O Executivo de Manuel Valls vai ter até 2017 para colocar em ordem as contas do país, neste caso, para reduzir o défice atual de 4,1% para 3% do PIB, seguindo as recomendações da UE.
Ainda assim, Bruxelas deixou o aviso: se a França falhar este ano terá de enfrentar consequências.
A França vai ter mais dois anos para reduzir o défice do país para os níveis recomendados pela União Europeia. A decisão foi anunciada esta quarta-feira pelo vice-presidente da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis.
Os franceses terão agora até 2017 para atingirem a meta de 3% do défice, numa atura em que o Executivo francês acredita fechar o ano de 2015 com um défice de 4,1% do PIB.
Apesar deste sinal de abertura da União Europeia no sentido de retirar algum peso das costas do Governo francês, Dombrovskis deixou um aviso muito claro: se a França não cumprir a meta do défice prevista para este ano, Bruxelas vai romper a corda com Paris. Caso isso aconteça, o Executivo de Manuel Valls poderá ter de enfrentar um conjunto de sanções económicas que colocarão a já algo fragilizada economia francesa em maiores dificuldades.
Mas não é só a França que está sob o olhar atento da União Europeia. Dombrovskis revelou que também Itália, Bélgica e Portugal serão avaliados permanentemente devido ao peso excessivo das suas dívidas públicas. Nesse sentido, o vice-presidente da Comissão Europeia deixou o alerta: “É óbvio que é preciso mais esforço” dos países que atravessam uma situação económica difícil.