Polícia procura mais cinco suspeitos de ligação ao duplo homicídio na Amazónia

A polícia brasileira identificou mais cinco suspeitos de ligação aos homicídios do jornalista britânico Dom Phillips e do ativista brasileiro Bruno Araújo Pereira, cujos corpos foram encontrados na quarta-feira num local remoto na Amazónia.

 

 

A Polícia Federal, que coordena as investigações, informou numa nota divulgada no domingo que está a investigar oito suspeitos, três dos quais já estão detidos, incluindo um que terá confessado o crime e conduzido as autoridades até ao local onde os corpos foram encontrados.

 

 

As autoridades brasileiras revelaram na sexta-feira que acreditam que os três suspeitos já detidos — Jeferson da Silva Lima, conhecido como “Pelado da Dinha”, e os irmãos Amarildo e Oseney da Costa Oliveira — “agiram sozinhos” no duplo homicídio.

 

 

No domingo, a polícia disse que os outros cinco suspeitos estão a ser investigados por supostamente terem ajudado a esconder os corpos, que foram enterrados na selva, a cerca de três quilómetros do rio onde o barco das vítimas foi intercetado.

 

 

Os cinco novos suspeitos poderão responder pelo crime de ocultação de corpo, o que lhes permitiria aguardar pelo julgamento em liberdade.

 

 

A Polícia Federal acrescentou no comunicado que prossegue com as investigações para tentar esclarecer todas as circunstâncias do crime.

 

Na quarta-feira à noite, as autoridades encontraram restos humanos numa zona remota da Amazónia, que foram posteriormente confirmados como sendo do jornalista britânico e do ativista brasileiro.

 

 

Phillips e Araújo desapareceram em 05 de junho quando navegavam num rio no Vale do Javari, uma região de selva perto das fronteiras do Brasil com o Peru e a Colômbia, onde tinham viajado para recolher material para um livro em que o jornalista estava a trabalhar sobre as ameaças enfrentadas pelos indígenas na região.

 

 

Dom Phillips foi um jornalista radicado durante 15 anos no Brasil, onde colaborou com vários meios de comunicação internacionais, como o Financial Times, o New York Times e o Washington Post, entre outros.

                                                                       

 

 

 

 

 

Jornalista britânico e activista brasileiro foram mortos por “arma de fogo”

 

 

 

 

A polícia brasileira avançou hoje que o activista e especialista em assuntos indígenas Bruno Pereira e o jornalista britânico que o acompanhava, Dom Phillips, foram mortos com uma “arma de fogo”.

 

 

Bruno Pereira foi atingido por três tiros, um dos quais na cabeça, e Dom Phillips por uma bala no tórax, precisou em comunicado a polícia federal brasileira.

 

Ontem à tarde, uma fonte policial tinha anunciado a detenção de um terceiro suspeito na morte dos dois homens, identificado como Jeferson da Silva Lima, conhecido como “Pelado da Dinha”, e alegadamente cúmplice dos irmãos Amarildo e Oseney da Costa Oliveira, que já estavam detidos por suposto envolvimento direto neste duplo homicídio.

 

 

Jeferson da Silva Lima, cuja detenção foi ordenada na sexta-feira por um juiz do estado do Amazonas, compareceu voluntariamente na madrugada de hoje na esquadra da região de Atalaia do Norte, mas declarou-se inocente, adiantou a agência noticiosa Efe.

 

 

“De acordo com todas as provas e todos os testemunhos que ouvimos até agora, ele esteve no local do crime e participou ativamente no duplo homicídio”, referiu o comissário Alex Perez Timoteo, da Polícia Civil da Atalaia do Norte.

 

 

As autoridades brasileiras revelaram na sexta-feira que acreditam que os suspeitos pela morte do jornalista e do activista na Amazónia “agiram sozinhos” e admitiram a possibilidade de mais detenções relacionadas com este caso.

 

 

Na quarta-feira à noite, as autoridades encontraram restos humanos numa zona remota da Amazónia, que foram posteriormente confirmados como sendo do jornalista britânico e do activista brasileiro.

 

 

 

 

Terceiro suspeito pelos assassinatos de Dom Phillips e Bruno Pereira entrega-se à polícia

 

 

 

Um terceiro suspeito de participar do assassinato do jornalista britânico Dom Phillips e do especialista indigenista Bruno Pereira na Amazónia brasileira entregou-se na manhã deste sábado, anunciou a Polícia Federal (PF).

 

 

Jeferson da Silva Lima, conhecido como “Pelado da Dinha”, “que se encontrava foragido, entregou-se na esquadra de Atalaia do Norte”, no oeste do Amazonas, e “será interrogado”, informou a polícia em comunicado.

 

 

Em declarações ao portal de notícias G1, o delegado Alex Perez Timóteo afirmou que, segundo as provas e os testemunhos recebidos, ‘Pelado da Dinha’ “estava na cena do crime e participou ativamente no duplo homicídio ocorrido”.

 

Entretanto, as autoridades brasileiras confirmaram esta sexta-feira que os restos humanos, no local onde um dos principais suspeitos confessou ter assassinado Dom Phillips e o ativista brasileiro Bruno Araújo Pereira, são do jornalista britânico.

 

 

Esta terceira prisão ocorre horas depois de a PF ter anunciado a identificação dos restos mortais de Phillips, de 57 anos, entre o “material” encontrado no local onde o primeiro detido, o pescador Amarildo da Costa de Oliveira, conhecido como ‘Pelado’, confessou tê-lo enterrado, junto ao corpo de Pereira, de 41 anos.

 

 

“Os remanescentes de Dom Phillips fazem parte do material que foi recolhido no local”, lê-se no comunicado do comité de crise, coordenado pela Polícia Federal.

 

 

As outras duas pessoas detidas até agora são dois irmãos pescadores da região que Bruno Araújo já tinha denunciado por praticarem pesca ilegal em zonas proibidas, como reservas indígenas.

 

 

Na mesma nota da PF acrescenta-se que estão “em curso os trabalhos para completa identificação dos remanescentes, para a compreensão das causas das mortes, assim como para indicação da dinâmica do crime e ocultação dos corpos”.

 

As conclusões sobre se os outros restos humanos encontrados correspondem a Pereira ainda não foram reveladas. Segundo a imprensa local, a PF procura um quarto suspeito, uma informação não confirmada oficialmente.

 

 

De acordo com um comunicado do comité de crise, as investigações “apontam que os executores agiram sozinhos, não havendo mandante nem organização criminosa por trás do delito”.

 

 

Ainda assim, as autoridades indicam haver “indicativos da participação de mais pessoas na prática criminosa” e que “com o avanço das diligências, novas prisões poderão ocorrer”.

 

 

 

TPT com: AFP//NYT//WP//MadreMedia / Lusa//NBCNews//EFE//   20 de Junho de 2022

 

 

 

 

 

 

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