O grupo irlandês Island Renewable Energy vai investir €80 milhões no parque eólico de Moncorvo, que prevê a instalação de 30 aerogeradores neste município do distrito de Bragança. A empresa acaba de formalizar junto do Banco Europeu de Investimento (BEI) um pedido de financiamento no valor de €40 milhões. A Island irá ainda recorrer a empréstimos da banca comercial e capitais próprios, revelou ao Expresso Paulo Amante, um dos fundadores da empresa.
O parque eólico de Moncorvo é o maior empreendimento resultante da Fase C do concurso eólico realizado entre 2005 e 2008 pelo Governo de José Sócrates. Essa terceira fase adjudicou licenças para a instalação de 200 megawatts (MW). O maior lote, de 50 MW, foi ganho pela espanhola Fenosa, que acabaria por vendê-lo em 2013 à Island Renewable Energy. Desde então os irlandeses têm trabalhado no projeto e tencionam aproveitar a possibilidade legal de reforçar a potência do parque em 20%, deixando-o com um total de 60 MW.
MONCORVO – APONTAMENTO HISTÓRICO
O maior templo religioso de Trás-os-Montes e Alto-Douro, obra maneirista do século XVI, não fica em Vila Real ou Bragança mas em Torre de Moncorvo, tendo levado mais de um século a ser construído.
Pináculos, contrafortes, robustez e alpendre abobadado da igreja dedicada a Nossa Senhora da Assunção.
Com a igreja assente numa encosta, houve necessidade de nivelar o adro, delimitando-o por um muro, rematado por pináculos.
A impressionante dimensão da igreja matriz, construída para ser Sé, é explicada pelo facto de Moncorvo, florescente centro de desenvolvimento, ser sede da maior comarca do reino e de o poder municipal, principal financiador da obra, aspirar sediar a primeira diocese a ser criada em Trás-os-Montes. Em 1545, a escolha recaiu, no entanto, sobre Miranda do Douro.
Miguel Prado
03/05/2015