Primeira análise feita ao aeroporto de Bruxelas conclui que infraestrutura está estável

O edifício principal e a outra infraestrutura local, onde são controlados passageiros, no aeroporto de Bruxelas, “estão estáveis”, segundo a primeira e provisória análise efetuada aos estragos provocados na terça-feira, devido aos ataques terroristas.

 

 

Em comunicado, o Aeroporto de Bruxelas indicou que a análise foi levada a cabo por engenheiros, técnicos e especialistas externos independentes, depois de as autoridades policiais terem concluído as investigações às duas explosões.

 

 

“Esta primeira, provisória, análise mostra que ambos os edifícios, o principal e o Connector — onde são verificados passageiros e bagagem – estão estáveis”, lê-se na informação, que também prevê o estudo de possibilidades para instalar balcões temporários de ‘check-in’. Segundo a mesma nota, a localização ideal terá de ser identificada, e a organização prática concertada com as companhias aéreas e de gestão de bagagem.

 

 

Em curso está a devolução de bagagens e das viaturas deixadas no local, na terça-feira, com a empresa a anunciar que, após dois dias, quatro mil de seis mil automóveis foram recolhidos. A recuperação dos estragos provocados na área de recuperação de bagagem começa domingo. O aeroporto esteve sem operar voos até terça-feira.

 

 

Duas explosões no aeroporto e uma numa estação de metro junto de várias instituições europeias provocaram 31 mortos e 340 feridos, segundo o balanço provisório divulgado hoje. As autoridades belgas indicaram que os serviços de socorro receberam, durante a semana, 2.449 pessoas, entre as quais 340 feridos nos atentados.

 

 

Atualmente, 101 estão internadas em 33 locais e 62 em cuidados intensivos e 32 num centro para queimados graves. “Muitas pessoas vivem atualmente um choque psicossocial pelo que vivenciaram e viram. Os especialistas da saúde publica estão prontos a ajudar essas pessoas a passar este período difícil”, lê-se num comunicado.

 

 

Os 31 mortos, incluem três autores dos atentados, e das restantes 28 pessoas, 24 foram identificadas — 14 mortos no aeroporto e 10 no metro. Treze das vítimas são de nacionalidade belga e as restantes de oito diferentes nacionalidades. Os feridos contabilizam naturais de 19 países, entre os quais Portugal.

 

 

Antigo embaixador belga nos Estados Unidos entre as vítimas dos atentados

 

 

Uma das vítimas dos atentados de Bruxelas é um antigo embaixador belga nos Estados Unidos da América. A notícia foi avançada pelo ministro belga dos Negócios Estrangeiros.

 

Primeira análise ao aeroporto de Bruxelas conclui que infraestrutura está estável 2

Andre Adam é um dos 31 mortos que resultaram dos atentados no aeroporto e na estação de metro de Maelbeek, em Bruxelas, na passada terça-feira. Adam tinha 79 anos e foi embaixador belga durante a administração Clinton, esclarece a Bloomberg. Marcou também presença na ONU desde 1962.

 

 

Entretanto, as investigações prosseguem. As autoridades belgas  acreditam que o terceiro homem por detrás dos ataques ao aeroporto de Zaventem é Fayçal Cheffou, detido na quinta-feira à noite. Estava previsto acontecer uma “marcha contra o medo”, em Bruxelas, mas o evento foi cancelado depois de as autoridades belgas terem pedido um adiamento por motivos de segurança.

 

 

Atentados: custos podem chegar aos quatro mil milhões de euros para a Bélgica

 

 

 

Os ataques terroristas deverão ter um custo, para a Bélgica, de cerca de quatro mil milhões de euros, estimou o jornal local Het Nieuwsblad, com base em contas de um especialista.

 

Primeira análise ao aeroporto de Bruxelas conclui que infraestrutura está estável 3

Peter Vanden Houte, economista chefe de um banco, referiu que, numa primeira análise, o custo dos ataques representam cerca de 0,1% do Produto Interno Bruto da Bélgica, o que significa aproximadamente quatro mil milhões de euros.

 

 

“Se a ameaça terrorista persistir ou mais ataques ocorrerem, os custos vão elevar-se”, analisou o especialista, garantindo que os custos de reconstrução representam uma “pequena parte dos custos”, já que perdas mais significativas se relacionam com o encerramento de serviços, como os transportes, e de outros negócios.

 

 

O especialista notou as perdas nos cafés, restaurantes e lojas encerrados e a possibilidades de, a curto prazo, não haver muitos clientes.

 

 

Por seu lado, a empresa de análise IHS adiantou a previsão do “impacto negativo de curta duração na economia belga”, sobretudo devido às quebras no consumo e no turismo.

 

 

LAURENT DUBRULE/ OLIVIER HOSLET/EPA/Reuters/ 31 de Março de 2016

 

 

 

 

 

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