A todo o escritor cumpre debruçar-se um pouco sobre a criança. Esta exige-o. A sociedade do amanhã vai pedir contas se não contribuirmos para melhor servir esse maravilhoso ser.
Professores, pais e todos aqueles que têm a seu cargo a educação de infantes, deveriam insuflar aos educandos um ardente amor a nobres ideais. Fazer-lhes ver que a vida é uma escola de preparação; que viemos ao mundo para sermos elementos activos nesta máquina tão harmoniosa do Universo de Deus. E todos viemos à terra para cumprir uma bela e esplendorosa missão – alentando os outros, amando a Humanidade.
O grande educador norte-americano Orison Marden dizia que “as guerras acabarão quando o nosso amor for tão grande que se possa dizer: a minha pátria é o mundo inteiro”. Na realidade, as guerras resultam geralmente daquele “patriotismo” mesquinho a procurar o seu bem à custa do sacrifício de outra ou outras nações.
É deveras lamentável que não incutam à criança um amplo amor a todas as Pátrias, e que não importa a cor, a raça, a língua ou a política. Importa, sim, o coração de cada um.
É triste constatar que há jovens de capacidade que não sobressaiem pelo facto de não receberem estímulo da parte dos pais e professores que, em lugar de lhes levantarem o moral, de fazerem com que eles não percam a visão do Ideal, de lhes inocularem fé e confiança no futuro, muitas vezes só têm dichotes e censuras cruéis para os flagelar. E nem ao de leve avaliam o veneno que lhes destilam no carácter.
Temos de meditar sobre a criança. Meditar acerca dos variados problemas ligados à educação infantil para que os homens e mulheres do amanhã possam viver num mundo mais saudável e fraterno…
João Machado
22/03/2015