O Deutsche Bank abre uma investigação sobre a violação de dados dos seus clientes

 

Um dos 50 trabalhadores demitidos pelo Deutsche Bank terá supostamente enviado 450 e-mails depois de sair, o que já levou o banco a abrir uma investigação sobre uma potencial violação de dados dos seus clientes, escreve o “Business Insider”, citando o “Financial Times”, esta segunda-feira.

 

 

Apesar de terem sido demitidos há algumas semanas, os 50 funcionários terão continuado a ter acesso aos seus e-mails pessoais. O banco alemão não conseguiu desativar dezenas de contas de funcionários quando encerrou a área global de ações no início deste mês.

 

 

Esta falha ocorre numa altura vista como crucial para o Deutsche Bank, que tenta assegurar aos seus investidores que a grande reestruturação dos negócios que foi anunciada no início deste mês será realizada.

 

 

O banco tem sido afetado por escândalos de lavagem de dinheiro, ligações a Jeffrey Epstein (detido sob a acusação de abuso sexual de menores) e um fraco desempenho financeiro no preço das ações este ano.

 

 

O banco alemão referiu ao Financial Times que “o acesso aos sistemas de negociação foram desativados imediatamente.

 

 

Um pequeno número de funcionários continuou a ter acesso aos seus e-mails de trabalho através dos seus aparelhos pessoais por um período limitado. Analisámos quase todos os e-mails enviados e até agora não encontrámos nenhuma evidência de qualquer informação sensível”, acrescentando  que “o acesso aos e-mails do trabalho foi totalmente revogado”.

 

 

 

 

Deutsche Bank despede 18 mil trabalhadores mas  os  seus gestores encomendam fatos de 1660 euros

 

 

 

 

O Deutsche Bank tem estado em destaque na imprensa internacional pela criação de um ‘banco mau’ e pelos despedimentos que isso implicou, totalizando 18 mil trabalhadores.

 

 

No entanto, a Reuters noticia mais uma polémica associada ao mau momento do Deutsche Bank.

 

A agência de notícias publicou, sem perceber a importância da imagem, uma fotografia de dois homens a saírem do edifício do banco em Londres com sacos e com a legenda: “as carreiras no Deutsche Bank acabam com um envelope, um abraço e uma viagem de táxi”.

 

No entanto, os homens que a Reuters fotografou a sair do edifício do banco alemão não eram trabalhadores e não foram despedidos. Tratavam-se de alfaiates da empresa Fielding & Nicholson Tailoring de luxo, cujo um terço do volume de negócios é feito a vender fatos a gestores de investimento.

 

 

“Foi só uma coincidência que termos sido apanhados a sair do edifício ao mesmo tempo que outros que estavam a ser despedidos”, explicou Nicholas Fielding-Calcutt, um dos homens apanhado na fotografia em questão. “A presunção foi de que éramos banqueiros que tinham sido despedidos, mas estávamos ali para provas de fatos de membros séniores do staff”, sustentou.

 

 

O jornal ‘Financial News’ realçou que os fatos custam 1.500 libras (1.660 euros), por cada um pedido. O responsável admitiu ao jornal que o timing foi “infeliz”, uma vez que estavam a acontecer despedimentos. No entanto, garantiu que se desloca aos bancos para fazer as provas há mais de uma década.

 

 

 

TPT com: Kai Pfaffenbach/Reuters// Financial News//Inês Pinto Miguel//Jornal Económico/Rodolfo A. Reis/JE//AFP//Lusa//MadreMedia//JN// 29 de Julho de 2019

 

 

 

 

 

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