Professor Marcelo Rebelo de Sousa diz que Rui Rio pode avançar antes das legislativas

Na foto, repare-se na expressão de meter dó do Professor Marcelo quando lê um livro representativo da cultura de ideologia socialista vigente em Portugal.

 

 

Sampaio da Nóvoa “tem condições para congregar votos das esquerdas”, considera Marcelo Rebelo de Sousa.

 

 

Marcelo Rebelo de Sousa disse este domingo que a ideia defendida por Luís Marques Mendes de que ele seria o melhor candidato para o centro-direita “é uma ideia doentia” e não falou mais no assunto. No entanto, deu pistas para uma possível candidatura de Rui Rio, defendendo que o antigo autarca do Porto está pronto para avançar antes das eleições legislativas. Para suceder a Cavaco Silva, Marcelo defende que Rio tem de ganhar na primeira volta, não pode haver mais candidatos à direita e o período de campanhas das legislativas tem de ser vivido com algum distanciamento.

 

 

 

No seu espaço de comentário semanal na TVI, Marcelo Rebelo de Sousa disse que Sampaio da Nóvoa, que apresentou esta semana a sua candidatura a Belém, “tem condições para congregar votos das esquerdas” e que PCP e Bloco de Esquerda acabarão por apoiar a sua corrida à Presidência. Quanto ao PS, o comentador diz que não há outra opção, senão apoiar Sampaio da Nóvoa, especialmente com o apoio visível de figuras de relevo do partido no lançamento da candidatura, no Teatro da Trindade, em Lisboa. O professor indicou ainda que as eleições podem acontecer a 27 de setembro.

 

 

 

Esta apresentação, segundo Marcelo, fez que a coligação alterasse o seu calendário e admitisse a antecipação do apoio a um candidato presidencial. Para o professor catedrático, ainda sem falar de si ou sobre a sua candidatura, o melhor candidato é Rui Rio e afirma que está pronto para avançar antes das legislativas. O comentador defendeu que Rui Rio pode ir buscar alguns votos ao PS e que uma das suas dificuldades será ter de “fazer campanha sem ser sistematicamente colado a Portas e Passos”.

 

 

 
Sobre a disputa entre PSD e PS sobre as propostas socialistas sugeridas pelo grupo de 12 economistas, Marcelo disse que a iniciativa do PSD de questionar o PS foi boa ideia, mas que querer submeter o programa de Governo do PS à UTAO e ao Conselho de Finanças Públicas foi “um tiro na água” por parte de Marco António Costa, vice-presidente do partido. “Não devem ser os tecnocratas a decidir sobre programas Governo. Se se querem auditorias independentes, vão-se buscar entidades e titulares que não tenham sido designados pelo poder político”, afirmou Marcelo, sugerindo consultar universidades e pedir pareceres jurídicos sobre medidas, já que as medidas económicas e financeiras do atual Governo têm sido barradas pelo Tribunal Constitucional.

 

 

 
Quanto ao relatório da comissão de inquérito ao BES, Marcelo congratulou os deputados pela avaliação e disse que o PSD quer defender Carlos Costa e pretende mantê-lo no cargo nos próximos cinco anos para acompanhar o caso BES até ao fim. O comentador disse que, se fosse Carlos Costa, não se manteria no lugar caso o PS subisse ao poder já que o Governo passaria a ter uma “orientação diferente”.

 

 

 

Hugo Amaral

 

Catarina Falcão

 

Observador

 

03/05/2015

 

 

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