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Dizem as cartas que o príncipe Rodolfo e Maria Vetsera quizeram morrer juntos

O príncipe Rodolfo tinha 30 anos, Maria Vetsera 17. Ele vivia fascinado pela morte, ela vivia fascinada por ele. Cartas que a baronesa escreveu à mãe e aos irmãos pouco antes de morrer foram agora descobertas e confirmam a tese do pacto de suicídio. Mistério resolvido?

 

 

Um pacto de suicídio com mais de 100 anos ou um assassinato que teve origem numa intrincada conspiração política? Um acto desesperado ou o resultado da vingança pessoal de uma mulher que nunca se sentiu desejada nem conseguiu dar ao império austro-húngaro um herdeiro? Um duplo homicídio executado por agentes secretos ou a última vontade de um homem que sempre se sentiu fascinado pela morte? Como explicar a morte do herdeiro do império Habsburgo, Rodolfo da Áustria, e de uma das suas amantes, a jovem baronesa Maria Vetsera?

 

 

O mistério que a rodeia é um dos mais populares dos finais do século XIX e acaba de conhecer um novo desenvolvimento com a descoberta das cartas que Vetsera escreveu à mãe e aos irmãos pouco antes de morrer, a 30 de Janeiro de 1889, no pavilhão de caça que o herdeiro austríaco tinha na pequena cidade de Mayerling, 30km a sul de Viena.

 

 

As teorias sobre a morte do casal, umas bem mais plausíveis do que outras, avolumaram-se ao longo de décadas. E se algumas procuram caução no complexo tabuleiro político da Europa da época, antecâmara da Primeira Guerra Mundial, outras parecem saídas de uma conversa de café, de tão banais. Umas vêem no temperamento do herdeiro, sempre rodeado de mulheres e de artistas – muito mais próximo do da sua mãe, a célebre imperatriz Sissi (Isabel da Baviera), do que do do seu pai, o autoritário imperador Francisco José I – a explicação para o seu casamento falhado com a princesa Estefânia da Bélgica, com quem viria a ter uma filha, Isabel, e para os anticorpos que tinha na corte. Outras responsabilizam as suas ideias anticlericais e a sua ligação ao povo húngaro, para quem defendia uma maior autonomia, pelo isolamento político que haveria de contribuir para a sua morte. Numa corte muito conservadora e pró-Alemanha, Rodolfo era visto como um progressista perigoso que punha em risco a unidade do império e que afrontava a moral com as suas relações fora do casamento.

 

 

Foi precisamente para evitar o escândalo que decorreria de se saber que o herdeiro ao trono fora encontrado morto junto a uma das suas amantes que o corpo de Vetsera foi sepultado à pressa e em segredo. Foi para evitar que os pormenores daquele que ficaria conhecido como o Incidente de Mayerlingenchessem páginas de jornais – a notícia foi amplamente tratada nos principais títulos europeus – que praticamente todos os documentos a ele ligados desapareceram e que o inquérito que o imperador Francisco José ordenou à morte do filho foi atabalhoado e deixou muita margem às mais variadas teorias.

 

 

Descoberta “sensacional”

 
As cartas agora descobertas parecem vir reforçar a teoria que defende que os dois amantes morreram na sequência de um homicídio-suicídio previamente acordado (Rodolfo terá matado Maria Vetsera com um tiro na cabeça antes de virar a arma para si próprio), como argumentam boa parte dos historiadores que estudaram o Incidente de Mayerling, mas é preciso que os especialistas as estudem a fundo antes de tirar conclusões definitivas.

 

 

“Querida mãe / Por favor perdoa-me o que fiz / Não conseguiu resistir ao amor”, escreve a jovem baronesa, pouco antes de morrer. “De acordo com ele, quero ser enterrada junto a ele no Cemitério de Alland /Sou mais feliz na morte que na vida.” A carta estava no cofre de um banco de Viena, dentro de uma pasta de cabedal com fotografias e outros documentos da família Vetsera ali depositada desde 1926, anunciou recentemente a Biblioteca Nacional da Áustria, que classifica como “sensacional” a descoberta das cartas de despedida da jovem amante do herdeiro do império austro-húngaro (para além da que dirige à mãe, escreve também ao irmão, Feri, e à irmã, Hanna).

 

 

É grande o entusiasmo à volta destas cartas, cuja existência era conhecida dos historiadores mas que se julgava terem sido destruídas depois da morte da mãe de Maria Vetsera, admitem os responsáveis da biblioteca. Depois de cuidadosamente analisados, os três documentos vão integrar a exposição que a biblioteca vai dedicar ao imperador Francisco José I em 2016, quando passarem 100 anos sobre a sua morte.

 

 

Não se sabe quem terá deixado no cofre os documentos de família agora encontrados, explica ainda a biblioteca num comunicado. O que se sabe é que as três cartas estavam fechadas num envelope com a insígnia do príncipe herdeiro, escrevem os jornais austríacos. Até aqui julgava-se que o único documento sobrevivente ligado a este homicídio-suicídio era a carta que o herdeiro do império Habsburgo deixou à sua mulher, Estefânia da Bélgica.

 

 

“Não consegui rever-te”, escreve Maria Vetsera ao irmão. “Vive bem. Tomarei conta de ti do outro lado porque te amo muito.” Na carta a Hanna, a irmã, é ainda mais clara: “Várias horas antes da minha morte quero dizer-te adeus. Entramos felizes no desconhecido.”

 

 

A verdade é pior

 
O caso de Mayerling tem captado a imaginação de várias gerações. Ao seu poder de atracção não escaparam sequer encenadores (o musical The Mayerling Affair, de David Leveaux), coreógrafos (o aclamadíssimoMayerling, de 1978, criação de Kenneth MacMillan para o Royal Ballet de Londres) e, sobretudo, realizadores.  Entre os filmes mais citados estão DeMayerling a Sarajevo (1940), do cineasta alemão Max Ophüls, e Vícios Privados, Públicas Virtudes, obra do húngaro Miklós Jancsó de meados da década de 1970, mas talvez o mais conhecido seja o que transformou Catherine Deneuve em Maria Vetsera ao lado de Omar Sharif no papel do príncipe herdeiro (Mayerling, 1968, realização de Terence Young).

 

 

A atracção explica-se sem dificuldade: são muitos e óbvios os ingredientes romanescos desta história de paixões contrariadas – há quem defenda que Rodolfo decidiu suicidar-se porque o pai o forçara a deixar Vetsera, já que o escândalo dessa relação afrontava a Igreja Católica e incomodava sectores influentes da corte – e intrigas palacianas num cenário que evoca o fim de uma época. Mas o Incidente de Mayerling pode ser também apresentado como “o primeiro sintoma claro da desintegração do império Habsburgo”, escreve o jornalista e editor Serge Schmemann no diário The New York Times, num artigo feito a propósito do centenário da morte de Rodolfo da Áustria e da jovem baronesa, altura em que novos livros e documentários multiplicavam teorias e em que um colóquio internacional que juntou historiadores, psiquiatras e outros especialistas chegou a concluir que o casal tinha feito um pacto de suicídio.

 

 

Uma das leituras do incidente mais partilhadas, a da historiadora Brigitte Hamann e do seu Rudolf, Crown Prince and Rebel, aponta para um príncipe progressista, cujo estado mental podia estar já em parte comprometido pela sífilis, que repudiava as posições autocráticas do pai e da sua corte profundamente conservadora. A investigação de Hamann mostra que, quando morreu, o herdeiro pensava em suicidar-se há mais de meio ano e que já tentara convencer outra das suas amantes, Mitzi Kaspar, a acompanhá-lo nesse plano trágico.

 

 

Acreditam alguns historiadores que era por Mitzi Kaspar que o príncipe estava verdadeiramente apaixonado. Foi a esta actriz e prostituta que terá dirigido uma carta de amor na véspera de se suicidar, uma carta que entretanto desapareceu.

 

 

Depois da morte de Rodolfo da Áustria, o seu pai mandou transformar o pavilhão de caça num convento, hoje entregue à ordem das Carmelitas Descalças. No site desta casa religiosa, que recebe muitos visitantes por causa do príncipe e de Maria Vetsera, explica-se que o casal foi ali encontrado morto em circunstâncias que ainda permanecem pouco claras e que a igreja foi construída no espaço onde antes estava o quarto do herdeiro, ocupando o altar o local exacto da cama em que os corpos dos dois amantes foram encontrados naquela manhã de 30 de Janeiro.

 

 

A morte do herdeiro só foi anunciada depois de o corpo da baronesa, devidamente vestido e penteado para esconder o buraco que a bala deixara, ter sido sepultado num cemitério próximo. Primeiro os registos oficiais atribuíram a morte do príncipe a um ataque cardíaco, depois a um acidente. Só mais tarde o próprio imperador admitiu que o filho se suicidara num momento de loucura, sem nunca falar de Maria Vetsera.

 

 

Até ao fim da vida, Francisco José da Áustria manteve silêncio sobre o que acontecera em Mayerling, dizendo apenas que “a verdade é muito pior que todas as versões”.

 

 

AFP/9 /8/2015

 

 

 

 

Imprensa internacional revela os motivos por detrás da separação de Sean Penn e Charlize Theron

A separação de Sean Penn e Charlize Theron  foi tornada pública na semana passada e agora a imprensa internacional parece que descobriu o motivo.

 

 

Segundo a revista National Inquirer, Charlize terminou a relação com Sean devido a uma infidelidade do ator com Fleur Van Eeden, dupla de Charlize Theron no filme “The Last Face” (dirigido por Penn).

 

 

Os rumores do romance surgiram em fevereiro depois de  Fleur, em entrevista à mesma publicação, afirmar que achava o ator “muito atraente apesar da sua idade” e revelar ainda que este a tinha convidado para ouvir poesia durante as gravações do filme: “A Charlize não veio. Eu estava com o Sean e outros colegas. Nós dormíamos em tendas e oferecemos-lhe um lugar na cabana, mas ele preferiu ficar connosco”.

 

 

Recorde-se que o ator estava com  Theron desde o início de 2014 e já foi casado com a cantora Madonna e com a atriz de “House of Cards”,  Robin Wright.

 

 

 

National Inquirer /TPT//11/8/2015

 

 

 

Mais um banqueiro português na liderança de um dos maiores bancos mundiais

 

O português António Simões assume a 1 de setembro a liderança executiva do HSBC Bank, um dos maiores bancos do mundo, com sede em Londres. O banqueiro, que em entrevistas recentes disse quecostuma definir-se como um “português gay, baixinho e careca”, já era líder da divisão britânica do banco e vai substituir Alan Keir no cargo de presidente.

 

 

António Simões, de 40 anos, tem um currículo de sucesso, comparável a poucos em Portugal. Passou pela McKinsey e pela Goldman Sachs, entrando em 2007 no HSBC. Foi em novembro de 2013 que foi promovido a presidente do banco HSBC no Reino Unido, liderando 50 mil pessoas e gerindo quatro mil milhões de dólares anuais de lucros.

 

 

Segundo contava o Público em 2013, é um Jovem Líder Global do Fórum Económico Mundial, organização não-governamental que todos os anos reúne milhares de líderes de todo o mundo em Davos para debater assuntos globais. E foi eleito o gay mais influente da área dos negócios pela rede OUTstanding numa lista publicada pelo Financial Times. António Simões é casado com um espanhol que trabalha na área da finança em Londres.

 

 

É também membro fundador do Conselho da Diáspora Portuguesa, associação que o Presidente da República apoiou, de forma a juntar portugueses que vivem e trabalham no estrangeiro e procuram credibilizar a imagem de Portugal no exterior.

 

 

Numa entrevista a Anabela Mota Ribeiro, feita há cerca de um ano, Simões mostrava-se crítico sobre alguns traços do país: “Temos um sistema que é meritocrático ao nível da educação; o problema é que isso não se transmite para o mercado de trabalho. [Em Portugal], um presidente de um banco deve ser uma pessoa de 55 anos, homem, straight, com três filhos. (Temos pessoas fantásticas em Portugal e temos outras que não são muito boas, não é um comentário acerca dos presidentes que temos…) Os CEO das grande empresas portuguesas são todos iguais.”

 

 

Foi o melhor aluno do seu curso de Economia na Universidade Nova, com média de 18. Depois, rumou a Nova Iorque para tirar o MBA na Columbia University. Aí, sentiu-se o “small boy in the big town“, mas foi a chegada a Londres que lhe causou mais impacto – “Em Nova Iorque toda a gente está a tentar ser um new yorker“. Na cidade britânica, com maior diversidade de culturas, entrou no banco Goldman Sachs. Depois, podia ter voltado para a McKinsey em Lisboa, mas decidiu ficar quando lhe disseram: “Não que era um nobody, mas que this is a big risk“.

 

 

É filho único, de pais divorciados ligados à banca, na área dos seguros. Teve uma infância “normal e feliz” e sabia que era homossexual. Mas até aos 19 anos não tinha tido “abertura para falar com a minha família, com os meus amigos. Havia o sentimento de I’m not good enough” e quis “provar que era good enough, que era suficientemente bom”.

 

 

Em Columbia, foi professor assistente “porque a base académica que tinha de Portugal, numa licenciatura em Economia, era superior a todos os meus colegas”. “A muitas pessoas, em Portugal, não lhes falta ambição, mas têm vergonha de a assumir”, disse António Simões na entrevista.

 

 

Em relação à sexualidade, não acredita que “o que se passa dentro de portas fica dentro de portas”. “Qualquer pessoa, qualquer CEO de uma empresa em Portugal, tem uma fotografia da mulher e dos filhos no gabinete. As pessoas sabem quem é a mulher e os filhos”, conta António Simões. “Qualquer pessoa quer saber quem somos como indivíduos, o que é que nos motiva, como é que pensamos.”

 

 

Reconhece que este é um aspeto como qualquer outro e fala. “Falo do Tomás [marido], dos meus dois labradores, das férias. Falo muito pouco sobre homossexualidade como tema, mas falo muito sobre o Tomás. Falo como qualquer outra pessoa fala. Estou a tentar desdramatizar. Isto é bom para o negócio porque precisamos de líderes autênticos que liderem de forma autêntica, com pessoas que os queiram seguir. Isso é uma grande parte da minha marca de autenticidade. Toda a gente já se sentiu em algum momento um outsider. Não é uma questão de maiorias ou de minorias.”

 

 

 

ANDY RAIN/EPA/Edgar Caetano/Obs/10/8/2015

 

 

 

Disneyland Paris investigada por cobrar entradas a cidadãos estrangeiros ao dobro do preço

A Comissão Europeia está a investigar a Disneyland Paris por suspeita de discriminação nos preços feitos aos visitantes de acordo com o seu país de origem ou de residência. Na base da investigação estão queixas feitas por cidadãos britânicos e alemães.

 

 

O jornal Financial Times avançou, nesta terça-feira, que o maior parque de diversões da Europa pode estar a cobrar aos consumidores franceses, pelo pacote premium, 1346 euros, enquanto aos turistas britânicos cobra um valor de 1870 euros e aos cidadãos alemães cerca de 2447 euros.

 

 

Segundo fontes da Comissão Europeia há também queixas por parte de cidadãos italianos sobre os preços abusivos praticados pelo parque temático.

 

 

Os visitantes franceses podem beneficiar ainda de pacotes com diferentes especificidades, a que os restantes cidadãos não têm direito. As promoções para famílias ou a opção de pagamento em vários meses, são exemplos disso.

 

 

As diferenças detectadas na política de preços seguida pelo parque não estão de acordo com as directivas da União Europeia, segundo as quais as variações nos preços apenas podem ser feitas em algumas circunstâncias e com razões válidas, como as oscilações sazonais ou períodos diferentes de férias. Já o parque parisiense defende que as promoções lançadas nos mercados locais são feitas de acordo com os períodos de férias escolares e em padrões de reserva.

 

 

De acordo com Bruxelas, esta não é a primeira vez que há uma reclamações com casos de diferenciação indevida de preços. “A Comissão e as associações europeias de consumidores recebem frequentemente queixas relacionadas com diferenças de preços injustificadas, baseadas na sua nacionalidade ou local de residência”, afirmou a porta-voz da Comissão Europeia, Lucia Caudet.

 

 

A porta-voz acrescentou que, se tais suspeitas se confirmem, e se o governo francês não tomar qualquer acção contra a Disneyland, a Comissão levará o parque a Tribunal.

 

 

No ano passado, quando confrontada com objecções semelhantes a estas, uma empresa europeia de aluguer de automóveis concordou em parar de travar o acesso dos clientes a promoções encontradas.

 

 

A Comissão receia também que os visitantes que encontram entradas para o parque a preços mais baixos estejam a ser travados pela Disneyland ao impor regras discriminatórias no pagamento por cartão de crédito.

 

 

A comissária do mercado interno da União Europeia, Elzbieta Bienkowska, afirmou que recebeu uma enorme quantidade de queixas por parte dos consumidores, principalmente de um ou dois países.

 

 

Bienkowska quer, a qualquer custo, respostas e explicações por parte da Disneyland. Para a comissária “é altura de chegar ao fundo da questão” e perceber que justificação poderá ser dada para a ocorrência deste tipo de discriminação entre os europeus.

 

 

Um porta-voz da BEUC, a organização dos consumidores europeus, veio pedir à Comissão Europeia que reforce as regras para a defesa dos consumidores e clarifique o que é uma discriminação injustificada. O porta-voz afirma que esta discriminação dos preços afecta a escolha do consumidor.

 

 

Por exemplo, um consumidor que encontre uma promoção numa página francesa, mas que não tenha um cartão do país ou não tenha França como país de residência, não conseguirá finalizar a compra, sendo depois reencaminhado para outras páginas com preços mais altos.

 

 

Em 2014, o parque temático da Disneyland localizado nos arredores da capital francesa recebeu cerca de 14 milhões de visitantes, mantendo-se o destino turístico número um na globalidade dos destinos no espaço europeu. Os cidadãos da Península Ibérica representam já 8% do mercado do parque, segundo dados da actividade do ano passado.

 

 

No primeiro semestre deste ano, a Disneyland Paris gerou receitas de 341,1 milhões de euros, mais 14,3% face a idêntico período do ano passado.

 

 

 

Financial Times /TPT/8/08/2015

 

 

 

 

Vila Real diz que a prova para o Campeonato do Mundo de Carros de Turismo está paga e projetou a região

O presidente da Câmara de Vila Real fez um balanço “muito positivo” do circuito urbano, que acolheu o Campeonato do Mundo de Carros de Turismo (WTCC), salientando que o evento está pago e projetou a região.

 

“Nunca vi tanta gente em Vila Real”, afirmou Rui Santos.

 

Entre sexta-feira e hoje decorreu o 45.º Circuito Internacional de Vila Real, que incluiu a realização de sete provas, entre as quais o WTCC, que conta para o calendário da Federação Internacional de Automobilismo (FIA).

 

“Estes dias ficarão para a história do Circuito Internacional de Vila Real e também para a história de Vila Real como o evento mais mediático que alguma fez foi feito na região e que mais projetou a região no país e no mundo”, salientou o autarca.

 

Ainda sem dados oficiais sobre os três dias de circuito, o presidente considerou que se “cumpriram todas as expectativas”.

 

Rui Santos afirmou ainda que este é “um evento viável e que está pago”. “A receita anda perto de 1,5 milhões de euros e a despesa também”, sustentou.

 

Na parte desportiva, os pilotos fizeram também, de uma maneira geral, um balanço positivo.

 

“O circuito está excelente”, afirmou José Meireles, piloto de Vila Real, que disse ainda que “correu em casa”, já que vive a “200 metros do circuito”.

 

O grande adversário deste dia foi, segundo salientou, “o calor” e também a nova ‘chicane’ de Mateus.

 

“O circuito está mais lento, mas é sempre um prazer correr aqui. Este circuito é mítico, tem zonas fantásticas e qualquer piloto gosta de correr aqui”, frisou.

 

Quanto à organização, José Meireles referiu que “há sempre arestas a limar”, mas comparativamente com o ano passado disse estar “mais profissional”. “Nota-se um cuidado maior com os horários e a segurança também”, sustentou.

 

Rita Azevedo, natural da Trofa e a única mulher em prova no 45.º Circuito Internacional de Vila Real, encontrou “algumas diferenças” neste regresso a Vila Real, nomeadamente a nível da pista, que considerou estar “um pouco pior”.

 

João Sousa estreou-se em Vila Real e elogiou o circuito. “Tem zonas muito rápidas, zonas muito lentas que é preciso uma boa condução. Adorei. Espero poder estar presente nas próximas edições”, frisou.

 

Unanimemente os pilotos destacaram a presença do muito público, que se espalhou ao longo dos mais de quatro quilómetros de pista, considerando ser um dos aspetos que mais entusiasma os participantes neste circuito urbano.

 

Por fim, o presidente da Câmara de Vila Real afirmou que o WTCC está garantido para o próximo ano, numa edição que contará com a “introdução de prováveis melhorias”.

 

“Sabemos que este ano não fizemos tudo perfeito, analisaremos o que correu menos bem e teremos a humildade de introduzir melhorias no próximo ano, se tal for necessário”, frisou.

 

SAPO Desporto/7/8/2015

 

 

 

Duarte Cordeiro, vice presidente da Câmara de Lisboa, substitui Ascenso Simões na campanha do PS

Duarte Cordeiro (ao centro na foto), atual vice-presidente da Câmara de Lisboa e que foi diretor de campanha de Manuel Alegre para as Presidenciais de 2011, substitui Ascenso Simões na campanha do Partido Socialista para as legislativas.

 

A informação foi avançada pelo PS este domingo, minutos depois do anúncio do pedido de demissão de Ascenso Simões. Duarte Cordeiro será substituído na CML até ao final da campanha.

 

Duarte Cordeiro é um dos que se têm denominado como “jovens turcos” do PS, um grupo de militantes de uma nova geração que se tem imposto como influente nas estruturas do partido. Ex-deputado, Duarte Cordeiro integrou a última lista de candidatos do PS à autarquia da capital, substituindo Fernando Medina como vice-presidente depois da saída de Costa para a liderança do partido.

 

É visto como pragmático, ambicioso – e já tem experiência na coordenação do aparelho: é líder da concelhia do PS/ Lisboa, foi líder da JS e foi diretor de campanha da última eleição de Costa em Lisboa. Já Ascenso, é um dirigente dos velhos tempos da influência de Costa – mais precisamente, do tempo de António Guterres, quando chegou ao Governo como seu secretário de Estado.

 

A subida de Duarte Cordeiro, em substituição de Ascenso Simões, está a ser – sabe o Observador – bem recebida por muitos militantes, descontentes com a forma como estava a decorrer a campanha socialista. Os casos mais difíceis das últimas semanas envolvendo a campanha deoutdoors foi determinante, aliás, para a saída de Ascenso.

 

Começou com um que virava uma página em direção à esperança (criticado pela imagem), passou por um cartaz em que uma mulher dizia estar desempregada há cinco anos (desde o tempo de Sócrates, portanto) e terminou com a denúncia de que os jovens desses últimos cartazes trabalhavam na Junta de Arroios, não tinham as histórias que lá se contavam e nem deram autorização para utilização da sua imagem –como noticiou o Observador em primeira mão na sexta-feira.

 

Uma demissão (ainda) mal contada

 

Curiosamente, na noite de sábado, horas antes de anunciar a sua demissão, Ascenso Simões não dava sinais de que iria sair da coordenação da campanha.

 

Na sua página no Facebook, lembrava que, quando chegou ao Ministério da Administração Interna em 2005, estava descontrolada a situação dos incêndios. E fazia um paralelo com os dias de hoje, onde também era preciso enfrentar os desafios de cabeça erguida. Na caixa de comentários, Ascenso respondia a um socialista que lhe dizia que estava destinado a missões difíceis – e dizia que “se não fosse difícil”, não seria para ele.

 

Este domingo de manhã, porém, na mensagem seguinte, Ascenso fez um novo texto apresentando a sua demissão e explicando que “quem é responsável por uma máquina deve assumir todas as falhas que ela demonstra, deve tirar ilações de tudo o que, publicamente, se reconhece como erro.”

 

Recorde-se que, quando o Observador contactou o PS para comentar a última polémica dos cartazes, a resposta oficial era de naturalidade – dizendo que nos cartazes estavam modelos e não casos reais. Só passado algumas horas o PS emitiu um comunicado pedindo desculpa e dizendo que ia investigar o que se tinha passado.

 

 

Liliana Valente/OBS/9/8/2015

 

 

 

Apoiantes e opositores de José Sócrates geraram tensão junto à prisão de Évora

Apoiantes e opositores de José Sócrates cruzaram-se esta tarde junto à prisão de Évora, em duas manifestações, e, com os ânimos exaltados, trocaram alguns insultos.

 

De um lado, cerca de 30 pessoas afetas ao Partido Nacional Renovador (PNR) gritavam “Nacionalismo Sempre” e “Sócrates ladrão”, por outro, outros tantos apoiantes do antigo primeiro-ministro, detido preventivamente na cadeia de Évora, entoavam “25 de Abril Sempre, fascismo nunca mais”.

 

Os elementos do PNR estão concentrados à porta da prisão desde a hora de almoço, hora de início da manifestação que convocaram, enquanto os apoiantes do antigo chefe de Governo estão afastados algumas centenas de metros, numa manifestação marcada pelo Movimento Cívico José Sócrates Sempre.

 

Por duas vezes, pessoas afetas ao PNR subiram para cima de uma carrinha que transportava um cartaz com a imagem de José Sócrates e colaram autocolantes, empunharam bandeiras e gritaram palavras de ordem, tendo alguns caído, sem consequências graves, quando a viatura arrancou.

 

Viveram-se alguns momentos de tensão, com troca acesa de palavras entre apoiantes e opositores de Sócrates, mas sem se registarem quaisquer agressões.

 

Nas imediações da prisão encontravam-se, a meio da tarde, cerca de uma dezena de agentes da PSP de Évora.

 

Em declarações à agência Lusa, o porta-voz do Movimento José Sócrates Sempre, José António Pinho, acusou os elementos afetos ao PNR de provocação e de suposta agressão a uma participante na manifestação de apoio ao ex-primeiro-ministro.

 

“Assaltaram a nossa viatura apenas para provocar e chegaram a agredir uma senhora”, disse, atribuindo culpas à PSP de Évora pela confusão gerada: “A PSP é responsável por esta situação, porque estávamos sozinhos” no local.

 

Para José António Pinho, tratou-se de uma provocação organizada por um partido, cujos elementos “têm nomes e devem ser todos presos”.

 

Por seu lado, o presidente do PNR, José Pinto Coelho, refuta estas acusações, devolvendo que a provocação é o que se assiste à porta da prisão.

 

“Gostava de saber quem paga aqueles carros de som, os autocarros e os outdoors. Onde estão as faturas disso? É mais uma trafulhice à Sócrates.

 

No decorrer das manifestações, uma apoiante do PNR sentiu-se mal, tendo recebido assistência do INEM, no local.

 

Perto de 30 apoiantes do PNR chegaram junto do Estabelecimento Prisional de Évora cerca das 12:30, alguns almoçaram no local e prolongaram a sua concentração até à chegada dos manifestantes de apoio a José Sócrates.

 

No local permanecem ainda apoiantes do PNR, enquanto os apoiantes de José Sócrates estão a realizar uma marcha à volta da prisão, sob vigilância de vários elementos da PSP.

 

José Sócrates foi detido a 21 de novembro de 2014 indiciado por fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais e corrupção passiva para ato ilícito, sendo o único dos nove arguidos das “Operação Marquês” em prisão preventiva.

 

O empresário Carlos Santos Silva, o administrador do grupo Lena Joaquim Barroca, o ex-motorista de Sócrates João Perna, o administrador da farmacêutica Octapharma Paulo Lalanda de Castro, a mulher de Carlos Santos Silva, Inês do Rosário, o advogado Gonçalo Trindade Ferreira, o presidente da empresa que gere o empreendimento de Vale do Lobo, Diogo Gaspar Ferreira e o ex-ministro Armando Vara são os outros arguidos no processo.

 

No sábado, o Observador já tinha avançado com a hipótese de este encontro entre apoiantes e opositores de José Sócrates vir mesmo a acontecer. Na altura, contactou a Polícia de Segurança Pública (PSP) para perceber se estavam previstas medidas de segurança extraordinárias, mas não foi possível obter esclarecimentos. Este domingo, de acordo com Agência Lusa, encontravam-se cerca de uma dezena de agentes da PSP de Évora nas imediações da prisão.

 

Num texto publicado no Facebook, o PNR explicava que ia estar em Évora para “denunciar estas palhaçadas de apoio a Sócrates e ser a voz do contraditório!”. Já a iniciativa organizada pelo grupo de apoiantes do ex-primeiro-ministro, “Agosto em Évora”, é mais um protesto contra aquilo que o movimento considera ser uma prisão com “contornos políticos”, com o objetivo de “diminuir e humilhar o caráter de uma grande figura nacional” e ainda “prejudicar o partido socialista nas próximas eleições”.

 

José Sócrates foi detido a 21 de novembro de 2014, no aeroporto de Lisboa e está indiciado por fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais e corrupção passiva para ato ilícito, sendo o único dos nove arguidos das “Operação Marquês” em prisão preventiva.

 

O empresário Carlos Santos Silva, o administrador do grupo Lena Joaquim Barroca, o ex-motorista de Sócrates João Perna, o administrador da farmacêutica Octapharma Paulo Lalanda de Castro, a mulher de Carlos Santos Silva, Inês do Rosário, o advogado Gonçalo Trindade Ferreira, o presidente da empresa que gere o empreendimento de Vale do Lobo, Diogo Gaspar Ferreira e o ex-ministro Armando Vara são os outros arguidos no processo.

 

Miguel Santos/OBS/Lusa/9/8/2015

 

 

 

Supremo confirma pena disciplinar ao juiz Rui Teixeira por rejeitar acordo ortográfico

O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) confirmou a pena disciplinar de “advertência registada” aplicada ao juiz Rui Teixeira, que se recusou a receber um documento escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico.

 

Segundo um acórdão, o STJ julgou improcedente o recurso interposto pelo juiz do Tribunal de Torres Vedras, que pretendia a anulação da pena aplicada pelo Conselho Superior de Magistratura (CSM).

 

 

Rui Teixeira, que ficou conhecido por ter conduzido a instrução do processo Casa Pia, foi alvo de um processo disciplinar por parte do CSM, que culminou com a sua condenação por violação dos deveres de obediência e correção.

 

 

Em causa estava o facto de o magistrado ter proferido em 2013 vários despachos a advertir a Direção Geral de Reinserção Social (DGRS) de que deveria apresentar os relatórios sociais de arguidos sem adoção do acordo ortográfico, sob pena de os mesmos não serem pagos.

 

 

Com esta decisão, o juiz Rui Teixeira contrariou uma deliberação do CSM que, em 2012, tinha determinado que os juízes não podiam indicar aos intervenientes processuais quais as normas ortográfica a aplicar.

 

 

Ao ser confrontado com um pedido de esclarecimento por parte da coordenadora da equipa da DGRS “Pinhal Litoral”, o juiz respondeu que “o pedido de aclaração deriva mais do que do desconhecimento das Leis que nos regem da incapacidade de leitura de quem subscreve o pedido de aclaração”.

 

 

“Se se tivesse lido o que se deixou escrito, facilmente se teria chegado à conclusão que o que se quer é que o relatório a produzir seja escrito em Português”, escreveu na altura o juiz, acrescentando que “nos Tribunais, pelo menos neste, os factos não são fatos, as actas não são uma forma do verbo atar, os cágados continuam a ser animais e não algo malcheiroso e a Língua Portuguesa permanece inalterada até ordem em contrário”.

 

 

O STJ concluiu que o juiz Rui Teixeira violou o dever de obediência, ao “impor à DGRS a elaboração do relatório social do arguido sem adoção de acordo ortográfico”.

 

 

“Sobre o manto da função jurisdicional não podem estar incluídas posições pessoais estranhas ao objeto do processo, por isso se conclui que a concreta atuação do recorrente não se insere no âmbito da função jurisdicional”, lê-se no acórdão.

 

 

Os juízes que integram a Secção de Contencioso do STJ criticaram ainda as expressões utilizadas pelo juiz na resposta ao pedido de aclaração, considerando-as “excessivas” e “desnecessárias”, concluindo que o recorrente violou o dever de correção.

 

 

Obs/7/8/2015

 

 

 

Sporting foi superior no dérbi com o Benfica e conquista Supertaça Cândido de Oliveira 2015

Deve ser tramado, porque dizem que é bom. O momento em que a bola aparece, bem-disposta, a pôr-se a jeito de um pé que lhe bata, numa palmada que só é carinhosa por ter a intenção de a fazer aninhar numas redes. Dizem mesmo que é do melhor que há. Até “melhor do que um orgasmo”, chegou a dizer Fernando Gomes, homem sábio quando a conversa é sobre marcar golos.

 

 

A sensação será sempre boa e Teófilo Gutiérrez sentiu-a quando fez o que a bola pedia e lhe encostou o pé direito. Lá foi ela, rápida, para dentro da baliza. Braços no ar, gritos no estádio, festejos, sorriso a rasgar a cara. Tudo assim, de uma vez, mas só durante o segundo que o árbitro demorou a pegar no apito, levá-lo à boca e a soprá-lo. Do êxtase à tristeza, num ápice.

 

 

E Teófilo bem tivera tempo para acumular euforia. O colombiano, homem a quem pedem para marcar golos, ia com 23 minutos jogados de Supertaça quando rematou a bola para a baliza e o árbitro lhe anulou o golo. Fora-de-jogo, disse o fiscal de linha. Nada feito.

 

 

A vida continua e o jogo também. Aos leões convinha regressarem à maneira como tinham arrancado a final: acelerados, com todos a pressionarem como loucos quanto não tinham a bola e a mexerem-se como coelhos irrequietos quando alguém leonino estava com ela. Apertavam os jogadores encarnados, obrigavam-nos a apostar nos centrais para começarem a construir coisas.

 

 

Isso durou e resultou até pouco depois do quarto de hora, até o Benfica começar a levantar a cabeça e encontrar a cabeça de Jonas. Ao brasileiro, craque nos pés, faltou uns centímetros de testa aos 17’ para chegar a um cruzamento de Ola John e umas afinadelas na mira aos 23’, quando cabeceou uma bola vinda de um canto de Gaitán ao lado do poste esquerdo da baliza de Rui Patrício.

 

 

A intensidade podia ser um bem produzido na fábrica dos leões, mas as oportunidades para um golo aparecer vinham da indústria cautelosa dos encarnados — que até ao intervalo sempre foram esperando pelo que o Sporting lhes queria fazer. Só depois de saberem o que era é que decidiam o que fazer depois. Ou seja, contra-atacar.

 

 

Porque Jonas andava muito sozinho, sem a companhia de Talisca. A bola não queria nada com Nico Gaitán, quem melhor a trata, e Samaris e Fejsa tinham tanta coisa para fazer a defender que já chegavam tarde à frente quando lhes pediam para atacar. Rui Vitória deve ter reparado nisto e, findo o descanso, pediu a Gaitán para dar uma sombra a Jonas e a Talisca para se fazer de extremo. Não resultou, já que o Sporting arrancou a segunda parte mais frenético do que começara a primeira.

 

 

E quando o treinador do Benfica já tinha Pizzi a aquecer os músculos para ir remediar coisas, um colombiano já tocava no êxtase sem que o árbitro lhe pregasse uma partida.

 

 

Lá estava Téfilo Gutiérrez, na área, parado, à espera de algo, quando André Carrillo, o irrequieto a quem Jorge Jesus está a dar pausa e tempo para pensar no que faz, decidiu rematar à entrada da área. A bola bateu no colombiano, que ali estava parado, e encontrou o atalho que a fez desviar do braço esticado de Júlio César.

 

 

O golo que Téo queria ter marcado era compensado por outro que marcava sem querer. O 1-0 aparecia com sorte e os leões festejaram, com pulos e correrias vindos do banco de suplentes, empurrados pelo frenesim que, agora sim, podiam deixar explodir. Era a hora para o Benfica despertar.

 

 

O acordar foi rude, brusco como um despertador que toca com a música que mais odiamos. Os encarnados tinham que reagir e fizeram-no. Talisca foi embora e Pizzi entrou para a bola circular mais rápido.Aconteceu, só que ela andou muito pelas laterais. Jonas continuava incontactável, com as botas desligadas da bola — os médios leoninos, João Mário e, sobretudo, Adrien Silva, cortavam-lhe a rede — e a solução era obrigar os laterais, Sílvio e Nélson Semedo, a arriscarem no ataque para darem uma ajuda aos extremos.

 

 

O Benfica passou a cruzar muito, a encostar o Sporting à área, a obrigá-lo a encolher-se. Os muitos cruzamentos nunca encontraram uma cabeça ou pé encarnados. Nada saía que criasse perigo, portanto, Nico Gaitán tentou inventá-lo sozinho.

 

 

O argentino teve umas quantas jogadas de eu-contra-o-mundo e quase sempre resultou em algo — fintas, faltas sofridas, metros de relva ganhos. E podia ter dado um penálti, quando foi derrubado aos 60’ na área, por Carrillo, mas o árbitro não apitou.

 

 

Osencarnados atacavam com um ritmo desenfreado, mas faziam-no sem um volante que controlasse bem a direção a que seguiam. Melhorou um pouco quando Mitroglou se estreou e os pés de Jonas recuaram uns metros para dar ordem à bola. Mas por pouco.

 

 

Quando, aos 78′, o avançado brasileiro usou a canhota para colocar a bola no fundo da baliza e o árbitro lhe anulou o golo pela falta de vários corpos a chocarem contra Rui Patrício, o Benfica já tinham abrandado o ímpeto. Os leões, passados quase 20 minutos desde o golo, lá conseguiram acalmar e voltar a dizer olá à bola.

 

 

Jorge Jesus berrava, gesticulava para refilar com os jogadores e colocá-los nas posições para conseguirem trocar a redonda e fazê-la rodar de um lado ao outro do campo. Abusavam de Carrillo para o peruano colar a bola ao pé e passear com ela, confiavam em Adrien Silva para tapar buracos, pediam Slimani para não parar de chatear os defesas encarnados. Também isso resultou.

 

 

Quando o árbitro apitou não houve quem pregasse truques a Teófilo com a quem quer que vestisse de verde e branco — a Supertaça era do Sporting.

 

 

Os jogadores, todos, inundaram o relvado e aí viu-se de tudo: Jorge Jesus, rindo-se, a dar uma palmada meia no peito, meia no pescoço de Jonas; um sururu a vir daí, com tudo a pegar-se; um Rui Patrício aos berros, a chamar pelos leões para que fossem festejar para a bancada onde estavam os seus; Rui Costa, igual, irritado e aos gritos, a pedir para que os encarnados fizessem o mesmo.

 

 

O êxtase de uns e a tristeza de outras, quando misturada, pode dar nisto. No final, JJ lá voltou a atiçar a fogueira quando ainda estava no relvado — “Acho que o Benfica teve medo do Sporting”, disse, à RTP — e, minutos depois, os leões erguiam o troféu no qual não tocavam desde 2008. E depois, Teófilo, feliz da vida, foi o primeiro a passear com o caneco pelo relvado.

 

 

Só faltava a Federação Portuguesa de Futebol decidir atribuir o golo a André Carrillo e pregar mais outra partida, ou desgosto, ao colombiano. E não é que o fez mesmo?

 

 

AFP/OBS/9/8/2015

 

 

 

 

Economistas dizem que o assunto Grexit vai voltar a dominar as atenções em 2016

 

saída da Grécia da zona euro, risco que ficou conhecido nos últimos meses como Grexit, continua a ser o cenário mais provável aos olhos de dezenas de economistas. Uma sondagem da Bloomberg junto de 34 economistas revelou que 71% dos inquiridos acreditam que o país estará fora da união monetária antes do final de 2016. Apesar do acordo com vista ao terceiro resgate, não será, portanto, surpreendente se voltarmos a ver este risco dominar as manchetes internacionais dentro de alguns meses.

 

 

Segundo a Bloomberg, 70% dos inquiridos nesta sondagem acreditam que não existe uma ameaça clara à permanência da Grécia na zona euro até ao final de 2015, ainda que quase metade dos economistas acredite que os 86 mil milhões de euros do terceiro resgate que está a ser negociado não chegarão para que a Grécia não volte a ter dificuldades de financiamento nos próximos anos.

 

 

Alexis Tsipras continua a promover a aprovação no Parlamento da legislação exigida pelos credores para que tenham lugar as negociações do terceiro resgate. Estas terão de ser concluídas nas próximas semanas porque os 7,2 mil milhões de euros do empréstimo intercalar que a Grécia recebeu da Europa não chegam para cumprir o pagamento de cerca de 3,2 mil milhões de euros em dívida que a Grécia tem de reembolsar ao BCE no dia 20 de agosto.

 

 

Ao mesmo tempo que avança com a legislação, contudo, o primeiro-ministro grego diz que não acredita nos méritos deste programa, pelos efeitos recessivos das medidas impostas. Essa falta de confiança de Tsipras no programa que o seu governo terá de começar a aplicar será um dos fatores que contribuem para a desconfiança dos economistas. Vários analistas acreditam que, perante a instabilidade dentro do partido Syriza, o país voltará a ter eleições legislativas no outono.

 

 

Também no próximo outono haverá eleições legislativas em Portugal (no final de setembro ou início de outubro) e em Espanha (em finais de dezembro).

 

 

ORESTIS PANAGIOTOU/EPA/7/8/2015