Numa altura em que os indicadores de criminalidade recomendam um esforço policial preventivo que melhor os índices do sentimento de segurança, o Chefe Executivo do Condado de Essex, Joseph DiVincenzo Jr., integrou no seu departamento policial, novos sargentos e oficiais entre eles a luso americana Helena Oliveira, que nasceu em Pardelhas, Murtosa, Distrito de Aveiro.
A cerimónia de juramento dos novos profissionais de segurança decorreu na cidade de Newark na manhã do dia 22 de Dezembro de 2017 e contou com a presença de altas personalidades políticas e policiais do Condado de Essex, entre elas o Chefe Executivo do Condado, Joseph DiVincenzo Jr., a senadora estatal de New Jersey, Teresa Ruiz, o vereador de Newark, Aníbal Ramos, o Xerife Armando Fontoura, e ainda muitos familiares e amigos dos agora promovidos a sargento e oficial desta importante força policial norte americana.
Entre os elementos agora promovidos estão também profissionais que trabalharam em vários departamentos de segurança, entre eles o FBI.
O protocolo esteve a cargo do Xerife Armando Fontoura. Durante a sua alocução o xerife elogiou o empenho, dos novos agentes da lei, por terem sabido ultrapassar as dificuldades que enfrentaram até a conclusão do curso e incentivou-os a persistir nos objectivos que conquistaram, e cujos princípios juraram defender.
Após a cerimónia de juramento, Joseph DiVincenzo Jr., Chefe Executivo do Condado de Essex, deu as boas vindas a todos os promovidos no seu departamento de segurança, e lembrou que “a nossa maior preocupação é que aqueles que venham depois de nós, os nossos filhos e netos, encontrem uma vida diferente daquela que hoje temos e que possam olhar para trás e ter orgulho no trabalho que fizemos hoje”.
Para finalizar e entre outros considerandos, Joseph DiVincenzo Jr., pediu aos agentes, sargentos e oficiais para utilizarem os seus conhecimentos para melhorar os desempenhos da polícia e servir o público.
Teresa Ruiz, senadora do estado de New Jersey, foi outra das personalidades presentes. No seu pequeno discurso, fez questão de lembrar que “com a interferência de cada parte integrante da sociedade” e a partir de uma conscientização de que a responsabilidade pelos problemas sociais é de todos, “as nossas acções vão obter êxito”.
Durante os discursos não deixou de ser abordada a problemática relacionada, com a criminalidade, nem faltaram as palavras de incentivo e de boas vindas aos recém-promovidos, com as autoridades políticas e policiais a reconhecerem que a questão do trabalho científico é fundamental, para compreender o crime e a violência, num contexto mais amplo, que vai além dos números.
Nos Estados Unidos, o nível de criminalidade tem caído de forma consistente, graças às crescentes melhorias ocorridas nos treinamentos de várias polícias do país. Os avanços tecnológicos também têm auxiliado bastante nesses particulares.
E entre estes heróis está a tenente luso-americana Helena Oliveira, que imigrou para os Estados Unidos em 1979. Estudou nas escolas do Ironbound no Ironbound, graduando na Escola da Wilson Avenue em 1985 e no East Side High School em 1989. Helena Oliveira, que imigrou para os Estados Unidos em 1979. Estudou nas escolas do Ironbound, graduando na Escola da Wilson Avenue em 1985 e no East Side High School em 1989.
Graduada em Justiça Criminal, Helena Oliveira trabalha actualmente em várias funções no Gabinete Executivo do Xerife e é, segundo alguns dos seus superiores e companheiros, uma oficial altamente profissional que tem demonstrado o mais alto grau de profissionalismo e dedicação ao dever, realçando mesmo o seu conhecimento e as suas competências nos campos da Identificação Criminal, Departamento de Detectives e Apreenções, Departamento de Assuntos Internos e ainda na prestigiosa Força-Tarefa de Homicídios da Procuradoria do Condado de Essex.
Nascida em Pardelhas, Distrito de Aveiro, a tenente luso-americana Helena Oliveira, que fala fluentemente o inglês, português e espanhol é a primeira oficial nascida em Portugal a ser promovida no Xerifado do Condado de Essex. Helena Oliveira tem 15 anos de serviço no departamento policial do Condado de Essex e foi promovida a sargento em 2011. No dia 22 de Dezembro de 2017 foi promovida a tenente deste Condado do estado de New Jersey.
Movida pela força de vontade dos imigrantes que perseguem um sonho, Helena Oliveira quer continuar a desempenhar a sua nobre missão, com o característico orgulho de quem tem um ideal a cumprir.
Visivelmente orgulhosa pela presença da família e de muitos amigos nesta cerimónia da sua promoção, a tenente Helena Oliveira reforça desta forma a valorização dos recursos humanos portugueses, criando ainda as condições fundamentais, para um melhor relacionamento entre a comunidade lusa e a sociedade americana.
Helena Oliveira, aqui acompanhada pelo seu irmão Francisco (na foto à esquerda), também ele um bombeiro da cidade de Newark, e pelo histórico e carismático xerife do Condado de Essex, Armando Fontoura, disse ao The Portugal Times que “o pior que pode acontecer numa sociedade é não haver confiança nas instituições e por consequência, nas pessoas. O edifício da justiça tem que estar acima de qualquer suspeita, porque se não estiver, nenhum dos outros reunirá confiança suficiente para se credibilizar”.
E foi ao lado de Billy Correia, oficial policial luso-americano de New Jersey e membro da Direção do P.A.P.A. , “Portuguese American Police Association”, uma associção de polícias luso americanos, que prestam serviço em várias esquadras e departamentos policiais dos Estados Unidos, que a nova tenente do xerifado do Condado de Essex, fez questão de comentar ao The Portugal Times o facto de lamentavelmente, “muitas vezes se acusar a Polícia como sendo a responsável pelo aumento da criminalidade, por falta de uma melhor política de defesa da sociedade. “Mas, será que a Polícia é realmente culpada pelo aumento da criminalidade?” Pergunta. “Não haveria outros factores que concorrem ou contribuem directamente para a realidade que é noticiada todos os dias nos telejornais?”.
Segundo Helena Oliveira, “a polícia não é a responsável pelo aumento da criminalidade. Existem outros elementos que contribuem directamente para a violência, como o desemprego, a falta de oportunidades a nível educacional, de saúde e outras questões que envolvem a política governamental de qualquer estado ou país”.
A tenente Helena Oliveira que faz parte de um departamento policial que tem mais 500 funcionários e é responsável por um orçamento anual de cerca de 50 milhões de dólares, afirmou estar consciente das responsabilidades cescentes, que tem de desempenhar no combate à criminalidade, e em especial no Condado de Essex, que é o terceiro maior Condado do estado de New Jersey e é constituído por 22 municípios e cerca de um milhão de habitantes.
Newark, é a maior cidade do Condado de Essex e é também a maior cidade do estado americano de New Jersey e uma das principais cidades, da região metropolitana de New York, beneficiando também do facto de ter excelentes ligações ferroviárias com New York, que pode ser atingida em menos de 20 minutos.
A menor, das 100 mais populosas cidades norte-americanas, Newark possui uma área de 63 km², onde moram aproximadamente 300 mil habitantes.Destes, 140 mil são afro-americanos e 50 mil são portugueses.
A cidade de Newark, é um moderno centro comercial, industrial e financeiro. Servida por um moderno aeroporto internacional, com um movimento de cerca de 40 milhões de passageiros por ano, o mais movimentado dos três aeroportos que servem a área metropolitana nova-iorquina, e pelo maior porto de mar de contentores dos Estados Unidos, esta cidade, também conhecida como “a cidade das cerejeiras”, está igualmente na confluência das principais auto-estradas do estado de New Jersey e das vias ferroviárias inter-estatais.
Assim, como em qualquer lugar do mundo, o Condado de Essex também vê na segurança, uma das suas maiores preocupações.
E não foi por acaso que Helena Oliveira fez questão de referir ao The Portugal Times na companhia da família e de algumas amigas (na foto também estão a D. Arminda (mãe da Helena), seu irmão Francisco, as suas irmãs Maria e Mariana e a sua filha Mikaela Sofia), que “para obtermos êxito no combate à indisciplina e à violência, depende em primeiro da família e depois de todos nós, para num clima de diálogo, confiança e tranquilidade, juntarmos esforços que proporcionem condições e respostas pró-activas dirigidas à prevenção e ao tratamento dos fenómenos sociais potencialmente geradores de incivilidades, de marginalidade e de criminalidade, fenómenos esses que, como é sabido, contribuem cada vez mais para afectar o sentimento de segurança dos cidadãos. Se assim acontecer, estou certa, que a qualidade do nosso trabalho resultará substancialmente melhorada e o serviço prestado por nós, ao público em geral, seguramente mais pronto, mais útil e mais eficaz”, referiu a tenente luso-americana.
A tenente Helena Oliveira é mais um exemplo daquelas mulheres portuguesas que através dos seus actos e profissões ajudam a promover e a defender a nossa língua e a nossa cultura no mundo. Também elas são parte do legado da nossa memória e da nossa identidade. Com o seu trabalho de cada dia, Helena Oliveira prestigia também a nossa comunidade e o nosso país nos Estados Unidos.
Oxalá que as autoridades competentes saibam entender, louvar e honrar o importante contributo que nos Estados Unidos alguns portugueses e portuguesas dão, a exemplo de Helena Oliveira, para a prossecução de uma das mais nobres tarefas de serviço público, que é a segurança, a protecção e o socorro das pessoas, sendo muitas vezes protagonistas, quantas vezes anónimos, de histórias de coragem, abnegação e altruísmo.
TPT com: JM// The Portugal Times// Janeiro de 2018