Icónico hotel Copacabana Palace no Rio de Janeiro fecha pela primeira vez em 97 anos

 

Numa reportagem publicada pelo jornal ‘O Globo’, Andrea Natal, directora do grupo que administra o Copacabana Palace, contou que a decisão de não receber mais hóspedes até ao mês de maio foi provocada pela queda de reservas em março, quando o Rio de Janeiro e outras metrópoles do país iniciaram ações de distanciamento social para evitar a proliferação da covid-19.

 

 

“A nossa previsão de ocupação para março era de 70% e fechámos o mês com 36%. Até começámos bem, mas a partir de meados do mês, quando o turismo global começou a ser mais afetado, com muitos cancelamentos de voos, a queda foi abrupta”, explicou Andrea Natal.

 

 

Localizado em frente à praia de Copacabana, este hotel ficou conhecido pelo luxo e por hospedar celebridades internacionais que visitam o Rio de Janeiro. O local também acolhe alguns dos mais importantes eventos sociais do país.

A situação do Copacabana Palace repete-se em outros hotéis brasileiros.

 

 

De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH), pelo menos 25 hotéis no Rio de Janeiro devem interromper as suas atividades até ao final de abril e, em São Paulo, pode acontecer o mesmo, já que na semana passada a taxa de ocupação foi de cerca de 5%.

 

 

Um levantamento divulgado na última quarta-feira pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) indicou que o setor do turismo como um todo perdeu 11,9 mil milhões de reais (2,1 mil milhões de euros) em volume de receitas somente na segunda quinzena de março no Brasil.

 

 

O dado indica uma queda de 84% na faturação face ao mesmo período de 2019. Somado ao prejuízo de 2,2 mil milhões de reais (400 milhões de euros) na primeira metade de março, divulgado pela CNC no mês passado, o turismo no Brasil já perdeu mais de 14 mil milhões de reais (2,5 mil milhões de euros) em receitas desde o início da crise causada pela pandemia.

 

 

 

 

 

Brasileira Petrobras amplia corte na produção de petróleo face à pandemia

 

 

 

 

 

A petrolífera estatal brasileira Petrobras anunciou que, a partir de quarta-feira, ampliará a redução da sua produção de petróleo de 100.000 a 200.000 barris por dia, para enfrentar a pandemia do novo coronavírus e garantir a sustentabilidade da empresa.

 

Segundo a companhia estatal de petróleo, a nova medida ajudará a neutralizar os efeitos causados polo excesso de oferta de petróleo no mercado internacional e pela diminuição da procura, situação que descreveu como “a pior crise” do setor do século.

 

 

“O cenário atual é marcado por uma combinação sem precedentes de uma queda acentuada no preço do petróleo, um superavit no mercado e uma forte contração na procura mundial por petróleo e combustíveis”, indicou a Petrobras, num comunicado hoje divulgado.

 

 

A duração da redução na produção diária de petróleo, bem como os possíveis aumentos ou diminuições, serão avaliados continuamente pela empresa.

 

 

Na semana passada, a Petrobras anunciou uma série de medidas para enfrentar a pandemia da covid-19, que incluem a redução de investimentos em 3,5 mil milhões de dólares, o adiamento do pagamento de dividendos e a suspensão provisória de 50% dos seus funcionários que estão em sobreaviso parcial.

 

 

Os investimentos planeados pela estatal para este ano sofrerão um corte de 12 mil milhões de dólares a 8,5 mil milhões de dólares, e haverá uma redução de cerca de dois mil milhões de dólares em gastos operacionais, dos quais 700 milhões de reais (121,6 milhões de euros) correspondem a cortes nas despesas com trabalhadores.

 

 

A Petrobras obteve um lucro recorde de 40,1 mil milhões de reais (cerca de 6,97 mil milhões de euros) em 2019, com os quais consolidou a sua recuperação iniciada em 2018.

 

 

O lucro foi 55,7% superior ao de 2018 e contrastou com os quatro anos anteriores de perdas, incluindo as históricas de 2015, quando a Petrobras sofreu um prejuízo recorde de 34,8 mil milhões de reais (cerca de seis mil milhões de euros).

 

 

TPT com: AEP//O Globo//Sapo24//Lusa// 10 de Abril de 2020

 

 

 

 

 

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