Comandante do navio porta-aviões Theodore Roosevelt demitido por denunciar a existência do coronavírus a bordo

 

O comandante do porta-aviões nuclear dos Estados Unidos Theodore Roosevelt, que pediu a retirada de parte significativa da tripulação devido à propagação do novo coronavírus, foi demitido, anunciou hoje o secretário da Marinha, Thomas Modly.

 

 

O governante, que falava em conferência de imprensa realizada no Pentágono, considerou que o capitão Brett Crozier, que redigiu uma carta de quatro páginas publicada pelo jornal San Francisco Chronicle, “mostrou um péssimo julgamento em tempos de crise”.

 

 

Na missiva, Brett Crozier explicou que depois de terem sido identificados três militares infetados com o novo coronavírus e, apesar de o porta-aviões ter atracado no porto de Guam, a doença continuou a espalhar-se pela tripulação.

 

 

A ilha de Guam é um território insular dos Estados Unidos da América (EUA), na Micronésia, no meio do Oceano Pacífico.

 

 

O comandante acrescentou que o “espaço limitado” de uma embarcação de guerra, que transporta mais de 4.000 tripulantes, dificultava a contenção da covid-19 a bordo.

 

 

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de um milhão de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 51 mil.

 

 

Dos casos de infeção, cerca de 190.000 são considerados curados.

 

 

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

 

 

 

Comandante de porta-aviões dos EUA pede desembarque por descontrolo da pandemia

 

 

 

 

O comandante do porta-aviões norte-americano USS Theodore Roosevelt pediu autorização ao Pentágono para desembarcar a tripulação na ilha de Guam, na Micronésia, na sequência da propagação da covid-19 dentro do navio, noticiaram hoje dois jornais dos Estados Unidos.

 

“Não estamos em guerra. Não há razão para os militares morrerem”, disse o capitão Brett E. Crozier, através de uma carta enviada à Marinha norte-americana, citada pela agência France-Presse (AFP), que cita os diários San Francisco Chronicle e New York Times.

 

 

O comandante do USS Theodore Roosevelt explica nesta missiva que depois da descoberta de três militares contagiados pelo novo coronavírus e, apesar de o porta-aviões ter atracado no porto de Guam, a doença continuou a espalhar-se pela tripulação.

 

 

A ilha de Guam é um território insular dos Estados Unidos da América (EUA), na Micronésia, no meio do Oceano Pacífico.

 

 

Brett E. Crozier acrescentou que o “espaço limitado” de uma embarcação de guerra que transporta mais de 4.000 tripulantes está a dificultar a contenção da covid-19 a bordo.

 

 

Por isso, o comandante quer deixar desembarcar uma parte dos militares, para mitigar a propagação da covid-19.

 

 

“Retirar a maioria da tripulação de um porta-aviões nuclear norte-americano (…) e isolá-los durante duas semanas pode parecer uma medida extraordinária”, referiu, sublinhando, no entanto, que “é um risco necessário”.

 

 

O Pentágono não confirmou a totalidade das alegações feitas na carta, mas admitiu que o comandante do USS Theodore Roosevelt “alertou, no domingo à noite, a frota do Pacífico das dificuldades que tinha em isolar” o SARS-CoV-2.

 

 

Contudo, um oficial da Marinha dos EUA esclareceu que Brett E. Crozier pediu “para abrigar vários tripulantes em instalações” militares, para “uma melhor separação” dos militares infetados.

 

 

“A Marinha vai tomar, rapidamente, todas as medidas para garantir a saúde e a segurança da tripulação do USS Theodore Roosevelt e está à procura de soluções para responder às preocupações do comandante”, prosseguiu este oficial.

 

 

A pandemia SARS-CoV-2 já matou mais de 52 mil pessoas em todo o mundo, das quais quase três quartos na Europa, segundo um balanço da agência AFP, atualizado às 16:20 de hoje, baseado em fontes oficiais.

 

 

Desde a eclosão da pandemia em dezembro passado, na China, 803.645 casos foram oficialmente declarados em todo o mundo, mais da metade deles na Europa (440.928), incluindo 29.305 mortes na Europa, o continente mais afetado.

 

Os Estados Unidos têm, segundo os mais recentes números, 243.229 pessoas infectadas, 5.900 mortes e, 10.520 recuperados. A cidade de New York é o pior caso com mais de 84 mil casos confirmados, 2.457 mortos e 6.157 recuperados. O estado de New Jersey tem 23.400 casos confirmados e 355 mortos. O estado de Connecticut conta 4.221 casos confirmados e 117 mortos.

 

 

Com 17.428 mortes, a Itália é o país com mais mortes no mundo, seguida pela Espanha (9.189).

 

 

A AFP alerta, no entanto, que o número de casos diagnosticados reflete apenas uma fração do total real de infeções, já que um grande número de países está actualmente a testar apenas os casos que requerem atendimento hospitalar.

 

 

 

TPT com: agência France-Presse (AFP)//San Francisco Chronicle//New York Times//MadreMedia/Lusa// 2 de Abril de 2020

 

 

 

 

 

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