Isidro, o português que chegou ao Canadá com 134 euros e agora desafia os gigantes alemães

Na década de 70 chegou ao Canadá vindo dos Açores para trabalhar na construção civil. Passados 40 anos tornou-se fornecedor de máquinas para aquele sector. Faz camiões equipados com bombas de betão e quer destronar os líderes de mercado para conquistar os Estados Unidos.

 
Isidro Flores, um português de Vancouver, na costa leste do Canadá, imigrou para o país norte-americano há 40 anos com apenas 182 dólares canadianos (134 euros ao câmbio actual) no bolso e hoje, segundo conta a agêncoa Lusa, tem uma empresa avaliada em 70 milhões de dólares (51 milhões de euros).

 
Proveniente de São Sebastião (Açores), Isidro Flores, de 61 anos, imigrou para o Canadá aos 24 à procura de uma vida melhor. Ao chegar ao Canadá, procurou trabalho na construção civil, e há 15 anos decidiu criar a “Concord Concrete Pumps”, uma empresa que produz camiões equipados com bombas de betão.

 

 

 

Isidro, o português que chegou ao Canadá com 134 euros e agora desafia os gigantes alemães2

Isidro Flores

 
Fruto da experiência no ramo da construção, Isidro Flores decidiu avançar naquela indústria, fazendo concorrência a gigantes alemães e italianos, que há mais de cinquenta anos lideram aquele mercado.

 
“Na altura só havia duas empresas que fabricavam aquele tipo de veículos. Pensei que construir máquinas desta natureza seria como dar uma segunda oportunidade a muitos trabalhadores, especialmente à comunidade portuguesa, que é envolvida em muito deste trabalho (construção civil)”, disse o empresário à Lusa.

 
Isidro diz que “o preço das máquinas não era acessível”, mas explicou que, enquanto fabricante, quis reduzir o preço, “dando mais oportunidades àquelas empresas”.

 
A Maior Máquina Para Atacar Os Todo-Poderosos

 

 

A Concord está neste momento a construir a maior máquina para os Estados Unidos, ou seja “a maior máquina em termos mundiais”, que, segundo a crítica dos profissionais do sector, disse, “é a mais potente, aquela que oferece mais segurança e qualidade”, competindo contra o hegemonia alemã e italiana.

 
A sede da companhia está localizada em Port Coquitlam, a 30 quilómetros de Vancouver, contando com 60 empregados. A fábrica principal está localizada em Gyeongsangnam-do, na Coreia do Sul, tendo nos seus quadros 150 operadores.

 
A fábrica na Ásia serve actualmente mercados como a Jordânia e Austrália, sendo que a empresa situada na Colúmbia Britânica serve todo o mercado norte-americano e México e ainda o Brasil.

 
Isidro Flores disse ainda que não tem dúvidas de que a sua empresa é também hoje em dia “muito competitiva, tanto para o mercado português como para o europeu”.

 
“Como a Concord apenas existe há 15 anos, embora seja um produto com qualidade, ainda não é conhecida comparativamente com empresas que estão no mercado há cinquenta ou sessenta anos”, realçou.

 
Em termos de futuro, o luso-canadiano disse que pretende dentro de dois anos “liderar o mercado dos Estados Unidos”.

 
A Concord Concrete Pumps produz mensalmente 12 máquinas, cerca de 100 por ano. O maior veículo está dotado com uma superbomba que tem um alcance de 62 metros. A matéria com que são fabricadas as bombas de betão é importada da Suécia (ferro) e os componentes hidráulicos da Alemanha.

 

 

 

 

Agência Lusa/TPT
03/05/2015

 

 

 

 

 

 

Associações dão bolsas de estudos a luso-canadianos

O secretário de Estado das Comunidades, José Cesário, disse este domingo, em Toronto, no Canadá, que a entrega de 23 bolsas de estudo a jovens lusodescendentes por associações do Ontário “é muito importante” para a mobilização daquela comunidade.

 

 

“A entrega das bolsas de estudo é um evento muito importante para a mobilização da comunidade, porque representa a capacidade organizativa da própria comunidade agrupada em torno da ACAPO – Aliança de Clubes e Associações do Ontário”, afirmou José Cesário, à agência Lusa, durante a 28.ª Gala e entrega de Bolsas de Estudo da ACAPO, que decorreu no sábado à noite, em Toronto.

 

 

Para o governante, aquele evento, além de marcar o arranque das celebrações da Semana de Portugal 2015 tem “simultaneamente, um significado muito particular tendo em conta a quantidade de bolsas de estudo que foram distribuídas a jovens estudantes portuguesas”.

 

 

A Aliança dos Clubes e Associações Portuguesas do Ontário (ACAPO) e os seus filiados entregaram 23 bolsas de estudos a jovens luso-canadianos.

 

 

Cada associação ofereceu uma ou duas bolsas de estudo aos candidatos por si escolhidos, com um valor por si estipulado, sendo que a ACAPO também selecionou um dos 22 estudantes distinguidos, como foi o caso de Andreia Leal, que recebeu a Bolsa Anual Damião P. Costa no valor de 2.500 dólares canadianos (1.830 euros).

 

 

“O nosso futuro é a participação dos jovens e a sua visibilidade. Estas bolsas não são só para que possam prosseguir os estudos, mas para que continuem integrados na comunidade portuguesa, pois serão eles os futuros dirigentes das nossas associações, ou então, quem sabe, um dia primeiros-ministros, ou os ministros das Finanças da província. A entrega destas bolsas de estudo nesta gala, para mim é a parte mais importante do evento”, sublinhou Joe Eustáquio, o presidente da aliança.

 

 

Samantha Deviveiros, uma lusodescendente de 17 anos, vai para o próximo ano letivo frequentar a Universidade de York e mostrou-se “orgulhosa” por receber a bolsa de estudo, que a vai ajudar “a integrar-se melhor” junto da comunidade, tendo prometido juntar-se à YUPA (Associação Portuguesa da Universidade de York), para ficar ligada ao movimento associativo.

 

 

O ministro das Finanças do Ontário, o luso-canadiano Charles Sousa, também presente, fez questão de demonstrar que tem “orgulho em ser luso-canadiano”:

 

 

“O impacto que a nossa comunidade tem no Ontário é enorme, temos portugueses espalhados um pouco por todo o país, mas há anos”, enalteceu o ministro das Finanças do Ontário.

 

 

Charles Sousa sublinhou ainda o facto de também no Quebeque, a pasta ministerial das Finanças estar entregue a um português, Carlão Leitão.

 

 

“Muitas vezes falamos em português nas nossas reuniões. Os outros [ministros] ficam um pouco admirados, porque as línguas oficiais do Canadá são o inglês e o francês. Mas nunca perdemos a oportunidade para que eles [canadianos] saibam que a nossa comunidade ao longo dos anos, não é só de agora, mas há 500 anos, o que temos feito no mundo”, frisou.

 

 

A Gala da ACAPO também atribuiu um prémio de mérito a Manuel Paulo Amorim Pereira, natural de Arco de Valdevez (Viana do Castelo), a residir no Canadá desde 1985, e desde muito cedo ligado à Associação Cultural do Minho.

 

 
“É o reconhecimento do trabalho efetuado por muitas pessoas para que todas estas organizações se mantenham vivas. É uma maneira muito inteligente da ACAPO de chamar a atenção das pessoas para se envolverem e participarem num trabalho voluntário que faz falta. É um incentivo”, salientou.

 

 

Este evento também serviu de lançamento para a Semana de Portugal 2015, que se vai prolongar até 25 de julho.

 

 
Um dos destaques da efeméride é a Parada do Dia de Portugal, que acontecerá no dia 14 de junho, e que deve juntar na Dundas Street West cerca de 300 mil espetadores, segundo a ACAPO que organiza aquelas festividades.

 

 

 

Nuno Andre Ferreira
LUSA
03/05/2015

 

 

 

Berta Cabral encabeça lista do PSD pelos Açores nas legislativas

A comissão política do PSD/Açores aprovou hoje a lista de candidatos às legislativas nacionais deste ano, que é encabeçada pela secretária de Estado da Defesa Nacional, Berta Cabral.

 
A lista foi aprovada na reunião da direção do PSD/Açores que está a decorrer em Ponta Delgada e revelada pelo presidente do partido, Duarte Freitas, numa declaração em que não respondeu a perguntas dos jornalistas.

 

 

Segundo disse Duarte Freitas, a lista foi aprovada por voto secreto e teve um voto contra e quatro abstenções, tendo agora de ser ratificada pelo Conselho Regional do PSD/Açores, que se reunirá a 15 de maio.

 

 

Para além de Berta Cabral, ex-presidente do PSD/Açores e da Câmara Municipal de Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, integra a lista social-democrata açoriana, no segundo lugar, o deputado no parlamento regional e presidente do PSD da Terceira, António Ventura.

 

 
O terceiro nome é Rosa Dart, vice-presidente do PSD do Faial e o quarto é Joaquim Machado, presidente dos TSD/Açores e também deputado na Assembleia Legislativa regional.

 

 
Confirma-se assim que pela primeira vez o ex-presidente do Governo Regional João Mota Amaral não será candidato a deputado na Assembleia da República pelos Açores, ao contrário da vontade manifestada pelo próprio. Também os outros dois deputados do PSD eleitos pelos Açores, Lídia Bulcão e Joaquim Ponte, não voltam a ser candidatos.

 

 
“A comissão política regional, também por voto secreto e com um voto contra apenas, decidiu, na continuação do processo de renovação que tem caracterizado o PSD/Açores, propor ao Conselho Regional uma renovação integral da lista de candidatos à Assembleia da República”, disse Duarte Freitas, na declaração que fez aos jornalistas.

 

 
Duarte Freitas acrescentou que a direção do PSD/Açores “agradece o trabalho desenvolvido em defesa dos açorianos e dos Açores pelos [atuais] deputados sociais-democratas açorianos”.

 

 
Quanto aos novos candidatos à Assembleia da República, que pela primeira vez são mais mulheres do que homens, garantiu que “assumem igualmente o compromisso de defesa intransigente” dos Açores, “de dedicação exclusiva ao parlamento” e “reforço das relações de grande proximidade com os açorianos em todas as ilhas”.

 

 
A comissão política do PSD/Açores decidiu ainda, por unanimidade, não se coligar com o CDS-PP no arquipélago, numa decisão tomada também por voto secreto, segundo Duarte Freitas.
Até agora, é conhecido mais um cabeça de lista pelos Açores nas eleições deste ano: Carlos César, presidente do PS e ex-presidente do Governo Regional, foi o nome escolhido pelos socialistas açorianos.

 

 
MP // PMC
Agência Lusa/TPT

 

01/05/2015

 

 

 

 

Ribeira Grande terá em 2016 ‘Praça Saudades da Terra’ em homenagem aos emigrantes

A cidade da Ribeira Grande, nos Açores, vai ter um monumento intitulado “Praça Saudades da Terra” de homenagem aos emigrantes, disse hoje à agência Lusa o presidente da câmara, Alexandre Gaudêncio (PSD).

 
“Será um projeto intitulado ‘Saudades da Terra’. Terá como principal objetivo homenagear a nossa comunidade emigrante. Será uma praça com quase cinco mil metros quadrados, onde o desenho que inaugurámos em Vancouver (na estátua de Joe Silvey) estará representado na Ribeira Grande”, afirmou o autarca, que visitou Vancouver e Toronto, no Canadá.

 
Alexandre Gaudêncio lembrou que o monumento inaugurado no dia 25 de abril, no Stanley Park, em Vancouver, de homenagem ao baleeiro açoriano Joe Silvey, quem em 1860 chegou à costa oeste do Canadá, casando com duas nativas do povo da Salish daquela região, vai estar ligado ao concelho da ilha de São Miguel.

 
“A pessoa que colocou a pedra (calçada) no monumento de Joe Silvey em Vancouver é da Ribeira Grande. Agora pretendemos elaborar o mesmo desenho na pedra que só existe aqui (na estátua no Stanley Park) num local de privilégio da cidade”, sublinhou.

 

 

O projeto já está numa fase adiantada, estando já efetuado um estudo, e agora o autarca pretende envolver ainda mais a comunidade emigrante.

 
“Agora vamos envolver a nossa comunidade emigrante para também angariarmos apoios para que possamos avançar com o projeto. No próximo ano (2016) vamos iniciar a ‘Praça Saudades da Terra’, e que deve nesse ano estar efetivamente concluída”, salientou.

 
O monumento estará localizado à entrada da cidade da Ribeira Grande, num local com bastantes potencialidades, que “está por explorar”, próximo de um Centro de Arte Contemporânea, e a uma praia que também será reabilitada.

 
“Pretendemos com este projeto dar uma outra vida àquela área da cidade. Queremos dar uma voz à comunidade emigrante, olhar de outra forma para os nossos emigrantes, principalmente do Canadá e dos Estados Unidos, envolvendo-os em torno do projeto, para depois mais tarde visitarem o local, levando a sua família, e dessa forma também promover o turismo, que é sempre importante”, concluiu Alexandre Gaudêncio.

 
A Ribeira Grande está localizada na costa norte da ilha de São Miguel e tem cerca de 13 mil habitantes.

 

 
SEYM // VM

Agência Lusa/TPT

01/05/2015

 

 

 

Parlamento vai analisar em plenário petição por ligação marítima entre Madeira e continente

A Comissão Parlamentar de Economia e Obras Públicas aprovou hoje um relatório para que seja debatida em plenário uma petição a defender o regresso do transporte marítimo por ‘ferryboat’ entre a Madeira e o continente.

 
A petição sobre o “Transporte marítimo por ‘ferryboat’ entre a ilha da Madeira e o continente”, com 4.582 subscritores, tem como primeiros peticionários Paulo Farinha, da plataforma “Cruise Ferry para a Madeira”, e Mário Sérgio Marques, que entretanto passou a integrar o Governo Regional da Madeira, eleito pelo PSD.

 
Na petição reclama-se o “estabelecimento de um serviço público de transporte marítimo regular de passageiros por ‘ferryboat'”, que reduza a dependência do transporte aéreo e “os constrangimentos da insularidade”.

 
O deputado Jacinto Serrão (PS), relator da comissão, salientou que deve ser assegurado o transporte regular entre todas as regiões do país, “no sentido do respeito” pelos princípios da igualdade e coesão territorial.

 
O deputado disse tratar-se de uma petição “legítima e necessária”, mas apontou como “obstáculos” detetados na sua apreciação “a ausência de resposta do Governo da República” às questões do parlamento e “as taxas exorbitantes” praticadas nos portos da Madeira.

 
“O que existia antes não era um serviço público, era uma empresa privada que prestava um serviço fundamental aos madeirenses e aos continentais”, notou o social-democrata Hugo Velosa.

 
O deputado frisou que “as condições de serviço público têm de ser previamente determinadas entre o Governo da República e o governo da região autónoma”.

 
“Há um hábito infelizmente negativo de os Governos não se pronunciarem sobre as petições que entram nesta casa”, criticou Hugo Velosa.

 
O deputado Bruno Dias, do PCP, também lamentou que a Assembleia da República costume “bater na parede” da falta de resposta da tutela governamental na apreciação das petições.

 
Bruno Dias sublinhou a necessidade de ser assegurada a prestação de “serviço público” às populações, e espera que o Governo Regional da Madeira “possa também dar um contributo importante” para se encontrar uma solução que vá ao encontro das expetativas dos peticionários.

 
“É preciso dar as condições para que qualquer interessado sinta que a linha vale a pena, que o negócio tem pernas para andar”, afirmou Hélder Amaral, do CDS-PP, defendendo que o assunto deve merecer reflexão, à semelhança de outros apoios do Governo, como nas ligações aéreas entre Lisboa e Bragança.

 
A deputada Mariana Mortágua (BE) também lamentou “a falta de resposta do Governo” às questões colocadas pela comissão parlamentar.

 
“Há aqui uma necessidade que tem de ser respondida, independentemente do interesse privado”, afirmou a deputada, argumentando não fazer sentido que a Madeira esteja dependente apenas de ligações aéreas com o continente.

 
A comissão aprovou por unanimidade que a petição seja debatida pelos deputados em plenário da Assembleia da República.

 

 

Para Esmith Gomes, um dos peticionários, a decisão “é um passo importante” para a reposição da ligação marítima entre a Madeira e o continente, que funcionou de 2008 a 2012 entre o Funchal e Portimão, mas que a plataforma quer relançar com destino a Setúbal.

 

 

LYFS // ROC

 

LUSA
28/04/2015

 

 

 

Portugal primeiro país da UE a testar sistema de ‘fronteiras inteligentes’

Portugal vai ser o primeiro país da União Europeia a testar, este mês, o novo sistema de gestão de fronteiras aéreas, destinado a controlar a entrada e a saída de estrangeiros do espaço europeu.

 
Portugal vai ser o primeiro país da União Europeia (UE) a testar, este mês, o novo sistema de gestão de fronteiras aéreas, um programa destinado a controlar a entrada e a saída de estrangeiros do espaço europeu.

 
Trata-se do novo conceito da UE para melhorar a mobilidade e a segurança nas fronteiras denominado “fronteiras inteligentes”, que integra o Sistema de Entradas e Saídas, que permitirá registar a hora e o local de entrada e saída dos cidadãos de países terceiros que viajam para a Europa, e o Programa de Registo de Viajantes, que possibilitará aos viajantes mais frequentes entrar na UE com recurso a controlos mais simplificados.

 
Este programa vai ser testado durante seis meses em seis países, sendo Portugal o primeiro a arrancar com os testes-piloto, a 15 de março, no aeroporto de Lisboa.

 
Para preparar o arranque do projeto, o secretário de Estado da Administração Interna, João Almeida, e o eurodeputado do CDS-PP Nuno Melo visitaram hoje o posto de fronteira do aeroporto de Lisboa, juntamente com o diretor nacional do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), Beça Pereira.

 
No final da visita, Nuno Melo, citado pela agência Lusa que este sistema é fundamental para deteção de potenciais atos terroristas, destacando que vai permitir, por exemplo, detetar o momento de entrada na UE de cidadãos provenientes de países terceiros, mas “também sinalizar em alarme a não saída, decorrido o tempo de permanência possível dentro do espaço europeu”.

 
O eurodeputado adiantou que atualmente há um controlo, “mas não se sabe se um cidadão que entra em Portugal e se desloca na UE sai dentro do prazo”.

 
“Este é um sistema que, usando nova tecnologia, permite com muito maior eficácia, em plena guerra contra o terrorismo, detetar situações que de outra forma poderiam escapar”, afirmou, sublinhando que “justificou um investimento muito maior na sequência dos atentados em Paris”.

 
Segundo Nuno Melo, este novo sistema de gestão de fronteiras já tinha sido pensado antes dos ataques de janeiro em Paris, mas o combate ao terrorismo ganhou “um novo impulso” com estes atentados.

 
Este novo conceito de “fronteiras inteligentes” tem sido alvo de críticas, mas o eurodeputado do CDS-PP garantiu que “o sistema não é intrusivo” e “não exige dados que não estejam disponíveis ou que vão violentar do ponto de vista da proteção desses mesmos dados”.

 
Por sua vez, o secretário de Estado da Administração Interna afirmou que Portugal foi escolhido porque tem “desenvolvido nos últimos anos, ao nível do controlo de fronteiras, uma série de tecnologias que estão na liderança”, além de se tratar de um “reconhecimento à capacidade” do SEF.

 
“Quando são escolhidos apenas seis países para fronteiras áreas neste projeto de liderança é um reconhecimento quer à capacidade de Portugal desenvolver novas tecnologias, quer ao rigor no nosso controlo de fronteiras”, sustentou.

 
João Almeida disse ainda que o objetivo do projeto é poder conciliar “a modernização da gestão de fronteiras e a forma de disponibilizar novos serviços aos utilizadores de países terceiros” e de “conseguir aumentar ao nível da gestão de informação no controlo de fronteiras”.

 
Depois de Portugal, o projeto “fronteiras inteligentes” vai ser também testado em aeroportos da Holanda, Alemanha, Espanha, França e Suécia.

 
Este novo sistema destina-se à gestão de fronteiras aéreas, marítimas e terrestres.

 

 

Tiago Petinga

 
05/03/2015

 

LUSA

 

 

 

Belmiro cede presidência da Sonae a Paulo Azevedo

Belmiro de Azevedo abandona presidência da Sonae.

 

 

Empresário vai deixar os lugares que ocupa na estrutura do Grupo. Paulo Azevedo, atual líder executivo, vai repartir esta função e substituir o pai no topo da Sonae.

 

 

Belmiro de Azevedo vai abandonar todos os cargos que ocupa na estrutura do Grupo Sonae, segundo uma notícia avançada pelo Diário Económico. O empresário, atual presidente do conselho de administração do Grupo, irá dar o lugar ao segundo dos seus três filhos, Paulo Azevedo, a quem cabe, atualmente, a liderança executiva, que assumiu em 2007. O gestor, prossegue o jornal, passará a dividir a presidência da comissão executiva com Ângelo Paupério, até agora vice-presidente da Sonae. O abandono de Belmiro de Azevedo abrange, também, os cargos que ocupa na Sonae Indústria e na Sonae Capital.

 

 

Um comunicado que inclui três pontos e divulgado pela Sonae SGPS através do site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários confirma a situação. “O Sr. Eng. Belmiro Mendes de Azevedo deliberou que não será candidato a integrar o Conselho de Administração desta sociedade, a eleger na próxima Assembleia Geral Anual, que se realizará no próximo dia 30 de abril”, refere o documento, acrescentando: “A lista de membros integrantes do Conselho de Administração desta sociedade que a Efanor Investimentos SGPS [holding de Belmiro de Azevedo que detém perto de 53% do capital da Sonae SGPS] apresentará àquela Assembleia Geral Anual será oportunamente divulgada”.

 

 

No ponto três, o comunicado afirma que “será proposto ao Conselho de Administração [da Sonae SGPS] eleito que este considere a pertinência da eleição de Duarte Paulo Teixeira de Azevedo para os cargos de Chairman [presidente] e Co-CEO [chief executive officer] e de Ângelo Gabriel Ribeirinho dos Santos Paupério para o cargo de Co-CEO”. Esta iniciativa destina-se “a assegurar uma filosofia de continuidade da gestão da sociedade para o futuro, em coerência com aquela que sempre foi desenvolvida até este momento em concertação com os interesses estratégicos dos seus acionistas”.

 

 
Belmiro de Azevedo, 77 anos, possuidor de uma fortuna avaliada pela revista Forbes em 1,76 mil milhões de euros que coloca o empresário entre as pessoas mais ricas do Mundo, nasceu em Tuías, Marco de Canavezes, a 17 de fevereiro de 1938, sendo o mais velho de oito irmãos. Licenciou-se em engenharia química industrial na Faculdade de Engenharia do Porto, em 1964, e, antes de concluir os estudos, iniciou a atividade profissional na Efanor, empresa do setor têxtil.

 

 
No ano seguinte, ingressou na Sonae, como diretor de investigação e desenvolvimento, e chegou a administrador-delegado em 1973. Frequentou o “program for management development” na Harvard Business School. Nos anos 1980 assumiu a liderança do Grupo, anteriormente controlado pela família Pinto de Magalhães, numa época de expansão dos negócios que foi marcada, entre outros projetos, pelo lançamento do primeiro hipermercado da rede Continente, em 1985, em Matosinhos.

 

 
Autor: João Cândido da Silva

09/03/2015

 

 

 

EUA destacam 3000 militares para exercício da NATO no Báltico

O exercício é da Nato e dura três meses. No Báltico estarão ainda Letónia, Lituânia e Estónia, segundo fontes militares.

 
Os Estados Unidos vão destacar 3000 militares para um exercício de três meses que a NATO vai realizar no Báltico, juntamente com a Letónia, Lituânia e Estónia, informaram hoje fontes militares.

 
Segundo o porta-voz do Pentágono, coronel Steven Warren, veículos, helicópteros e equipamento pesado começaram a chegar a Riga, capital da Letónia.

 
Entre o material estão tanques Abrams e veículos de combate Bradley, bem como outro equipamento de apoio, que ficará o “tempo necessário para deter a agressão russa”, disse, em Riga, o general norte-americano John O’Connor.

 
“O exercício vai demonstrar ao Presidente da Rússia, Vladimir Putin, que, coletivamente, nos conseguimos unir”, sublinhou.

 
A Estónia, a Letónia e a Lituânia, que têm pouco equipamento militar, são membros da NATO e da União Europeia desde 2004.

 
A anexação da Crimeia pelo regime de Moscovo o ano passado e o recente conflito com a Ucrânia levou a NATO a focar-se na vulnerabilidade daqueles países do Báltico.

 
A Rússia tem feito uma série de manobras naquela região, levando a crer que pode tentar desestabilizar aqueles países que faziam parte da ex-União Soviética.

 
A NATO está a tentar contrariar a Rússia através do aumento da presença militar no flanco oriental da Europa.

 

 
Foto: MARCIN BIELECKI/EPA

 

09/03/2015 – LUSA

 

 

 

França diz que pode haver 10 mil europeus no Estado Islâmico em 2016

O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, admite que os 3 mil europeus implicados nos grupos jihadistas a combater na Síria e no Iraque podem chegar a 5 mil este verão e a 10 mil em 2016.

 
O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, disse este domingo que os três mil europeus implicados nos grupos jihadistas a combater na Síria e no Iraque podem chegar a cinco mil este verão e a 10 mil no próximo ano.

 

 

“Fazemos frente a uma ameaçada particularmente elevada em França e na Europa”, disse Valls numa entrevista às cadeias de televisão e rádio ‘Europe 1′ e ‘iTélé’. O Governo “integrou este nível de ameaça e atua em consequência, há que atuar com maior firmeza”, disse o primeiro-ministro, acrescentando: “Agora temos 3 mil europeus no Iraque e Síria. Poderão ser 5 mil antes do verão e 10 mil no próximo ano. Percebem agora a ameaça?”, questionou o governante.

 

 

No caso francês, Valls disse que havia 1.400 cidadãos associados a estes grupos terroristas, considerando que para os combater é preciso trabalhar na “cooperação internacional” e no reforço dos serviços secretos, que vão ser reformulados com uma lei.

 

 

O objetivo da lei, disse o primeiro-ministro, é “proteger também os cidadãos muçulmanos” porque as campanhas do Estado Islâmico pretendem “dividir”, mas também porque a direita radical os estigmatiza e porque os atos contra os muçulmanos aumentaram.

 

 
“Marine le Pen, como toda a extrema-direita, faz dos muçulmanos o inimigo”, criticou Valls.

 

 

MOHAMED MESSARA/EPA

 

8/3/2015

 

LUSA

 

 

 

 

Estado Islâmico raptou nove estrangeiros na Líbia

O auto-proclamado Estado Islâmico está a tentar tomar posições estratégicas na Líbia.

 

 

Um raide dos terroristas numa exploração petrolífera fez pelo menos nove reféns, entre eles um austríaco e um checo.

 
O Estado Islâmico estará a empregar as suas técnicas de guerrilha na Líbia e, à semelhança do que acontece na Síria e no Iraque, está a raptar estrangeiros possivelmente para pedir resgates. Num ataque ao campo petrolífero de al-Ghani, a 700 km de Tripoli, a organização terrorista terá feito nove reféns e decapitado nove líbios que faziam segurança no local.

 

 
Entre os reféns estão quatro filipinos, um austríaco, um checo, um ganense, um bangladeshiano e uma pessoa cuja nacionalidade ainda não foi confirmada.

 

 
A informação do ataque foi confirmada pela BBC junto de fontes do exército da Líbia e os governos das Filipinas e da Áustria já vieram confirmar que os seus cidadãos foram sequestrados. Estes estrangeiros trabalhavam neste campo petrolífero nos serviços de gestão da Value Added Oilfield Services (VAOS).

 

 
Apesar de haver relatos de decapitações dos guardas líbios, a VAOS insistiu que nenhum dos seus trabalhadores foi ferido ou magoado durante o ataque, embora afirme desconhecer o paradeiro dos estrangeiros desaparecidos.

 

 
Em 2011, em plena guerra civil, havia 200 portugueses a viver no país, sendo na sua grande maioria pessoas ligadas ao setor petrolífero.

 

 

 

 

Foto: AFP/Getty Images

 

Autor: Catarina Falcão

 

09-03-2015

 

Observador