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Encontrado um marinheiro desaparecido no mar há 66 dias

Louis Jordan, um marinheiro norte-americano, estava desaparecido desde 29 de janeiro deste ano. Foi encontrado esta quinta-feira pela Guarda Costal Americana com vida, 66 dias depois.

 

 

Louis foi esta quinta-feira transportado num helicóptero da embarcação alemã para o Hospital Geral de Sentara Norfolk.

 

 

Louis Jordan, um marinheiro desaparecido no mar há mais de dois meses, foi encontrado com vida nesta quinta-feira, pela Guarda Costal norte-americana, a 320 quilómetros do estado da Carolina do Norte, Estados Unidos, diz a ABC News.

 

 

A família de Louis Jordan, de 37 anos, reportou à Guarda Costal a 29 de janeiro que o filho estava desaparecido, juntamente com o seu barco “Angel”.

 

 

O marinheiro foi encontrado por um navio alemão, que avisou a Guarda Costeira que tinha identificado um homem numa embarcação perto das 13h30 (hora local), a cerca de 320 quilómetros de Cape Hatteras, na Carolina do Norte. A embarcação levava Louis a bordo, informou à Guarda Costeira.

 

 

Quando contactou o filho após este ter sido encontrado, o pai de Louis reconheceu o quão bom era ouvir a sua voz, e que “as pessoas estiveram a rezar por ele”, diz a ABC News. Ao capitão da embarcação que terá salvo Louis Jordan, o pai disse que este era “um homem bom”.

 

 

Louis foi esta quinta-feira transportado num helicóptero da embarcação alemã para o Hospital Geral de Sentara Norfolk, na cidade de Norfolk, no estado da Virgínia. O marinheiro vai ser tratado por uma lesão no ombro e vai também ser verificado, diz a Guarda Costeira.

 

 
Getty Images

03/04/2015

OBSERVADOR

 

 

 

Ministro da Saúde admite aumentar Idade Mínima para beber Álcool

O ministro da Saúde admitiu hoje o aumento da idade obrigatória para o consumo de bebidas alcoólicas, no âmbito de um conjunto de medidas que o seu ministério está a preparar para reduzir as doenças ligadas ao consumo de álcool.

 

 

Paulo Macedo falava aos jornalistas no final da sua intervenção na abertura da 4ª Conferência TSF/Abbvie, este ano dedicado ao tema “sustentabilidade na saúde”.

 

 
Ainda no decorrer da sua intervenção, Paulo Macedo alertou para a necessidade de reduzir a carga de doença, especificando que o governo iria dar novos passos contra o consumo de álcool e tabaco, ainda este ano.

 

 
Aos jornalistas, Paulo Macedo disse que passam agora dois anos desde a alteração da legislação sobre o consumo de álcool e que, para esta altura, tinha ficado prometida uma avaliação.

 

 
O ministro declarou que as medidas não passarão por fatores económicos – uma vez que estas já ficaram especificadas em matéria de orçamento do Estado – mas sim pela restrição no acesso, seja ao nível da idade, ou no consumo de bebidas alcoólicas da rua.

 

 
Questionado sobre um eventual aumento da idade mínima para consumo de bebidas alcoólicas, o ministro admitiu que esta é uma hipótese.

 

 
Os especialistas do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD) defenderam em fevereiro que a lei do álcool deve ser mais restritiva, sugerindo também mais controlo e fiscalização.

 

 
Depois de um estudo sobre os padrões de consumo de álcool nos jovens após a nova lei ter entrado em vigor, em meados de 2013, o SICAD concluiu que a frequência e padrões de consumos se mantiveram nos adolescentes e nos jovens.

 

 
“Parece justificar-se a implementação de medidas mais restritivas, nomeadamente no que toca ao acesso a bebidas alcoólicas por parte de menores de idade. Tal, aliás, recebe o consenso dos jovens e profissionais participantes nos estudos realizados”, referiu o SICAD no relatório divulgado em fevereiro.

 

 
Publicado em abril de 2013, o novo diploma legal veio proibir a venda, disponibilização ou consumo de bebidas espirituosas a menores de 18 anos e de cerveja e de vinho a menores de 16.

 

 

Em dois estudos realizados a propósito da nova lei, concluiu-se que jovens e profissionais de estabelecimentos que vendem bebidas consideram a aplicação da legislação como deficitária, havendo uma perceção geral de “uma certa desresponsabilização no seu cumprimento”.

 

 

Depois destes estudos, a associação de produtores de bebidas espirituosas já pediu ao Governo para reformular a lei, acabando com a distinção da idade mínima para consumo consoante o tipo de bebida.

 

 

FOTO: AFP/ DMITRY KOSTYUKOV

03/03/2015

NUNO NORONHA

NOTÍCIAS // LUSA

 

 

 

 

Portugal alerta para ‘actuação desumana’ do Estado Islâmico

Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros português recordou, na Nações Unidas, que o Estado Islâmico “ameaça os valores e os princípios mais elementares” das democracias.

 

 
Portugal chamou a atenção para a “actuação desumana” do autoproclamado Estado Islâmico, apelando à comunidade internacional que actue para “erradicar este grupo terrorista”, durante o discurso no Conselho de Direitos Humanos, em Genebra, Suíça.

 

 

Na intervenção desta segunda-feira perante o organismo das Nações Unidas responsável por zelar pela protecção e pela promoção dos direitos humanos no mundo, o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros português recordou que o Estado Islâmico “ameaça os valores e os princípios mais elementares” das democracias.

 

 

“A barbárie levada a cabo por grupos terroristas” como o Estado Islâmico “tem de merecer o mais veemente repúdio” do Conselho de Direitos Humanos (CDH), apelou Rui Machete, no discurso proferido no âmbito do segmento de alto nível da 28.ª sessão do organismo.

 

 
“Continuamos a assistir, em pleno século XXI, a violações em larga escala de direitos humanos”, lamentou Rui Machete, prometendo a “responsabilização dos autores” de violações e abusos de direitos humanos em situações de conflito.

 

 

O conflito na Síria “é elucidativo” dessas “violações”, mencionou o ministro. “A comunidade internacional não pode permanecer indiferente perante a escala das violações e dos abusos” cometidos no país, frisou.

 

 
Rui Machete fez também menção aos atentados terroristas recentes em Paris como “profundamente perturbadores”, considerando que impõem “uma atenção redobrada em defesa” das liberdades fundamentais, “com especial atenção à protecção dos jornalistas, defensores de direitos humanos e representantes da sociedade civil”.

 

 
Ao mesmo tempo, acrescentou, “é essencial assegurar a liberdade de religião e de crença, e combater todas as formas de discriminação e intolerância religiosa”.

 

 

O ministro garantiu que Portugal exercerá o mandato no conselho, que iniciou a 1 de Janeiro e que se prolongará por três anos, “privilegiando o diálogo e a cooperação com todos os Estados”.

 

 

No primeiro discurso de Portugal como membro do CDH, Rui Machete falou em português, destacando que é “a língua materna de cerca de 250 milhões de pessoas” e esperando que, “no futuro próximo, venha a ser consagrada língua oficial das Nações Unidas”.

 

 

O ministro agradeceu “o voto de confiança” da Assembleia Geral das Nações Unidas, que elegeu Portugal para aquele “órgão fundamental”, e assegurou que Portugal está “fortemente empenhado no respeito pelos direitos humanos e liberdades fundamentais”.

 

 
Rui Machete considerou um sistema de protecção de direitos humanos “forte, independente, imparcial e exigente para com os Estados” como “essencial”.

 

 
Entre as prioridades de Portugal para o mandato no CDH estão os direitos económicos, sociais e culturais, nomeadamente o direito à educação; os direitos das mulheres, incluindo o combate à violência de género; os direitos das crianças e a eliminação de todas as formas de discriminação.

 

 

“Não deixaremos de pugnar pela abolição da pena de morte, inspirando-nos no papel pioneiro de Portugal na supressão da pena capital”, assegurou Rui Machete, considerando que o mandato no CDH é “um estímulo para Portugal continuar a fazer ainda mais e melhor em defesa dos direitos humanos”.

 

 
02-03-2015

Sofia Branco, enviada da agência Lusa a Genebra

Foto: Mário Cruz/ Lusa

 

 

 

 

Há três portugueses entre os mais ricos do mundo

A lista dos milionários da revista “Forbes” é liderada pelo fundador da Microsoft, Bill Gates. O mais jovem dos 20 primeiros deste ranking é Mark Zuckerberg, fundador do Facebook, de 30 anos.

 

 

 

A lista de milionários divulgada pela revista “Forbes” inclui três portugueses. Mas o mais rico do mundo continua a ser o norte-americano Bill Gates.

 

 

 

Américo Amorim, de 80 anos, surge em 369º, com uma fortuna calculada em 4,4 mil milhões de dólares (3,9 mil milhões de euros, ao câmbio actual), quando na lista do ano passado surgia na posição 267.

 

 
Belmiro de Azevedo, de 76 anos, surge em 949º, com 2 mil milhões de dólares (1,8 mil milhões de euros), quando há um ano estava na 687 ª posição.

 

 

O terceiro mais rico é Alexandre Soares dos Santos, de 80 anos, que caiu do lugar 609 para a posição 1054 com uma fortuna estimada em 1,8 mil milhões de dólares (1,6 mil milhões de euros), de acordo com a “Forbes”.

 

 

A lista é, pelo segundo ano consecutivo, liderada pelo norte-americano Bill Gates, o segundo lugar é ocupado pelo mexicano Carlos Slim e o investidor norte-americano Warren Buffett figura em terceiro lugar.

 

 

 

A revista atribui a Gates, de 59 anos, fundador da Microsoft, uma fortuna de 79,2 mil milhões de dólares, enquanto Slim, de 75 anos, que lidera o grupo mexicano de telecomunicações América Móvil, terá 77,1 mil milhões de dólares.

 

 
Buffet, de 84 anos, terá uma fortuna de 72,1 mil milhões de dólares e em quarto lugar da lista surge o empresário espanhol Amancio Ortega, de 78 anos, fundador da Inditex, grupo de empresas proprietária de marcas como a Zara, com 64,5 mil milhões de dólares.

 

 
Cinco norte-americanos ocupam os lugares seguintes do “ranking” de 2015: Larry Ellison, Charles Koch, David Koch, Christy Walton e Jim Walton.

 

 
No décimo lugar figura a francesa Liliane Bettencourt, de 92 anos, proprietária do grupo de cosméticos L’Oreal, com uma fortuna calculada em 40,1 mil milhões de dólares.

 

 
O mais jovem dos 20 primeiros da lista dos mais ricos é Mark Zuckerberg, fundador do Facebook, de 30 anos, que surge na 16ª posição com uma fortuna de 33,4 mil milhões de dólares, segundo a “Forbes”.

 

 

 

Ilustração: RR/Freepik.com

02/03/2015 / LUSA

 

 

 

 

Paulo Rangel. Críticas a Portugal e Espanha mostram Grécia à procura de ‘desculpas’ para falhar

O eurodeputado do PSD diz à Renascença que as críticas de Tsipras a Portugal e Espanha “são já uma espécie de desculpas antecipadas” para o caso de a Grécia não cumprir o acordo com a UE.

 

 

 

Há uma “estratégia de vitimização” em curso por parte do primeiro-ministro grego Alexis Tsipras. É o que diz à Renascença o eurodeputado do PSD Paulo Rangel, que considera que o líder do Syriza não devia ter criticado Portugal e Espanha.

 

 

 

Alexis Tsipras fez este sábado um discurso partidário no qual acusou Portugal e Espanha de liderarem um grupo de países que pretendeu minar as negociações do Eurogrupo sobre o programa de financiamento à Grécia. O objectivo ibérico, denunciou Tsipras, era derrubar o novo governo grego.

 

 

 

Paulo Rangel admite que as declarações de Tsipras e as posições do Syriza “são já uma espécie de desculpas antecipadas” e de “justificações” para o caso de a Grécia não querer ou conseguir cumprir o acordo alcançado no Eurogrupo.

 
“Receio que este tipo de declarações mais provocatórias tenha como principal desígnio tentar encontrar justificações para não cumprir o acordo”, reforça. “Faz parte das forças populistas, radicais e nacionalistas este tipo de retórica.

 

 

 

Há claramente uma tentativa de vitimização. Receio que isto seja o princípio dessa estratégia”.

 

 

 

Para o deputado, o importante agora é que a Grécia cumpra o acordo alcançado pelo Eurogrupo – cenário que encara com cepticismo.

 

 

 
Contra o pingue-pongue, mas sem calar

 

 

O social-democrata considera “muito negativo que o governo grego comece a individualizar, a lançar acusações a Estados ou a governos. Não está na tradição da União Europeia e mina a confiança mútua. É muito negativo”.

 

 
“A melhor forma de responder a este tipo de provocação, que é feita por razões de política interna e de política doméstica, é não dar relevância e não entrar neste tipo de pingue-pongue”. Porque “isso é o que os partidos populistas e nacionalistas, que é o caso do Syriza, pretendem. É minar a confiança europeia”.

 
O eurodeputado e também vice-presidente do Partido Popular Europeu concorda com o protesto dos governos ibéricos junto da Comissão Europeia. “Tem de haver um registo diplomático de que os Estados português e espanhol não fizeram aquilo de que se lhes acusa”, aponta.

 
Portugal e Espanha “em nada foram um obstáculo” ao acordo com a Grécia no Eurogrupo, acrescenta. “Tem de haver uma reacção, ainda que minimalista”, até para que não fique a ideia de que “quem cala consente”.

 

 
Foto: Lusa
02-03-2015 19:47 por Vasco Gandra, em Bruxelas
2/3/2015 / Renascença

 

Veículos motorizados vão ter dispositivo de chamadas de emergência

O eCall activa um sinal de alarme para o 112 em caso de acidente. Decisão foi aprovada pelos ministros dos Transportes da União Europeia.

 

 

Todos os veículos motorizados, fabricados a partir de 2018, vão ter um dispositivo automático de chamadas de emergência. O eCall activa um sinal de alarme para o 112 em caso de acidente.

 

 
A decisão foi aprovada, esta segunda-feira, pelos ministros dos Transportes da União Europeia, em Bruxelas.

 

 
O sistema foi concebido para tornar mais rápidos os serviços de emergência à escala da UE em caso de acidente de viação, esperando-se que contribua para reduzir o número de vítimas mortais.

 

 
A partir de 31 de Março de 2018, serão instalados os aparelhos sem fios eCall, que activam automaticamente um sinal de alarme para o número europeu de emergência, 112.

 

 
O dispositivo, que será compatível com os sistemas de navegação por satélite, deve reduzir para metade o tempo de resposta a emergências.

 

 
A infra-estrutura para o sistema eCall deve estar operacional até 1 de Outubro de 2017 e a sua utilização estará acessível a todos os consumidores e gratuita.

 

 
Em termos de salvaguardas, os veículos não serão objecto de localização constante e os dados relativos às localizações anteriores do veículo serão permanentemente apagados e não serão comunicados a terceiros sem o consentimento do proprietário do veículo.

 

 
A decisão do Conselho de Ministros da UE será confirmada, sem alterações, pelo Parlamento Europeu ainda antes do Verão.

 

 

02/03/2015 / LUSA

 

 

 

Terrorismo. Chefe de segurança admite que nível de segurança do Vaticano está em alta

Papa Francisco numa visita, rodeado de seguranças.

 
Jihadistas falam frequentemente do desejo de atacar Roma, que encaram como símbolo do Ocidente cristão.

 

 

O Vaticano admite que o seu nível de segurança está alto devido à ameaça de terroristas islâmicos.

 

 
Numa rara entrevista, concedida à revista italiana “Polizia Moderna”, o comandante Domenico Gianni, responsável máximo pela segurança do Papa, revela que os serviços de segurança do Vaticano estão em contacto permanente com os seus colegas italianos e de outros países estrangeiros e que o estado de alerta é permanente.

 

 
As ameaças não vêm só do autodenominado Estado Islâmico, havendo também o risco de haver acções solitárias, o que torna tudo mais perigoso, porque estas são por natureza mais imprevisíveis.

 

 
Interrogado sobre como o Papa enfrenta estas ameaças, Gianni refere que Francisco não pretende abandonar o estilo do seu pontificado. “O Santo Padre não pretende abandonar o estilo do seu pontificado, fundado na proximidade, isto é, no encontro directo com o maior número possível de pessoas”, disse.

 

 
“Antes de ser Papa, ele continua a ser um padre que não quer perder o contacto com o seu rebanho. Por isso, nós que somos responsáveis pela sua segurança temos de nos adaptar a ele, e não ao contrário. Devemos fazer tudo para que ele possa continuar a desempenhar o seu ministério como deseja e como acredita”, conclui o homem forte da segurança de Francisco.

 

 
A ascensão do grupo terrorista Estado Islâmico, bem como os recentes ataques em França e na Dinamarca, preocupam os responsáveis pela segurança na Santa Sé. Nos seus vídeos, revistas e mensagens de propaganda, os jihadistas falam frequentemente do desejo de atacar Roma, que encaram como símbolo do Ocidente cristão.

 

 
Foto: EPA

02-03-2015

por Aura Miguel

 

 

 

 

A Rússia é menos livre agora do que há dez anos, diz Obama

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, considera que a Rússia é menos livre agora do que era há dez anos.

 

 

Barack Obama não vai encontrar-se com Benjamin Netanyahu. Foto: Kristoffer Tripplaar.

 

 
O presidente dos EUA considera um erro o discurso que Netanyahu vai fazer ao Congresso, na terça-feira, e diz ainda que já se estão a sentir os efeitos da abertura a Cuba.

 

 
Entrevistado pela Reuters, o presidente americano não chega a culpar o governo de Putin pelo assassinato de um dos seus principais opositores, na final da semana passada, mas constata que o país regrediu.

 

 
Questionado sobre o eventual envolvimento do Kremlin na morte de Boris Nemtsov, Obama respondeu: “Nesta altura, não sei o que se passou. Mas o que sei é que, de forma geral, a liberdade de imprensa, a liberdade de reunião, a liberdade de informação, os direitos e as liberdades civis básicas na Rússia estão em pior estado agora do que estavam há quatro, cinco ou dez anos”.

 

 
Sobre o crime, especificamente, Obama diz que já pediu uma investigação independente, mas deixa a ressalva: “Se isso é possível na Rússia dos nossos dias, não é claro”.

 

 
“Isto é uma indicação de um clima na Rússia em que a sociedade civil, jornalistas independentes e pessoas a tentar comunicar na internet se têm sentido cada vez mais ameaçadas, constrangidas e, cada vez mais, a única informação a que o público russo tem acesso vem de meios estatais. Isto é um problema e é parte do que tem permitido, na minha opinião, que a Rússia se envolva no tipo de agressão a que tem recorrido contra a Ucrânia”, reforçou.

 

 
Irão e Cuba

 

 

A entrevista a Obama foi feita na véspera de um discurso do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu perante o congresso americano em que se espera que o enfoque seja a situação no Irão.

 

 
Esta é uma área em que a administração de Obama e Israel estão em desacordo, o que já levou algumas figuras próximas da presidência a descrever o discurso como destrutivo. Na entrevista, Obama defende o diálogo para enfrentar a ameaça nuclear do Irão e diz que o objectivo é levar Teerão a comprometer-se a não procurar armas nucleares na próxima década ou mais.

 

 

Obama insiste que não se vai encontrar com Netanyahu porque, por norma, os presidentes não se encontram com personalidades políticas que estejam próximas de enfrentar eleições no seu país, como é o caso em Israel.

 

 
Finalmente, em relação a Cuba, Obama diz que a normalização das relações entre os dois países vai levar o seu tempo, mas que já se começam a notar mudanças: “Espero poder vir a abrir uma embaixada e algumas das bases já estão a ser lançadas. Tenham em conta que nunca esperámos alcançar a normalização imediatamente. Ainda há muito que fazer. Mas estamos a percorrer um caminho no qual podemos abrir as nossas relações com Cuba de uma forma que irá, no final de contas, promover mais mudanças no país, e já as estamos a ver”.

 

 

Foto: EPA
03/03/2015
Radio Renascença

 

 

 

Namorada de opositor russo Nemtsov pede para ser libertada

Namorada do político russo assassinado pede a Putin que a libertem. A modelo ucraniana, de 23 anos, estava com Boris Nemtsov na noite em que foi alvejado a tiro, em Moscovo.

 

 
A polícia russa ainda está a questionar Anna Duritskaya, a namorada ucraniana do opositor russo Boris Nemtsov, que estava com ele na noite da passada sexta feira, quando foi alvejado a tiro, em Moscovo. Ambos tinham acabado de saír de um restaurante perto do Kremlin quando um carro branco se aproximou, pelas 23h40 locais, 20h40 em Lisboa. Nemtsov foi atingido por quatro tiros, Duritskaya não sofreu qualquer ferimento.

 

 

Nemtsov era o líder da oposição russa e crítico de Valdimir Putin e o seu assassínio foi considerado um “ato político de terror.” Como testemunha, Anna foi interrogada pela polícia durante várias horas e foi libertada na madrugada de sábado. Agora anseia por voltar à Ucrânia, mas as autoridades mantêm-na sob uma guarda armada. Anna fez uma descrição do que se passou, apesar do seu “profundo choque,” que resultou numa “perda parcial de memória.” Testemunhas afirmam que terá gritado “Alvejaram-no” no momento dos disparos.

 

 

A ucraniana expressou aos agentes a intenção de voltar a casa, mas o seu advogado comunicou-lhe que as suas ações foram restringidas. As autoridades acreditam que Anna pode prestar ajuda à investigação por ter sido uma testemunha do homicídio.

 

 

As autoridades russas ofereceram uma recompensa de três milhões de rublos (cerca de 50 mil euros) por “informação válida”. Estão a ser estudadas várias hipóteses sobre os motivos do assassinato.

 

 

Ontem 100.000 pessoas saíram às ruas de Moscovo numa rara demonstração de desafio contra o presidente russo. No protesto manifestaram-se contra o papel da Rússia no conflito ucraniano, que tinha sido organizado pelo liberal Nemtsov, antes da sua morte.

 

 

Gritavam “Rússia sem Putin” e erguiam cartazes onde se lia “não tenho medo”. Outros, apoiantes de Nemtsov, tinham escrito: “Ele morreu pelo futuro da Rússia” e “Ele lutou por uma Rússia livre.” “Trago uma bandeira da Ucrânia porque ele lutou pelo fim da guerra na Ucrânia. Foi por isso que o mataram,” afirmou Vsevolod Nelayev, um dos manifestantes.

 

 

Outros milhares de pessoas também saíram em protesto em S. Petersburgo.

 

 
02/03/2015

Visão

 

 

 

 

Opositor russo Nemtsov tinha ‘provas’ do envolvimento russo, diz um amigo

O opositor russo Boris Nemtsov, assassinado na sexta-feira em Moscovo, reuniu “provas” da presença de soldados russos na Ucrânia que se preparava para divulgar, afirmou hoje um seu amigo.

 

 
“Ele tinha provas. Ele contou que estava em contacto, em Ivanovo, Iaroslav e outras cidades, com familiares de soldados russos mortos” na Ucrânia, disse à agência de notícias francesa, AFP, Ilia Iachin, que dirige o movimento da oposição Solidarnost e era um dos seus amigos mais próximos.

 

 

Iachin declarou temer agora que essas provas nunca cheguem ao conhecimento público.

 
“Não sei como é que ele obteve essas informações. Os investigadores foram a casa dele duas horas após o assassínio e depois, foram ao seu escritório, no dia seguinte. Levaram documentos e esses locais estão agora selados”, precisou.

 

 

As informações deviam estar reunidas num “relatório intitulado ‘Putin e a guerra’ que estava prestes a ser publicado”, dissera Boris Nemtsov dois dias antes de ser assassinado, segundo Ilia Iachin.

 

 

“Penso que se ele tivesse concluído esse relatório, ele teria causado sensação”, garantira antes Iachin à estação televisiva da oposição Dojd.

 

 
“Mas não posso afirmar que o seu assassínio esteja ligado a este caso. Parece-me ser um dado importante, ao qual o inquérito deverá prestar atenção”, frisou.

 

 

Boris Nemtsov já tinha divulgado vários relatórios antes, um dos quais sobre a corrupção na preparação dos Jogos Olímpicos de inverno de 2014, em Sotchi.

 

 

Poucas informações foram alvo de fuga sobre o inquérito desde o assassínio a tiro de Nemtsov, na sexta-feira, pouco antes da meia-noite, perto do Kremlin.

 

 
02/03/2015

© Sergei Karpukhin / Reuters
Lusa