O projeto de lei que vai permitir convocar no Reino Unido um referendo sobre a permanência na União Europeia foi hoje aprovado no parlamento britânico com o voto da maioria dos deputados.
Com a aprovação, a Câmara dos Comuns deu luz verde à legislação que vai permitir ao primeiro-ministro britânico, David Cameron, convocar o referendo antes do final de 2017.
O texto, que prevê questionar os britânicos sobre se “Deverá o Reino Unido permanecer como membro da União Europeia?”, vai agora passar por uma nova fase, durante a qual vão ser debatidas mudanças e emendas a cláusulas em particular.
A oposição trabalhista, que subscreve o pedido de consulta, mas que fará campanha a favor do ‘sim’, defende que a lei deve ser revista para ser autorizado o voto a pessoas com 16 e 17 anos de idade.
O Partido Nacionalista Escocês, com um peso inédito na Câmara do Comuns desde as eleições de 07 de maio, defende que os cidadãos da União Europeia residentes no Reino Unido devem participar no referendo, uma opção vetada no projeto de lei dos conservadores.
O primeiro-ministro britânico comprometeu-se na última campanha eleitoral fechar um acordo com Bruxelas e convocar um referendo antes do final de 2017, mas não descartou a possibilidade de antecipar o referendo para 2016 se as negociações com a União Europeia ficarem concluídas antes do previsto.
Segundo as últimas sondagens, 16% por cento dos britânicos vão votar a favor da permanência na União Europeia, enquanto 12% vai defender a saída.
Dos restantes cidadãos britânicos, que ainda não têm uma posição definitiva, 31% aponta para a permanência na União Europeia, enquanto 28% estão mais inclinados para votar na saída.
O projeto de lei foi aprovado com 544 votos a favor e 53 contra.
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Reuters