Augusto Amador é como a fábula dos sapatos e dos atacadores…

Era uma vez um homem que entrou num sapateiro, exibindo uns sapatos em muito mau estado e pergunta se ainda valerá a pena consertá-los. E o sapateiro responde: “Olhe, com umas solas novas, umas gáspeas novas e uns tacões novos, ainda farão boa figura, pois os atacadores estão impecáveis”.

 

Quando viajo pela cidade de Newark e em especial pelo Ironbound, vem-me à ideia esta fábula e penso no East Ward councilman Amador.

 

 

E sabem porquê? Porque “aos sapatos” de  Augusto Amador faltam-lhe  solas novas, gáspeas novas e tacões novos.

 

 

Solas – Se já fez obra, não se vê, não se sabe. E, se não dissermos bem de nós próprios, quem o fará?…  Neste contexto, será que Augusto Amador acredita que “os louros” do projecto (entre outros) de construção das escolas novas e a zona ribeirinha do Passaic River no Ironbound iniciados e concluídos por outros lhe pertencem??..   Amador é somente “um mero espectador” que tenta aproveitar a brisa que “a carroça” deixa na passagem.

 

 

Gáspeas – Comete “gaffe” sobre “gaffe” no trato com os munícipes, em acções que demonstram uma enorme falta de respeito perante aqueles que não querem colaborar ou não partilham da sua “opinião”. Casos há em que sem coragem para se defender daqueles que o criticam culpa os outros por não o defenderem a ele.

 

 

E já são muitos aqueles que dizem que com políticos assim “a nossa comunidade merece mas não vai longe”. Segundo alguns eleitores, Augusto Amador “devia sentir vergonha” por fomentar uma campanha política de tão baixo nível que envergonha qualquer simples mortal. “Em política também não vale tudo…”, dizem.

 

 

Tacões – Amador é realmente de uma ingenuidade comovente num mundo, o da política. Ao longo dos seus 20 anos de vereação na cidade de Newark Agusto Amador sempre foi problemático, incompatibilizando-se com pessoas e instituições, como é o caso entre outros de Fernando Grilo, Presidente dos Clubes Luso Americanos de New Jersey, e de Lizete Rodrigues, presidente do Sport Clube Português de Newark, vários empresários, entre eles a administração da “Vinhas Jewelers”, Victor e Helena Vinhas,  que tornaram público o seu voto ao candidato rival Anthony Campos, também ele um luso americano bem conhecido entre as comunidades étnicas da cidade de Newark.

 

 

Anthony Campos, candidato a vereador da cidade de Newark, poderia ter sido um homem de negócios, advogado ou especialista em assuntos internacionais. Mas escolheu a lei e a ordem como profissão e voltou a sua atenção, para a cidade onde brincou, cresceu e estudou.

 

 

Talvez não seja por acaso que este ex-Chefe de Polícia norte americano  fosse escolhido entre muitos outros oficiais de polícia para dar tranquilidade e segurança aos residentes de Newark, a maior cidade do estado de New Jersey.

 

 

Anthony Campos foi e é, um importante elo de ligação entre a comunidade portuguesa e a sociedade americana. Para além do seu desempenho profissional como capitão, chefe e director do Departamento Policial da cidade de Newark, Anthony Campos foi também presidente da “Portuguese American Police Association” (PAPA), uma organização constituída por elementos policiais luso-americanos, que se encontram a prestar serviço em várias esquadras e departamentos policiais dos Estados Unidos da América.

 

 

Anthony Campos fundou em 1995, em Newark, a delegação da Internacional Police Association – Newark Region Local 48, e é membro activo da “Blue Knights Internacional Law Enforcement Motocicle Club”.

 

 

Descendente de uma família natural da Murtosa, distrito de Aveiro, que imigrou para este país, há umas décadas atrás, como tantas outras famílias nessa altura, Anthony Campos que fez história no Departamento da Polícia de Newark, está actualmente empenhado em conquistar o cargo de  vereador da maior cidade do estado norte americano de New Jersey que conta com uma população de cerca de trezentas mil pessoas pertencentes a várias raças e religiões.

 

 

E é nesta cidade que Augusto Amador exerce o cargo de vereador há vinte anos, e onde lamentavelmente viu e continua a ver estradas esburacadas, a ver subir impostos e criminalidade para desânimo da comunidade residente no bairro e na cidade que o elegeu…

 

 

A sua incapacidade para resolver assuntos relacionados com as associações luso americanas da cidade de Newark, e outros, já vêm de longe.  Por exemplo, Fernando Grilo, presidente dos Clubes Luso Americanos de New Jersey, acusou Augusto Amador de “chantagista”, no jornal Luso Americano, edição de 4 de Março de 2016, para na edição de 23 de Março do mesmo ano, e quando se discutiam mais apoios para as associações luso americanas Fernando Grilo desmentiu Augusto Amador e esclareceu a comunidade que “sobre a questão do abatimento dos impostos prediais para os clubes portugueses e luso americanos de New Jersey, a proposta só pôde ser submetida em 2014, porque entre 2009 e 2014, questões fora da linha de acção dos clubes eram um entrave para que o processo avançasse. O vereador Amador deveria explicar porque é que em 5 anos esse processo não pôde avançar, e porque é que quando tentamos nesse período submeter a aplicação fomos corridos sem razão e sem uma simples explicação”.

 

 

Mas, o vereador Amador sabe e se diz que não sabe, deve saber, que as comunidades portuguesa, luso-americana, americana, brasileira, italiana e muitas outras,  não esquecem a ofensa que fez, ao comendador Bernardino Coutinho, não só pela ”canseira” e “desgostos” que lhe causou  durante anos na realização do Dia de Portugal em Newark (a maior festa de portugalidade no mundo), e que após conseguir os seus intentos em 2010, assumindo ser ele a criar uma nova equipa para dar continuidade à realização destas comemorações que ia na sua 30ª edição anual, para além de a diminuir em importância, consegiu fazer também que uma importante multi-étnica e cultural festa de rua em homenagem a Portugal e aos portugueses que residem nos Estados Unidos, onde participavam mais de um milhão de pessoas, se reduzisse a uma simples feira de comes e bebes.

 

 

As pessoas cometem erros e equivocam-se. Por isso, é também um gesto de honestidade pedir desculpas depois de um erro e reparar o dano cometido. A honestidade é fruto do respeito para si mesmo e para os outros. Em outras palavras, é um valor fundamental das relações pessoais que Augusto Amador não demonstra ter. E neste contexto, não se pode pretender alcançar certas verdades, enquanto se conserva certas mentiras.

 

 

O meu avô dizia que “nenhum político deve esperar que lhe agradeçam ou sequer lhe reconheçam o que faz”, quando mais auto-elogiar-se, como faz Augusto Amador e ainda com a agravante de se auto-elogiar por méritos não merecidos. Deixe o futuro dizer a verdade senhor Augusto Amador e avaliar de acordo com os seus trabalhos e conquistas.

 

 

No fim de contas, é você, senhor vereador Amador, quem devia agradecer pela ocasião que lhe ofereceram os outros homens e mulheres desta cidade de pôr em jogo as suas qualidades e de eliminar “se puder” os seus defeitos.

 

 

 

Mas, lamentavelmente e por aquilo que tem demonstrado, Augusto Amador julga com base nas primeiras impressões e nas aparências… grande erro! Senhor vereador Amador se aceita um conselho, não seja tão rápido a julgar os outros e espere por conhecer a “substância”. E porquê? Porque todos têm olhos, mas poucos possuem o dom da perspicácia…

 

 

Porém, o mais grave é pensarmos (como você vereador Amador) que tudo sabemos e que para lá do nosso saber a única coisa que há é esterco.

 

 

Consigo, Augusto Amador, a hipocrisia e a contradição, bem explorada, continua a ter o seu lugar. A comparação entre os factos significativos e os pormenores que os iludem é permanentemente vantajosa a estes últimos.

 

 

Acredito, por vezes, no impossível, no imaginário, mas o afincamento em que esta crença se constrói torna real aquilo em que acreditamos, nem que seja no nosso interior. Por isso, hoje escrevo não para pedir o voto em Augusto Amador mas para pedir que não votem nele.

 

 

Neste contexto, o meu apêlo de hoje é: Não votem em Augusto Amador porque ele não está nem nunca estará à altura das vossas espectativas.

 

 

Amador, que tanto criticava o seu antecessor Henry Martinez pela longevidade no cargo, chegou agora a hora de também ser criticado por fazer parte do mesmo número desse “circo” que tanto criticou.

 

 

Realmente, Augusto Amador,  é como a fábula dos sapatos e dos atacadores. E sabem porquê? Porque Amador só tem de facto, uns atacadores impecáveis. Os sapatos continuam uma lástima…

 

Por tudo isto e não só, “Não Votem em Augusto Amador”!!!…

 

 

João Machado

 

 

 

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