“Donald Trump é uma desgraça nacional e um pária internacional”, acusa Colin Powell

O ex-secretário de Estado norte-americano Colin Powell classificou o candidato presidencial republicano Donald Trump como uma “desgraça nacional” e um “pária internacional”, em mensagens pessoais de correio eletrónico que foram pirateadas e divulgadas. A correspondência pirateada revela uma acusação vigorosa ao impertinente multimilionário por um membro de um governo republicano, se bem que tenha apoiado das duas vezes a candidatura presidencial do democrata Barack Obama.

 

 

“Ele apela ao pior da natureza republicana e das pessoas brancas pobres”, escreveu Powell sobre o nomeado pelos republicanos para disputar a eleição presidencial, numa das mensagens obtidas pela DC Leaks, um sítio na internet envolvido em outras ações de pirataria a contas de personalidades norte-americanas e que foi publicada pela primeira vez pelo Buzzfeed.

 

 

Numa mensagem, trocada no mês passado com um antigo colaborador, Powell atacou o movimento que questiona a nacionalidade de Obama, o que foi incentivado por Trump, considerando-o racista. “Todo esse movimento era racista”, escreveu o general reformado, vincando: “Era o que 99% acreditavam (que Obama não era cidadão dos EUA). Quando Trump não conseguiu manter isso, passou a querer saber se o certificado [de nascimento] dizia que ele era muçulmano”.

 

 

Powell, que foi secretário de Estado de 2001 a 2005, confirmou à estação televisiva NBC que as mensagens reveladas eram autênticas e adiantou que os piratas possuíam “muitas mais”. Segundo o The Daily Caller, estima-se que os piratas tenham transmitido cerca de 30 mil mensagens de correio eletrónico de Powell ao DC Leaks.

 

 

Trump surpreendeu tudo e todos com saúde de ferro em “Dr. Oz Show”

 

 

Donald Trump foi o convidado no programa de saúde “Dr. Oz Show” e surpreendeu a audiência ao entregar um resumo de um exame médico feito há duas semanas. O exame foi feito pelo Harold N. Bornstein, o mesmo médico que, anteriormente, afirmara que se Trump fosse eleito seria o presidente mais saudável da história.

 

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O episódio de “Dr. Oz”, gravado nesta quarta-feira de manhã, irá para o ar nesta quinta-feira, mas os responsáveis da campanha de Trump tinham afirmado que os resultados dos exames médicos não seriam revelados durante o programa. Mas, no início desta semana, Oz terá dito ao pivô da Fox News, Brian Kilmeade, que iria revelar os resultados de um exame médico a que Trump tinha sido submetido semanas antes.

 

 

Segundo o que foi divulgado, Oz fez “uma revisão completa de sistemas” ao candidato republicano, o que terá incluído o sistema nervoso, cabeça e pescoço, níveis hormonais, saúde cardiovascular e respiratória, bexiga e próstata e o histórico médico familiar de Trump. Oz disse que a sua interpretação da carta de Bornstein é a de que Trump não tem quaisquer problemas de saúde. O colesterol, elevado, baixou após lhe ter sido prescrito um medicamento.

 

 

O candidato republicano nas eleições presidenciais norte-americanas de 2016, que se realizam em novembro próximo, gosta de fast-food e diz não ter tempo para fazer exercício físico durante a campanha. Nem mesmo para jogar golfe, como gostaria, mas disse que gostava de perder entre 15 a 20 quilos.

 

 

A saúde dos candidatos à Casa Branca está a transformar-se num tema central da campanha, sobretudo depois de Hillary Clinton ter sido diagnosticada com uma pneumonia, na sexta-feira passada, depois de ter abandonado a cerimónia de homenagem às vítimas do 11 de setembro de 2001. A doença apenas foi revelado publicamente no domingo seguinte.

 

 

Numa sondagem, realizada pela The Morning Consult, divulgada nesta quarta-feira, mais de metade dos 1.501 entrevistados considera que Clinton está a mentir sobre o seu estado de saúde. Apenas 29% dos entrevistados acredita que a candidata democrata fornece informações precisas sobre o seu estado clínico, ao passo de que 37% afirma que Donald Trump mente sobre a sua “saúde de ferro”.

 

 

Quatro em cada 10 americanos, 41% dos entrevistados, descreve a saúde de Hillary Clinton como abaixo da média ou muito fraca. No entanto, metade dos eleitores afirmam que a saúde débil de Clinton não irá afectar o seu voto. Se Trump ganhar as eleições presidenciais em novembro, torna-se no candidato mais velho a assumir a presidência dos Estados Unidos. No caso de Clinton, será a segunda mais velha, depois de Ronald Reagan.

 

 

Obama defende Hillary Clinton de críticas “injustas”

 

 

O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fez esta terça-feira a sua estreia a solo na campanha democrata para as eleições presidenciais de novembro, classificando como “injustas” as críticas feitas a Hillary Clinton.

 

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“É bom estar de volta à campanha” disse Obama perante uma multidão em Filadélfia, enquanto defendia a candidatura de Hillary Clinton e a importância de mais quatro anos de Governo democrata no país.

 

 

“Embora já tenha feito a minha última campanha, vou trabalhar o máximo que puder este outono para eleger Hillary Clinton”, declarou, acrescentando: “E não estou aqui a cumprir um papel, eu quero mesmo, mesmo, mesmo eleger Hillary Clinton”.

 

 

Obama falava numa cidade que será fundamental para decidir a corrida presidencial na Pensilvânia – um estado em que a vitória é determinante para o candidato republicano, Donald Trump.

 

 

A corrida ali poderá ser decidida pelo facto de a coligação Obama – eleitores jovens, negros e hispânicos – ir votar ou não.

 

 

Obama surge na campanha quando Hillary Clinton, de 68 anos, se viu obrigada a abandonar as viagens pelo país devido a uma pneumonia que levantou outras questões acerca da sua saúde.

 

 

O chefe de Estado frisou que Clinton tem “sido sujeita a maiorescrutínio público e a mais críticas injustas que qualquer outra pessoa”, e acusou a imprensa de facilitar a vida ao seu adversário, o multimilionário Donald Trump.

 

 

Os nossos padrões para o que é normal mudaram: Donald Trump todos os dias diz coisas que costumavam ser encaradas como desqualificando-o para ser Presidente. E, contudo, porque ele as repete uma e outra e outra vez, a imprensa simplesmente desiste”, comentou Obama.

 

 

O atual ocupante da Casa Branca percorreu uma lista de feitos – do resgate da economia ao assassínio de Usama bin Laden – e defendeu que os republicanos da atualidade são indignos de liderar o partido de Abraham Lincoln e Ronald Reagan.

 

 

E ainda troçou da aprovação de Trump da política do líder russo, Vladimir Putin.

 

 

Conseguem imaginar Ronald Reagan a idolatrar alguém assim? Ele via a América como uma cidade resplandecente no cimo de um monte, Donald Trump chama-lhe um cenário de crime antagónico”, rematou.

 

 

TPT com: MICHAEL REYNOLDS/EPA//Observador//Lusa//Washington Post// TRACIE VAN AUKEN/EPA// 15 de Setembro de 2016

 

 

 

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