alemã vão organizar esta segunda-feira um seminário em Berlim, onde uma das principais convidadas será Cecilia Malmstrom, comissária do Comércio.

 

FOTO: AFP/Getty Images

 

LEGENDA: Grillo quer processo mais transparente

 

Observador

 

Catarina Falcão

 

 

Estados Unidos alertam para ameaças de atentados em centros comerciais

22/02/2015

 

Um vídeo em que um membro do grupo al-Shahab apela aos apoiantes que concretizem ataques a centros comerciais está a ser levado “a sério” pelas autoridades norte-americanas.

 

Jeh Johnson, secretário norte-americano para a segurança interna, alertou os cidadãos dos Estados Unidos para que estejam alerta, depois de ter sido divulgada uma ameaça de ataque terrorista a um dos maiores centros comerciais do país. O responsável adiantou ter levado a sério a ameaça feita pelo grupo al-Shahab, o braço da al-Qaeda na Somália, de acordo com a BBC.

 

Através de um vídeo, o grupo incentivou os seguidores a realizarem ataques em centros comerciais localizados nos Estados Unidos, Canadá e Reino Unido. Em declarações à CNN, Johnson afirmou que esta iniciativa faz parte de uma “nova fase” de terrorismo em que os atentados poderão partir de “elementos independentes nos seus próprios países”. O secretário de Estado acrescentou que “sempre que uma organização terrorista apela a um ataque num local específico, temos que levar a sério”.

 

FOTO: Getty Images

 

LEGENDA: Mall of America, um dos maiores centro comerciais dos Estados Unidos

 

Observador.

 

João Carlos Silva

 

 

 

Retalhistas nos Estados Unidos começam a bloquear o Apple Pay

27/10/2014

 

O Apple Pay foi uma das últimas novidades que a Apple apresentou. Este sistema de pagamentos promete simplificar a vida a todos os que o usem, garantindo que todas as compras são feitas de forma segura e sempre controladas por um iPhone ou um iPad.

 

Se a aceitação do público parece ser total, muito graças à utilização de um equipamento que muitos possuem e que está pronto a fazer esses pagamentos, começa a surgir agora uma resistência por parte de muitas marcas e superfícies comerciais, havendo muitos retalhistas que o começaram a bloquear.

 

A forma de bloqueio que estas marcas estão a adoptar é muito simples e consegue desactivar de forma permanente os pagamentos dos iPhones nos novos terminais.

 
A forma encontrada foi através do simples recurso ao desligar do NFC nesses novos terminais de pagamentos, o que impede assim a comunicação entre os dispositivos Apple e os terminais.

 
Este bloqueio não é anormal e tem uma razão muito simples. Estas marcas pretendem lançar o seu sistema alternativo de pagamento e por isso pretendem que os pagamentos do Apple Pay não sejam disponibilizados, levando os consumidores a abandoná-lo e a adoptar o seu, quando este for lançado.

 
Para já, e de acordo com o site TheVerge, são várias as marcas que adoptaram este bloqueio e que estão a impedir os pagamentos via Apple Pay. Não são marcas com pouca adesão, e que vão conseguir colocar alguns entraves à disseminação do sistema de pagamentos da Apple.

 
A lista de marcas que está a bloquear o Apple Pay é para já a seguinte: Wal-Mart, Best Buy, Rite Aid e CVS.

 
Se esta atitude parece contraditória ao que o mercado está a adoptar, faz sentido se o sistema a ser apresentado estivesse a chegar.

 
Este novo sistema, que se chama CurrentC, está a ser implementado desde 2012 e resulta de um consórcio de várias marcas para implementar um sistema que conseguisse contornar as taxas que existem para os pagamentos móveis.

 
Não se espera que o CurrentC chegue ao público antes do próximo ano e este assenta numa tecnologia um pouco mais ultrapassada do que aquela que o Apple Pay usa.

 

Retalhistas nos Estados Unidos começam a bloquear o Apple Pay1

 
É através da leitura de um código QR que o CurrentC comunica com a aplicação que é usada para realizar os pagamentos, que são debitados directamente na conta do consumidor.

 
Estes bloqueios à utilização do Apple Pay não são exclusivos dos Estados Unidos e foram também implementados noutros países, normalmente associados a marcas que estão a tentar implementar os seus próprios sistemas.

 
Esta nova área de investimentos é muito apelativa para um grande leque interessados, desde a banca até aos fabricantes de equipamentos, passando também pelas próprias operadoras.

 
Todos querem obter algum lucro com estes pagamentos e por isso esta guerra está apenas a iniciar-se. O utilizador deverá ter de instalar aplicações diferentes para cada tipo de pagamento, o que não é de todo desejado.

 
Resta saber se a Apple se limitará a ver este tipo de bloqueios ou se avançará com acordos que vão além da banca e dos sistemas de pagamentos, alargando a sua área de influência às próprias marcas e até aos retalhistas.

 
Pedro Simões

 

 

 

Estados Unidos e Reino Unido Analisam Mais Sanções Contra Rússia – John Kerry

21/02/2015

 

Os Estados Unidos da América e o Reino Unido estão a analisar a possibilidade de “sanções adicionais” contra a Rússia, cujo comportamento na Ucrânia é considerado “extremamente cobarde”, anunciou hoje em Londres o secretário de Estado norte-americano, John Kerry.

 

“Falamos de sanções adicionais, de esforços suplementares (…) Não vamos ficar sem fazer nada e caucionar este tipo de comportamento extremamente cobarde em detrimento da soberania e da integridade de uma nação”, declarou o chefe da diplomacia norte-americana no final de uma reunião com o seu homólogo britânico, Philip Hammond.

 

As tréguas negociadas pela França e pela Alemanha e assinadas na semana passada em Minsk não impediram combates violentos no leste da Ucrânia, nomeadamente junto ao nó estratégico de Debaltseve, que caiu na quarta-feira nas mãos dos rebeldes separatistas pró-russos.

 

Kiev e os ocidentais acusam a Rússia de apoiar os separatistas, fornecendo-lhes armas e tropas.

 

O presidente russo, Vladimir Putin, continua a desmentir qualquer apoio direto aos separatistas, ainda que a NATO afirme categoricamente que as forças especiais, de artilharia e as unidades de defesa aérea russas, continuam ativas na Ucrânia.

 

O conflito no leste da Ucrânia causou perto de 5.700 mortos em dez meses, segundo um balanço recente da ONU.

 

PAL // JLG

 

Lusa