UMA pessoa morreu e duas são dadas como desaparecidas, na sequência de um acidente ferroviário ocorrido quinta-feira na linha do Limpopo, na localidade de Mapapeni, a cerca de 30 quilómetros da vida-sede de Magude, na província de Maputo, num desastre que provocou ainda 12 feridos.
A composição era constituída por 24 vagões transportando carvão vegetal e duas carruagens com pouco mais de duas centenas de passageiros, na sua maioria comerciantes.
Uma comissão de inquérito da empresa Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) foi criada para apurar as causas do desastre, cujos prejuízos ainda estão por calcular. Entretanto, dados preliminares colhidos no terreno indicam que o acidente terá acontecido quando nove vagões tombaram, provocando o descarrilamento de outros dois. A máquina e o primeiro vagão da composição, que fazia ligação entre Chicualacuala, província de Gaza, e a capital do país, continuaram nos carris.
As mesmas informações colhidas no terreno descartam a possibilidade de falha humana, uma vez que o comboio circulava a uma velocidade moderada.
A primeira vítima mortal foi localizada entre os vagões lotados de carvão cerca das catorze horas de ontem, tendo o corpo sido transportado para a morgue do Hospital Distrital de Magude, de onde seguiria para a cidade de Maputo.
Até à altura em que a nossa Reportagem abandonou o local, cerca das 15.00 horas, as equipas de socorro tentavam localizar mais corpos entre os vagões, que transportavam cada uma média de 350 sacos de carvão.
Das 12 pessoas que contraíram ferimentos quatro foram transportadas para o Hospital Central de Maputo (HCM) e as outras oito foram assistidas no Hospital Distrital de Magude, de onde vieram a receber alta.
Entretanto, um comunicado de imprensa da empresa Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) refere que as buscas continuam afincadamente por equipas especializadas destacadas para o local com vista a subsumir qualquer dado novo relacionado com a ocorrência.
Até à tarde de ontem equipas de socorro da Direcção Executiva dos Caminhos de Ferro da região sul encontravam-se no local a trabalhar com vista a recolocar nos carris a composição.
ANA RITA TENE
Noticias Online – 21/02/2015