Primeiro-ministro não entende como é que a iniciativa pode ser um “insulto”, como apontou Jerónimo de Sousa . Pelo contrário, defende que a data estava carregada de “simbolismo”.
Pedro Passos Coelho desdramatiza as críticas do líder do PCP sobre a data escolhida pelo PSD e CDS para a apresentação do acordo de coligação. O primeiro-ministro “não percebe a observação”, a propósito de Jerónimo ter dito que se tratava de um “insulto” fazer o anúncio no 25 de Abril. Para Passos, tratou-se de uma “oportunidade muito feliz” de “poder associar” a vontade futura de dois partidos num dia “tão carregado de simbolismo”.
Em resposta às interpelações dos jornalistas à margem dos dez anos do Programa EDP Solidária, Passos Coelho refere que a estratégia apresentada “pareceu ser muito importante para a libertação de Portugal”. PSD e CDS estiveram quatro anos no Governo “a lutar contra a bancarrota” e agora querem renovar o trabalho. Os dois partidos voltam a “evidenciar maturidade”, ao “pôr de lado os egoísmos partidários”. Tudo por um compromisso. “Pôr o país em primeiro”, sublinha Passos, destacando a exigência do atual momento que Portugal atravessa.
“É natural que [PSD e CDS] concorram separados em circunstâncias normais, mas estamos a viver circunstâncias especiais”, defende o chefe de Governo. Passos lembra que o objetivo “não é unir fraquezas, mas forças”. A preocupação é que o eleitorado perceba que PSD e CDS conseguem conferir juntos a maioria necessária a uma “estabilidade suficiente” para governar.
Pedro Passos Coelho defende que o avanço em coligação na corrida às legislativas “é atitude muito racional e lógica”, insistindo que a decisão privilegia “não o egoísmo, mas maturidades”.
FOTO ALBERTO FRIAS
Raquel Pinto
27/04/2015