Prevenção de Acidente Vascular Cerebral.
Viver após um Acidente Vascular Cerebral é quase um milagre. Manuela Reis, médica radiologista do Life Beat, garante que a qualidade de vida pode ficar profundamente comprometida. Por isso, sem tratamento possível, resta depositar esperanças na prevenção e apostar no rastreio.
O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é um grave problema de saúde pública em Portugal e em todo o mundo, sendo a primeira causa de morte e de incapacidade permanente. Não fossem estas razões por si só suficientes para ser tão temível, o AVC é, também, a segunda causa mais importante de demência.
Os neurónios são células muito sensíveis que, ao contrário das outras células, não são capazes de armazenar o seu alimento, o qual apenas pode chegar-lhes dissolvido no sangue. Isto faz com que após poucos minutos sem receber os nutrientes de que necessita, sucumbam por inanição. Se estas células fossem “normais”, multiplicar-se-iam. Mas tal não acontece. Os neurónios não se reproduzem – os que se formam na infância são para toda a vida -, o que implica a perda irreversível da sua função. Assim sendo, a falta de irrigação sanguínea já dramática noutros órgãos, para os neurónios tem consequências catastróficas.
Esta irrigação sanguínea provém de duas fontes principais: as artérias carótidas, que sobem pelos lados do pescoço e penetram no crânio pela sua parte anterior; e as vertebrais, que atravessam as vértebras do pescoço, penetrando no crânio pela parte inferior.
Causas do AVC
Existem três causas para a ocorrência de um AVC: pode ser isquémico, originado pelo crescimento de placa ateroesclerótica (estrangulamento da artéria); por libertação de um trombo (entupimento da artéria); ou hemorrágico, quando um vaso rompe e causa uma hemorragia cerebral (exaustão das paredes das artérias).
Assim sendo, por ser uma doença que não produz sintomas e é repentina (quando dá sinais de alerta significa que a doença está presente – boca de lado, dificuldade em falar e falta de força num braço), não tem tratamento preventivo, a não ser a cultura de uma vida saudável. É que esta doença é pouco frequente em pessoas saudáveis: geralmente, só afeta aqueles que reúnem uma série fatores de risco. São eles: fumar, hipertensão, diabetes, colesterol mau elevado e a idade avançada. Porém, ninguém lhe está imune.
Ecodoppler alerta para o perigo
Muitos dos AVC dão-se sem qualquer sintomatologia prévia associada. Evitar a adopção de comportamentos de risco é, indubitavelmente, o primeiro passo. Mas como nem só dos organismos “doentes” o AVC se “alimenta”, o melhor será apostar em métodos de diagnóstico médico, que ajudam a perceber o que o destino lhes poderá reservar.
Para fomentar o espírito de rastreio, o Centro Avançado de Diagnóstico Life Beat propõe uma das formas mais simples e eficazes de identificação do risco. Além da medição do Índice de Massa Corporal (IMC) e tensão arterial, aposta na avaliação da aterosclerose nas artérias carótidas através de um exame de ecodoppler.
De acordo com a Dra. Manuela Reis, o ecodoppler da carótida é uma ecografia efetuada na zona do pescoço que «avalia o volume do fluxo sanguíneo presente na artéria, mas também a presença de hemorragia ou úlcera da placa, que está habitualmente associada a sintomatologia», quando esta exista.
Este exame de diagnóstico, para além da sua «fiabilidade, não requer qualquer preparação prévia, não acarreta quaisquer riscos e é efetuado com o doente deitado, com alguma extensão do pescoço, sendo posteriormente colocado gel, para adequada condução dos ultrassons», explica a médica.
Mais informações em:
Dra. Manuela Reis
www.lifebeat.pt
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