Governo angolano revê de 9,7% para 6,6% crescimento da economia em 2015

Governo angolano prevê um crescimento de 6,6% da economia em 2015, disse o ministro do Planeamento, ao apresentar o documento revisto no parlamento.

 

 

Setor da agricultura deverá crescer 7,9%, a indústria 6,8%, a construção 6% e os serviços mercantis 4%

 

 
O Governo angolano prevê um crescimento de 6,6% da economia em 2015, uma redução em relação ao Orçamento Geral do Estado (OGE) em vigor, disse nesta quarta-feira o ministro do Planeamento, ao apresentar o documento revisto no parlamento. Job Graça referiu que esta taxa, que contrasta com os 9,7% de crescimento previstos no documento anterior, é justificada pela contribuição dos setores da agricultura, petróleos, serviços mercantis, indústria, construção, que perfazem 90% do Produto Interno Bruto (PIB).

 

 
Segundo o ministro, o setor da agricultura deverá crescer 7,9%, a indústria 6,8%, a construção 6% e os serviços mercantis 4%, de acordo com a previsão do novo OGE, revisto devido à quebra da cotação internacional do petróleo bruto. O titular da pasta do Planeamento disse ainda que no período entre 2013 e 2014 foram gerados 465.822 postos de trabalho, sendo 389.741 (87%) no setor da economia real.

 

 

 

“Quer dizer que as tendências de execução das metas e objetivos do Plano Nacional de Desenvolvimento (PND) 2013-2017 estão a ser observadas. Como é natural, a alteração de pressupostos fundamentais como aquele que observamos do preço do petróleo, condiciona as metas e objetivos do PND”, referiu o ministro. Acrescentou que “são essas as circunstâncias que ditam que boas técnicas de planeamento e noutras partes do mundo sujeitem planos de médio prazo, avaliações de meio percurso e ajustes se for necessário”.

 

 

 

O ministro do Planeamento respondia às dúvidas levantadas pela oposição quanto à atualidade do PND 2013-2017, um conjunto de 229 programas de ação fundamentais, de natureza transversal e setorial produzidos pelo MPLA, partido no poder, em prol da estabilidade e promoção do crescimento económico e emprego. O documento, elaborado em meados de 2012, tinha como indicadores médios a inflação de 7,6%, uma taxa de crescimento real de 7,14%, sendo de 1,82% para o setor petrolífero e 9,56% para o setor não petrolífero.

 

 

Em termos de tendências e observâncias das metas, Job Graça referiu que a inflação “foi praticamente um objetivo alcançado nesse período” e que a taxa de crescimento real do PIB registou “um desvio” de 1,39%, “fundamentalmente” devido ao setor petrolífero. “O PIB não petrolífero praticamente alcançou o seu objetivo ao ter um desvio de apenas 0,01 pontos percentuais”, destacou o governante.

 

 

 

25/2/2015

BRUNO FONSECA/LUSA

 

 

 

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