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LeBron James renovou por mais dois anos ao serviço dos LA Lakers e será o atleta mais bem pago da NBA

Reza a história que o atleta mais bem pago de sempre foi… um português. Quer dizer, mais ou menos, uma vez que, na altura, Portugal ainda não era propriamente um país como o é hoje em dia.

 

 

Falamos do século II d.C., em que Caio Apuleio Diocles, um antigo lusitano-romano nascido em Lamecum (atual Lamego), se terá tornado no atleta mais bem pago de sempre. Diz o professor de Estudos Clássicos da Universidade da Pensilvânia Peter Struck que os 35 863 120 sestércios ganhos por Diocles, o suficiente para fornecer a cidade de Roma com cereais por um ano, seriam o equivalente a 11,6 mil milhões de euros.

 

 

Um valor longínquo daquele que LeBron James vai receber por renovar o contrato com os LA Lakers durante mais dois anos. Ainda assim, este negócio vai fazer do craque do basquetebol norte-americano o mais bem pago de sempre da principal liga norte-americana de basquetebol, a NBA.

 

 

A operação terá um valor total de 97,1 milhões de dólares (cerca de 96,7 milhões de euros) e, segundo o agente do jogador, Rich Paul, inclui ainda a opção de renovação por mais um ano até à época 2024-2025. Isto porque James terá 38 anos quando o mesmo contrato terminar, pelo que, de acordo com o regulamento da NBA, a extensão de contrato é limitada a dois anos.

 

 

Desta forma, LeBron James passará a acumular um total de 532 milhões de dólares (cerca de 521 milhões de euros) em contratos ao longo da sua carreira, ultrapassando assim o registo de Kevin Durant, dos Brooklyn Nets, que conta 498 milhões de dólares acumulados (cerca de 596 milhões de euros), passando agora a ocupar o segundo lugar na lista dos mais bem pagos de sempre na NBA, onde o pódio é completado por Stephen Curry, dos Golden State Warriors, com 470 mihões de dólares acumulados (cerca de 468 milhões de euros).

 

 

Segundo escreveu o jornalista Jovan Buha no The Athletic, LeBron terá chegado a acordo com os Lakers após ver as suas exigências cumpridas, principalmente nos seus pedidos de melhoria no plantel e nas eventuais negociações com  o seu ex-companheiro dos Cleveland Cavaliers, Kyrie Irving.

 

 

“Pessoas ligadas aos Lakers estavam confiantes de que LeBron assinaria uma extensão, considerando o quanto ele gostou de jogar pela equipa e de viver em Los Angeles. O principal ponto da decisão foi por conta do jogador continuar irredutível de que os Lakers ainda precisam de melhorar o plantel atual e negociar pelo armador Kyrie Irving, segundo fontes ao The Athletic”, disse Jovan Buha.

 

 

Segundo os dados publicados pela própria NBA no seu website, no entanto, LeBron James é o terceiro jogador da liga com o maior salário na atual temporada: 44 milhões de euros, sendo ultrapassado apenas por Russell Westbrook, que ganha 47 milhões de euros, e Stephen Curry, líder da tabela salarial, com 48 milhões de euros.

 

 

Em 2021, segundo revelou a Forbes,  LeBron James levou para casa cerca de 96 milhões de euros, o que, por si só, representou um novo recorde no mundo da NBA.

 

 

 

Pechincha 

 

 

 

Os valores pagos pela renovação de LeBron James são voluptuosos, sim, mas não se aproximam nem de longe nem de perto ao topo da tabela dos maiores contratos desportivos de sempre. Esse lugar é ocupado por Lionel Messi, o argentino que passou a grande parte da sua carreira no Barcelona, e que rumou ao PSG em 2021. Foram os blaugrana, no entanto, que lhe ofereceram um contrato avaliado nuns estonteantes 555 milhões de euros (cerca de 297 milhões de euros depois de descontados todos os impostos), pagos ao longo de quatro anos, uma vez tomadas em conta todas as possibilidades de bonificação financeira.

 

 

Feitas as contas, são 74,9 milhões de euros limpos por ano e 210 297 euros na conta a cada dia que passa, fora os rendimentos com os seus direitos de imagem, segundo avançou o jornal El Mundo.

 

 

Mcgregor campeão 

 

 

É impossível falar dos atletas mais bem pagos sem, no entanto, mencionar o nome de Connor McGregor, o pugilista que, segundo a Forbes, foi o mais bem pago no ano de 2021. McGregor arrecadou um total de 180 milhões de dólares (cerca de 179 milhões de euros) nesse ano, a maior parte dos quais provenientes da venda da sua participação maioritária na marca de uísque Proper No. Twelve para a Proximo Spirits por 150 milhões de dólares (cerca de 149 milhões de euros).

 

 

Lionel Messi, Cristiano Ronaldo e o quarterback da NFL Dak Prescott – a quem lhe valeu o contrato com os Dallas Cowboys, de 65 milhões de euros – foram os outros três atletas que, durante esse ano, ultrapassaram a marca dos 100 milhões de dólares (cerca de 99 milhões de euros) arrecadados totalmente, incluindo contratos e outros negócios.

 

 

 

TPT com: AFP//José Manuel Pires//Sol//Sapo// 26 de Agosto de 2022

 

 

 

 

Fórmula 1 ameaça com a substituição dos Grandes Prémios tradicionais por circuitos mais lucrativos

 

O chefe da Fórmula 1, Stefano Domenicali, avisou que não basta ter história para que alguns Grandes Prémios tradicionais sejam mantidos no calendário, como Monza, Spa ou Monte Carlo, que podem desaparecer num futuro próximo.

 

 

A Fórmula 1 pode ficar sem Monza, Spa ou Monte Carlo que podem desaparecer num futuro próximo.

 

 

Essas corridas estão ameaçadas por outras, como Arábia Saudita, Miami e em breve Las Vegas, cuja contribuição económica é muito maior, embora não tenham a popularidade das primeiras.

 

 

“Queremos encontrar um bom equilíbrio, pelo menos um terço [das corridas] na Europa, um terço no Extremo Oriente e outro na América/Médio Oriente. É claro que estamos a falar de um setor onde os investimentos e a contribuição financeira é muito importante, mas sempre dissemos que as corridas tradicionais, que sabemos que não conseguem trazer os lucros que as outras trazem, têm todo o nosso respeito”, disse Domenicali em entrevista virtual com a imprensa.

 

 

O dirigente italiano admitiu que as negociações continuam para que países como Bélgica, França e Mónaco continuem a ter um Grande Prémio a partir da próxima temporada.

 

 

Ou seja, Spa-Francorchamps pode receber o último Grande Prémio da Bélgica de Fórmula 1 no próximo domingo, pelo menos por vários anos.

 

“Se se lembrarem, houve períodos em que a Bélgica não estava no calendário da Fórmula 1. E voltou. Às vezes, temos memória curta”, acrescentou Domenicalli sobre um GP que esteve presente em 66 das 73 temporadas da Fórmula 1.

 

 

A “Spa-Francorchamps” é um lugar formidável e é por isso que estamos a negociar. E em Monza vamos comemorar este ano o 100.º aniversário do Grande Prémio da Itália. Mas como italiano eu sempre digo a eles que devem perceber que a história já não chega. Monza deve fazer a sua parte, deve renovar a estrutura, renovar um lugar emblemático. Esses lugares sempre farão parte das negociações, mas a sua presença não pode ser dada como certa”, disse Domenicali.

 

 

Recordamos que em agosto de 2017, Lewis Hamilton igualou o recorde ‘poles’ de Michael Schumacher (68), ao conquistar o primeiro lugar da grelha de partida para o Grande Prémio da Bélgica.

 

 

 

23 ou 24 Grandes Prémios em 2023

 

 

 

 

O ex-chefe da Ferrari também já confirmou que o Mundial de 2023 consistirá em “23 ou 24 corridas”. “No passado tínhamos 15/17 corridas, mas agora a situação é diferente. Há uma procura e atualmente esse número é um bom equilíbrio.”

 

 

Domenicali não fechou as portas para que alguns dos chamados circuitos tradicionais possam ser retirados do calendário. “É uma possibilidade, não para o ano que vem, mas para o futuro, uma espécie de rodagem que permitiria que todos fizessem parte do calendário. Alguns circuitos já estão a conversar entre si para nos enviar uma proposta nos próximos meses”.

 

Se haverá finalmente 23 ou 24 corridas em 2023 dependerá do GP da China, devido à situação pandémica e as relações do gigante asiático com a Rússia.

 

 

“A linha política do desporto é sempre frágil, devemos ser muito cautelosos”, disse o italiano. “A situação da COVID-19 não está clara […] Teremos um cenário mais claro antes do final do ano”.

 

 

O calendário de 2023 também pode ter um teste no continente africano: “Queremos uma corrida em África e o lugar mais provável para isso é a África do Sul. O que procuramos é um compromisso muito sólido, claro e de longo prazo e isso leva um tempo. Vamos esclarecer a situação nos próximos dias. Queremos nos envolver com África, mas queremos fazê-lo da forma correta”, concluiu.

 

 

 

Grande Prémio de França fora do calendário da Fórmula 1 em 2023

 

 

 

O Grande Prémio (GP) de França que regressou a França em 2018, ao circuito de Paul-Ricard, depois de uma ausência de 10 anos, vai ficar fora do calendário do Mundial em 2023, confirmou hoje o diretor executivo da Fórmula 1, Stefano Domenicali, admitindo que a prova pode “entrar num sistema de rotatividade”.

 

 

“As conversações continuam e, no futuro, pode haver uma espécie de rotação entre vários Grandes Prémios”, disse Domenicali, acrescentando: “Isso não acontecerá em 2023, só será possível em 2024 ou 2025”.

 

Em maio passado, a organização do GP de França de Fórmula 1 mostrou-se disponível para alternar uma data do Campeonato do Mundo com outra prova.

 

 

“Estou convicto de que fazer uma edição em cada dois anos faz sentido, para crescer e subir de nível em relação aos outros Grandes Prémios do mundo”, afirmou o responsável da corrida francesa, Christian Estrosi, após uma reunião com Stefano Domenicali.

 

 

Além de França, podem também ficar fora do calendário do ‘grande circo’ em 2023 as provas da Bélgica e do Mónaco, que ainda não renovaram os contratos com a Fórmula 1, e enfrentam a concorrência de destinos como a Ásia, o Médio Oriente ou a América, disponíveis para suportar maiores investimentos.

 

 

TPT com: AFP//NBCNews//Sportinforma// MultiNews//SapoDesporto// John Thys /AFP)  25 de Agosto de 2022

 

 

 

 

 

Zamalek de Jesualdo Ferreira sagra-se campeão do Egito pela 14.ª vez

É o segundo campeonato seguido para os ‘brancos’, o segundo com Jesualdo Ferreira, que já tinha celebrado uma primeira conquista em 2014/15.

 

 

O Zamalek, treinado pelo português Jesualdo Ferreira, sagrou-se hoje campeão do Egito de futebol, com a derrota do segundo classificado Pyramids, somando o 14.º título da sua história, o segundo com o técnico luso.

 

 

A derrota por 1-0 do Pyramids em casa do Future, quando faltam três jornadas para o fim do campeonato torna impossível ao segundo classificado alcançar a formação do Cairo, que festejou o título sem jogar, após a vitória por 1-0 com o Pharco, na última sexta-feira.

 

O Zamalek tem 75 pontos, contra 68 do Pyramids, que tem mais um jogo e só pode somar mais seis pontos até final. Em terceiro está o Al-Ahly, que conquistou os últimos cinco campeonatos e esta temporada é comandado por Ricardo Soares, com 64.

 

 

É o segundo campeonato seguido para os ‘brancos’, o segundo com Jesualdo Ferreira, que já tinha celebrado uma primeira conquista em 2014/15.

 

É o 14.º título da carreira de Jesualdo Ferreira, tricampeão em Portugal com o FC Porto, entre 2006 e 2009, tendo ainda vencido uma Liga do Qatar com o Al Sadd, em 2018/19, além de várias taças nacionais.

 

 

Este título dá sequência a uma relação frutífera entre o clube e treinadores portugueses, iniciada com o título de 2003/04 com Nelo Vingada ao leme, antes de Jaime Pacheco e Jesualdo ‘partilharem’ o ‘cetro’ de 2014/15.

 

 

Vingada também foi campeão no Al-Ahly, em 2009, no final de uma dinastia de seis títulos de Manuel José, e José Peseiro levou o mesmo clube ao título em 2015/16.

 

 

Fernando Gomes felicita efusivamente o campeão egípcio Jesualdo Ferreira

 

 

 

O presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Fernando Gomes, felicitou “efusivamente” o treinador luso Jesualdo Ferreira, que esta segunda-feira se sagrou campeão egípcio, no comando técnico do Zamalek.

 

 

O Zamalek beneficiou da derrota do Pyramids, segundo classificado, para assegurar o 14.º título de campeão nacional, o segundo com o técnico luso.

 

“Felicito efusivamente o professor Jesualdo Ferreira pela conquista do título de campeão do Egito ao serviço do Zamalek. O conhecimento e o saber são pilares fundamentais na construção dos sucessos e Jesualdo Ferreira, aos 76 anos, mantém intactas as competências técnicas que alicerçam as grandes conquistas. Cumprimento-o pois com um abraço muito especial e estendo as felicitações àqueles que o acompanharam nesta campanha”, lê-se na mensagem assinada pelo líder da FPF.

 

 

Com a derrota por 1-0 do Pyramids em casa do Future, a três jornadas do fim do campeonato, o Zamalek assegurou a conquista do cetro, com 75 pontos, mais sete do que o segundo colocado. Em terceiro está o Al-Ahly, que conquistou os últimos cinco campeonatos e esta temporada é comandado por Ricardo Soares, com 64.

 

 

Num país cuja seleção principal é atualmente comandada por Rui Vitória, Nelo Vingada levou os rivais Zamalek (2003/04) e Al-Ahly (2008/09) ao topo, por entre a ‘dinastia’ de seis títulos de Manuel José (2004/05, 2005/06, 2006/07, 2007/08, 2008/09 e 2011/11) no Cairo, onde José Peseiro também arrebatou um campeonato pelas ‘águias vermelhas’.

 

 

Jesualdo Ferreira, de 76 anos, acrescentou o 14.º título da carreira ao seu currículo, no qual figuram um ‘tricampeonato’ português ao serviço do FC Porto (2006/07, 2007/08 e 2008/09), e uma Liga do Qatar pelo Al-Sadd (2018/19), além de várias taças nacionais.

 

 

O mirandelense acompanha mais de quatro dezenas de compatriotas vitoriosos além-fronteiras, tendo contribuído para que o Egito seja a nação onde há mais campeonatos arrebatados por técnicos lusos (11), num continente africano com 21 casos de sucesso.

 

 

Se Bernardino Pedroto festejou cinco vezes em Angola – três pelo ASA e dois pelo Petro Luanda -, sete treinadores vingaram em Moçambique e foram registadas conquistas em Cabo Verde, Líbia, Marrocos e Tunísia, com Carlos Gomes a impor-se como o primeiro português vitorioso fora do próprio país, em 1970/71, através dos argelinos do MC Oran.

 

 

Na Europa, os treinadores lusos já ganharam em 13 países, sem contar com Portugal, incluindo conquistas em quatro dos cinco principais campeonatos do ‘velho continente’, além Bulgária, Chipre, Grécia, Israel, Luxemburgo, Roménia, Rússia, Suíça e Ucrânia.

 

 

O maior responsável por este currículo é José Mourinho, que ainda é o único a triunfar em Espanha, pelo Real Madrid (2011/12), em Inglaterra, onde foi tricampeão pelo Chelsea (2004/05, 2005/06 e 2014/15), e em Itália, ‘bisando’ no Inter Milão (2008/09 e 2009/10).

 

 

O atual técnico dos transalpinos da Roma nunca trabalhou na Alemanha ou em França, nação onde já chegaram a vencer Artur Jorge, pelo Paris Saint-Germain, em 1993/94 e 1994/95, e, mais recentemente, em 2016/17, Leonardo Jardim, ao serviço do Mónaco.

 

 

Na Ásia, constatam-se ‘bandeiras’ lusas em nove nações – Arábia Saudita, China, Coreia do Sul, Hong Kong, Macau, Malásia, Maldivas, Qatar e Vietname -, com destaque para José Morais, após dois cetros nos coreanos do Jeonbuk e um pelos sauditas do Al-Hilal.

 

 

Brasil e Equador, ambos na América do Sul, engrossaram recentemente a tabela de 32 países que viram técnicos lusitanos bem-sucedidos, através de Jorge Jesus, vencedor com o Flamengo (2019), e Renato Paiva, triunfador no Independiente del Valle (2021).

 

 

Se não há qualquer vitória na Oceânia, o historial na América do Norte resume-se ao ‘bi’ de Guilherme Farinha na Costa Rica, em representação do Alajuelense, em 1999/00 e 2000/01, e ao título mexicano de Pedro Caixinha com o Santos Laguna, em 2014/15.

 

TPT com: EPA/KHALED ELFIQI//Mário Cruz/Lusa//Sportinforma / Lusa//Sapo// 24 de Agosto de 2022

 

 

 

 

 

 

MNE ucraniano recebeu homólogo português para “conversa entre amigos”

O chefe da diplomacia ucraniana, Dmytro Kuleba, descreveu hoje o encontro que manteve em Kiev com o seu homólogo português, João Gomes Cravinho, como uma conversa entre amigos que “estão preparados para se apoiar mutuamente”.

 

 

João Gomes Cravinho chegou hoje a Kiev para uma visita oficial de um dia que coincide com o 31.º aniversário da independência da Ucrânia, mas também com os seis meses da guerra que a Rússia iniciou em 24 de fevereiro.

 

 

“Foi uma conversa entre amigos que se entendem muito bem e que estão preparados para se apoiar mutuamente”, disse Kuleba no final do encontro, em declarações recolhidas pela RTP.

 

 

Kuleba assinalou que a visita de Cravinho tem um significado especial por ocorrer num dia importante para a Ucrânia.

 

 

Recordou que Cravinho esteve em Kiev há um ano, quando “representou Portugal na cimeira da Plataforma da Crimeia”, a península ucraniana anexada em 2014 pela Rússia.

 

 

Na altura, João Gomes Cravinho era ministro da Defesa e assistiu também às comemorações oficiais dos 30 anos da independência da Ucrânia.

 

 

“Acabámos de conversar sobre o apoio que temos recebido de Portugal e de outros países da UE”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano sobre o encontro.

 

 

Kuleba disse que Cravinho também o informou sobre a comunidade ucraniana que vive em Portugal.

 

 

“Louvou-a por ser uma parte importante da sociedade”, disse.

 

 

Numa mensagem divulgada pouco depois de chegar a Kiev, João Gomes Cravinho disse que era portador de uma “mensagem de solidariedade, e de apoio político, militar, financeiro e humanitário” de Portugal.

 

 

No âmbito do apoio à Ucrânia, Portugal vai participar, com outros países, na reconstrução de escolas na região de Jitomir, a cerca de 150 quilómetros de Kiev, onde se estima que tenham sido destruídos cerca de 70 estabelecimentos de ensino.

 

 

A iniciativa integra-se num vasto plano de reconstrução que o Governo ucraniano divulgou em julho que prevê um investimento a 10 anos de 750.000 milhões de dólares (mais de 754.900 milhões de euros, ao câmbio atual).

 

 

O investimento inclui os custos das reformas necessárias relacionadas com a adesão da Ucrânia à União Europeia (UE).

 

 

A Ucrânia, que integrou a União Soviética, declarou a independência em 24 de agosto de 1991.

 

 

O país foi invadido pela Rússia em 2014, de que resultou a anexação da Crimeia e uma guerra separatista apoiada por Moscovo nas regiões de Donetsk e Lugansk, no Donbass (leste).

 

 

A Rússia invadiu novamente a Ucrânia em 24 de fevereiro, para “desmilitarizar e desnazificar” o país vizinho, desconhecendo-se o custo dos primeiros seis meses de guerra em vidas humanas.

 

 

As duas partes têm anunciado baixas que infligem uma à outra, na ordem das dezenas de milhares, evitando mencionar as perdas próprias.

 

 

No entanto, na segunda-feira, o chefe militar da Ucrânia, general Valeri Zaluzhnyi, admitiu a morte de cerca de 9.000 soldados ucranianos.

 

 

O último balanço referido pela Rússia data de 25 de março, quando Moscovo admitiu 1.341 mortos e 3.825 feridos entre as suas forças.

 

 

As baixas civis também estão por contabilizar, mas a ONU já confirmou a morte de mais de 5.500 pessoas, alertando, porém, que o balanço será consideravelmente superior.

 

 

A guerra também gerou cerca de 12 milhões de refugiados e deslocados internos, segundo a ONU.

 

 

A Escola de Economia de Kiev avaliou os prejuízos materiais até agora em 113.500 milhões de dólares (mais de 114.200 milhões de euros, ao câmbio de hoje).

 

 

 

 “Era muito importante vir neste dia manifestar todo a nossa solidariedade”, diz João Gomes Cravinho

 

 

 

 

 

Esta quarta-feira, o Ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, João Gomes Cravinho, está em Kiev, capital da Ucrânia, onde confirma ter estado reunido com o Presidente Volodymyr Zelensky e com o seu homólogo Dmytro Kuleba.

 

 

Em declarações à imprensa, Cravinho afirma que a visita tem como objetivo manifestar “solidariedade por parte de Portugal”, destacando que hoje assinala-se o Dia da Independência da Ucrânia, que coincide com os seis meses da “invasão ilegal e injustificada por parte da Rússia”.

 

 

“Era muito importante vir neste dia manifestar todo a nossa solidariedade”, aponta o chefe da diplomacia portuguesa, “que se traduz em termos práticos e concretos, em apoio político, em apoio financeiro, em apoio militar, e também em apoio humanitário”, destacando que mais de 50 refugiados ucranianos chegaram a Portugal desde o início do conflito, a 24 de fevereiro.

 

 

“Essa manifestação de apoio é para continuar”, garante, explicando que foi essa mensagem que transmitiu a Zelensky e a Kuleba. “Continuaremos a apoiar em todas as dimensões: politicamente, militarmente, financeiramente e também na perspetiva humanitária”, detalhou.

 

Cravinho afirma também que receber informação “sobre o estado da guerra e sobre o reator nuclear de Zaporíjia”, e assegura que o governo ucraniano mantém “um estado de espírito confiante e combativo”.

 

 

Sobre os ataques à central nuclear de Zaporíjia, que ainda hoje se fizeram sentir, o MNE diz que “é profundamente lamentável” e que “percebemos perfeitamente que o objetivo russo é procurar cortar o fornecimento elétrico [a partir desse reator] para o resto a Ucrânia”. Acrescenta ainda que o Kremlin pretende “desviar esse fornecimento elétrico para proveito próprio da Rússia e das áreas ocupadas pelas forças militares russas”.

 

 

“É absolutamente inaceitável e é fundamental que haja uma desmilitarização da central nuclear”, defende Cravinho.

 

 

Quanto ao encontro com Zelensky, o português adiantou que lhe foi feita “uma atualização sobre a situação militar e agradeceu o apoio de Portugal em múltiplas dimensões, mas manifestou muito interesse e muito apreço pelo trabalho que Portugal assumiu em relação à construção de escolas”.

 

 

“Portugal vai empenhar-se agora na reconstrução de escolas na região de Jitomir”, salientou o MNE, que acrescentou que Zelensky terá apresentado também novos pedidos “de natureza militar” diferentes dos que têm sido feitos até agora, e que irá partilhá-los com o Primeiro-ministro António Costa e com a ministra da Defesa, Helena Carreiras.

 

 

Relativamente aos pedidos específicos, Cravinho adianta que “as forças armadas ucranianas tiveram uma expansão muito rápida” e “uma incorporação muito grande de militares nas fileiras”, explicando que “além de todas as necessidades de equipamento militar”, há também “necessidade de fardas, de tudo o que a nossa indústria têxtil poderá eventualmente produzir”.

 

 

Cravinho argumenta que “no campo militar, a Rússia não tem tido sucesso”, realçando que quanto ao seu objetivo de conquistar Kiev “foi derrotada”.

 

 

“A Rússia sofreu claramente uma derrota no seu objetivo inicial, que era o de conquistar a capital, e, presumimos, instalar um governo ‘fantoche’, tal como a tradição do tempo soviético em relação a várias partes da Europa central e do Leste”, sublinha.

 

 

E afirma que “a Rússia em sistematicamente falhado os seus objetivos” e que “inicialmente dizia-se que em poucas semanas chegariam a Kiev”, mas “passaram-se seis meses e nem sequer o Donbass controlam”.

 

 

“A nossa expectativa é que, continuando este grau de empenhamento da comunidade internacional em apoio à Ucrânia”, esse país “terá o ganho de causa”, avança o ministro.

 

 

Até agora não há registo de baixas entre os portugueses que combatem em solo ucraniano, mas o MNE admite que o Governo não sabe quantos são, embora afirme que será “um número muito reduzido”, e que “o nosso conselho muito forte é não venham cidadãos portugueses para combater na Ucrânia”.

 

“Sabemos de sete que vieram, mas não sabemos se ainda cá estão todos ou se alguns já terão regressado”, reconhece Cravinho.

 

 

Alguns funcionários da embaixada de Portugal em Kiev, como o embaixador e outros diplomatas, “foram retirados por instruções nossas”, sendo que atualmente já estão de regresso.

 

 

 

TPT com//PNG (HB/ZO) // PDF//Lusa// Filipe Pimentel Rações//Sapo24//   24 de Agosto de 2022

 

 

 

 

 

 

 

NATO avisa Rússia de que a instalação de alguns mísseis hipersónicos em Kaliningrado não reduz as tensões geopolíticas

A NATO avisou a Rússia de que o destacamento de aviões de combate armados com mísseis hipersónicos para o enclave de Kaliningrado não ajuda a reduzir as tensões geopolíticas e garantiu que defenderá “cada centímetro do território aliado”.

 

 

Um porta-voz da NATO explicou à agência noticiosa Europa Press que Kaliningrado é uma “área altamente militarizada, inserida na escalada militar da Rússia junto às fronteiras da NATO”, neste caso, próximo da Polónia e da Lituânia, ambos países-membros da aliança.

 

 

“A brutal agressão da Rússia contra a Ucrânia alterou a situação de segurança na Europa e é difícil ver como este destacamento pode ajudar a reduzir as tensões”, afirmou o porta-voz.

 

 

A NATO recordou ainda que reforçou as suas capacidades de dissuasão e defesa no lado oriental e que está a acompanhar de perto a situação na região.

 

 

De acordo com o porta-voz, a organização internacional “defenderá cada centímetro do território aliado”, em conformidade com a política aplicada nos últimos meses na Ucrânia, em que a NATO evitou a intervenção direta na Ucrânia, atribuindo aos membros a responsabilidade de enviar armas para Kiev e repelir a ofensiva russa.

 

 

Na passada quinta-feira, o Ministério da Defesa russo anunciou o envio de três caças MiG-31 com mísseis hipersónicos Kinzhal para o aeródromo de Chkalovsk, que permanecerão em “serviço de combate 24 horas por dia” como parte das medidas estratégicas adicionais de dissuasão, de acordo com uma declaração de defesa enviada à agência noticiosa russa TASS.

 

 

A Rússia afirma que o Kinzhal tem um alcance de até 2.000 quilómetros e voa a 10 vezes a velocidade do som, dificultando a intercetação.

 

 

Estes mísseis de última geração têm sido usados para atingir vários alvos na Ucrânia, país que a Rússia invadiu a 24 de fevereiro.

 

 

O anúncio surge na sequência de críticas e ameaças de Moscovo a países que têm feito entregas de armas à Ucrânia, incluindo a Polónia e as nações do Báltico.

 

 

Segundo a Rússia, as entregas de armas pelos Estados Unidos e seus aliados para defesa da Ucrânia “prolongam o conflito” do país que invadiu.

 

 

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 12 milhões de pessoas de suas casas — mais de seis milhões de deslocados internos e mais de seis milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

 

 

Também segundo as Nações Unidas, cerca de 16 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

 

 

A invasão russa — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que está a responder com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca à energia e ao desporto.

 

 

A ONU confirmou que 5.514 civis morreram e 7.698 ficaram feridos na guerra, que hoje entrou no seu 176.º dia, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.

 

 

 

TPT com: AFP//NBCNews//BZF(PDF)//MDR/Lusa/MultiNews//  24 de Agosto de 2022

 

 

 

 

 

 

 

Turistas e emigrantes fazem questão de invadir a região de Trás-Os-Montes para conhecer e matar saudades

O contacto com a Natureza e com as raízes são dois chamarizes para os visitantes que enchem, nos meses de verão, a região de Trás-Os-Montes: sejam eles turistas nacionais ou internacionais, sejam eles emigrantes que regressam nestes meses às suas terras de origem, muitas vezes com a família ‘a reboque’, para se ligarem às suas raízes.

 

 

No Nordeste de Portugal, a região de Trás-Os-Montes ganha todos os anos uma nova vida nos meses de verão, quer pelos turistas que, curiosos, vão em busca de paisagens naturais de tirar o fôlego e uma gastronomia muito peculiar, quer pelos emigrantes transmontanos que, nesta altura do ano, regressam às suas vilas, aldeias e cidades de origem para desfrutar das férias e voltar às raízes, entre jogos de cartas com velhos amigos e noites de verão com as festas típicas desta estação.

 

 

 

«Esta região está muito ligada à emigração, portanto mais do que propriamente turistas, nesta altura do ano, há sempre muitos emigrantes, que vêm ver a família, estar em casa, voltar a ter contacto com as suas raízes…», explica Sara Moreira, de 23 anos, natural de Chaves. Para a jovem recém-licenciada em Ciências da Comunicação, que rumou para o Porto para estudar, mas que mantém o coração em Trás-Os-Montes, o «turismo rural e de natureza» é o principal chamariz dos turistas que visitam a região nestes meses. «A tranquilidade, o fugir da rotina, o contacto com a Natureza e com animais não domésticos» são as principais razões desta atratividade, justifica a flaviense, explicando que essas atividades de turismo rural são mais populares fora dos centros urbanos de Trás-os-Montes, como Chaves, Bragança ou Vila Real.

 

 

 

 

Região rica

 

 

 

 

«De Bragança a Lisboa/ São 9 horas de distância/ Queria ter um avião/ Pra lá ir mais amiúde», já cantavam os Xutos & Pontapés, no seu tema clássico Para Ti Maria.

 

 

Se bem que não desde Lisboa, mas sim desde Cascais, no entanto, é possível chegar da região de Lisboa a Trás-Os-Montes em menos de 9 horas, sem ter um avião privado. Talvez os membros da mítica banda de Rock and Roll português desconhecessem os serviços da Fly Sevenair, que faz uma ligação aérea entre o Aeródromo Municipal de Cascais e o Aeródromo de Bragança. São menos de duas horas de viagem, com paragens em Viseu e Vila Real, que encurtam distâncias para esta região que se destaca tanto pela sua história como pela sua gastronomia e pelo património natural que tem para oferecer aos seus visitantes.

 

 

Fale-se, por exemplo, das praias fluviais em torno da Barragem do Azibo, no concelho de Macedo de Cavaleiros, que conta com uma extensa lista de amenidades para proporcionar um dia de descanso a quem a visita, ou então uma série de atividades para quem não pretende ficar quieto na areia o dia inteiro. A Praia da Fraga da Pegada é galardoada consecutivamente com Bandeira Azul, aliás, desde 2004, o que faz dela um raro caso no que toca às praias fluviais europeias.

 

 

Mas quem fala de Natureza e de Trás-Os-Montes não pode esquecer a Rota Termal e da Água, que percorre o Vale do Alto Tâmega, abrangendo o Norte de Portugal e sudeste da Galiza, entre Verín, Chaves e Vidago.

 

 

São 46,4 quilómetros de percurso, que, de carro, pode ser feito no mesmo dia, e que liga o património balnear desta região, conhecida pelas suas fontes, balneários e termas.

 

 

O complexo das Termas de Chaves é o principal chamariz nesta ponta da Rota, junto à margem direita do Rio Tâmega, onde já os romanos, nos tempos em que ocuparam esta região da Península Ibérica, recorriam às águas termais, que brotam a cerca de 73.ºC de temperatura, para fins medicinais.

 

 

Mas este não é o único local de interesse nesta região ligado às águas termais. Em Vidago, o Balneário Pedagógico e de Investigação das Práticas Termais merece também uma visita. Apesar de ser de 2016, e não dos tempos romanos, é ainda assim um local para os mais curiosos sobre os benefícios e as características das águas termais, aproveitando a proximidade com as águas minerais de Vidago.

 

E uma vez que visite Vidago, há um local que não pode faltar no roteiro: o Vidago Palace Hotel, talvez um dos hotéis mais emblemáticos do país, desenhado em 1910 pelo arquiteto José Ferreira da Costa e inaugurado pelo Rei D. Manuel II, cujo pai, D. Carlos, já seria ávido utilizador destas termas.

 

 

O edifício é rodeado por 40 hectares de jardins e foi alvo de um projeto de remodelação com a assinatura do prestigiado arquiteto Álvaro Siza Vieira. A sua popularidade é tal que, em 2017, o hotel serviu de ‘palco’ à série da RTP intitulada Vidago Palace, que decorre no ano de 1936.

 

 

 

Chaves encantadora

 

 

 

 

A maioria do turismo feito em Trás-Os-Montes está ligado com a Natureza, mas isso não significa que as cidades que compõem esta região não tenham, em si, grande interesse para os visitantes. Chaves é a segunda maior cidade do distrito de Vila Real, a seguir à sua capital, e guarda em si vários pontos de interesse que fazem de uma visita enriquecedora e ponto necessário aquando de uma viagem a Trás-Os-Montes.

 

 

A presença humana nesta região remonta ao Paleolítico, tendo a cidade sido habitada por diferentes povos ao longo dos séculos. Entre eles, os romanos, que lhe chamaram Aquae Flaviae, e cuja história e ‘marca’ deixada na cidade são o mote do Museu da Região Flaviense.

 

 

A Ponte de Trajano, o Castelo de Chaves, o Forte de São Neutel e as várias estações arqueológicas espalhadas em volta do concelho são outros pontos de interesse desta cidade, onde a gastronomia é também rainha: o vinho de Trás-Os-Montes e do Alto Douro é reconhecido pelo país inteiro e o pastel típico desta cidade é também popular de norte a sul de Portugal.

 

 

Mas uma das ‘iguarias’ mais deliciosas desta cidade é o seu Folar, recheado com diferentes tipos de carne e derivados, ao contrário do típico Folar de Páscoa de outras regiões do país, que tende a ser doce.

 

 

Os enchidos de fumeiro são, aliás, um dos principais ex libris da gastronomia transmontana, principalmente em referência às alheiras, enchido fumado recheado com carne e gordura de porco e pão de trigo regional envolto em tripa delgada de porco com formato de ferradura, e cuja origem conta uma história curiosa: terá sido criado por cristãos-novos que, de forma a não levantar suspeitas sobre o facto de continuarem, em segredo, ligados aos costumes da religião judaica (que proíbe o consumo de carne de porco), terão inventado um chouriço onde a carne de porco foi substituída por carne de ave.

 

 

Uma fonte da Câmara Municipal de Chaves contou que o turismo neste ano tem sido «francamente positivo». «Os turistas vêm motivados, essencialmente, pelo património milenar, pelo termalismo e pela ‘Rota N2’. Trata-se de um turismo cada vez menos sazonal, que se dispersa pelo território, optando por se libertar da pressão das zonas do litoral e privilegia a qualidade e bem receber únicos do nosso território», revela a autarquia, contando que «os locais que registam maior procura, de momento, são os patrimónios monumentais presentes no centro histórico, os quais convidam à descoberta e ao reencontro com as origens da cultura nacional, merecendo especial destaque a ponte romana de Trajano, o Museu das Termas Romanas, o rico núcleo medieval, com o Castelo de Chaves e as muralhas da restauração».

 

Mas há mais para descobrir no concelho de Chaves do que aquilo que vem nos guias turísticos. A cidade «possui tesouros que se vão revelando no colorido e tipicidade das suas ruas medievais, nos seus restaurantes típicos onde o pastel de Chaves é incontornável, no seu espaço de lazer ribeirinho ao Tâmega numa extensão verde de sete quilómetros, nos seus museus de arte contemporânea, no seu Casino, nos campos de golf na vila de charme de Vidago e no bulício da vida noturna. São muitos os motivos para visitar esta bela cidade fronteiriça, que proporciona ao longo do ano ‘escapadinhas’ para todos os gostos, sendo o termalismo um dos mais importantes», defende a autarquia, admitindo que «a iminente recessão económica mundial trará novos desafios ao turismo na região». «Contudo, ainda não se vislumbram impactos relevantes na cadeia de abastecimento do setor da região», conclui.

 

 

 

Macedo em altas

 

 

 

A cerca de 80 quilómetros de Chaves, um outro ponto de interesse na região transmontana é Macedo de Cavaleiros, concelho que alberga a Albufeira da Barragem do Azibo, e que todos os anos atrai também milhares de visitantes.

 

 

«A grande viragem no crescimento turístico deu-se no primeiro ano da pandemia, a segurança que este território oferece, aliada à sua riqueza e diversidade paisagística, numa época, em que uma das recomendações era o distanciamento, fez deste destino o lugar perfeito para se estar em família, neste caso a interioridade e a baixa densidade da população, acabou por funcionar como um atrativo», contou uma fonte da Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros, para quem não há dúvidas sobre qual é a principal atração do concelho: «A Paisagem Protegida da Albufeira do Azibo afirma-se como embaixador, por excelência, e é, sem dúvida, um dos principais atrativos e ativos turísticos do território, onde a procura é mais notada».

 

 

Mas não só do Azibo se faz Macedo de Cavaleiros. «Há uma forte e evidente demanda de turistas em torno dos Caretos de Podence, principalmente desde a sua entrada para a Lista Representativa do Património Cultural Imaterial da Humanidade, em dezembro de 2019, procura essa que também veio a coincidir com o fenómeno causado pela pandemia», revela a autarquia.

 

 

«Ainda há muito para descobrir em Macedo de Cavaleiros, desde o seu singular Património Geológico que dá a oportunidade de percorrer milhões de anos na história da Terra, despertando o interesse de geólogos de todo o mundo.

 

O seu diferenciador Património Natural, com paisagens deslumbrantes e preservadas, aliada às tradições e identidade do seu povo, que conserva o segredo de tratar a terra, a mestria com que confeciona os seus pratos e o carinho com que acolhe aqueles que o visitam, tornam a visita a este território uma surpresa constante e uma desafio aos sentidos», conta ainda fonte da Câmara de Macedo de Cavaleiros, referindo «o último rio selvagem da Europa, o Rio Sabor, o abrupto rochoso das margens escarpadas de natureza virgem, com rápidos radicais de cortar a respiração», que «fazem a visita a este local uma experiência para a vida».

 

 

 

TPT com: Nascer do Sol//José Miguel Pires//Sapo/Vida// 14 de Agosto de 2022

 

 

 

 

 

 

Municípios da Região de Coimbra ameaçam que não vão pagar o tratamento de resíduos urbanos

Os autarcas consideram estes aumentos “incompreensíveis” no atual contexto e alertam que os mesmos estão a ter impactos “dramáticos” nas contas dos municípios agravando o atual contexto já por si difícil.

 

 

Exigimos que o Governo tome medidas para baixar este custo, porque senão corre o risco de os municípios deixarem de pagar o tratamento de resíduos”, reiteram, expressando a sua total discordância por esta opção que consideram “abusiva”, sem justificação económica ou de melhoria da qualidade do serviço, pugnando pela sustentabilidade de um serviço essencial para as populações.

 

 

Os autarcas da Região de Coimbra solicitam, por isso, que o Governo crie medidas corretivas, uma vez que a aplicação do atual regime tarifário no presente contexto revela-se “inadequado”, porque os cidadãos, empresas e os municípios já estão “penalizados” pelo acréscimo de despesas.

 

 

«A título de exemplo, a tarifa da ERSUC aumentou 53% em 2022 para 44,54€ por tonelada tratada, a que acrescem os custos com a recolha. Além disso, a Taxa de Gestão de Resíduos (TGR) aumentou 100% de 2020 para 2021 e até 2025 vai aumentar 218% (em 5 anos, comparando 2025 com 2020). Ou seja, até 2025 o custo total de tratamento de resíduos vai aumentar 98,90%, entre taxa e tarifa. Este aumento poderá contribuir para uma alteração do caminho até aqui conseguido no que toca à gestão de resíduos por força dos encargos tendencialmente incomportáveis que estão em causa.

 

 

Os autarcas temem, ainda, que esta problemática poderá colocar grandes desafios ao setor dos resíduos, com consequências para todos os cidadãos, nomeadamente com aumento da fatura dos consumidores», alertam os edis, afirmando que têm no centro das prioridades o serviço público, a qualidade de vida e o desenvolvimento dos concelhos e da região.

 

 

“As autarquias têm, neste momento, um fardo enorme com esta tarifa. O valor é excessivo e tem de ser recalculado e revisitado. Exigimos que o Governo tome medidas para baixar este custo, porque senão corre o risco de os municípios deixarem de pagar o tratamento de resíduos”, reiteram, expressando a sua total discordância por esta opção que consideram “abusiva”, sem justificação económica ou de melhoria da qualidade do serviço, pugnando pela sustentabilidade de um serviço essencial para as populações.

 

 

O Conselho Intermunicipal da CIM Região de Coimbra vai avançar com pedido de reunião urgente com o Ministério do Ambiente e da Ação Climática, com o objetivo de solicitar medidas para mitigar o impacto brusco no aumento dos custos com o tratamento de resíduos (TGR e tarifa das entidades gestoras em alta) e solicitar a prorrogação do prazo para os municípios garantirem a implementação das redes de recolha seletiva de bio resíduos (31 de dezembro de 2023 é a data limite definida atualmente) para amenizar o impacto que os aumentos sucessivos podem vir a ter no erário dos municípios e, principalmente, nos munícipes.

 

 

 

TPT com: PA//PenacovaActual// 13 de Agosto de 2022

 

 

 

 

Atacante de escritor Salman Rushdie foi elogiado pela imprensa conservadora do Irão

O principal diário ultraconservador do Irão, Kayhan, felicitou hoje o homem que apunhalou, nos Estados Unidos, o escritor Salman Rushdie, autor do romance “Os Versículos Satânicos”, que lhe valeu uma sentença de morte decretada há mais de 30 anos.

 

 

O ataque contra o escritor britânico aconteceu na sexta-feira, no palco do Chautauqua Institution, um centro cultural situado no estado de Nova Iorque, onde Rushdie se preparava para discursar.

 

 

O agressor é um homem de 24 anos chamado Hadi Matar, que ainda está sob custódia, indicou a polícia do estado norte-americano de Nova Iorque.

 

 

Numa conferência de imprensa pelas 17h00 locais (22h00 em Lisboa) para apresentar detalhes do ataque, a polícia afirmou não ter ainda informações sobre o motivo da agressão.

 

 

“Bravo a este homem corajoso e consciente do seu dever que atacou o apóstata e vicioso Salman Rushdie”, escreveu o jornal, cujo diretor é nomeado pelo líder supremo do Irão, o ayatollah Ali Khamenei.

 

 

“Beijemos a mão daquele que rasgou o pescoço do inimigo de Deus com uma faca”, acrescenta.

 

Salman Rushdie foi atacado no pescoço e abdómen quando se encontrava no palco do Chautauqua Institution. Segundo o seu agente, o escritor foi colocado em suporte de vida e poderá vir a perder um olho.

 

 

As autoridades iranianas ainda não comentaram oficialmente a tentativa de assassinato do intelectual de 75 anos.

 

 

Seguindo a linha oficial, todos os meios de comunicação iranianos descreveram Rushdie como um “apóstata”, com exceção do Etemad, um jornal reformista.

 

 

O diário estatal Irão disse que “o pescoço do diabo” tinha sido “golpeado por uma navalha”.

 

 

“Não derramarei lágrimas por um escritor que denuncia os muçulmanos e o Islão com infinito ódio e desprezo”, escreveu Mohammad Marandi, conselheiro da equipa de negociação nuclear, num tweet.

 

 

“Rushdie é um peão do império a posar como romancista pós-colonial”, acrescentou.

 

 

Salman Rushdie incendiou parte do mundo muçulmano com a publicação, em setembro de 1988, do livro “Os Versículos Satânicos”, levando o fundador da República Islâmica, ayatollah Rouhollah Khomeini, a emitir uma “fatwa” (decreto religioso) em 1989 apelando para o seu assassinato.

 

 

Esta sentença de morte, que perdura há mais de 30 anos, foi ordenada pelo alegado crime de “blasfémia”, que custou ao escritor a possibilidade de uma vida normal e o afastou da família.

 

 

O Governo do Irão há muito que se distanciou do decreto de Khomeini, mas o sentimento anti-Rushdie permanece.

 

 

Em 2012, uma fundação religiosa iraniana aumentou a recompensa pelo assassinato de Rushdie para 3,3 milhões de dólares.

 

 

Rushdie desvalorizou a ameaça na altura, dizendo que não havia “nenhuma prova” de que houvesse alguém interessado na recompensa.

 

 

Nesse ano, o escritor publicou o livro de memórias “Joseph Anton – Uma Memória”, sobre a ‘fatwa’.

 

Autor de cerca de duas dezenas de títulos, Rushdie recebeu o prémio Booker em 1981 por “Os Filhos da Meia-Noite”, também distinguido com o Booker of Bookers, em 1993, e, em 2008, o Best of the Booker.

 

 

“O Último Suspiro do Mouro” valeu-lhe o prémio Withbread, em 1995, e o Prémio Literatura da União Europeia, em 1996.

 

 

Salman Rushdie fixou-se na cidade de Nova Iorque, há cerca de 20 anos, e hoje tinha prevista uma intervenção na Instituição Chautauqua, um centro cultural situado no Oeste do estado de Nova Iorque.

 

 

 

TPT com: AP//AFP//NBCNews//NYT//SAPO MAG /Lusa// 13 de Agosto de 2022

 

 

 

 

 

 

Adesão à ONU passa a ser comemorada anualmente como Dia da Diplomacia Cabo-verdiana

O Governo de Cabo Verde instituiu 16 de setembro como Dia da Diplomacia Cabo-verdiana, numa alusão à adesão do país à Organização das Nações Unidas (ONU), em 1975, data que passará a ser assinalada anualmente.

 

 

Por determinação do Conselho de Ministros, através de uma resolução de 10 de agosto que entrou hoje em vigor, consultada pela Lusa, o Governo justifica a decisão pela “importância da diplomacia cabo-verdiana, alinhada com os valores da Paz, do Estado de Direito, da democracia, da liberdade, do respeito pelos direitos humanos e do multilateralismo, na busca de soluções conjuntas para os desafios do mundo global”.

 

 

“Assim, a diplomacia cabo-verdiana deve estar à altura dos exigentes desafios presentes nas relações internacionais, primando por ser um interlocutor útil e oportuno para o diálogo, a tolerância e o convívio harmonioso entre as nações na aldeia global, contribuindo, deste modo, para aumentar a notoriedade do país e promover a sua imagem externa”, lê-se na resolução.

 

 

O texto do documento acrescenta que é “justo reconhecer que a diplomacia e os diplomatas cabo-verdianos têm sido determinantes para a afirmação de vários momentos decisivos que marcam indelevelmente a história do país, nomeadamente a admissão de Cabo Verde na Organização das Nações Unidas (ONU)”, ou a adesão à Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), a presidência do Conselho de Segurança das Nações Unidas, a negociação do Acordo de Cooperação Cambial com Portugal, a negociação do Acordo de Parceria Especial entre Cabo Verde e União Europeia, a graduação a país de rendimento médio ou, mais recentemente, a mobilização de recursos externos para combater a pandemia da Covid-19 e para mitigar os efeitos provocados pela atual conjuntura internacional.

 

 

“Entre esses momentos decisivos, destaca-se a aceitação de Cabo Verde como membro de pleno direito da ONU, a 16 de setembro de 1975, um momento histórico que marca a vida do país. Essa data ficou selada com o hastear, pela primeira vez, da bandeira de Cabo Verde na sede da organização, um momento digno de celebrar, pois simboliza a afirmação de Cabo Verde no concerto das nações”, sublinha a resolução.

 

 

“Homenagear, celebrar e valorizar a diplomacia e os diplomatas cabo-verdianos”, bem como “reconhecer e enaltecer o papel da diplomacia e dos diplomatas cabo-verdianos em prol da credibilidade externa e do desenvolvimento do país”, são objetivos definidos pelo Governo na instituição desta data.

 

 

“Neste contexto, em reconhecimento do importante contributo que a diplomacia e os diplomatas cabo-verdianos vêm dando para o desenvolvimento do país e para a sua crescente valorização no concerto das nações, foi escolhida a data de 16 de setembro para celebrar a diplomacia cabo-verdiana, por representar um marco internacional de particular relevância na nossa política externa”, acrescenta a decisão.

 

 

O objetivo de instituir a anualmente 16 de setembro como Dia da Diplomacia Cabo-verdiana já tinha sido avançado em julho pela secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Cabo Verde, Miryan Vieira: “A referida data constitui um momento marcante da história do país, que se viu no concerto das nações como Estado soberano e engajado na defesa dos valores e promoção dos princípios e objetivos que regem as relações de cooperação e a sã convivência entre os Estados”.

 

 

O tema, segundo a governante, foi abordado na reunião do Conselho do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Integração Regional, que decorreu em 26 de julho, na cidade da Praia.

 

 

“Data esta que marca também o início da afirmação do país e da sua contribuição para o multilateralismo e da sua abertura para o estreitamento das relações diplomáticas e da sua colaboração com outros Estados igualmente soberanos”, sublinhou a governante, em declarações aos jornalistas, recordando que o dia da adesão à ONU foi “simbólico” para a política externa do país.

 

 

“A instituição desse dia afigura-se também essencial e meritória para a perceção na sociedade do contributo que os servidores da diplomacia e basicamente os diplomatas e os funcionários do Ministério dos Negócios Estrangeiros vêm dando ao longo dos anos para o processo de desenvolvimento de Cabo Verde, assim como para a notoriedade, a visibilidade e a credibilidade do país perante a comunidade internacional”, disse ainda.

 

 

 

 

TPT com: Lusa//PVJ//PJA//Lusa// 11 de Agosto de 2022

 

 

 

 

 

Joe Biden ratifica aprovação dos EUA à adesão da Suécia e da Finlândia à Nato

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, assinou hoje o documento que ratifica que o Congresso dos EUA é favorável à adesão da Suécia e da Finlândia à Aliança Atlântica.

 

 

Na cerimónia de assinatura, Biden esteve acompanhado pelos embaixadores sueco e finlandês em Washington, Karin Olofsdotter e Mikko Hautala, respetivamente, bem como por outros altos funcionários, tais como a vice-presidente, Kamala Harris, e a presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi.

 

 

Mais tarde, o Presidente enviou uma carta a Harris, que é também presidente do Senado, na qual salientava que o acordo para a adesão da Suécia e da Finlândia à Aliança Atlântica “não terá o efeito de aumentar a percentagem global dos Estados Unidos nos orçamentos comuns da Nato”.

 

 

A carta, que foi recolhida pela Casa Branca, salienta que a possível adesão das duas nações à aliança militar “não diminui a capacidade dos Estados Unidos de satisfazer ou financiar as suas necessidades militares fora da área do Atlântico Norte”.

 

 

A Finlândia e a Suécia tinham recusado durante décadas candidatar-se à adesão à Nato, mas mudaram a sua posição na sequência da invasão da Ucrânia pela Rússia, iniciada em 24 de fevereiro por ordem do Presidente russo, Vladimir Putin.

 

 

A adesão da Suécia e da Finlândia foi desbloqueada na cimeira de Madrid em 29 e 30 de junho, onde os líderes convidaram ambos os candidatos, depois de se ter chegado a um acordo na preparação da cimeira para que a Turquia levantasse o seu veto em troca de um maior envolvimento escandinavo na luta contra o grupo terrorista do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK).

 

 

Ambos os países deram mais um passo em frente na adesão à Nato em 5 de julho com a assinatura dos respetivos protocolos de adesão, tornando-os membros “de facto” da aliança militar enquanto aguardam a ratificação formal.

 

 

Posteriormente, o secretário-geral da Nato, Jens Stoltenberg, falou de um “dia histórico”.

 

 

 

Senado dos EUA aprova adesão da Suécia e Finlândia à NATO (mas houve um voto contra)

 

 

 

O Senado dos Estados Unidos ratificou esta quarta-feira os protocolos de adesão da Suécia e da Finlândia à NATO, na sequência da decisão histórica dos países nórdicos de prescindir da sua neutralidade perante a invasão russa da Ucrânia.

 

A câmara alta do Congresso norte-americano, controlada pelos democratas, aprovou a proposta com 95 votos a favor e um contra.

 

 

O Senado também aprovou uma emenda, que declara que todos os membros da Aliança Atlântica devem gastar até 2024 um mínimo de 2% do seu Produto Interno Bruto (PIB) em defesa e 20% do seu orçamento de defesa em “grandes equipamentos, investigação e desenvolvimento”.

 

 

Em sentido contrário, o Senado rejeitou uma emenda, apresentada pelos republicanos, que pretendia impedir que o compromisso da NATO de defender os seus membros tivesse prevalência sobre o poder do Congresso norte-americano de autorizar o uso da força militar.

 

 

O processo de ratificação para a entrada de novos membros da NATO varia de acordo com cada país, sendo que nos Estados Unidos é necessária a aprovação de dois terços do Senado e a posterior assinatura do Presidente.

 

 

Nos Estados Unidos, somente o Senado tem poderes para ratificar acordos internacionais.

 

 

Esta votação ocorreu um dia depois da ratificação dos protocolos de adesão pelo Parlamento francês, bem como pela Itália na quarta-feira.

 

 

Incluindo os Estados Unidos, 23 Estados-membros da NATO já ratificaram a adesão dos dois países, entre os trinta necessários, segundo a aliança de defesa.

 

 

O presidente dos EUA, o democrata Joe Biden, transmitiu o processo de adesão aos senadores em 11 de julho e exortou-os a ratificá-lo rapidamente, considerando que ambos os países serão “contribuidores importantes da aliança, tanto em capacidades como em recursos”.

 

 

O presidente do Comité dos Negócios Estrangeiros do Senado dos Estados Unidos, o também democrata Bob Menendez, posicionou-se esta quarta-feira na mesma linha, ao destacar no início do debate que o apoio dos EUA envia uma mensagem forte a favor da liberdade e da defesa coletiva.

 

 

O influente senador destacou que a situação atual, após o início da invasão russa da Ucrânia em 24 de fevereiro, mostra “mais do que nunca o papel vital” que a NATO desempenha na proteção da paz.

 

 

Os líderes da Aliança Atlântica concordaram, na sua cimeira em Madrid no final de junho, em iniciar o processo de adesão da Suécia e da Finlândia.

 

 

Suécia e Finlândia, motivadas pela invasão russa, entregaram os seus pedidos de adesão em 18 de maio.

 

 

A Turquia vetou inicialmente a entrada destes, exigindo mais cooperação na luta contra as organizações descritas como terroristas por Ancara, embora finalmente tenha chegado a um acordo com a Suécia e a Finlândia, que foi mediado pelo secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg.

 

 

A entrada da Suécia e da Finlândia permitirá à NATO ter corredores marítimos e aéreos alternativos de apoio aos países bálticos.

 

 

O senador republicano dos EUA, Josh Hawley, foi o único que votou contra a entrada dos nórdicos, defendendo que “a expansão implicará novas obrigações para os Estados Unidos” e que o país deve focar-se na Ásia, para combater a crescente ameaça chinesa.

 

 

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de quase 17 milhões de pessoas de suas casas – mais de seis milhões de deslocados internos e mais de dez milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

 

 

Também segundo as Nações Unidas, cerca de 16 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

 

 

A invasão russa – justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que está a responder com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca à energia e ao desporto.

 

 

A ONU confirmou que 5.327 civis morreram e 7.257 ficaram feridos na guerra, que hoje entrou no seu 160.º dia, sublinhando que os números reais deverão ser muito superiores e só serão conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.

 

 

 

TPT com: NBCNews//WP//Justin Sullivan//AFP//MadreMedia / Lusa//  9 de Agosto de 2022