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Comemorações do Dia de Portugal New York 2017 encerram festividades no dia 11 de Junho com um desfile etnográfico na cidade de Mineola

A facilidade de comunicação e a rapidez de transferência de conhecimento, que caracteriza a globalização, configura um novo desafio para Portugal, mas simultaneamente uma nova realidade para a nossa diáspora.

 

E neste contexto, têm sido notáveis as iniciativas levadas a cabo pela “New York Portuguese American Leadership Conference” (NYPALC)”, no que diz respeito ao associativismo.

 

Actualmente, a NYPALC é composta por 62 organizações membros, e representa mais de 180.000 portugueses e luso-americanos, além de outras organizações neste país com o desígnio  de representar, promover e defender os interesses e direitos da comunidade portuguesa no estado de Nova York.

 

 

Se no passado muitos partiram sem saber se algum dia teriam a possibilidade de regressar, hoje as distâncias encurtam-se e todos os portugueses podem estar bem mais próximos uns dos outros e do seu País.

 

 

No dia 6 de Maio, cerca de 500 pessoas entre elas vários representantes da comunidade portuguesa em Nova Iorque reuniram-se no Portuguese American Center Of Suffolk, em Farmingville, com o objectivo de iniciarem as Jornadas das Comemorações do Dia de Portugal 2017.

 

 

Neste encontro, e um pouco à semelhança do que tem vindo a acontecer nos últimos anos, foram prestadas homenagens a líderes e estudantes das Organizações-Membros, pelo seu papel fundamental no desenvolvimento  da comunidade portuguesa que reside no Estado de Nova York.

 

Entre os homenageados deste ano estavam o ex-Embaixador dos EUA em Portugal, Robert A. Sherman e a Directora Executiva da Fundação Luso Americana para o Desenvolvimento, Kim Sawyer, que viram ser reconhecidos os seus papéis como diplomatas exemplares para Portugal e (segundo a organização),  “agradecer-lhes pelo amor que estendem a todos os portugueses”.

 

Robert Sherman, que foi um dos principais oradores na gala do “Dia de Portugal NYPALC 2017”,  deu a entender no seu discurso que estas comemorações reforçam a valorização dos recursos humanos portugueses,  criando ainda as condições fundamentais, para um melhor relacionamento entre os portugueses e a sociedade americana.

 

 

Robert A. Sherman foi embaixador dos EUA em Portugal entre 2014 e 2017. Como embaixador, deu prioridade ao compromisso entre os dois países e à diplomacia económica do século XXI. O embaixador americano viajou por todo o país, falou com empresários, líderes locais e membros do governo para conhecer de perto os desafios e oportunidades.

 

 

Durante o Campeonato Europeu de Futebol de 2016 (Euro 2016), o embaixador norte-americano ganhou notoriedade junto da opinião pública portuguesa, ao ter divulgado vários vídeos de apoio à seleção nacional.

 

 

O ex-embaixador Sherman demostrou a sua paixão pelas pessoas e cultura de Portugal. Recebeu vários elogios pelos seus vídeos que promoveram a seleção de Portugal no Euro 2016. Pelo seu trabalho em Portugal, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, concedeu-lhe a Grã-Cruz da Ordem Infante D. Henrique, em março deste ano.

 

Para além de Robert A. Sherman e Kim Sawyer(na foto), foram ainda galardoadas com o Pémio “NYPALC 2017” as seguintes personalidades: Renato Fantasma Tavares, Júlia DaSilva, José Saramago, Sónia Reis, Luís Tinoco, Ashley Pereira, Frank Teixeira, Tony DaSilva, Big Al Munchies, Moses Saraiva, Dennis Walsh, Rosa Leal e António Rodrigues (postumamente).

 

 

Neste evento, que marcou o início oficial das celebrações do “Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas 2017”,  no estado de New York, foi também evocado o génio literário Luis Vaz de Camões e a sua maior obra, “Os Lusíadas”.  Expressão máxima da nossa língua e que, nunca teria sido escrita se também ele, um dia, não tivesse partido à descoberta de “novos mundos”.

 

E nada melhor para comemorar este feito que a entrega de 8 Bolsas de Estudos, no valor de mil dólares cada uma,  que foram atribuídas aos alunos das seguintes escolas: Ana Tavares (Escola Antero de Figueiredo – Farmingville), António Almeida Jorge (Escola Fernando Pessoa – Vale do Hudson), Ariana Chedas (Escola S. Teotonio – Brentwood) Monteiro, João da Silva (Escola João De Deus – Yonkers), Myara Da Cruz Machado, Sara Costa (Escola Júlio Dinis – Mineola) e Vanessa Carvalho Escola Rainha Santa Isabel – Ossining).

 

Os alunos premiados com as Bolsas Académicas NYPALC 2017 foram também convidados especiais das Nações Unidas no dia que se celebrou o “Dia Mundial da Língua e Cultura Portuguesa”.   Esta visita organizada pela New York Portuguese American Leadership Conference (NYPALC) e as Nações Unidas, teve lugar no dia 5 de Maio.

 

 

Além de uma visita especial, os jovens tiveram a oportunidade de visitar a Rádio ONU Português e falar sobre a importância da língua portuguesa no mundo, a carreira dos funcionários das Nacões Unidas que têm o português como língua materna e, sobre o importante papel do “Jornal da ONU” junto de 36 milhões de leitores nos oito países que falam português mais as diásporas de língua portuguesa nas Américas, Europa, África e Ásia.

 

 

A chefe da Rádio ONU em Português, Mónica Villela Grayley, bem como a sua delegação elogiou os jovens vencedores de bolsas por se destacarem na aprendizagem do português e realçou  junto dos jovens lusos a necessidade de se dar continuidade à promoção da língua e cultura portuguesas no mundo.

 

O Programa de Bolsas de Estudo do NYPALC, foi criado para apoiar alunos portugueses e luso americanos com apetência pela aprendizagem da língua e cultura portuguesas no estado de New York. As bolsas de estudo são baseadas no mérito académico e são concedidas a estudantes que demonstraram um desempenho excepcional a nível académico, enquanto alunos das escolas membro.
Segundo alguns membros da comissão do “Dia de Portugal em New York 2017”,  “sabemos que não é de hoje a aventura portuguesa no mundo. Mas, se os portugueses que partiram da sua pátria têm uma história feita de determinação e de engenho, têm também um presente e terão, certamente, um futuro que importa valorizar”.

 

 

De referir que o extenso programa das comemorações do Dia de Portugal no estado de New York,  inclui inúmeras actividades culturais, desportivas e recreativas e termina na tarde do dia 11 de Junho com um espectacular desfile etnográfico na cidade de Mineola.

 

Os distinguidos pela NYPALC nas festividades do Dia de Portugal 2017, no estado de New York, pelo contributo dado para o desenvolvimento da comunidade portuguesa e lusodescendente neste estado, foram os seguintes:

 

 

 

Prémio Homem do Ano – Renato Tavares (Community of Volunteers – Nassau)

 

 

Renato Tavares, nasceu em Mineola, onde continua a viver e atualmente dirige uma organização de voluntariado, intitulada Community of Volunteers – Nassau. De acordo com a NYPALC, trata-se de “um verdadeiro exemplo de generosidade e altruísmo, pelos bondosos atos de solidariedade que pratica desde 2014”.

 

 

Nesse mesmo ano de 2014, quando soube que um vizinho de 18 anos enfrentava um cancro, organizou uma recolha de fundos que rapidamente angariou 22 mil dólares e multiplicou-se em visitas ao hospital para o animar.

 

 

Atualmente, Renato pratica vários atos de solidariedade tanto nos condados de Nassau e Suffolk, como na própria cidade de Nova Iorque: participa na distribuição de comida e roupa pelos sem-abrigo, com os quais passa várias horas a conversar; desloca-se a escolas para incentivar as crianças a serem solidárias e bondosas. Também visita mães solteiras em hospitais para lhes doar roupas e produtos para bebés, apoia assistentes sociais que distribuem material escolar por crianças.

 

 

No ano passado, Renato estabeleceu uma parceria com o Nassau County District Attorney’s (conjunto de advogados locais), que doou mais de 3 000 casacos confiscados à Community of Volunteers. Enquanto diretor desta organização, já recolheu brinquedos e roupas novas para bebés num valor acima dos 25 mil dólares, para distribuir. Desde 2014, já pôde doar bens e dinheiro num valor acima dos 150 mil dólares.

 

 

A Community of Volunteers tem crescido tão rapidamente, que Renato já não pode geri-la a partir de casa. Atualmente está à procura de potenciais patrocinadores e mecenas para abrir um espaço físico e assim poder continuar a ajudar aqueles que mais necessitam.

 

 

 

Prémio Jovem Homem do Ano – Joseph Saramago (Alheirense Cultural Center – Mineola)

 

 

 

Nascido há 29 anos em Plainview, atualmente a residir em Carle Place, Joseph Saramago é lusodescendente de primeira geração. O seu pai, curiosamente chamado José Saramago, é natural de Alheira, uma pequena freguesia no concelho de Barcelos que Joseph visita todos os anos.

 

 

Com formação superior em artes, aprendeu a falar português por si próprio, sendo que na adolescência começou a envolver-se na comunidade portuguesa de Mineola, particularmente em 2007, quando se tornou membro do Rancho Juventude de Portugal.

 

 

Atualmente não só participa nos eventos da comunidade portuguesa, como é também um líder: é o vice-presidente do grupo motard Luso American Riders, do qual é fundador, e recentemente foi eleito presidente do Alheirense Cultural Center.

 

 

Prémio Jovem Promessa do Ano – Luís Tinoco (Mineola Portuguese Soccer Club – Mineola)

 

 

O mais novo de três filhos de um casal que se mudou de Braga para os Estados Unidos em 1987, Luís Tinoco nasceu em Mineola e cresce em Williston Park. Finalista na Mineola High School, é um estudante de quadro de honra e um jogador de destaque na equipa de futebol da instituição de ensino secundário.

 

 

Na escola, não só estuda, como atua como professor nas aulas de Educação Física para caloiros, é um membro ativo em atividades ligadas ao Meio-Ambiente e ao Latim, assim como elemento do Chorpus Christi Church Youth Group.

 

No que toca ao futebol, paixão à qual se dedica desde os quatro anos de idade, já venceu vários prémios na equipa da escola, a qual capitaneou até às meias-finais na competição que coloca à prova as formações do condado de Nassau. No verão passado fundou uma equipa de sub-18 no Mineola Portuguese Soccer Club e voluntariou-se para treinar os mais novos no Carlos Mendes Soccer Camp. No próximo ano letivo vai entrar no ensino superior, sem descuidar o futebol.

 

 

Prémio Mulher do Ano – Julia DaSilva (Portuguese American Community Center – Yonkers)

 

 

Nascida na pequena aldeia de Alcaidaria, no concelho da Batalha, Julia DaSilva mudou-se para os Estados Unidos em 1948, ano desde o qual reside em Yonkers. Nesta localidade no Estado de Nova Iorque, tem sido um rosto importante da Yonkers Portuguese-American Community e um membro de longa data da Portuguese American Community Center (PACC) e da Igreja Nossa Senhora de Fátima, em Yonkers.

 

 

Na década de 70, Julia foi a primeira a acreditar no sonho de construir em Yonkers uma igreja de tributo a Nossa Senhora de Fátima, para a comunidade portuguesa local, sonho que acabaria por se tornar em realidade. Quando a PACC ainda não aceitava o sexo feminino na lista dos seus associados, fez parte de uma equipa de apoio a mulheres.

 

 

Desde o início da década de 80 até à de 90, dirigiu a escola portuguesa mais antiga no Estado de Nova Iorque, a Escola João de Deus – inaugurada em 1934. Enquanto diretora desta instituição, conseguiu que o State of New York Board of Education reconhecesse o estudo da língua portuguesa no plano curricular local, permitindo que algumas escolas concedessem créditos aos estudantes que frequentassem qualquer uma das escolas portuguesas do Estado. Julia colaborou em proximidade com o senado

 

 

do Estado de Nova Iorque para permitir que, durante quase uma década, este contribuísse para o financiamento da Escola João de Deus.

 

 

Julia recentemente reformou-se após uma longa carreira de sucesso no Westchester County Clerk’s Office. Contudo, continua a prestar apoio à comunidade com o seu trabalho voluntário nas escolas públicas de Yonkers e como elemento dos órgãos sociais da PACC Yonkers.

 

 

Prémio Jovem Mulher do Ano – Sónia Reis (Port. Cultural Center of Suffolk – Farmingville)

 

 

Nasceu em Chaves e mudou-se para os Estados Unidos quando tinha apenas seis anos. Actualmente vive em Farmingville e trabalha como assistente médica numa clínica de cuidados pulmonares e problemas do sono, depois de ter formado na Sachem High School East. A jovem flaviense planeia começar a estudar enfermagem no próximo ano lectivo.

 

 

Desde os 13 anos que integra o Rancho Folclórico Aldeias de Portugal, onde é um membro ativo. No ano passado, entrou para o quadro do Portuguese American Center of Suffolk e começou a trabalhar com o grupo Ladies Auxiliary. Segundo a NYPALC, “a Sónia é muito empenhada no trabalho voluntário e procura continuamente motivar mais jovens adultos a envolverem-se em benefício da comunidade”.

 

 

Prémio Jovem Promessa do Ano – Ashley Pereira (Rancho Sonhos & Juventude de PT – Mineola)

 

 

Tal como Joseph Saramago, Ashley Pereira tem raízes na freguesia barcelense de Alheira, da qual é natural o seu pai, Manuel Pereira. Nascida em Mineola, estuda no ensino secundário na Carle Place High School, ao mesmo tempo que enriquece o seu percurso académico com diversas atividades: é delegada de turma, membro do Key Club e cheerleader.

 

 

Ashley tem uma presença muito ativa entre a comunidade portuguesa: dois dias por semana dá aulas de concertina tanto a miúdos como graúdos, instrumento que toca ao serviço de dois ranchos (o do Mineola Portuguese Center e um outro chamado Ronda do Neiva). Também ajuda crianças a aprender matemática e a ler, para além de ensinar educação religiosa e taekwondo, modalidade desportiva da qual é instrutora.

 

 

Prémio Honorário NYPALC – Moisés Saraiva (Port. American Community Center – Yonkers)

 

 

 

Nascido em 1942 no concelho de Celorico da Beira, Moisés Saraiva mudou-se para os Estados Unidos em 1961, onde desde então reside em Yonkers. Nesta cidade, criou a agência de viagens Moses Travel Agency e ajudou milhares de portugueses a adaptarem-se ao novo país. Há 56 anos que é um membro ativo do Portuguese American Community Center. Foi diretor da Escola João de Deus, reestruturou a associação de futebol do PACC Yonkers foi ainda um dos membros iniciais da Igreja Nossa Sra de Fátima, em Yonkers. Foi correspondente do jornal Luso Americano durante varias décadas.

 

 

Prémio Presidente do Ano – Frank Teixeira (Mineola Portuguese Center – Mineola)

 

 

Natural de Estarreja e a viver nos Estados Unidos há quatro décadas, Frank Teixeira sempre foi um membro ativo na comunidade portuguesa, particularmente na gestão do Mineola Portuguese Center, do qual foi presidente nos últimos quatro anos. Durante este período, contribuiu para uma maior ligação com a NYPALC, assegurando a presença do Mineola Portuguese Center em todas as edições do desfile anual do Dia de Portugal. Coordenou ainda, com sucesso, a organização das comemorações do Carnaval.

 

 

Prémio Educador do Ano – Tony DaSilva (Rancho Sonhos & Juventude de PT – Mineola)

 

 

Nascido e criado em Mineola, descendendo de uma família de Estarreja, há 31 anos que Tony DaSilva é um membro ativo dos ranchos Sonhos de Portugal e Juventude de Portugal, ligados ao Mineola Portuguese Center. Há vários anos que treina crianças duas vezes por semana. Segundo o NYPALC, “ele lembra sempre aos mais novos que quando eles dançam, estão a representar a sua terra e cultura de origem”.

 

 

Prémio Parada Dia de Portugal/Grand Marshall – Rosa Leal (Daughters of Portugal – Mineola)

 

 

Nascida no concelho de Chaves, Rosa Leal mudou-se para os Estados Unidos ainda criança, onde vive em Woodbury. É a fundadora e presidente da organização de solidariedade Daughters of Portugal, que durante vários anos angariou fundos para uma entidade que alberga adolescentes grávidas e jovens mães. Também ajudou pessoas com cancro que não podiam suportar as despesas dos tratamentos. No ano passado, mobilizou esforços na recolha de bens para enviar às vítimas dos terramotos no Equador. Atualmente é vice-presidente da NYPALC, ocupando também cargos importantes em organizações como Portuguese Lions Club of Long Island, Corpus Christi Church e Mineola Portuguese Center. Nos últimos quatro anos, organizou o desfile anual do Dia de Portugal em Mineola.

 

 

Prémio Empresa do Ano – Big Al’s Munchies (Yonkers)

 

 

O Prémio Empresa do Ano vai ser atribuído ao restaurante Big Al’s Munchies, detido por José Gil, mais conhecido por Joe. Este estabelecimento abriu há cerca de cinco anos, pela mão do empresário nascido em Mount Vernon, filho de um casal originário de Chaves. O Big Al’s Munchies é muito popular não só por promover a cozinha portuguesa, mas também por prestar serviços de solidariedade junto do Portuguese American Community Center of Yonkers.

 

 

Prémio Amigo da Comunidade – Dennis Walsh (Trustee of the Village of Mineola)

 

 

Polícia reformado e eleito “Trustee” de Mineola por duas vezes (em 2013 e 2015), Dennis Walsh é visto como uma pessoa que apoia a comunidade portuguesa, particularmente no que toca aos desfiles do Dia de Portugal organizados pela NYPALC.

 

 

Este evento conta com o apoio oficial da Cidade de Brookhaven, Vila de Mineola, Cidade de Yonkers, Prefeito Mike Spano, Governo do Condado de Westchester, Assembléia do Estado de Nova York, Senado do Estado de Nova York e Congresso dos EUA, Washington DC.

 

 

Por aquilo que nos foi dado constactar também aqui na América do Norte existe a necessidade das pessoas se juntarem e celebrarem cerca de mil anos de história que perdura e com uma língua que é falada por mais de 260 milhões de pessoas em todo o mundo.

 

 

Este aumento da importância global da nossa língua e do interesse na sua aprendizagem não deve servir para nos vangloriarmos, ou acharmos que está tudo feito, ou sequer o mais importante. Pelo contrário: significa que a nossa responsabilidade é grande, como grande é o desafio que temos pela frente.

 

 

E como acontece em outros lugares do mundo, também aqui no estado de  New York, comemorar o Dia de Camões é celebrar a Língua Portuguesa. E, no domínio da valorização da nossa língua e da nossa cultura, o papel fundamental das comunidades portuguesas não pode ser esquecido.

 

 

TPT com: NYPALC// JM//The Portugal Times// 3 de Junho de 2017

 

 

 

 

 

Os EUA e a Arábia Saudita assinaram vários acordos militares no valor de 110 mil milhões de dólares

O anúncio foi feito durante o primeiro dia de visita do presidente Donald Trump à Arábia Saudita, naquela que é a primeira etapa da sua primeira viagem internacional.

 

 

“O presidente e o secretário de Estado, Rex Tillerson, participaram  numa cerimónia de assinatura [no valor] de cerca de 110 mil milhões de dólares” em acordos militares, disse a fonte.”Este conjunto de materiais de defesa e serviços garante a segurança a longo prazo da Arábia Saudita e da região do Golfo perante as ameaças do Irão”, explicou.

 

 

 

Trump recebido em Riade com honras militares. Melania não cobriu a cabeça

 

 

 

O Presidente norte-americano, Donald Trump, chegou este sábado a Riade para a sua primeira visita ao estrangeiro, tendo sido recebido pelo rei da Arábia Saudita durante uma elaborada cerimónia de boas vindas, com honras militares.

 

Trump é o primeiro Presidente norte-americano a escolher um país maioritariamente muçulmano para a sua primeira visita internacional como Presidente, uma escolha que pretende mostrar respeito pela região, depois de meses de uma dura campanha de retórica antimuçulmana.

 

Melania Trump usava um fato preto com cinto dourado e não cobriu a cabeça, de acordo com o costume de dignitários estrangeiros que visitam a Arábia Saudita.

 

Donald Trump e o rei Salman, de 81 anos, falaram através de um intérprete dentro do terminal do aeroporto. De seguida, o Presidente norte-americano foi para o seu hotel durante algumas horas, antes de um dia de reuniões.

 

Os dirigentes sauditas esperam uma abordagem diferente à situação na região, após o ex-Presidente Barack Obama ter recusado envolver o seu país na guerra contra o regime sírio de Bashar al-Assad e promovido uma aproximação ao Irão, o principal rival de Riade.

 

 

Os dois líderes trocaram cumprimentos amistosos e Trump disse que era “uma grande honra” estar na Arábia Saudita, antes de vários jatos sobrevoarem o local, deixando um rasto vermelho, branco e azul no céu.

 

No decurso desta visita de Trump, a Arábia Saudita foram concluidos uma série de acordos com os Estados Unidos sobre vendas de armamento avaliados em mais de 100 mil milhões de dólares (89,8 mil milhões de euros), confirmando a sua segunda posição de país mais bem armado do Médio Oriente após Israel.

 

 

As exportações dos EUA para este país do Golfo elevaram-se a 18 mil milhões de dólares (16,1 mil milhões de euros) em 2016, e as suas importações do reino a 17 mil milhões (15,2 mil milhões de euros).

 

As negociações oficiais entre Donald Trump e o rei Salman da Arábia Saudita,  decorreram no palácio Al-Yamamah, em Riade,  capital saudita.

 

Segundo fontes da Casa Branca, esta visita de Donald Trump à Arábia Saudita, vem também reforçar “a capacidade do reino saudita nas suas operações contra o terrorismo na região, o que reduz a carga dos Estados Unidos na condução destas operações”, acrescentaram.

 

A chegada com pompa de Trump a Riad, onde fez um discurso sobre o islão, contrastou com a recepção gélida há um ano ao ex-presidente americano Barack Obama, criticado por sua aproximação do Irão, grande rival da Arábia Saudita.

 

No seu primeiro périplo internacional, Trump desloca-se ainda a Israel, ao Vaticano, e estará presente nas cimeiras da NATO em Bruxelas e do G7 na Sicília, Itália.

 

 

Arábia Saudita interceta míssil perto de Riade em dia de visita de Donald Trump

 

 

As unidades de defesa aérea “intercetaram numa área desabitada a 180 quilómetros a sudoeste de Riade um míssil balístico lançado pelas milícias huthi”, disse a coligação em comunicado.

 

O caso acontece na véspera da chegada do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, à capital saudita.

 

 

Donald Trump deixou Washington na sexta-feira a bordo do avião presidencial, Air Force One, para a sua primeira viagem ao exterior que o vai levar à Arábia Saudita, Israel e territórios palestinianos, Vaticano, Bruxelas e Sicília, na Itália.

 

 

Na noite de sexta-feira, em vésperas do arranque da visita oficial de Donald Trump à Arábia Saudita, um míssil balístico lançado pelos rebeldes xiitas huthi, em guerra contra as forças governamentais do Iémen, foi abatido a sudoeste de Riade, segundo anunciou a coligação militar árabe sob comando saudita.

 

 

As forças aéreas destruíram a base de mísseis em Saná onde o míssil foi disparado, segundo o canal Al Arabiya.

 

 

 

Trump pede combate ao extremismo islâmico na Arábia Saudita

 

 

 

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, apelou hoje em Riade à luta contra o extremismo islâmico, sublinhando que o combate ao terrorismo “não é uma luta entre religiões”, num discurso perante dirigentes muçulmanos.

 

“Esta não é uma batalha entre diferentes religiões […] ou diferentes civilizações”, lê-se num excerto do discurso distribuído à imprensa pela Casa Branca.

 

 

“É uma batalha entre criminosos bárbaros que tentam aniquilar a vida humana e gente boa de todas as religiões que tenta protegê-la. É uma batalha entre o bem e o mal”, acrescenta o texto.

 

 

TPT com: AP//Reuters//MadreMedia//Lusa// 21 de Maio de 2017

 

 

 

 

 

 

Seis luso-venezuelanos foram detidos pela Guarda Nacional Bolivariana nos distúrbios contra Nicolas Maduro

O número de portugueses detidos nos últimos dias em manifestações contra o Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, em Los Teques, no Estado de Miranda, a sul de Caracas, subiu para seis e os estabelecimentos saqueados para uma centena.

 

 

Fontes diplomáticas e policiais explicaram à agência Lusa que as detenções ocorreram desde a última quarta-feira e que três luso-venezuelanos estão detidos num batalhão da Guarda Nacional Bolivariana (GNB) no Instituto Venezuelano de Investigações Científicas (IVIC), de onde vão ser transportados para prisões da região.

 

 

Por outro lado, segundo fontes da comunidade portuguesa local, entre 90 e 100 estabelecimentos comerciais foram saqueados na última semana, entre os quais restaurantes, supermercados, um centro comercial, armazéns, lojas de bebidas alcoólicas e charcutarias, propriedade de empresários luso-venezuelanos.

 

 

Os saqueios ocorreram em diferentes dias e horas, alguns deles à noite, aproveitando os protestos.

 

 

Em pelo menos três localidades de Miranda, Los Teques, San António, San Pedro de los Altos, os populares mantêm um braço de ferro com as forças de segurança. As autoridades reprimem os manifestantes com recurso a gás lacrimogéneo e tiros de borracha, mas estes regressam após os ataques.

 

 

Na tarde de sexta-feira, em Montanha Alta, alegados manifestantes incendiaram um camião da GNB.

 

 

A oposição responsabiliza os “coletivos” (motociclistas armados afetos ao regime) pela violência e os saqueios e as forças de segurança de não atuar para deter os criminosos e o Partido Socialista Unido de Venezuela de proteger os irregulares.

 

 

Por outro lado, o Governo acusa a oposição de instigar a violência local e adverte que os oposicionistas poderiam estar a perder o controlo.

 

 

Na Venezuela, as manifestações a favor e contra o Presidente Nicolás Maduro intensificaram-se desde 01 de abril, depois de o Supremo Tribunal de Justiça (STJ), divulgar duas sentenças que limitavam a imunidade parlamentar e em que aquele organismo assumia as funções do parlamento.

 

 

Entre queixas sobre o aumento da repressão, os opositores manifestam-se ainda contra a convocatória a uma Assembleia Constituinte, feita a 01 de maio último pelo Presidente Nicolás Maduro.

 

 

Dados oficiais dão conta de que pelo menos 48 pessoas já morreram desde o início da crise.

 

 

 

TPT com: AFP//Reuters//Lusa// 21 de Maio de 2017

 

 

 

 

 

 

Coreia do Norte: a lei do mais forte

A Coreia do Norte é um país sem recursos naturais cobiçados internacionalmente. As ameaças são o seu discurso de sempre, cumprem uma agenda interna e externa. Então, porquê atacar a Coreia do Norte?

 

 

 

Os testes de armamento na Coreia do Norte não começaram com a eleição de Trump. Em abril de 2012, mal chegou ao poder, o jovem Kim Jong-un lançou o seu primeiro foguete de longo alcance. Explodiu no ar cerca de um minuto após o lançamento. Atingiu uma altitude de 94 milhas, quando deveria ter chegado às 310 para atingir o objetivo de colocar um satélite em órbita. Os Estados Unidos duvidaram dessas intenções, insinuaram tratar-se de um teste de mísseis encoberto e endureceram as sanções que já estavam em vigor. Desde 2012, estima-se que a Coreia do Norte tenha levado a cabo cinco testes de armamento nuclear e cerca de cinquenta disparos de mísseis balísticos. O último destes, a 29 de abril deste ano, não chegou a sair do território nacional, tendo caído em terra. O anterior, a 16 de abril, também foi um fracasso, caiu logo após o lançamento.

 

 

A Coreia do Norte é um país onde ainda circulam camionetas movidas a lenha. Atrás, na caixa de carga, têm uma caldeira e um soldado sentado ao lado de uma pilha de lenha. Lançam um fumo denso e branco, andam muito devagar. As camionetas Sungri-58 começaram a ser produzidas na Coreia do Norte a partir de 1958, até meados dos anos 60. Hoje, ainda se encontram muitas. Sobretudo na berma das estradas, com dois ou três homens parados diante de um capô aberto, a tentarem consertar uma avaria. A Coreia do Norte é um país onde se aproveita cada prego enferrujado, onde tudo é remendado mil vezes.

 

 

A pobreza é pouco visível para a maioria dos turistas que visitam o país. Por um lado, a grande pobreza não existe na capital ou nos lugares que os estrangeiros costumam visitar. Apesar das faltas de energia e outras carências, é na capital que vivem as elites mais privilegiadas. Não há camionetas a lenha a circular nas avenidas de Pyongyang. Por outro lado, de acordo com as suas referências, os estrangeiros associam a miséria à desordem, à incúria do espaço público. Eis algo difícil de testemunhar na Coreia do Norte. Tudo está sempre muito apresentável por fora.

 

 

Ainda assim, há dados sobre essa pobreza. As várias organizações não-governamentais no terreno referem que um quarto das crianças do país sofre de malnutrição, o que se repercute em atrofia, raquitismo, anemia, etc.

 

 

Tive oportunidade de assistir a imagens dessa grande pobreza no leste do país, nomeadamente nas regiões de Hamhung e Pujon. Desde 2012, fiz quatro viagens à Coreia do Norte. Uma delas durou quase três semanas e, adicionada a múltiplas leituras e outras fontes de informação, serviu de base para a escrita do livro “Dentro do Segredo”, uma viagem na Coreia do Norte. Nestas ocasiões, já vi e fotografei muitos Sungri-58. Não esqueço as crianças que tenho encontrado nas regiões rurais e nas cidades mais remotas: mal vestidas para o frio, sujas, extremamente magras, os olhares perdidos, medo e desconfiança.

 

 

Foi também ao vivo que assisti por duas vezes a enormes desfiles militares em Pyongyang — em abril de 2012, nos 100 anos de Kim Il-sung; em outubro de 2015, nos 70 anos do Partido dos Trabalhadores da Coreia. Nesses dias de festa, milhares de pessoas chegam de fora da cidade. Ao longo de muitos quilómetros de avenidas largas, há multidões aos gritos e a agitarem flores aos militares que passam sorridentes, no topo de veículos de guerra, com os seus melhores uniformes. Primeiro, é a vez dos pequenos jipes; depois, as viaturas vão crescendo em tamanho e poder de destruição. O apogeu acontece na passagem dos mísseis, que foram exibidos pela primeira vez justamente no desfile de 2012. Enquanto isso, nos céus, os aviões compõem formações acrobáticas, lançam fumos coloridos.

 

 

Nesses desfiles, só mesmo os norte-coreanos não se apercebem quanto essas máquinas são obsoletas. O fumo dos canos de escape deixa o ar irrespirável, o barulho dos motores não permite conversas. Até do chão se vê que, lá em cima, os aviões têm muitas dezenas de anos, como é o caso dos MiG, fabricados na União Soviética durante os anos 50 e 60 do século passado. Se eu sei isto, os serviços de informação dos Estados Unidos também sabem.

 

 

Já estive nos dois lados do paralelo 38. Já vi a Coreia do Sul a partir do lado norte e já vi a Coreia do Norte a partir do lado sul. Menos de 60 quilómetros separam o ponto mais tenso da fronteira e o centro de Seul. No entanto, quando se fala com os sul-coreanos sobre esse assunto, raramente algum demonstra receio ou apreensão. O sentimento mais comum é a pena. Na Coreia do Sul, a população sabe muito mais sobre a real situação da península do que um leitor ocidental de jornais. Sabe da pobreza, do atraso tecnológico e militar, sabe também que as ameaças do regime de Pyongyang existem há décadas, nunca pararam, são ininterruptas. Não começaram com a eleição de Trump.

 

 

Recentemente, os Estados Unidos instalaram um sistema de defesa antimísseis no território da Coreia do Sul. Nas notícias breves do Ocidente, chamou-se a atenção para a oposição da China, deixando implícito que esse posicionamento se devia à defesa dos interesses da Coreia do Norte, seu pretenso aliado. No entanto, quem se dê ao trabalho de procurar um dos poucos artigos mais longos, de maior profundidade, rapidamente se apercebe de que a China se opõe porque teme que as suas próprias informações sejam permeáveis ao poderoso radar do sistema antimísseis americano.

 

 

É também curiosa a quase ausência de referências na imprensa ocidental às manifestações de sul-coreanos contra a instalação do sistema antimísseis americano. Com receio das radiações emitidas pelo radar, essas manifestações terminaram em violentos confrontos com a polícia. Como se explica que estejam mais preocupados com radiações do que com a ameaça nuclear que têm a poucos quilómetros? Trata-se de gente que não se informa exclusivamente na Fox News.

 

 

As relações diplomáticas com a China são apenas um exemplo dos múltiplos equívocos, mais velados ou mais expostos, que grassam na imprensa ocidental acerca desta matéria. Em fevereiro passado, a China deixou de comprar carvão à Coreia do Norte — aquela que é, de longe, a principal exportação do país, quase a única. Também a partir dessa data, os voos da Air China para Pyongyang foram interrompidos. Há anos que, reiterada e publicamente, a China tem pedido à Coreia do Norte que suspenda os seus testes de armamento, sem qualquer sucesso. Em 2013, Kim Jong-un mandou executar o tio — um alto oficial do regime —, sendo uma das razões mais prováveis a simpatia deste pelos modelos económicos chineses. Seria fácil enumerar outros sinais da falta de relação entre Pequim e Pyongyang, não falta eloquência às prateleiras vazias da Coreia do Norte, ainda assim, por todo o lado se repetem notícias sobre essa aliança.

 

 

A simplificação, a supressão de certos temas e a exaltação de outros são os principais pecados da imprensa internacional acerca deste assunto. Outro exemplo: a 7 de maio, foi detido um cidadão americano na Coreia do Norte. Atualmente, há 4 presos americanos nas cadeias norte-coreanas. Desde o início do século XXI, contando com estes, a Coreia do Norte deteve 17 estrangeiros: 15 norte-americanos, 1 canadiano e 1 australiano. A notícia destas detenções foi sempre amplamente noticiada: as confissões públicas, as penas exageradas sem direito a recurso — oito, dez, quinze anos em campos de trabalho. Mas quem sabe o que aconteceu depois? De todos os presos americanos na Coreia do Norte, apenas 3 não foram libertados antes do fim do primeiro ano. Entre esses, muitos escreveram livros e tentaram promover a sua história. Nenhum teve sucesso. A imprensa não se interessou por dar eco desses relatos: um quarto de hotel com guardas na porta e, após meses ou semanas, a libertação por interceção da diplomacia norte-americana.

 

 

A Coreia do Norte é um país sem recursos naturais cobiçados internacionalmente. Há dados objetivos que dão mostras da insignificância do seu poder militar. As ameaças são o seu discurso de sempre, cumprem uma agenda interna e externa. Então, porquê atacar a Coreia do Norte? Os mais crédulos argumentam com a extrema pobreza a que o regime submete o seu povo. Esquecem-se talvez de que os Estados Unidos têm excelentes relações com países como o Chade, um dos mais pobres do mundo, apesar dos mais de 100 mil barris diários de petróleo que os texanos da Exxon Mobil retiram diariamente do seu solo. Esquecem a Índia, por exemplo, que tem cerca de 170 milhões de pobres — indivíduos que sobrevivem com menos de 2 dólares por dia. Porquê atacar a Coreia do Norte? Outros, igualmente crédulos, respondem que se trata de um país onde existe uma ditadura terrível.

 

 

Duas palavras para esses desatentos: Arábia Saudita. Sem que seja ouvido até dentro da sua própria instituição, o Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas tem alertado para as práticas correntes de tortura e de outras formas de tratamento degradante no sistema judicial saudita. Esse é o país em que, desde a semana passada, as mulheres ganharam o direito de ir ao médico sem consentimento dos homens. No entanto, ainda não podem conduzir ou ocupar qualquer cargo público, por exemplo. E foi justamente a Arábia Saudita que o Presidente dos Estados Unidos escolheu para iniciar a sua primeira viagem oficial ao estrangeiro.

 

 

Salvar o povo, bombardeando-o, matar milhares de inocentes para salvar outros tantos, é não reconhecer valor ao outro, é pensar como Kim Jong-un, é um raciocínio de uma superficialidade criminosa, assassina.

 

 

Mas se a Coreia do Norte está na mesma, porque tem havido isto a que se decidiu chamar “escalada de tensão”? O que mudou?

 

 

Mudou o Presidente dos Estados Unidos. Donald Trump — refletindo sobre este assunto, é muito fácil esquecermos que o Presidente dos Estados Unidos é Donald Trump, aquele do Twitter, do penteado, das fake news. Será que Trump teria alguma coisa a ganhar em termos de notoriedade — interna e externa — com um conflito, e subsequente vitória militar, na Coreia do Norte? Quando comparado com um bad guy como Kim Jong-un, até Trump parece um good guy.

 

 

Hoje, a população da Coreia do Norte ultrapassa os 25 milhões. No ano passado, Tony Blair apresentou uma espécie de pálidas desculpas perante a confirmação de que não havia armas de destruição maciça no Iraque — razão apresentada para o início de uma guerra, onde foram mortos mais de 113 mil civis. Vamos passar pelo mesmo?

 

 

Não estou a defender o regime da Coreia do Norte. Chegámos a este ponto, sinto a obrigação de me justificar, apenas por não dizer aquilo que todos dizem. Este assunto tornou-se tão preto e branco, tão bons versus maus, que, mesmo dispondo de informação altamente superficial, qualquer um se sente no direito de gritar insultos com maiúsculas na caixa de comentários, cheio de certezas para um lado ou para outro. Além disso, a Península da Coreia é suficientemente distante para que o debate seja apenas abstrato, com os argumentos a servirem ícones para fantasmas.

 

 

No meio, entre as palavras, entre os mísseis, estão mais de 25 milhões de pessoas. Não são uma massa homogénea e informe, são pessoas, são um número imenso de pessoas. Ao contrário do que se escreve e repete em toda a parte, a Coreia do Norte não é Kim Jong-un. A Coreia do Norte são essas pessoas. Quem pensa nelas?

 

 

 

TPT com: Expresso//Crónica por José Luís Peixoto// 21 de Maio de 2017

 

 

 

 

 

 

Rede empresarial de origem portuguesa quer abrir pontes de negócio para mulheres na América do Norte

A Rede Internacional Feminina, Adoro.Ser.Mulher, vai realizar uma pequena tournée pelos Estados Unidos, de 17 até 27 de Maio, para lançar novas gestoras e apresentar a nova rede social (a ser lançada oficialmente em Outubro), a várias empresárias nas cidades de Nova York, Rhode Island e Toronto.

 

 

Trata-se do décimo projecto 100% nacional, que pela segunda vez se internacionaliza, desta vez abrindo pontes de negócios e expansão nas comunidades de portugueses que vivem na América do Norte.

 

Desde já muito bem acolhida, a fundadora deste projecto, Ana Cláudia Vaz, tem já agendado para o dia 20 de Maio em Rhode Island, um almoço com Susan Pacheco, a Presidente da PAWA ( Portuguese American Women Association) e algumas associadas, dia 23 em Manhattan, com o apoio da Empresária Alzerina Gomes, que será a “embaixadora” em Nova York, e de 24 a 26, estará no Hilton em Toronto, com algumas reuniões privadas.

 

A Rede Internacional Adoro.Ser.Mulher, marca também presença no próximo mês de Novembro no Websumit como um parceiro Alpha e tem como objectivo unir o empreendedorismo feminino lusófono e das comunidades portuguesas no estrangeiro numa rede, oferecendo as ferramentas essenciais para acelerar negócios e facilitar a expansão.

 

 

Presente em 6 cidades, com mais de 500 empreendedoras registas, de várias nacionalidades, conta já com mais de 30 eventos realizados nacionais, ligados ao networking e impulsionadores de negócios, 2 eventos internacionais, Rio de Janeiro e Cabo Verde, e agora EUA. Durante os 3 anos da sua existência, mais de 1000 mulheres tiveram já a oportunidade de acelerar os seus negócios e agarrar oportunidades.

 

Ana Cláudia Vaz, aqui acompanhada por Alzerina Gomes, CEO da Alzerina Gomes Jewelry, referiu ao The Portugal Times que “não existe nenhuma pós-graduação capaz de superar a força de uma mulher que é empresária, empreendedora, encarregada de educação e conjugue. Estes foram os ingredientes principais que nos levaram a criar este nome, produzindo eventos com qualidade, negócios emocionantes, mas também, trata-se de celebrarmos juntas o que é Ser Mulher. O meu “core business” é a Consultoria de Imagem, os Workshops e os Eventos empresariais. Sou empresária desde 2009. Se está a ler as minhas palavras, sorria, pois esta comunidade foi construída sobre os 4 pilares mais fortes: Destaque | Motivação | Vendas e Contactos”, concluiu Ana Cláudia Vaz.

 

 

Segundo o que o The Portugal Times apurou, esta é também uma oportunidade para o público empresarial feminino que reside nos Estados Unidos da América unir forças económicas além fronteiras.

Para mais informações consulte o site: www.adorosermulher.com

 

 

 

TPT com: Ana Cláudia Vaz//Adoro.Ser.Mulher.com// 11 de Maio de 2017

 

 

 

 

 

 

Apesar de o BCE estar a comprar menos dívida, o Commerzbank alerta que é demasiado cedo para se cantar vitória

Taxas no mercado estão nos valores mais baixos desde novembro, apesar de o BCE estar a comprar menos dívida. Commerzbank alerta, contudo, que “é demasiado cedo para cantar vitória”. E explica porquê.

 

 

“O país continua a enfrentar os mesmos problemas estruturais e algumas medidas tomadas pelo Governo podem agravar esses problemas, uma vez mais”. Esta é uma das razões principais que levam o Commerzbank a alertar que, apesar de os juros da dívida estarem a cair (para os níveis mais baixos desde novembro, abaixo de 3,4%), “ainda é muito cedo para cantar vitória“.

 

 

Num relatório enviado aos investidores esta manhã, e a que o Observador teve acesso, o Commerzbank assinala que a economia tem tido um crescimento “forte”, nos últimos tempos, o défice de 2016 ficou abaixo das metas e as taxas de juro caíram para “bem menos de 4% apesar de as compras pelo BCE terem desacelerado”. Contudo, o influente banco de investimento sublinha que faltam reformas estruturais e a ação do Governo pode, inclusivamente, agravar esses problemas.

 

 

“É questionável que o Governo tenha capacidade para continuar a reduzir o défice orçamental como está planeado”, dizem os economistas Ralph Solveen e Jörg Krämer, economista-chefe do banco alemão. O Commerzbank antevê que “a dívida pública irá continuar elevada e irá manter Portugal numa posição vulnerável caso a política monetária ou o ímpeto económico global deixem de ajudar a economia de forma tão significativa quanto tem acontecido”.

 

 

Outro fator, que “continua a ser uma preocupação”, é a saúde do sistema financeiro. E, por outro lado, “o rating de Portugal nas principais agências deverá continuar abaixo de investimento de qualidade até 2018, pelo menos”, o que vai continuar a limitar o leque de investidores na dívida nacional, o que limita até onde pode ir a descida dos juros.

 

 

Juros descem, mas são o dobro de Espanha

 

 

 

O Commerzbank, o mesmo banco que no início de 2016 admitia que Portugal podia tornar-se “a nova criança problemática da zona euro“, diz que houve “uma mudança de políticas por parte do Governo no poder desde finais de 2015”, assumindo uma atitude “menos radical do que se temeu, depois das primeiras medidas ad hoc tomadas pelo Governo”.

 

 

“Nos últimos meses, não temos visto as reversões de reformas [do Governo anterior ou da troika] e o Governo tem-se mantido comprometido com os objetivos de défice orçamental”, diz o Commerzbank, defendendo que a ideia de que o Executivo liderado por António Costa terá parado com as reversões poderá explicar-se pela subida nas sondagens, o que retira ímpeto aos outros partidos da esquerda parlamentar.

 

 

Contudo, alerta do banco alemão, “não deve ser esquecido que não está na agenda do Governo novas reformas estruturais e algumas medidas que já foram tomadas, desde a chegada ao poder, só produziu todos os seus efeitos negativos nos próximos anos“. Exemplos: medidas que aumentam os custos das empresas, designadamente com salários, prejudicando a sua competitividade — as duas subidas do salário mínimo são “um exemplo perfeito”.

 

 

Um aumento do salário mínimo tão desproporcionado não só torna difícil para os trabalhadores menos qualificados — que são mais do que a média, em Portugal — entrarem no mercado laboral, mas também aumenta os custos das empresas com salários (…) porque toda a estrutura de salários é empurrada para cima. Há um risco de que, nos próximos anos, a menos que o euro continue a depreciar-se no mercado cambial Portugal vai, gradualmente, perder terreno nos mercados internacionais por ter menor competitividade, o que limitará o crescimento económico”

 

 

Para já, contudo, o Commerzbank diz que tem havido “sinais de vida” dados pelo investimento privado nos últimos tempos, depois de um ano de 2016 muito desfavorável nesta rubrica. A limitar o investimento privado, contudo, está o facto de ainda haver “problemas” no setor bancário, que travam a concessão de crédito.

 

 

Do ponto de vista das contas públicas, o banco alemão assinala que o Governo cumpriu o défice mas defende que “não se pode falar numa redução sustentada do défice no ano passado“. Porquê? Porque houve uma grande importância de medidas extraordinárias e de um corte no investimento público. “O investimento de longo prazo [público] não pode — nem deve — manter-se no mesmo nível baixo de 2016”, portanto, se a intenção do Governo é investir mais em 2017, “na ausência de medidas de corte na despesa, será difícil colocar o défice em 1,5% este ano e 1% em 2018” — ou seja, “a dívida pública [acumulada] irá cair muito devagar”, lamenta o banco alemão.

 

 

 

TPT com: Reuters//AFP//Roman Pilipey//EPA//Edgar Caetano//Observador// 12 de Maio de 2017

 

 

 

 

 

O Presidente do Governo dos Açores insatisfeito com reunião sobre Base das Lajes pede intervenção do governo nacional

O presidente do Governo Regional dos Açores, Vasco Cordeiro, considerou na quinta-feira insatisfatória a reunião bilateral com os Estados Unidos sobre a Base das Lajes, realizada em Washington, e pediu uma intervenção do governo nacional.

 

 

“É necessário, desde logo, intervenção do próprio governo da república, que é quem tem a responsabilidade e a competência para, face ao governo dos Estados Unidos, dar conta de que a forma como está a ser abordado este assunto não nos satisfaz”, disse Vasco Cordeiro.

 

 

O presidente do Governo dos Açores participou, esta quinta-feira, em Washington, na 37.ª reunião da Comissão Bilateral Permanente (CBP) entre Portugal e os Estados Unidos para discutir a redução da presença norte-americana na Base das Lajes.

 

 

Vasco Cordeiro lamentou a falta de progresso em relação ao pagamento das intervenções que serão necessárias para evitar impactos ambientais decorrentes da presença dos Estados Unidos na Base das Lajes. “Necessitamos que seja adotado um procedimento mais rápido, com mais medidas, para que mais rapidamente se possa resolver esta componente ambiental que é, na nossa avaliação, o principal assunto que, neste momento, existe no dossier da base das Lajes”, disse o responsável.

 

 

No encontro, Vasco Cordeiro apresentou uma proposta de calendário sobre as medidas a tomar nesta área, que não foi aceite pelos norte-americanos. “Tive oportunidade de propor que fosse estabelecido um calendário, concreto, com datas limites, para que pudesse ser desenvolvido um trabalho que, com toda a transparência, permitisse conhecer aquilo que está a ser feito (…) Infelizmente, não houve aceitação expressa, clara, dessa proposta”, afirmou.

 

 

Além disso, “tive oportunidade de transmitir que não podemos aceitar esta forma de abordar este assunto”, explicou o presidente do Governo Regional dos Açores, acrescentando que a sua avaliação do encontro “é que se podia, e devia, ter ido mais além”.

 

 

Vasco Cordeiro informou ainda um levantamento feito pelo Laboratório Nacional de Engenharia civil sobre as zonas afetadas e os contratos de intervenção assinados há cerca de um mês como bases de trabalho para o diálogo com os americanos.

 

 

Apesar destes obstáculos, o líder açoriano afirmou que a reunião “permitiu fazer um ponto de situação em relação a um conjunto de assuntos que ao longo do tempo tiveram uma evolução positiva”. “É o caso da componente laboral, em que foi possível que o redimensionamento de forcas norte-americanas, nomeadamente naquilo que tem a ver com trabalhadores portugueses, se fizesse com recurso a rescisões por mútuo acordo e não a despedimentos puros e simples”, disse.

 

 

Além de Vasco Cordeiro, participaram no encontro o Diretor-Geral de Política Externa do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Francisco Duarte Lopes, e, em representação dos Estados Unidos, o vice-secretário para a Europa Ocidental e União Europeia do Departamento de Estado, Conrad Robert Tribble.

 

 

 

TPT com: AFP//Lusa//Observador// 12 de Maio de 2017

 

 

 

 

 

Dez talibãs disfarçados de soldados fizeram mais de 150 mortos numa base militar no Afeganistão

Terá subido para 157 no número de soldados afegãos que foram mortos esta sexta-feira num ataque de rebeldes talibãs a uma base do exército afegão, no norte do país.

 

 

Segundo a agência Reuters, aos atacantes estavam disfarçados com uniformes militares, naquele que já se diz ser o mais mortal de todos os ataques a uma base no Afeganistão.

 

 

Nas últimas declarações, citadas pela agência, o ministro da Defesa fala de mais de 100 soldados mortos mas um oficial da cidade de Mazar-i-Sharif,  onde se deu o ataque, referiu que podem chegar aos 160 os mortos, além dos feridos. Números divulgados sob anonimato já que o governo ainda não revelou qualquer dado oficial.

 

 

Já dos oficiais dos Estados Unidos chegavam números, esta sexta-feira, que apontavam para 50 mortes e vários feridos.

 

 

O ataque traz mais uma vez a lume a luta do governo afegão, e dos seus aliados internacionais, para derrotarem a insurgência talibã que já dura há décadas.

 

 

Terão sido 10 os combatentes talibãs que, disfarçados de militares afegãos e conduzindo veículos militares, entraram na base abrindo fogo contra a maioria dos soldados desarmados que estavam a meio de uma refeição.

 

 

Testemunhas citadas pela Reuters, descreveram uma cena de confusão já que os soldados, apanhados de surpresa, nem perceberam bem quem eram os atacantes.

 

 

Foi uma cena caótica e eu não sabia o que fazer”, disse um oficial do exército ferido no ataque. “Houve tiroteios e explosões em todos os lugares”, acrescentou.

 

 

A base é a sede para o Exército Nacional Afegão 209º, responsável por grande parte do norte do Afeganistão, incluindo a província de Kunduz, onde houve pesados ​​combates.

 

 

O porta-voz talibã, Zabihullah Mujahid, disse em comunicado que o ataque foi a retribuição pelo recente assassinato de vários líderes talibã no norte do Afeganistão.

 

 

 

 

Onze polícias do Norte do Afeganistão são mortos por colega ligado aos talibãs

 

 

 

 

Onze polícias afegãos foram mortos por um colega, ligado ao grupo radical Talibã, na província de Helmand, no sul do país, anunciaram hoje as autoridades do Afeganistão.

O incidente ocorreu na segunda-feira, enquanto os polícias estavam no quartel em Lashkar Gah, capital da província.

 

 

Um polícia ligado ao grupo extremista Talibã atirou contra 11 dos seus colegas, e matou-os todos”, disse um responsável provincial à agência de notícias AFP.

 

 

De acordo com a fonte, o atacante fugiu do local com armas e munições, sublinhando que já tinha sido iniciada uma operação de busca pelo assassino.

 

 

Os corpos ensanguentados dos polícias estavam espalhados em redor do posto de controlo, muitos deles com disparos realizados à queima-roupa”, disse Shir Mohammad, um polícia estacionado num posto avançado próximo do local.

 

 

Os rebeldes talibãs, que controlam vastas áreas da província (grande produtora de ópio), reivindicaram a responsabilidades pelo ataque.

 

 

No ano passado, a intensificação dos combates na província forçou milhares de pessoas a fugir das cidades para as periferias.

 

 

TPT com: Reuters// 22 de Abril de 2017

 

 

 

 

 

 

Devin Nunes defende mais cooperação entre Portugal e EUA na Defesa

“Portugal é um dos nossos aliados mais antigos e eu sempre acreditei que se os Estados Unidos e Portugal se sentarem à mesa e forem honestos um com o outro – isso inclui nós sermos honestos com Portugal -, podemos desenvolver uma iniciativa e visão estratégica de longo prazo para a Defesa e esse é o objetivo”, referiu Devin Nunes, que integrou a equipa de transição do novo Presidente norte-americano, Donald Trump.

 

Nunes participou hoje em Lisboa num encontro de legisladores luso-americanos, promovido pela Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD), que contou com a participação do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, com quem se reuniu.

 

 

Questionado sobre o futuro da presença norte-americana na base das Lajes, nos Açores, Nunes respondeu: “O mais importante é que temos de garantir a segurança dos Estados Unidos da América, que trabalhamos com os nossos aliados e que poupamos dinheiro dos contribuintes norte-americanos. As Lajes fazem tudo isto”.

 

 

Mas, acrescentou o congressista republicano, “também há outras oportunidades”.

 

 

Nunes adiantou que, na próxima segunda-feira, vai conhecer “algumas capacidades militares de Portugal” para avaliar “como é possível reforçar esta relação, avançando em outras avenidas”.

 

 

Instado a comentar qual é a posição de Donald Trump sobre as Lajes — para onde a anterior administração norte-americana anunciou uma redução do contingente militar -, Devin Nunes disse que o novo Presidente dos EUA “está muito empenhado em garantir que a NATO está forte e que todos estão a programar uma forma de atingir os 2%” (meta de contribuição de cada país, no valor de 2% do produto interno bruto).

 

 

“As Lajes foram sempre importantes, mas tivemos um departamento de Defesa na administração anterior que era completamente inapta”, criticou.

 

 

O líder norte-americano, acrescentou, está também “muito interessado em reforçar a marinha”.

 

 

“Há algumas sinergias que podem funcionar entre Portugal e os EUA nessa matéria”, considerou.

 

 

Sobre o papel da base militar nos Açores, Nunes apontou “os problemas com a Rússia, a China, o Estado Islâmico, a al-Qaeda”, pelo que a região do Atlântico, Mediterrâneo e África ocidental assumem maior importância.

 

 

“São áreas onde as Lajes e Portugal são aliados muito, muito importantes para nós”, referiu.

 

 

O congressista afirmou que “atualmente há mais combatentes do Estado Islâmico do que nunca”, quer no Médio Oriente quer na Europa.

 

 

“Este problema não vai desaparecer e temos de trabalhar de perto com os nossos aliados”, sublinhou.

 

 

Questionado para quando é expectável alguma decisão, comentou: “A burocracia move-se muito lentamente. A vantagem que temos com o Presidente Trump e a sua administração, o enfoque que ele coloca na NATO dá-nos uma nova oportunidade de fazer o que é certo”.

 

 

Em tom humorístico, referiu: “Os Estados Unidos fazem sempre o que está certo depois de esgotarem todas as outras alternativas”.

 

 

O Presidente português discursou no encontro, respondendo também a perguntas dos legisladores luso-americanos, numa sessão fechada à comunicação social.

 

 

TPT com: LUSA//Reuters// 22 de Abril de 2017

 

 

 

 

 

Roma e Londres espalham amor e ódio à Europa nas ruas

Enquanto os 27 líderes da União Europeia celebravam solenemente no Capitólio, em Roma, milhares de pessoas saíram às ruas das capitais inglesa e italiana. Umas abraçam a bandeira azul, outras levantam cartazes de ódio.

As cidades de Londres e de Roma estão repletas de manifestantes contra a União Europeia, contra o ‘Brexit’ e de cidadãos que marcham em prol da comunidade única. Enquanto os 27 líderes da dos Estados-membros celebravam no Capitólio, as ruas das capitais de Inglaterra e de Itália espelham realidades e ideais distintos, visíveis em cada abraço à bandeira azul ou nos cartazes de ódio.
Em Londres, a marcha da Unite for Europe, vigiada por mais de cinco mil agentes da polícia, começou no Park Lane e terminou no Parlamento, com dezenas de manifestantes em luta pelo direito a serem ouvidos sobre o ‘Brexit’. Além da reivindicação sobre a saída do país da União Europeia, muitos foram os que levaram flores amarelas para colocar junto ao memorial das vítimas do ataque de Westminster. “Keep calm and love Europe”, pode ler-se numa das mensagens. “A minha vida não seria nada sem a Europa”, garante outra.

Em relação a Roma, apesar de, na generalidade, a maioria das manifestações ter ocorrido sem incidentes, o jornal “The Telegraph” relatou um episódio de tensão quando os participantes num protesto de sindicatos, comunistas e socialistas tentaram confrontar a polícia de choque. As autoridades chegaram a avançar com canhões de água.
“Estamos contra os bancos, a União Europeia e a NATO”, explicou e Ermano Marini, de 27 anos ao diário britânico. Milhares de ativistas como Ermano reuniram-se no centro da capital italiana, a escassos metros do local onde os líderes da União Europeia se haviam reunido no início deste sábado.
Segundo o canal de televisão italiano RaiNew24, a polícia impediu que dezenas de manifestantes chegassem às marchas pró-Europa. Um líder de protesto, Tommaso Cacciari, queixou-se de que 150 manifestantes, que tinham vindo de autocarro do nordeste da Itália, foram impedidos de se juntar aos cidadãos.
O protesto anti-União Europeia de Roma juntou oponentes às instituições europeias, à NATO e ao projecto ferroviário de alta velocidade no norte de Itália. Para garantir a segurança, o Coliseu foi fechado, bem como um conjunto de museus e lojas.

TPT com: AFP//Reuters//Paul Hackett / Reuters//Mariana Bandeira//Jornal Económico// 26 de Março de 2017