ONU defende que todos os estados membros da UE deveriam ter quotas obrigatórias para receber refugiados

O alto comissário das Nações Unidas para os refugiados, António Guterres, apelou hoje à distribuição de pelo menos 200.000 refugiados, defendendo que todos os estados-membros deviam ter a obrigação de participar neste programa.

 

 

“As pessoas que fazem um pedido de proteção válido (…) devem de seguida beneficiar de um programa de reinstalação em massa, com a participação obrigatória de todos os estados membros da União Europeia. Uma estimativa bastante preliminar parece indicar a necessidade de aumentar as oportunidades de reinstalação até 200.000 lugares”, escreveu António Guterres em comunicado.

 

 

“A Europa enfrenta o maior afluxo de refugiados em décadas”, afirmou, referindo que “a situação requer um esforço conjunto enorme, impossível com a atual abordagem fragmentada” existente no seio da UE.

 

 

Mais de 300.000 pessoas atravessaram o Mediterrâneo desde o início do ano, e mais de 2.600 morreram por realizarem esta viagem, de acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).

 

 

“Após a sua chegada às costas e fronteiras da Europa, elas continuam a sua viagem para o caos”, continuou Guterres, denunciando o tratamento indigno que recebem.

 

 

Guterres explicou que se trata “principalmente de uma crise de refugiados, e não apenas um fenómeno de migração”, porque a grande maioria das pessoas que chegam à Grécia são oriundas de países onde há conflitos como a Síria, Iraque e Afeganistão.

 

 

O alto comissário acredita que a única maneira de resolver este problema é a implementação de uma “estratégia comum baseada na responsabilidade, solidariedade e confiança”.

 

 

“Concretamente, isso significa tomar medidas urgentes e corajosas para estabilizar a situação e encontrar uma maneira de compartilhar verdadeiramente a responsabilidade, a médio e longo prazo”, adiantou.

 

 

“A UE deve estar pronta com o consentimento e apoio dos governos em questão – principalmente na Grécia e na Hungria, mas também na Itália – para a criação de capacidade de acolhimento e de registo de pessoas”, defendeu. Também lembrou que os migrantes que não têm nenhuma razão para ficar na Europa devem ser devolvidos aos seus países de origem.

 

 

Num contexto de crescente tensão entre os europeus, a Alemanha e a França lançaram na quinta-feira uma iniciativa conjunta para “organizar o acolhimento dos refugiados e uma distribuição equitativa na Europa” dessas famílias, que fogem sobretudo da guerra na Síria.

 

 

Embora o Presidente François Hollande não tenha usado a expressão utilizada pela chanceler Angela Merkel de “quotas obrigatórios”, aceitou a ideia de um “mecanismo permanente e vinculativo”.

 

 

Na quinta-feira, o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, apelou aos Estados-membros da União Europeia (UE) para aceitarem pelo menos 100 mil refugiados, de modo a aliviar a pressão nos países da chamada ‘linha da frente’.

 

 

Também na quinta-feira, fontes comunitárias revelaram que o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, vai apresentar medidas de resposta à situação causada pela chegada de refugiados na próxima quarta-feira, durante o discurso sobre o estado da União.

 

 

A Comissão Europeia vai também pedir que os Estados membros dividam entre si os 120 mil refugiados que se encontram na Hungria, Grécia e Itália.

 

 

O plano do Executivo comunitário, que ainda é uma proposta sujeita a mudanças, sugere que estes 120 mil refugiados sejam acrescentados aos 32.256 que os Estados membros da UE se tinham comprometido a acolher em julho último.

 

 

Em relação a uma proposta anterior, a nova versão beneficia a Hungria, país que muitos refugiados pretendem cruzar para realizarem o objetivo de chegarem à Alemanha, para além da Grécia e Itália, os Estados mais afetados pela situação.

 

 

O plano da Comissão vai ser examinado na sexta-feira pelos chefes dos governos checo, eslovaco, polaco e húngaro, que integram o designado Grupo de Visegrado, durante uma reunião em Praga, para acordarem uma posição comum contrária às quotas obrigatórias na distribuição dos refugiados que chegam à UE.

 

 

 

Jornal i/TPT/ 04/09/2015

 

 

 

 

Família norte americana de New Jersey retida há três meses em Portugal

Kim estava grávida de gémeos quando veio conhecer Portugal com o marido – acabou por dar à luz na Alfredo da Costa, em Lisboa. Perdeu um dos filhos, o outro luta pela vida. Casal quer regressar à América, mas a seguradora recusa pagar um avião com equipamento médico essencial para a sobrevivência do bebé.

 

 

Kim e Fred Spratt são um casal norte-americano que em maio deste ano decidiu vir de férias a Portugal. Ela estava grávida de seis meses. Gémeos. Uma semana após o começo das férias, Kim entrou em trabalho de parto e um dos bebés acabou por morrer. Já lá vão três meses e a criança que sobreviveu continua internada. Agora, a família quer voltar a casa mas a companhia de seguros recusa-se a pagar os custos da viagem. “Só queremos uma vida normal como pais de um recém-nascido”, disse à ABC News, Kim Spratt.

 

 

Em maio, o casal de Nova Jersey, Estados Unidos da América, estava radiante: a caminho vinha o seu primeiro filho. Aliás, os dois primeiros. Aos seis meses de gestação, e com autorização médica, Kim e Fred aproveitaram as férias para conhecer Portugal. Uma semana depois, sem qualquer aviso, a mãe entrou em trabalho de parto. Hudson e Hayden nasceram na maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa. O menino acabou por não resistir e morreu a 24 de maio. A menina continua a lutar pela vida.

 

 

“O casal vai agora ter de ficar em Portugal até a menina estar em condições de viajar para os Estados Unidos. Talvez 4 ou 5 meses. Sem trabalho, longe da família e dos amigos, Kim e Fred precisam da ajuda de todos”, lê-se na página do Facebook “Twins in Portugal”, que foi criada com o objetivo de ajudar a recolher donativos para a família.

 

 

À hora a que esta notícia foi publicada, 997 pessoas já tinham doado cerca de 48 mil euros.

 

 

Os Spratt não podem regressar a casa num voo comercial. Hayden tem de ser transportada num avião especial com equipamento médico. A seguradora da família, a Highmark Blue Cross Blue Shield, recusa-se a cobrir estas despesas.

 

 

Expresso/05/09/2015

 

 

 

 

Acidentes de mergulho são a quarta causa de lesão da medula que pode ser irreversível

 

Os jovens entre os 15 e 30 anos representam a grande maioria das pessoas que sofrem estes acidentes.

 

 

Segundo dados da recém-criada associação portuguesa ‘Spine Matters’, que visa promover a temática das doenças de coluna, a maioria dos acidentes com mergulhos acontece em locais onde a profundidade é inferior a 1,5 metros.

 

 

Verificar as condições do espaço e a sua profundidade são essenciais para evitar problemas ao mergulhar, refere o cirurgião ortopédico Luís Teixeira, presidente da ‘Spine Matters’, recordando que na grande maioria dos casos a vítima de um acidente de mergulho desconhecia ou o local do acidente ou conhecia-o mal.

 

 

Dados da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) relativos aos últimos cinco anos em Portugal indicam que 96% dos acidentes com mergulhos ocorrem entre maio e setembro, com incidência mais forte no sexo masculino e mais de metade envolve pessoas com menos de 30 anos.

 

 

Campanha por um mergulho seguro

 

Este ano, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e a Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia lançaram novamente a campanha “Mergulho Seguro”, com o objetivo de sensibilizar a população mais jovem para a prevenção de traumatismos vertebro medulares provocados por acidentes com mergulhos.

 

 

A campanha existe desde 2013 e, segundo os dados recolhidos pelos promotores da iniciativa, parece estar a ter reflexos na diminuição de acidentes. Em 2012, eram 52,4% os acidentes que atingiam a faixa etária dos 11 aos 20 anos, número que caiu para 32% em 2013 e para 17,6% no ano passado.

 

 

A campanha visa sobretudo alertar para os efeitos permanentes das lesões decorrentes de mergulhos mal calculados, sublinhando precisamente a importância de conhecer o local e perceber a sua profundidade.

 

De acordo com a associação ‘Spine Matters’, quando a velocidade do impacto é superior a três metros por segundo é suficiente para causar lesões cervicais irreversíveis.

 

As lesões em mergulho ocorrem geralmente quando a cabeça bate no solo, já que após o impacto o pescoço recebe o peso do corpo, podendo resultar em trauma da medula espinhal.

 

A pior consequência é a paralisação e a impossibilidade de mexer os membros. Conforme o grau da lesão da medula, o mergulhador pode ficar tetraplégico ou paralisado das pernas.

 

 

Nuno Noronha/Sapo/2/9/2015

 

 

 

Ártico recupera 41 por cento do seu volume de gelo devido às temperaturas baixas de 2013

O Ártico recuperou em 2013 cerca de 41 por cento do seu volume de gelo devido às temperaturas baixas no Verão desse ano, atrasando o degelo em alguns anos, divulgou a agência Espacial Europeia (ESA).

 

 

As placas de gelo (calotas) nas águas do oceano Ártico “reduziram cerca de 40% do seu volume na época estival decorrida entre 2010 e 2012″, divulgou a ESA com base num estudo da Universidade College of London e da Universidade de Leeds, publicado na revista Nature Geoscience.

 

 

No entanto, no Verão de 2013, houve “uma recuperação de cerca de 41 por cento” na sequência de “uma estação mais fria”, acrescenta-se no documento, uma ocorrência “semelhante à que se registou nos finais do ano de 1990″.

 

 

Os autores da investigação científica recorreram aos dados recolhidos pelo satélite CryoSat da ESA.

 

 

O Verão de 2013 foi “inusitadamente frio”, com temperaturas semelhantes às registadas na “altura em que o aquecimento global era menos acentuado”, sublinhou a principal autora do estudo, Rachel Tilling, membro do Centro de Observação e Modelagem Polar (CPOM na sigla inglesa).

 

 

Isso permitiu que as calotas no norte da Gronelândia “superassem essa estação, dado ter havido menos dias de degelo”, precisou a especialista, indicando que, isso significava “ser possível recuperar uma percentagem considerável [das placas], se a temporada de degelo for menos longa do que o habitual”.

 

 

O satélite CryoSat, colocado em órbita há cinco anos, permite quantificar e predizer os efeitos das alterações climáticas sobre as reservas de gelo do planeta, visto analisar as calotas dos oceanos polares e as coberturas de gelo da Antártida ou da Gronelândia.

 

 

Desta forma, é possível analisar a diminuição do volume de gelo provocada pelo aquecimento global, que se verifica desde a década de 1970.

 

 

A importância do satélite reside ainda no facto de este ter a capacidade de mostrar o que ocorre debaixo de água, “que é onde acontece a maior parte da ação”, reforçou Tailling.

 

 

Com esta tecnologia, a equipa científica de investigação, assegura uma maior compreensão dos comportamentos e da duração das calotas do Ártico, que são “uma componente fundamental do sistema climático da Terra”, afirmou o diretor da CPOM, Andrew Sheperd, acrescentando que, no entanto, “se as temperaturas continuarem a aumentar, o degelo continuará a ocorrer”.

 

 

Instituto Antartica Chileno/HO/EPA/TPT/2/9/2015

 

 

 

 

O estádio de Alvalade custou mais 80 milhões de euros do que o valor inicialmente previsto para a obra

 

O valor estimado para a construção do novo estádio, a 27 de abril de 2000, foi de cerca de 106 milhões de euros (ME) e o custo total ascendeu a 184 ME, de acordo com os resultados da auditoria de gestão apresentados pelos atuais órgãos sociais em Assembleia-Geral do clube.

 

 

A auditoria, que vai das presidências de Santana Lopes e de José Roquette, em junho de 1995, até ao final do mandato de Godinho Lopes, em março de 2013, revela que a 20 de fevereiro de 2002 foi apresentada uma nova estimativa de custo de 137,750 ME, ou seja, um desvio de 31,756 ME, o que corresponde a um acréscimo de 30 por cento face ao valor apontado em abril de 2000.

 

 

“O valor final da obra representa um desvio de 75 por cento do investimento inicialmente previsto e um desvio de cerca de 35 por cento (48 ME) face ao valor de investimento revisto e apresentado em fevereiro de 2002”, pode ler-se no documento.

 

 

Em relação às empreitadas com os principais empreiteiros fornecedores, que representam cerca de 91 por cento do valor da obra, verifica-se, de acordo com as conclusões da auditoria, que “os valores dos contratos iniciais ascendiam a cerca de 125 ME e o valor final das empreitadas ascendeu a cerca de 155 ME, ou seja, um desvio de cerca de 24 ME”.

 

 

Ainda sobre o novo estádio de Alvalade, fica-se a saber que foi construído num terreno ao lado do velho estádio, mas que o projeto inicial era para ser edificado no mesmo local, mudança essa feita “em manifesta contradição com o PDM da cidade de Lisboa”, cuja justificação não é identificada, ao contrário das consequências que se traduziram em “significativos atrasos na alienação de património com o consequente impacto financeiro negativo”.

 

 

Outra conclusão da auditoria, que foi uma promessa eleitoral do atual presidente Bruno de Carvalho, revela que o Sporting “tinha um património imobiliário de 55 ME e uma dívida bancária quase inexistente, e em meados de 2013 o património imobiliário era quase inexistente e a dívida bancária ascendia a 331 ME”.

 

 

De 1995 a 2013 geraram-se receitas de negócios imobiliários no valor de 174,401 ME, mas as receitas “não permitiram, ao contrário do que foi anunciado de forma sucessiva nas Assembleias-Gerais, reduzir significativamente o passivo bancário do Grupo SCP nem financiar os avultados investimentos dos projetos de construção do novo estádio e do centro de estágio”.

 

 

Para isso contribuiu o facto de as receitas “terem sido canalizadas para a equipa de futebol, tendo sido investidos, naquele período, 261 ME”.

 

 

“Os financiamentos apresentaram uma tendência crescente e vertiginosa, passando de uma situação de endividamento quase inexistente (564 mil euros em 31 de dezembro de 1994) para uma dívida acumulada que ascende a 283 ME a 30 de junho de 2013”, revela, ainda, a auditoria.

 

 

 

JEC // VR//3/9/2015

 

 

 

 

China suspeita que CIA colaborou com os casinos Las Vegas Sands de Macau para espiar

O The Guardian divulgou hoje um relatório “altamente confidencial”, datado de junho de 2010, segundo o qual Pequim acreditava que os casinos da norte-americana Las Vegas Sands estariam a trabalhar em conluio com a CIA.

 

 

“Muitos dos funcionários [chineses] que contactámos eram da opinião de que agências de inteligência norte-americanas são muito ativas em Macau e que penetraram e utilizaram os casinos norte-americanos para apoiar as suas operações”, refere-se no relatório, elaborado por um investigador privado, divulgado no jornal britânico.

 

 

A investigação foi encomendada pela Sands China, subsidiária da norte-americana Las Vegas Sands, do magnata Sheldon Adelson, numa altura em que havia preocupações com a crescente hostilidade do Governo da Região Administrativa Especial de Macau relativamente à indústria do jogo em geral e, em particular, face à Sands, escreve o jornal.

 

 

O relatório, assinalado com uma advertência de que não podia chegar ao interior da China, foi revelado pelo Programa de Jornalismo de Investigação da Universidade da Califórnia, em Berkeley.

 

 

Figura entre o rol de documentos apresentados a tribunal no caso da Las Vegas Sands, que está a ser ouvida no âmbito de uma ação civil interposta por um antigo dirigente seu em Macau, que processou a empresa por despedimento sem justa causa.

 

 

“Uma fonte credível reportou que funcionários do Governo central chinês acreditam firmemente que a Sands autorizou agentes do FBI/CIA que operassem a partir das suas instalações. Estes agentes aparentemente ‘monitorizam funcionários do Governo chinês que jogam nos casinos’”, indica o relatório.

 

 

“Esta fonte também informou que vários departamentos governamentais da RPC (República Popular da China) relataram haver ‘provas’ de ‘agentes norte-americanos’, a operar a partir da Sands, ‘atraindo’ e ludibriando oficiais do Governo chinês, envolvidos em atividades de jogo para depois os forçar a cooperar com os interesses do Governo dos Estados Unidos”.

 

 

O investigador, que não é identificado, afirmou que a sua informação tinha por base fontes influentes, incluindo três no gabinete de Pequim responsável pelos assuntos de Macau e de Hong Kong, duas fontes do Ministério dos Negócios Estrangeiros e um poderoso empresário chinês com relações próximas a Pequim.

 

 

O relatório não refere se a Sands foi cúmplice da alegada atividade dos serviços secretos norte-americanos, apenas que as autoridades chinesas acreditavam nisso.

 

 

A Sands descreveu o relatório como “uma coleção de especulação sem significado”, considerando que a narrativa de que figurava como uma “frente” para os esforços das agências de informação norte-americanas soa como “uma ideia para um guião de um filme”.

 

 

 

YM YIK/EPA/TPT/3/9/2015

 

 

 

Viagens aéreas para a Madeira mais baratas para os seus residentes

 

A portaria que regulamenta o subsídio de mobilidade nas deslocações aéreas para os residentes na Madeira, que entrou hoje em vigor, estabelece o reembolso em 60 dias e para viagens até 400 euros.

 

 

Os residentes na Madeira passam a pagar 86 euros nas ligações ida e volta para o território continental e 119 para os Açores, valor que pode ser acrescido se exceder o teto máximo de 400 euros, sendo de 65 euros para os estudantes.

 

 

Em termos de reembolso, este só pode ser pedido junto dos CTT passados 60 dias da data da fatura.

 

 

Estas são as principais diferenças em comparação com a portaria em vigor no arquipélago açoriano, no qual os residentes podem pedir o reembolso imediato e as viagens não têm teto máximo.

 

 

Na passada sexta-feira, o secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, revelou nos Açores que foi o Governo Regional da Madeira que quis introduzir um limite para os reembolsos para os residentes naquele arquipélago, ao contrário daquilo que aconteceu nos Açores.

 

 

“Foi uma precaução adicional do ponto de vista orçamental que a Madeira quis incluir e que os Açores não incluíram e, do meu ponto de vista, bem. Nós respeitamos obviamente as preocupações dos governos regionais e, por isso, aceitámos essa proposta no caso da Madeira”, afirmou.

 

 

A 25 de agosto, em conferência de imprensa para apresentação pública desta portaria, o secretário da Economia, Turismo e Cultura da Madeira, Eduardo Jesus, disse que “a grande aposta é na alteração dos hábitos de compra das viagens, por antecipação”.

 

 

“Queremos evitar a utilização abusiva de crédito para fomentar a compra de viagens mais caras e impedir a acumulação de milhas à custa do subsídio de mobilidade, que é dinheiro público”, argumentou o governante madeirense, referindo-se a alguns problemas que estão a ser apontados ao sistema em vigor nos Açores.

 

 

O responsável do governo madeirense informou que esta portaria será revista anualmente, estando prevista uma primeira análise dentro de seis meses e admitiu que possam ser corrigidas algumas situações.

 

 

Eduardo Jesus assegurou que a atual portaria é “sempre mais vantajosa” do que o modelo que estava em vigor, em que os residentes eram reembolsados em 60 euros nas viagens realizadas.

 

 

Também mencionou que estão previstos no Orçamento do Estado 11 milhões de euros para suportar este subsídio de mobilidade para os residentes na Madeira.

 

 

A portaria também introduz outra inovação, que é considerar como residentes os filhos de pais separados, desde que um dos progenitores resida na Madeira.

 

 

Na Madeira já começaram a surgir contestações devido às implicações para passageiros que tenham de efetuar viagens em cima da hora, para os estudantes que ainda nem sabem se ficarão colocados nas instituições de ensino superior, além dos prejuízos em termos de turismo nacional devido ao custo das viagens.

 

 

 

OBS/3/9/2015

 

 

 

 

Universidade de Vila Real quer minimizar o risco da saída prematura de alunos

Estão previstas ações de monitorização do abandono em situação de risco, aconselhamento e identificação de soluções para evitar o abandono.

 

 

A Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, em Vila Real, anunciou a criação do Observatório Permanente do Abandono Escolar e da Promoção do Sucesso Escolar, um projeto que visa diminuir a saída prematura de estudantes.

 

 

Esta iniciativa conta com o apoio do Ministério da Educação e Ciência (MEC).

 

 

“Há na UTAD uma maior sensibilidade para as taxas de abandono e insucesso escolar face a metas europeias e nacionais. Para tal, este observatório será orientado para a sinalização, acompanhamento, elaboração de propostas de minimização dos riscos de abandono e promoção do sucesso escolar”, disse hoje à agência Lusa o reitor da instituição, António Fontainhas Fernandes.

 

 

O mesmo responsável salientou que o projeto tem como “objetivo minimizar o risco da saída prematura de alunos”.

 

 

Para o efeito, segundo explicou, estão previstas ações de monitorização do abandono, mediante a sinalização de alunos em situação de risco, aconselhamento e identificação de soluções para evitar o abandono.

 

 

Fontainhas Fernandes referiu que uma das medidas a implementar no ano letivo de 2015-2016 passa pelo envolvimento de alunos mais experientes, de docentes e dos diretores de curso na semana de integração dos novos estudantes, para acompanharem alunos e familiares, neste período.

 

 

Durante esta semana de integração, a academia vai oferecer aos novos estudantes um conjunto de iniciativas de natureza multidisciplinar, no sentido de valorizarem competências de comunicação, novas tecnologias, como intervir em público, de empreendedorismo e de boas práticas ambientais e culturais.

 

 

A ideia é ainda facilitar o acesso a informação como serviços de ação social, apoio médico e psicológico, modalidades desportivas e culturais ou saídas profissionais.

 

 

Será também privilegiada a proximidade entre professor e aluno, estando prevista a realização de sessões de apresentação do reitor, diretores de curso e professores e colegas.

 

 

Fontainhas Fernandes acrescentou que está previsto um “inovador programa de tutoria para novos alunos, com o objetivo de os ajudar a fazer face às dificuldades que a transição entre o ensino secundário e o ensino superior exige”.

 

 

Este programa será implementado nos dois primeiros anos letivos para promover a integração na vida académica e o sucesso escolar.

 

 

Neste âmbito, grupos de alunos serão acompanhados por professores que sinalizarão situações académicas em sinais de risco e que ajudarão a encontrar soluções.

 

 

O programa de tutoria inclui formação extracurricular para os estudantes.

 

 

O reitor disse ainda que a melhoria e a adequação da oferta formativa oferecida no primeiro ano passa a ter uma maior participação de alunos, através da avaliação obrigatória do funcionamento das unidades curriculares.

 

 

DN/3/9/2015

 

 

 

Mais de quatro mil incêndios rurais registados no mês de agosto em Portugal

Segundo as estatísticas divulgadas na página da internet daquele organismo, de 01 a 31 de agosto foram registados 4.265 incêndios rurais, que foram combatidos por 99.983 bombeiros, com o auxílio de 25.423 veículos e 1.947 meios aéreos.

 

Os dados da ANPC indicam que 09 de agosto foi o dia em que foi registado o maior número de incêndios (380), seguido de dia 10, em que ocorreram 304. Os incêndios registados no dia 09 de agosto ocorreram na sua maioria (123) no distrito do Porto, seguido de Braga (50), Aveiro (45), Viana do Castelo (33) e Viseu (32).

 

 

No mês de julho, foram registados 4.056 fogos, que foram combatidos por 84.845 operacionais, com o auxílio de 21.333 meios terrestres e 1.635 aéreos. Segundo a Autoridade Nacional de Proteção Civil, em julho o maior número de incêndios (189) ocorreu também no dia 09.

 

 

Portugal teve este ano quase 13 mil fogos, mais do que a média da última década, mas menos área ardida (quase 44 mil hectares), segundo um relatório do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas divulgado a 18 de agosto.

 

 

De acordo com o documento, entre 01 de janeiro e 15 de agosto registaram-se 12.810 ocorrências (com 2.655 incêndios florestais e 10.155 fogachos), das quais resultaram 43.844 hectares de área ardida (21.934 hectares de povoamentos e 21.910 hectares de matos).

 

 

Comparando com os dados da última década registaram-se mais quatro por cento de ocorrências relativamente à média dos anos entre 2005 e 2014 mas com menos área ardida, menos 22 por cento do que a média da última década. Segundo esses números, nos anos de 2005, 2006, 2010 e 2012 houve mais área ardida (contabilizando os mesmos períodos).

 

 

Quanto aos incêndios ocorridos este ano por distrito diz-se no documento que, em termos de número de ocorrências, o Porto foi o mais afetado, seguido de Braga. Nos dois casos, no entanto, trata-se maioritariamente de fogachos (fogos com menos de um hectare de área ardida).

 

 

Os distritos mais afetados em relação à área ardida foram os de Viana do Castelo (8.649 hectares), Guarda e Braga.

 

 

OBS/3/9/2015