Duques de Cambridge preocupados com o assédio dos paparazzi ao filho George de dois anos de idade

William e Kate Middleton estão preocupados com o assédio dos paparazzi ao filho, o príncipe George, motivo que os levou a emitirem um comunicado sobre o assunto.

 

Na mensagem divulgada pelo palácio de Kensington, os duques de Cambridge denunciaram as táticas utilizadas pelos fotógrafos de forma a obter imagens da criança e pediram aos meios de comunicação que não comprem este tipo de fotos.

 

 

“Nos últimos meses houve um aumento dos episódios de assédio dos paparazzi ao príncipe George de Cambridge. E as táticas utilizadas são cada vez mais perigosas”, lê-se na nota, que relata um episódio recente, em que um fotógrafo passou horas num carro de vidros fumados perto de um parque infantil.

 
O príncipe e a mulher recordam ainda que as principais fotos de George eCharlotte são partilhadas “com felicidade” pelo palácio nas redes sociais, norma que não irão deixar de cumprir. “É de esperar que aqueles que pagam aos paparazzi entendam que alimentam com o seu dinheiro atividades perigosas ao redor de uma criança de dois anos”, acrescenta o comunicado.

 
Recorde-se que o príncipe George de Cambridge tem dois anos e é o terceiro na linha de sucessão à coroa britânica. Também a mãe de William, a princesa Dianade Gales, morreu num acidente de viação a 31 de julho de 1997 num túnel em Paris quando era perseguida por paparazzi numa mota.

 

 

CARAS/14 AGOSTO 2015

 

 

 

Anabela Muekalia disse em Lisboa que quer deixar Washington e voltar a Angola de onde fugiu em 1986

Anabela Chipeio Muekalia nasceu em 1960 na província de Huambo, em Angola. Um ano depois, foram dados os primeiros tiros da guerra contra Portugal pela libertação. A violência podia ter terminado em 1975, com a proclamação da independência de Angola, e Anabela podia ter tido uma adolescência normal, junto dos pais e dos nove irmãos.

 

 

Mas a guerra civil  entre o MPLA e a UNITA roubou-lhe para sempre a casa e a mãe, separou-a da família, afastou-a do sonho de estudar, levou-a para a guerra de guerrilha e quase lhe roubou a vida. Milhões de angolanos sofreram os mesmos horrores. Quando o Impossível se Torna Possível (Sextante Editora) é o relato autobiográfico de uma angolana que sobreviveu e que hoje sonha com um país sem corrupção.

 

 

“Ficaram más memórias mas também boas memórias”. O otimismo é uma constante no discurso de Anabela Chipeio Muekalia, notório não só em Quando o Impossível se Torna Possível, mas também na conversa que teve com o Observador em Lisboa, onde esteve este mês para promover aquele que é o seu livro de estreia.

 

 

“A força que tenho para enfrentar os problemas também é parte daquilo que eu passei nos períodos mais difíceis da minha vida”, disse. Hoje, não lhe faltam motivos para sorrir. Vive na capital norte-americana, Washington, com o marido, Jardo Muekalia, que ali foi representante da UNITA. Têm juntos uma empresa de consultoria e dão ambos aulas na University of Potomac.

 

 

Se há 40 anos lhe tivessem dito que um dia a sua vida seria assim, Anabela ter-se-ia rido. Em 1975 estava demasiado ocupada a fugir com a família do clima de violência, de vila em vila, de província em província. Mergulhar nestas memórias foi um desafio.

 

 

“Nos momentos difíceis da minha vida, quando me sentia muito só, escrevia. Sobretudo quando soube que a minha mãe tinha falecido. Sempre pensei que poderia sair dali um livro para ser publicado, mas não tinha uma data precisa, porque a vida foi muito dura e exigente para comigo”, contou.

 

 

Cada incursão ao passado era “tão dolorosa que preferia pôr de lado”. O marido – que em 2010 lançou o livro Angola – A Segunda Revolução – e os filhos deram o empurrão que faltava para que ela terminasse uma obra “que pode servir muito mais gente, como documento histórico”.

 

 

Nos primeiros anos do conflito, Anabela Chipeio Muekalia chegou a viver num campo de refugiados na Namíbia, mas em maio de 1978 decidiu regressar a Angola para se juntar à guerrilha da UNITA. Achava que assim se conseguiria deslocar pelo país e encontrar os pais, mas as dificuldades foram mais do que aquelas que tinha previsto.

 

 

Na base de Chisdombo, por exemplo, apanhou malária e quase morreu. Foi salva por Ana Savimbi, mulher do falecido líder da UNITA, Jonas Savimbi, que a levou para outra região com hospital. A autora ainda é filiada na UNITA, o maior partido de oposição ao MPLA (o vencedor da guerra civil), do presidente angolano José Eduardo dos Santos.

 

 

Na guerra, Anabela aprendeu a sentir “a causa”, isto é, o sentimento de que a luta “era justa” e que o futuro do país estava acima de tudo. “A causa” marcaria o resto da sua vida, mesmo depois de ter ido morar para os Estados Unidos, em 1986, onde Jardo Muekalia representava a UNITA.

 

 

Defensora da igualdade de género, acabou por ter de criar os três filhos muitas vezes sozinha, porque o marido era constantemente chamado para missões. Teve de adiar o sonho dos estudos superiores também por causa disso.

 

 

Mas não concorda com todas as opções que o partido tomou no passado. Em 1992, a UNITA contestou o resultado das primeiras eleições livres angolanas e a guerra prolongou-se por mais 10 anos.

 

 

“Naquele período devia ter-se encontrado uma forma mais passiva de resolver os problemas de Angola, tendo em conta que o país já tinha passado por muita guerra. E na guerra não se constrói nada, destrói-se tudo”, disse. “Ambas as partes que estiveram no conflito perderam muitos mais homens e destruiu-se muito mais o país do que se ganhou.

 

 

Os líderes deveriam ter a responsabilidade de velar pelos que menos têm e mais sofrem“, sublinha. O verbo é dito no tempo presente porque “‘a causa’ vai continuar a existir até que o nosso país se desenvolva“.

 

 

Depois de anos a lutar, e desgostosa por ver a desigualdade económica e social que existe no país onde nasceu, Anabela mantém-se positiva e sonha com o dia em que ouvirá dizer que “Angola é um país que dá mais-valias aos cidadãos”. Até deixa algumas ideias no livro.

 

 

No centro dos problemas, admite ao Observador, está a corrupção. “Gostaria que o meu país fosse isento desta prática. Se, como líderes, pudermos evitar a corrupção e pôr a fortuna de Angola onde é necessária, evolui o país e a população. Eu sou uma pessoa justa, por isso gostaria que os nossos líderes angolanos também fossem justos. E responsáveis nos lugares que ocupam”, disse. Pode esse desenvolvimento do país acontecer sob a liderança de José Eduardo dos Santos?

 

 

“O impossível pode tornar-se possível, não é?”, respondeu, diplomaticamente, a mulher de Jardo Muekalia, o homem que muitos apontam como um dos mais sérios candidatos à sucessão de Isaias Samakuva na liderança da UNITA.

 

 

Anabela faz questão de ir pelo menos duas vezes por ano a Angola e de acompanhar a atualidade nacional. “Ainda sou parte de Angola”, disse. Uma das ideias que dá no livro para o futuro é a diversificação da economia. E dá o “ouro negro” como exemplo. “O petróleo hoje está a baixar.

 

 

E Angola é um país tão rico, é até uma bênção em relação a outros países africanos, que têm muito menos riqueza natural, que podia diversificar a sua economia. Mas é preciso entender que mesmo para a diversificação da economia é preciso ter quadros capazes para entender os setores e poderem dar passos certos para cumprir os objetivos”, disse ao Observador.

 

 

É aqui que entra a outra causa de Anabela: a educação. A cada local por onde passou, a professora universitária fez sempre questão de estudar e de aprender o que pudesse, em honra do pai, cujo sonho era ver todos os filhos formados. Não fossem os estudos e dificilmente teria chegado tão longe.

 

 

É por isso que passou aos filhos, com 26, 25 e 24 anos, a paixão pela escola. Os três fazem parte de uma geração que viu a guerra terminar, em 2002. “Eu fui-lhes contando algumas histórias e eles chamam-me ‘a mãe herói‘ [risos]. Têm uma visão diferente da vida e uma forma diferente de encarar os problemas”, contou.

 

 

A educação, a par da saúde, eram as armas que Anabela gostaria de passar agora a todo o país. “São vitais para o engrandecimento do país e é preciso apostar nelas”, defendeu. “Pergunto-me o que vai acontecer com esta geração. É uma perdição, porque aquelas crianças serão o futuro do país.

 

 

E a falta de educação vai refletir-se nesse futuro”. Educados os filhos, a professora universitária gostava agora de regressar ao país onde nasceu e ajudar “não só os mais crescidos que estão nas faculdades, mas também os miúdos que estão nas ruas em vez de estarem na escola”.

 

 

Anabela já partilhou o seu desejo com o marido, que se mostrou recetivo à mudança. Até lá, ainda tem mais um sonho por cumprir. “Pensei que em janeiro poderia continuar a estudar e terminar o meu PhD [doutoramento], mas estou um pouco dividida. Queria aproveitar o tempo de vida que me sobra para poder ajudar mais em projetos sociais. Mas quem sabe? O impossível pode tornar-se possível”.

 

 

Sara Otto Coelho / Obs//13/8/2015

 

 

 

 

São Tomé e Praia assinam protocolo nas áreas do emprego, juventude e recursos humanos

Cabo Verde e São Tomé e Príncipe assinaram um protocolo de cooperação para a execução de um programa nas áreas do emprego, formação profissional, empreendedorismo jovem e recursos humanos, anunciou hoje em São Tomé fonte oficial cabo-verdiana.

 

O anúncio foi feito pela ministra do Emprego, Juventude e Desenvolvimento dos Recursos Humanos cabo-verdiana, Janira Hopffer Almada, à chegada a São Tomé para uma visita de quatro dias a São Tomé e Príncipe a convite do seu homólogo, Carlos Gomes, titular da pasta do Emprego e Assuntos Sociais.

 

“As áreas de requalificação profissional, empregabilidade jovem, emprego, inspeção-geral do trabalho, a questão do regime não contributivo da proteção social”, estão igualmente englobados neste protocolo, disse Janira Almada, que é também presidente do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAICV, no poder).

 

Segundo a ministra cabo-verdiana, a assinatura do protocolo vai permitir que os dois países possam ter “melhores condições, mediante as relações institucionais incrementadas”, para se apoiarem mutuamente no desenvolvimento e na obtenção de oportunidades “entre as pessoas que deverão ser parte integrante dessa cooperação”.

 

O documento já havia sido discutido e preparado em Cabo Verde durante a recente visita do ministro são-tomense Carlos Gomes.

 

O protocolo contempla ainda a troca de alguns documentos que as duas partes consideram “transversais”.

 

“A juventude é considerada uma questão transversal, ou seja toda e qualquer medida governamental tem que ter em conta o impacto ou efeitos que terá na juventude”, explicou a ministra cabo-verdiana.

 

Segundo o programa de visita, Janira Almada, além de reuniões de trabalho com Carlos Gomes, tem agendado um encontro com o ministro da Juventude e Desportos, Marcelino Leal Sanches, e será recebida pelo Presidente Manuel Pinto da Costa, pelo presidente da Assembleia nacional, José da Graça Diogo, e pelo ministro da Presidência do Conselho de Ministros e dos Assuntos Parlamentares, Afonso da Graça Varela.

 

Do programa constam visitas a projetos de caráter agrícola e de reinserção de jovens, às comunidades cabo-verdianas radicadas em São Tomé e uma deslocação à região autónoma do Príncipe, onde também reunir-se-á com o presidente do governo regional, José Cassandra.

 

MYB // EL/13/8/2015

 

 

 

 

Presidente da Câmara de Newark reconhece a necessidade de reforço policial na cidade

 

O sentimento de insegurança existente na cidade de Newark originado por uma série de assassinatos, assaltos e atos de vandalismo, levou o mayor Ras Baraka e as suas chefias policiais a convocarem os residentes do Ironbound para uma reunião com o objectivo de promover a colaboração da população no combate à criminalidade nesta cidade, que, com os seus cerca de 300 mil habitantes, é também a maior cidade do estado de New Jersey.

 

 

A reunião teve lugar na sede do Roca-O-Norte, localizada no bairro do Ironbound, e foi presidida pelo mayor da cidade de Newark, Ras Baraka. Nesta reunião, que contou com a presença de cerca de duzentas pessoas, participaram também Anthony Campos, Chefe de Polícia de Newark, e o Capitão Joseph Pereira, comandante da Esquadra de Polícia do Bairro do Ironbound.

 

 

Durante a reunião, a polícia foi questionada sobre a existência de várias câmaras de vigilância que não estão a funcionar desde que a cidade foi fustigada pelo furacão Sandy. Em resposta, o Chefe Anthony Campos garantiu que desde que tomou posse há um ano já foi feita uma requisição para serem reparadas todas as câmaras de vigilância danificadas. No seguimento desta pergunta, o Chefe Campos aproveitou para lembrar a população que se alguém tiver videos de crimes devem enviá-los para a polícia.

 

 

Alguns dos representantes da comunidade equatoriana elogiaram o trabalho da polícia, mas falaram igualmente  do número de crimes de homicidio que vitimaram compatriotas seus nos últimos três meses e enfatizaram a ideia de que a maior parte dos crimes de assalto e agressão não são trazidos ao conhecimento da polícia porque as vítimas estão no país ilegalmente e temem revelar a sua identidade.

 

 

Presidente da Câmara Municipal de Newark reconhece a necessidade de reforço policial na cidade2

 

 

O Chefe Anthony Campos, em resposta às queixas dos intervenientes, referiu que “nós estamos aqui para ajudar todas as pessoas  por igual. Independentemente do seu estatuto migratório, ou da forma de como entrou no país, ou independente da sua raça ou religião, todos são tratados da mesma forma e com o mesmo respeito. A polícia não pergunta o seu estatuto legal. A nossa preocupação é trabalhar com o cidadão para combater o crime. Se você é vitima ou testemunha de um crime, ou se tem informação importante que leve à prisão dos criminosos, não deve recear falar com a polícia. Nós estamos todos do mesmo lado, temos que trabalhar juntos para obter resultados”, referiu Anthony Campos, que fez ainda questão de incentivar os residentes a participar qualquer mau atendimento de que as pessoas possam ser alvo por parte dos agentes policiais, ou a denunciar a forma como a sua queixa foi tratada.

 

 

Somente com a colaboracão de todos será possível melhorar a segurança de pessoas e bens”

 

 

O Ironbound é maioritariamente constituido por trabalhadores emigrantes. Existe um número considerável de habitantes que não têm estatuto legal no país. Por essa razão, preferem esconder da polícia qualquer crime de que sejam alvo, ou que observem como testemunhas.  Fazem-no por medo de deportação. Contudo, os seus receios  permitem que os criminosos escapem às malhas da polícia.

 

 

Ras Baraka responde que “o medo que os emigrantes indocumentados têm de apresentar queixas na polícia é infundado, uma vez que todas as pessoas têm o direito de denunciar um crime, quer sejam cidadãos legais ou não”.

 

 

O crime de homicídio que vitimou recentemente o cidadão português Agostinho Sousa, natural do Minho, e a escassez de pessoas que colaboraram com informacão na altura do crime, despoletou a necessidade da polícia organizar esta reunião com a população local. O apelo inicial veio do Chefe Anthony Campos. ” Há três aspetos essenciais que é necessário que a nossa população entenda. Em primeiro lugar, é preciso que as pessoas denunciem os crimes e o façam imediatamente logo que tenham conhecimento deles. É importante que nos forneçam toda a informação que tenham sobre qualquer caso”.

 

Presidente da Câmara Municipal de Newark reconhece a necessidade de reforço policial na cidade3

 

Por sua vez, o capitão Pereira, comandante da esquadra policial do Bairro Leste, também fez questão de sublinhar que “qualquer pessoa que necessite de ajuda, tem o direito de chamar a policia sem temer consequências. Não importa se está legal ou não”.

 

 

Segundo o Mayor Ras Baraka, e com base nas estatísticas, “o número de homicídios baixou em 40% nos primeiros meses do ano, mas reconhecemos que embora o trabalho da polícia esteja a ser efetuado com eficiência, estamos a lutar contra a falta de recursos humanos”, disse.

 

 

Desde que em 2010 a Academia de Polícia de Newark fechou e que após o seu encerramento foram dispensados 167 polícias por motivos de orçamento, o Departamento da Policia de Newark sofre diariamente em razão dessas consequências. “São precisos mais homens de uniforme a patrulhar as ruas”, reivindica o mayor.

 

 

Ras Baraka reeiterou o que o Chefe Anthony Campos havia dito. “Se as pessoas nao falarem com a polícia quando são vitimas de um crime, as estatísticas vão traduzir uma realidade diferente. Se não houver denúncias, é como se o crime nao tivesse existido. Esta passividade da população em não denunciar os crimes diretamente à polícia, mas de o fazerem nas redes sociais  afeta o número de polícias que são disponibilizados para o nosso bairro. A ideia é que se “não há crime, não há necessidade de contratar mais policias”.

 

 

Os polícias de Newark são competentes, mas não são suficientes

 

 

O Mayor Ras Baraka alerta ainda a população para a importância da denúncia imediata de qualquer tipo de crime. ” Só os números podem causar pressão. Precisamos de saber o número exato de crimes para trazer de novo a Academia de Polícia para Newark e para podermos contratar mais agentes. No ano passado, os State Trooper estiveram a colaborar no terreno com o Departamento de Polícia de Newark, e foram instalados na altura “postos de vigia” em pontos estratégicos da cidade. A iniciativa resultou e vamos reativá-los novamente na próxima semana.

 

 

Quanto à permanência de polícias do Estado para patrulhar a cidade, Ras Baraka referiu que esta medida deverá manter-se até que o Departamento consiga repôr o número de polícias dispensados”. Em relação a outras colaborações no campo da segurança, o mayor Baraka informa que o Condado de Essex também tem colaborado com a policia de Newark no sentido de garantir uma maior segurança e uma maior cobertura do terreno”.

 

Presidente da Câmara Municipal de Newark reconhece a necessidade de reforço policial na cidade4

 

Durante a reunião alguns dos presentes apresentaram as suas preocupações e interrogaram as autoridades sobre situações particulares que ocorreram no passado. Mas, como resposta, tanto o Mayor Baraka, como o Chefe Campos, e o Capitão Pereira, foram unânimes em dizer que a rapidez com que se traz até ao conhecimento da polícia cada ocorrência é determinante para um desfecho eficaz.

 

 

Ras Baraka lembrou ainda aos presentes que existe um aplicativo disponível com o nome de ” My Newark” para fazer o download para qualquer telefone, através do qual se podem denunciar os crimes anonimamente. Ao utilizar este aplicativo para fazer uma denúncia, o cidadão não tem de recear expor a sua identidade. Qualquer queixa entra automaticamente no sistema da polícia. Para além do departamento “My Newark”, o mayor disse ainda que podem utilizar a linha telefónica, ” Tips line”.  Ras Baraka fez questão de referir que esta iniciativa “foi importante na recente detenção de várias dezenas de elementos pertencentes a dois grupos de gangs diferentes. “Toda a gente tem hoje em dia um telefone digital, por isso, tirem fotografias, enviem-nas para nós, e denunciem a criminalidade, pois só com a ajuda de todos podemos fazer uma cidade mais segura e onde haja mais gosto viver,” disse.

 

 

Como balanço final da reunião, existe a garantia do Mayor Baraka que a partir da próxima semana o bairro estará mais vigiado e em breve será patrulhado por mais agentes de uniforme. Os habitantes têm também a garantia de que irei continuar a tentar obter  do Procurador Geral John Hoffman mais recursos humanos e materiais, para que Newark seja uma cidade mais segura. Porém, faço aqui também um apêlo para que cada cidadão telefone para a Procuradoria Geral e peça que seja reaberta a Academia de Policia em Newark”, referiu o Mayor Ras Baraka que tem planos para colocar mais 450 polícias a patrulhar a cidade durante os próximos quatro anos.

 

 

Segundo as autoridades policiais presentes na reunião, as denúncias podem ser enviadas para o departamento da Força Tarefa de Homicídios através da Tip Line:(877) 847-7432 ou para o programa Crime Stoppers: (877) NWK-TIPS (695-8477). As ligações são sigilosas e, caso elas levem ao paradeiro e prisão do criminoso, existe a possibilidade de recompensas de até 10 mil dólares.

 

 

Carla Barfield

The Portugal Times/12/8/2015

 

 

 

 

 

 

 

 

Ministério da Educação anulou as equivalências atribuídas pela Lusófona ao fadista Nuno da Câmara Pereira

O fadista Nuno da Câmara Pereira, corre o risco de perder a licenciatura em Engenharia do Ambiente. É um dos alunos que beneficiou de equivalências que foram declaradas nulas pela Inspeção-geral da Educação e Ciência (IGEC). Tal como Miguel Relvas ou como outros 150 alunos, Câmara Pereira tirou o curso na Universidade Lusófona, mas a tutela entende que o processo não foi rigoroso e não cumpriu as todas regras. Isso mesmo pode ler-se no relatório da IGEC, consultado pelo Observador.

 

 

O Ministério da Educação concluiu que “o registo do percurso escolar do aluno, assim como o certificado emitido, não se encontram de acordo com nenhum dos planos de curso” aprovados. Segundo a Inspeção-Geral, a matrícula do aluno no curso de Engenharia do Ambiente em 2 de fevereiro de 2012 num “plano de estudos que já não se encontrava em vigor é irregular, na medida em que foi efetuada em data que já não permitia a obtenção do grau de acordo com o plano de estudos” aprovado.

 

 

Ao Observador, Câmara Pereira garante que o seu caso “não se trata de nenhuma relvice” e diz que houve no processo “má-fé”. “O que aconteceu foi uma vergonha e uma fantochada”, insiste.

 

 

Agora de repente, aparecem uns iluminados que dizem que nós não temos direito à licenciatura. Não tenho nada a ver com as relvices”, afirma.

 

 

Para perceber todos os contornos da formação académica do fadista é preciso recuar até 1975, ano em que concluiu o curso de regente agrícola (equiparado a bacharel) em Évora. Em 2008, um diploma assinado pelo então ministro da Ciência e do Ensino Superior, Mariano Gago, reconheceu aos equiparados a bacharéis o “direito ao prosseguimento de estudos e ainda à creditação da sua formação profissional”.

 

 

Nesse ano, Nuno da Câmara Pereira decidiu candidatar-se à licenciatura em Engenharia do Ambiente e foi-lhe proposto pela instituição que frequentasse um Curso de Especialização em Ciências do Ambiente para Regentes Agrícolas, criado precisamente para pessoas com essas habilitações. Ao todo, inscreveram-se 15 alunos, “homens maduros”, conta o fadista.

 

 

É aqui que as coisas se começam a complicar. Depois de terminar a especialização em 2011, Nuno da Câmara Pereira inscreveu-se na licenciatura de Engenharia do Ambiente em fevereiro de 2012, curso que terminou em novembro do mesmo ano, ao abrigo das equivalências que lhe foram atribuídas: 60 créditos pelo Curso de Especialização, 27 pelo percurso profissional e 103 pelo currículo académico anterior, totalizando 190 créditos – que correspondiam a todas as “cadeiras” da licenciatura. Na prática, Nuno da Câmara Pereira não teve de fazer qualquer avaliação no âmbito da licenciatura em Engenharia do Ambiente.

 

 

Ora, o problema é que por decreto-lei a Universidade Lusófona só estava autorizada a atribuir, “no limite”, 125 créditos por equivalência (27 pelo percurso profissional e 98 pelo currículo académico) e não 190 como atribuiu a Nuno da Câmara Pereira. Em 2008, a Comissão Científica do Curso de Engenharia do Ambiente ainda tentou aumentar o limite de créditos atribuíveis e enviou ao reitor da Universidade uma proposta de alteração nesse sentido. Proposta, essa, que nunca foi autorizada pelo reitor daquela instituição, diz o relatório do IGEC.

 

 

Também o percurso profissional do fadista foi tido em conta neste processo. A equivalência à cadeira de Microbiologia I, por exemplo, foi conseguida devido à experiência como vice-presidente da Cruz Vermelha Portuguesa e à direção técnica de obras de drenagem em instituição não especificada. Já a cadeira de Processos de Separação foi conseguida, por sua vez, devido a conhecimentos nas culturas de cana de açúcar na Companhia de Açúcar de Angola.

 

 

Tal como Nuno da Câmara Pereira, outras 13 pessoas do mesmo curso viram as suas equivalências anuladas – o que, em última instância pode significar a anulação das licenciaturas. No relatório do Ministério da Educação, a informação que consta é a de que o ex-deputado já se mostrou disponível para reintegrar o curso, mas o próprio disse ao Observador que ainda não sabe o que vai fazer. “Depende da proposta que tenham para me fazer, depende das circunstâncias e do tempo que vai durar”, explicou, admitindo um eventual regresso.

 

 

O fadista já foi líder do Partido Popular Monárquico e deputado entre 2005 e 2009, quando o PSD resolveu fazer uma aliança com o PPM e o MPT. Em 2013, foi candidato pelo Partido da Nova Democracia à Câmara Municipal de Sintra.

 

 

 

Miguel Santos/OBS/8/8/2015

 

 

 

Dizem as cartas que o príncipe Rodolfo e Maria Vetsera quizeram morrer juntos

O príncipe Rodolfo tinha 30 anos, Maria Vetsera 17. Ele vivia fascinado pela morte, ela vivia fascinada por ele. Cartas que a baronesa escreveu à mãe e aos irmãos pouco antes de morrer foram agora descobertas e confirmam a tese do pacto de suicídio. Mistério resolvido?

 

 

Um pacto de suicídio com mais de 100 anos ou um assassinato que teve origem numa intrincada conspiração política? Um acto desesperado ou o resultado da vingança pessoal de uma mulher que nunca se sentiu desejada nem conseguiu dar ao império austro-húngaro um herdeiro? Um duplo homicídio executado por agentes secretos ou a última vontade de um homem que sempre se sentiu fascinado pela morte? Como explicar a morte do herdeiro do império Habsburgo, Rodolfo da Áustria, e de uma das suas amantes, a jovem baronesa Maria Vetsera?

 

 

O mistério que a rodeia é um dos mais populares dos finais do século XIX e acaba de conhecer um novo desenvolvimento com a descoberta das cartas que Vetsera escreveu à mãe e aos irmãos pouco antes de morrer, a 30 de Janeiro de 1889, no pavilhão de caça que o herdeiro austríaco tinha na pequena cidade de Mayerling, 30km a sul de Viena.

 

 

As teorias sobre a morte do casal, umas bem mais plausíveis do que outras, avolumaram-se ao longo de décadas. E se algumas procuram caução no complexo tabuleiro político da Europa da época, antecâmara da Primeira Guerra Mundial, outras parecem saídas de uma conversa de café, de tão banais. Umas vêem no temperamento do herdeiro, sempre rodeado de mulheres e de artistas – muito mais próximo do da sua mãe, a célebre imperatriz Sissi (Isabel da Baviera), do que do do seu pai, o autoritário imperador Francisco José I – a explicação para o seu casamento falhado com a princesa Estefânia da Bélgica, com quem viria a ter uma filha, Isabel, e para os anticorpos que tinha na corte. Outras responsabilizam as suas ideias anticlericais e a sua ligação ao povo húngaro, para quem defendia uma maior autonomia, pelo isolamento político que haveria de contribuir para a sua morte. Numa corte muito conservadora e pró-Alemanha, Rodolfo era visto como um progressista perigoso que punha em risco a unidade do império e que afrontava a moral com as suas relações fora do casamento.

 

 

Foi precisamente para evitar o escândalo que decorreria de se saber que o herdeiro ao trono fora encontrado morto junto a uma das suas amantes que o corpo de Vetsera foi sepultado à pressa e em segredo. Foi para evitar que os pormenores daquele que ficaria conhecido como o Incidente de Mayerlingenchessem páginas de jornais – a notícia foi amplamente tratada nos principais títulos europeus – que praticamente todos os documentos a ele ligados desapareceram e que o inquérito que o imperador Francisco José ordenou à morte do filho foi atabalhoado e deixou muita margem às mais variadas teorias.

 

 

Descoberta “sensacional”

 
As cartas agora descobertas parecem vir reforçar a teoria que defende que os dois amantes morreram na sequência de um homicídio-suicídio previamente acordado (Rodolfo terá matado Maria Vetsera com um tiro na cabeça antes de virar a arma para si próprio), como argumentam boa parte dos historiadores que estudaram o Incidente de Mayerling, mas é preciso que os especialistas as estudem a fundo antes de tirar conclusões definitivas.

 

 

“Querida mãe / Por favor perdoa-me o que fiz / Não conseguiu resistir ao amor”, escreve a jovem baronesa, pouco antes de morrer. “De acordo com ele, quero ser enterrada junto a ele no Cemitério de Alland /Sou mais feliz na morte que na vida.” A carta estava no cofre de um banco de Viena, dentro de uma pasta de cabedal com fotografias e outros documentos da família Vetsera ali depositada desde 1926, anunciou recentemente a Biblioteca Nacional da Áustria, que classifica como “sensacional” a descoberta das cartas de despedida da jovem amante do herdeiro do império austro-húngaro (para além da que dirige à mãe, escreve também ao irmão, Feri, e à irmã, Hanna).

 

 

É grande o entusiasmo à volta destas cartas, cuja existência era conhecida dos historiadores mas que se julgava terem sido destruídas depois da morte da mãe de Maria Vetsera, admitem os responsáveis da biblioteca. Depois de cuidadosamente analisados, os três documentos vão integrar a exposição que a biblioteca vai dedicar ao imperador Francisco José I em 2016, quando passarem 100 anos sobre a sua morte.

 

 

Não se sabe quem terá deixado no cofre os documentos de família agora encontrados, explica ainda a biblioteca num comunicado. O que se sabe é que as três cartas estavam fechadas num envelope com a insígnia do príncipe herdeiro, escrevem os jornais austríacos. Até aqui julgava-se que o único documento sobrevivente ligado a este homicídio-suicídio era a carta que o herdeiro do império Habsburgo deixou à sua mulher, Estefânia da Bélgica.

 

 

“Não consegui rever-te”, escreve Maria Vetsera ao irmão. “Vive bem. Tomarei conta de ti do outro lado porque te amo muito.” Na carta a Hanna, a irmã, é ainda mais clara: “Várias horas antes da minha morte quero dizer-te adeus. Entramos felizes no desconhecido.”

 

 

A verdade é pior

 
O caso de Mayerling tem captado a imaginação de várias gerações. Ao seu poder de atracção não escaparam sequer encenadores (o musical The Mayerling Affair, de David Leveaux), coreógrafos (o aclamadíssimoMayerling, de 1978, criação de Kenneth MacMillan para o Royal Ballet de Londres) e, sobretudo, realizadores.  Entre os filmes mais citados estão DeMayerling a Sarajevo (1940), do cineasta alemão Max Ophüls, e Vícios Privados, Públicas Virtudes, obra do húngaro Miklós Jancsó de meados da década de 1970, mas talvez o mais conhecido seja o que transformou Catherine Deneuve em Maria Vetsera ao lado de Omar Sharif no papel do príncipe herdeiro (Mayerling, 1968, realização de Terence Young).

 

 

A atracção explica-se sem dificuldade: são muitos e óbvios os ingredientes romanescos desta história de paixões contrariadas – há quem defenda que Rodolfo decidiu suicidar-se porque o pai o forçara a deixar Vetsera, já que o escândalo dessa relação afrontava a Igreja Católica e incomodava sectores influentes da corte – e intrigas palacianas num cenário que evoca o fim de uma época. Mas o Incidente de Mayerling pode ser também apresentado como “o primeiro sintoma claro da desintegração do império Habsburgo”, escreve o jornalista e editor Serge Schmemann no diário The New York Times, num artigo feito a propósito do centenário da morte de Rodolfo da Áustria e da jovem baronesa, altura em que novos livros e documentários multiplicavam teorias e em que um colóquio internacional que juntou historiadores, psiquiatras e outros especialistas chegou a concluir que o casal tinha feito um pacto de suicídio.

 

 

Uma das leituras do incidente mais partilhadas, a da historiadora Brigitte Hamann e do seu Rudolf, Crown Prince and Rebel, aponta para um príncipe progressista, cujo estado mental podia estar já em parte comprometido pela sífilis, que repudiava as posições autocráticas do pai e da sua corte profundamente conservadora. A investigação de Hamann mostra que, quando morreu, o herdeiro pensava em suicidar-se há mais de meio ano e que já tentara convencer outra das suas amantes, Mitzi Kaspar, a acompanhá-lo nesse plano trágico.

 

 

Acreditam alguns historiadores que era por Mitzi Kaspar que o príncipe estava verdadeiramente apaixonado. Foi a esta actriz e prostituta que terá dirigido uma carta de amor na véspera de se suicidar, uma carta que entretanto desapareceu.

 

 

Depois da morte de Rodolfo da Áustria, o seu pai mandou transformar o pavilhão de caça num convento, hoje entregue à ordem das Carmelitas Descalças. No site desta casa religiosa, que recebe muitos visitantes por causa do príncipe e de Maria Vetsera, explica-se que o casal foi ali encontrado morto em circunstâncias que ainda permanecem pouco claras e que a igreja foi construída no espaço onde antes estava o quarto do herdeiro, ocupando o altar o local exacto da cama em que os corpos dos dois amantes foram encontrados naquela manhã de 30 de Janeiro.

 

 

A morte do herdeiro só foi anunciada depois de o corpo da baronesa, devidamente vestido e penteado para esconder o buraco que a bala deixara, ter sido sepultado num cemitério próximo. Primeiro os registos oficiais atribuíram a morte do príncipe a um ataque cardíaco, depois a um acidente. Só mais tarde o próprio imperador admitiu que o filho se suicidara num momento de loucura, sem nunca falar de Maria Vetsera.

 

 

Até ao fim da vida, Francisco José da Áustria manteve silêncio sobre o que acontecera em Mayerling, dizendo apenas que “a verdade é muito pior que todas as versões”.

 

 

AFP/9 /8/2015

 

 

 

 

Imprensa internacional revela os motivos por detrás da separação de Sean Penn e Charlize Theron

A separação de Sean Penn e Charlize Theron  foi tornada pública na semana passada e agora a imprensa internacional parece que descobriu o motivo.

 

 

Segundo a revista National Inquirer, Charlize terminou a relação com Sean devido a uma infidelidade do ator com Fleur Van Eeden, dupla de Charlize Theron no filme “The Last Face” (dirigido por Penn).

 

 

Os rumores do romance surgiram em fevereiro depois de  Fleur, em entrevista à mesma publicação, afirmar que achava o ator “muito atraente apesar da sua idade” e revelar ainda que este a tinha convidado para ouvir poesia durante as gravações do filme: “A Charlize não veio. Eu estava com o Sean e outros colegas. Nós dormíamos em tendas e oferecemos-lhe um lugar na cabana, mas ele preferiu ficar connosco”.

 

 

Recorde-se que o ator estava com  Theron desde o início de 2014 e já foi casado com a cantora Madonna e com a atriz de “House of Cards”,  Robin Wright.

 

 

 

National Inquirer /TPT//11/8/2015

 

 

 

Mais um banqueiro português na liderança de um dos maiores bancos mundiais

 

O português António Simões assume a 1 de setembro a liderança executiva do HSBC Bank, um dos maiores bancos do mundo, com sede em Londres. O banqueiro, que em entrevistas recentes disse quecostuma definir-se como um “português gay, baixinho e careca”, já era líder da divisão britânica do banco e vai substituir Alan Keir no cargo de presidente.

 

 

António Simões, de 40 anos, tem um currículo de sucesso, comparável a poucos em Portugal. Passou pela McKinsey e pela Goldman Sachs, entrando em 2007 no HSBC. Foi em novembro de 2013 que foi promovido a presidente do banco HSBC no Reino Unido, liderando 50 mil pessoas e gerindo quatro mil milhões de dólares anuais de lucros.

 

 

Segundo contava o Público em 2013, é um Jovem Líder Global do Fórum Económico Mundial, organização não-governamental que todos os anos reúne milhares de líderes de todo o mundo em Davos para debater assuntos globais. E foi eleito o gay mais influente da área dos negócios pela rede OUTstanding numa lista publicada pelo Financial Times. António Simões é casado com um espanhol que trabalha na área da finança em Londres.

 

 

É também membro fundador do Conselho da Diáspora Portuguesa, associação que o Presidente da República apoiou, de forma a juntar portugueses que vivem e trabalham no estrangeiro e procuram credibilizar a imagem de Portugal no exterior.

 

 

Numa entrevista a Anabela Mota Ribeiro, feita há cerca de um ano, Simões mostrava-se crítico sobre alguns traços do país: “Temos um sistema que é meritocrático ao nível da educação; o problema é que isso não se transmite para o mercado de trabalho. [Em Portugal], um presidente de um banco deve ser uma pessoa de 55 anos, homem, straight, com três filhos. (Temos pessoas fantásticas em Portugal e temos outras que não são muito boas, não é um comentário acerca dos presidentes que temos…) Os CEO das grande empresas portuguesas são todos iguais.”

 

 

Foi o melhor aluno do seu curso de Economia na Universidade Nova, com média de 18. Depois, rumou a Nova Iorque para tirar o MBA na Columbia University. Aí, sentiu-se o “small boy in the big town“, mas foi a chegada a Londres que lhe causou mais impacto – “Em Nova Iorque toda a gente está a tentar ser um new yorker“. Na cidade britânica, com maior diversidade de culturas, entrou no banco Goldman Sachs. Depois, podia ter voltado para a McKinsey em Lisboa, mas decidiu ficar quando lhe disseram: “Não que era um nobody, mas que this is a big risk“.

 

 

É filho único, de pais divorciados ligados à banca, na área dos seguros. Teve uma infância “normal e feliz” e sabia que era homossexual. Mas até aos 19 anos não tinha tido “abertura para falar com a minha família, com os meus amigos. Havia o sentimento de I’m not good enough” e quis “provar que era good enough, que era suficientemente bom”.

 

 

Em Columbia, foi professor assistente “porque a base académica que tinha de Portugal, numa licenciatura em Economia, era superior a todos os meus colegas”. “A muitas pessoas, em Portugal, não lhes falta ambição, mas têm vergonha de a assumir”, disse António Simões na entrevista.

 

 

Em relação à sexualidade, não acredita que “o que se passa dentro de portas fica dentro de portas”. “Qualquer pessoa, qualquer CEO de uma empresa em Portugal, tem uma fotografia da mulher e dos filhos no gabinete. As pessoas sabem quem é a mulher e os filhos”, conta António Simões. “Qualquer pessoa quer saber quem somos como indivíduos, o que é que nos motiva, como é que pensamos.”

 

 

Reconhece que este é um aspeto como qualquer outro e fala. “Falo do Tomás [marido], dos meus dois labradores, das férias. Falo muito pouco sobre homossexualidade como tema, mas falo muito sobre o Tomás. Falo como qualquer outra pessoa fala. Estou a tentar desdramatizar. Isto é bom para o negócio porque precisamos de líderes autênticos que liderem de forma autêntica, com pessoas que os queiram seguir. Isso é uma grande parte da minha marca de autenticidade. Toda a gente já se sentiu em algum momento um outsider. Não é uma questão de maiorias ou de minorias.”

 

 

 

ANDY RAIN/EPA/Edgar Caetano/Obs/10/8/2015

 

 

 

Disneyland Paris investigada por cobrar entradas a cidadãos estrangeiros ao dobro do preço

A Comissão Europeia está a investigar a Disneyland Paris por suspeita de discriminação nos preços feitos aos visitantes de acordo com o seu país de origem ou de residência. Na base da investigação estão queixas feitas por cidadãos britânicos e alemães.

 

 

O jornal Financial Times avançou, nesta terça-feira, que o maior parque de diversões da Europa pode estar a cobrar aos consumidores franceses, pelo pacote premium, 1346 euros, enquanto aos turistas britânicos cobra um valor de 1870 euros e aos cidadãos alemães cerca de 2447 euros.

 

 

Segundo fontes da Comissão Europeia há também queixas por parte de cidadãos italianos sobre os preços abusivos praticados pelo parque temático.

 

 

Os visitantes franceses podem beneficiar ainda de pacotes com diferentes especificidades, a que os restantes cidadãos não têm direito. As promoções para famílias ou a opção de pagamento em vários meses, são exemplos disso.

 

 

As diferenças detectadas na política de preços seguida pelo parque não estão de acordo com as directivas da União Europeia, segundo as quais as variações nos preços apenas podem ser feitas em algumas circunstâncias e com razões válidas, como as oscilações sazonais ou períodos diferentes de férias. Já o parque parisiense defende que as promoções lançadas nos mercados locais são feitas de acordo com os períodos de férias escolares e em padrões de reserva.

 

 

De acordo com Bruxelas, esta não é a primeira vez que há uma reclamações com casos de diferenciação indevida de preços. “A Comissão e as associações europeias de consumidores recebem frequentemente queixas relacionadas com diferenças de preços injustificadas, baseadas na sua nacionalidade ou local de residência”, afirmou a porta-voz da Comissão Europeia, Lucia Caudet.

 

 

A porta-voz acrescentou que, se tais suspeitas se confirmem, e se o governo francês não tomar qualquer acção contra a Disneyland, a Comissão levará o parque a Tribunal.

 

 

No ano passado, quando confrontada com objecções semelhantes a estas, uma empresa europeia de aluguer de automóveis concordou em parar de travar o acesso dos clientes a promoções encontradas.

 

 

A Comissão receia também que os visitantes que encontram entradas para o parque a preços mais baixos estejam a ser travados pela Disneyland ao impor regras discriminatórias no pagamento por cartão de crédito.

 

 

A comissária do mercado interno da União Europeia, Elzbieta Bienkowska, afirmou que recebeu uma enorme quantidade de queixas por parte dos consumidores, principalmente de um ou dois países.

 

 

Bienkowska quer, a qualquer custo, respostas e explicações por parte da Disneyland. Para a comissária “é altura de chegar ao fundo da questão” e perceber que justificação poderá ser dada para a ocorrência deste tipo de discriminação entre os europeus.

 

 

Um porta-voz da BEUC, a organização dos consumidores europeus, veio pedir à Comissão Europeia que reforce as regras para a defesa dos consumidores e clarifique o que é uma discriminação injustificada. O porta-voz afirma que esta discriminação dos preços afecta a escolha do consumidor.

 

 

Por exemplo, um consumidor que encontre uma promoção numa página francesa, mas que não tenha um cartão do país ou não tenha França como país de residência, não conseguirá finalizar a compra, sendo depois reencaminhado para outras páginas com preços mais altos.

 

 

Em 2014, o parque temático da Disneyland localizado nos arredores da capital francesa recebeu cerca de 14 milhões de visitantes, mantendo-se o destino turístico número um na globalidade dos destinos no espaço europeu. Os cidadãos da Península Ibérica representam já 8% do mercado do parque, segundo dados da actividade do ano passado.

 

 

No primeiro semestre deste ano, a Disneyland Paris gerou receitas de 341,1 milhões de euros, mais 14,3% face a idêntico período do ano passado.

 

 

 

Financial Times /TPT/8/08/2015

 

 

 

 

Vila Real diz que a prova para o Campeonato do Mundo de Carros de Turismo está paga e projetou a região

O presidente da Câmara de Vila Real fez um balanço “muito positivo” do circuito urbano, que acolheu o Campeonato do Mundo de Carros de Turismo (WTCC), salientando que o evento está pago e projetou a região.

 

“Nunca vi tanta gente em Vila Real”, afirmou Rui Santos.

 

Entre sexta-feira e hoje decorreu o 45.º Circuito Internacional de Vila Real, que incluiu a realização de sete provas, entre as quais o WTCC, que conta para o calendário da Federação Internacional de Automobilismo (FIA).

 

“Estes dias ficarão para a história do Circuito Internacional de Vila Real e também para a história de Vila Real como o evento mais mediático que alguma fez foi feito na região e que mais projetou a região no país e no mundo”, salientou o autarca.

 

Ainda sem dados oficiais sobre os três dias de circuito, o presidente considerou que se “cumpriram todas as expectativas”.

 

Rui Santos afirmou ainda que este é “um evento viável e que está pago”. “A receita anda perto de 1,5 milhões de euros e a despesa também”, sustentou.

 

Na parte desportiva, os pilotos fizeram também, de uma maneira geral, um balanço positivo.

 

“O circuito está excelente”, afirmou José Meireles, piloto de Vila Real, que disse ainda que “correu em casa”, já que vive a “200 metros do circuito”.

 

O grande adversário deste dia foi, segundo salientou, “o calor” e também a nova ‘chicane’ de Mateus.

 

“O circuito está mais lento, mas é sempre um prazer correr aqui. Este circuito é mítico, tem zonas fantásticas e qualquer piloto gosta de correr aqui”, frisou.

 

Quanto à organização, José Meireles referiu que “há sempre arestas a limar”, mas comparativamente com o ano passado disse estar “mais profissional”. “Nota-se um cuidado maior com os horários e a segurança também”, sustentou.

 

Rita Azevedo, natural da Trofa e a única mulher em prova no 45.º Circuito Internacional de Vila Real, encontrou “algumas diferenças” neste regresso a Vila Real, nomeadamente a nível da pista, que considerou estar “um pouco pior”.

 

João Sousa estreou-se em Vila Real e elogiou o circuito. “Tem zonas muito rápidas, zonas muito lentas que é preciso uma boa condução. Adorei. Espero poder estar presente nas próximas edições”, frisou.

 

Unanimemente os pilotos destacaram a presença do muito público, que se espalhou ao longo dos mais de quatro quilómetros de pista, considerando ser um dos aspetos que mais entusiasma os participantes neste circuito urbano.

 

Por fim, o presidente da Câmara de Vila Real afirmou que o WTCC está garantido para o próximo ano, numa edição que contará com a “introdução de prováveis melhorias”.

 

“Sabemos que este ano não fizemos tudo perfeito, analisaremos o que correu menos bem e teremos a humildade de introduzir melhorias no próximo ano, se tal for necessário”, frisou.

 

SAPO Desporto/7/8/2015