José Mourinho somou este domingo mais um título de campeão, o seu terceiro na Premier League, depois do Chelsea ter derrotado, em Stamford Bridge, por 1-0, o Crystal Palace. Quanto restam ainda três jornadas para o termo do campeonato, a equipa londrina garantiu uma vantagem suficiente para poder fazer a festa do título, face a rivais como o Manchester City e o Arsenal.
Este foi o oitavo título conquistado por José Mourinho em campeonatos nacionais, num trajeto que começou no FC Porto (2002/2003 e 2003/2004) e passou depois, sucessivamente, por Chelsea (2004/2005 e 2005/2006), Inter de Milão (2008/2009 e 2009/2010) e Real Madrid (2011/2012).
Mourinho vencera em março a Taça da Liga inglesa, com um 2-0 ao Tottenham, e este domingo, pouco mais de dois meses volvidos, arrecadou a ‘Premier League’, com um triunfo caseiro face ao Crystal Palace: tem agora três ‘exemplares’ de cada.
Depois de quase dois anos e meio de ‘seca’, o técnico luso voltou a ganhar, mas, uma vez mais, não se livrou de inúmeras críticas, de ‘resultadista’ a promotor de um futebol ‘aborrecido’, com risco zero e sempre calculista.
A eliminação na ‘Champions’, nos ‘quartos’, perante o Paris Saint-Germain, após um jogo em que ‘Mou’ especulou sempre, mesmo contra 10 quase todo o encontro, marcou a época, pela negativa, sem esquecer o escandaloso desaire caseiro (2-4) com o Bradford, do terceiro escalão, na quarta ronda da Taça.
Além dos resultados, Mourinho esteve também em evidência, como habitualmente, nas conferências de imprensa, antes e depois dos jogos, queixando-se um pouco de tudo e de todos, com as dificuldades de sempre em aceitar resultados negativos.
A ‘criatividade’ do técnico luso teve o seu ponto alto após a primeira derrota no campeonato, à 15.ª ronda, no reduto do Newcastle (1-2), em que ‘culpou’ os ‘apanha-bolas’.
“Podia ter havido 20 minutos de descontos, mas a situação teria sido a mesma, porque aconteceram coisas fora do campo que o árbitro não podia controlar. O árbitro não pode punir os ‘apanha-bolas’ que desaparecem com a bola, o árbitro não pode punir os adeptos que ficam com a bola”, queixou-se.
De resto, foi dentro do habitual, as críticas aos árbitros e aos comités da competição, sem esquecer os alegados privilégios ao Manchester City, enquanto este esteve na corrida, nomeadamente por causa do ‘fair-play’ financeiro.
Quanto à equipa londrina, José Mourinho escolheu um ‘onze’ no início da época e levou-o até ao fim, apenas efetuando alterações muito pontuais, quase sempre devido a lesões e castigos.
O titular com menos encontros no ‘onze’ foi Diego Costa (23 jogos), vítima de sucessivos problemas físicos, enquanto dos habituais suplentes, o médio Ramires foi o que contabilizou mais jogos de início (11).
As substituições também foram as da ordem, com a entrada várias vezes de Obi Mikel, Ramires ou Zouma para junto de Matic à frente da defesa, para suster o adversário, depois de a equipa ganhar vantagem no marcador.
De resto, foi quase sempre Courtois na baliza, uma defesa com Ivanovic, Terry, Cahill e Azpilicueta, um meio-campo com Matic, Oscar, Hazard, Willian e Cesc Fàbregas e um ataque preenchido por Diego Costa.
A meio, Mourinho dispensou Schürrle, vendido ao Wolfsburgo, e contratou Cuadrado, à Fiorentina, mas o colombiano pouco foi utilizado, acabando por ser bem menos útil do que foi o germânico na primeira metade da época.
Agência Lusa
04/05/2015