Festa do Pontal. Reforma fiscal na rentrée política do PSD

 

Luís Montenegro acusa PS de ser “campeão dos impostos” e  assumindo-se como oposição responsável” promete uma redução fiscal já em 2023 para todos com exceção do último escalão, numa diminuição de 1200 milhões de euros.

 

 

Depois da grande surpresa da presença de Passos Coelho na Festa do Pontal no ano passado, desta vez a rentrée politica do PSD ficou marcada com a presença de Luís Marques Mendes, num evento em que Luís Montenegro surgiu ao lado de Carlos Moedas, levando o líder social-democrata a deixar um recado. “Este é o PSD popular, alegre, vibrante e interessado na vida de cada português que o país precisa e que nos vai levar de novo a governar Portugal. É uma reunião da família social-democrata e mesmo quando discordamos uns com os outros só seremos credíveis quando assumirmos a nossa história e Luís Marques Mendes faz parte dessa história”, apontando outros nomes que já estiveram em anos anteriores.

 

 

O foco de Montenegro foi a análise económica do país, afirmando que desde que António Costa entrou para o Governo em 2015 já houve quatro países que passaram Portugal e acenando com o facto do salário médio ser o pior da OCDE, com exceção da Grécia e Hungria. Outra crítica disse respeito à elevada carga fiscal. “Em cima de todos os problemas, os portugueses pagam mais impostos do que alguma vez pagaram, nunca em Portugal se pagaram tantos impostos. Se fizermos uma análise dos oito anos qual é a marca que o PM deixa do seu legado? O socialismo é pagar imposto como nunca?, questionou.

 

 

E não hesitou: “O PS é o campeão dos impostos. Faz isso todos anos com coerência, porque todos os anos bate recordes atrás de recordes”, numa altura em que as pessoas vivemos uma inflação a que não estávamos habituados”.

 

 

E assumindo-se como uma “oposição responsável” promete apresentar em  breve um programa de reforma fiscal. “Queremos tornar o sistema mais justo”.

 

 

O líder do PSD questionou ainda o aumento da emigração, principalmente junto dos mais jovens. “Fomos acusados de levar os jovens à emigração nos tempos em que estivemos a arrumar a casa que o PS desarrumou, mas passado oito anos emigraram cerca de 60 mil pessoas, metade são pessoas com ensino superior e 42% são jovens. Um país que perde na competição, não consegue reter qualificações é um país que não tem futuro e não pode continuar nesse caminho do empobrecimento”, salienta.

 

 

Já no sábado, o líder do PSD tinha pedido um sobressalto cívico para manter em Portugal os jovens qualificados. “Nós estamos a falhar, o país está a falhar. O país precisa mesmo de um sobressalto cívico, político, empresarial. Nós temos de conseguir absorver no nosso mercado de trabalho estes milhares e milhares de jovens que todos os anos saem das nossas universidades, dos nossos institutos politécnicos e colocá-los ao serviço do crescimento do país”, disse num almoço em Albufeira dedicado às comunidades portuguesas.

 

 

TPT com: Sónia Peres Pinto// Sol// 15 de Agosto de 2023

 

 

 

 

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