Perto de completar 35 anos, Nelson Évora não conseguiu repetir os títulos de 2015 e 2017, falhando o objetivo de se tornar tricampeão ‘indoor’, mas juntou mais uma medalha ao seu currículo – já são 11 em grandes competições, incluindo a de campeão continental de ar livre em 2018.
Campeão mundial em 2007 e olímpico em 2008, o atleta do Sporting abriu o concurso com 16,68 metros, fez mais dois saltos nulos e ao quarto saltou 17,11 metros, a sua melhor marca da época, que chegou para a medalha de prata, atrás de Nazim Babayev.
O jovem azeri, 21 anos, conquistou o ouro com 17,29, recorde pessoal. Na terceira posição ficou o alemão Max Hess, que saltou 17,10 m.
O concurso foi extremamente atribulado, com algumas paragens para as cerimónias de entrega de prémios, apresentações das diferentes finais, especialmente na última ronda de saltos, a que poderia ser decisiva, em que todos os atletas fizeram saltos nulos.
A outra final do dia aconteceu de manhã, no triplo salto feminino, com a presença das duas melhores portuguesas de sempre, Patrícia Mamona e Susana Costa, que terminaram em quarto e quinto, respetivamente, ambas com a marca final de 14,43 metros e a quatro centímetros da marca de 14,47 (repetida três vezes), que proporcionou à veterana Olha Saladukha a medalha de bronze.
Os dois primeiros lugares pertenceram à espanhola Ana Peleteiro – do grupo de treino de Nelson Évora -, que saltou 14,73 metros, um recorde espanhol absoluto, e à grega Paraskevi Papahristou, com 17,50 (medalha de bronze em 2017).
As portuguesas abriram o concurso de forma diferente. Patrícia começou com 14,43 metros, a um centímetro do seu recorde de Portugal, e Susana abriu com um nulo, mas ao segundo salto fez 14,43 metros, recorde pessoal, ao ar livre e pista coberta. Patrícia, vice-campeã europeia em 2017, ainda saltaria 14,39 m, marca que desempataria a classificação a seu favor, terminando em quarto lugar.
Quanto a Susana, o seu segundo melhor resultado foi 14,21 e conseguiu assim o quinto lugar, o seu melhor nestas competições (fora sétima em 2017).
No final, esta foi a primeira vez desde 2002 que Portugal não regressa com o ouro, mas mantém a tradição de colecionar medalhas desde 1994 – 24 no total. Este ano, terminou na 20.ª posição, com apenas a prata de Nelson Évora.
A portuguesa Lorene Bazolo fez hoje um balanço positivo da sua participação nos Campeonatos Europeus de atletismo de pista coberta, apesar de não ter chegado à final dos 60 metros em Glasgow, Escócia.
Com o quinto lugar na terceira das semifinais dos 60 metros, a sportinguista admitiu no final que a corrida não foi tão boa como esperava, depois de ter feito 7,35 segundos, dois centésimos mais lenta que na qualificação da manhã.
“Infelizmente, não saiu o que queria, que era a marca do recorde pessoal e chegar à final. Estava a sentir-me bem, mas não era o que pretendia. Ainda assim saio com um balanço positivo, por chegar à semifinal, terminando em 13.º na geral, que é melhor do que há dois anos”, disse Bazolo.
A Polónia encabeçou o quadro de medalhas, com cinco de ouro e duas de prata, à frente da Grã-Bretanha, com quatro de ouro, seis de prata e duas de bronze, e da Espanha, com três de ouro, duas de prata e uma de bronze.
Em termos de pontuação (contando os finalistas), com a medalha de Nelson Évora, os dois lugares de finalistas no triplo salto femininos, e o quarto lugar de Francisco Belo, no peso, Portugal terminou com 21 pontos no total, ocupando o 15.º lugar dessa classificação, liderada pela Grã-Bretanha, com 122,5 pontos, seguida de Polónia e França.
TPT com: Sport Informa//LUSA//Adrian Dennis//AFP//Inácio Rosa//LUSA//Sapo24// 3 de Março de 2019