Ministro do Trabalho alemão quer direito ao teletrabalho na lei após pandemia

 

Em declarações, hoje, 26 de Abril, ao jornal Bild am Sonntag, Hubertus Heil diz que pretende introduzir esta possibilidade no quadro legislativo no próximo outono, avançando que estimativas iniciais sugerem que a proporção de pessoas em teletrabalho tenha aumentado de 12% para 25% durante a crise do coronavírus, para um total de cerca de oito milhões de pessoas.

 

 

“Todas as pessoas que o pretenderem e cujos empregos o permitam deviam ter a possibilidade de trabalhar em casa, mesmo depois de ultrapassada a crise epidémica”, sustentou Heil, acrescentando: “Estamos a aprender com a pandemia quanto do trabalho pode ser feito a partir de casa atualmente”.

 

 

Segundo esclareceu o ministro alemão, o objetivo é “aumentar as possibilidades de teletrabalho, mas não impô-lo”, podendo as pessoas optar por trabalhar em casa em permanência ou apenas durante um ou dois dias por semana.

 

 

O Partido Social-Democrata (SPD) de Hubertus Heil, que integra a coligação liderada pela chanceler Angela Merkel, já tinha defendido em dezembro de 2019 – muito antes de a pandemia ter ditado o confinamento na Alemanha e em grande parte do mundo – a consagração do direito a trabalhar a partir de casa.

 

 

Esta ideia é, contudo, refutada pela Confederação das Associações de Empregadores da Alemanha, cujo presidente, Steffen Kampeter, considera que o trabalho à distância é do interesse de todos quando é possível e faz sentido, mas “questões operacionais e a vontade dos clientes têm de ter um papel central”.

 

 

“Precisamos de uma moratória nos encargos e obrigações, em vez de exigências adicionais que limitam o crescimento e a flexibilidade”, sustentou.

 

 

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 200 mil mortos e infetou mais de 2,9 milhões de pessoas em 193 países e territórios.

 

 

Perto de 800 mil doentes foram considerados curados.

 

 

Os Estados Unidos são o país com mais mortos (53.934) e mais casos de infeção confirmados (quase 940 mil).

 

 

Seguem-se Itália (26.384 mortos, mais de 195 mil casos), Espanha (23.190 mortos, mais de 226 mil casos), França (22.614 mortos, cerca de 160 mil casos) e Reino Unido (20.319 mortos, mais de 148 mil casos).

 

 

Por regiões, a Europa soma mais de 122 mil mortos (mais de 1,3 milhões de casos), Estados Unidos e Canadá mais de 56 mil mortos (mais de 980 mil casos), Ásia mais de 7.900 mortos (perto de 200 mil casos), América Latina e Caribe mais de 7.900 mortos (mais de 160 mil casos), Médio Oriente mais de 6.200 mortos (mais de 152 mil casos), África mais de 1.370 mortos (mais de 30 mil casos) e Oceânia 108 mortos (cerca de oito mil casos).

 

 

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

 

 

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.

 

 

Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram, entretanto, a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos, como Dinamarca, Áustria, Espanha ou Alemanha, a aliviar algumas das medidas.

 

 

 

 

 

 

Uma centena de pessoas presas em manifestação anti-confinamento na Alemanha

 

 

 

 

 

 

Uma centena de pessoas foram hoje presas em Berlim por não respeitarem as regras de distanciamento social, à margem de uma manifestação contra as medidas anti-coronavirus que reuniram cerca de mil pessoas, segundo a polícia.

 

Estas manifestações são organizadas, desde o final de Março, na Praça Rosa Luxemburg, na capital alemã, por um grupo heterogéneo batizado de “Resistência Democrática” que vê nas medidas de confinamento decididas pelo Governo o início de um regime autoritário no país ou um atentado ilegal à liberdade individual.

 

 

Ontem, várias centenas de manifestantes próximos, principalmente, da extrema esquerda, mas também de uma certa direita identitária, grupos de conspiração ou militantes anti-vacinas juntaram-se, ou tentaram fazê-lo, antes da intervenção da polícia.

 

 

A polícia alemã ergueu várias barreiras ao redor da praça, mas os participantes acabaram por ir para as ruas vizinhas à praça.

 

 

O grupo “não compactua com as regras” impostas pelo Governo para travar a propagação da pandemia do novo coronavirus, como explicou à polícia, através da rede social ‘Twitter’, quando lhes foi pedido para dispersar.

 

 

Nas ‘t-shirts’ de alguns participantes liam-se acusações à chanceler Angela Merkel tais como: “Estamos interditos de viver” ou “liberdade” e ainda em alguns cartazes frases como “já decidi o que penso e digo-o alto e em bom som”.

 

 

Outros cartazes ostentavam ainda: “Nunca mais o fascismo e a guerra” ou “parem os lóbis farmacêuticos”.

 

 

Os manifestantes não tinham autorização para a manifestação, uma vez que as restrições impostas pelo Governo proíbem o aglomerado igual ou superior a 20 pessoas em Berlim.

 

 

Na página da internet, a organização exige especificamente “o fim do estado de emergência” e a minimização do perigo do vírus.

 

 

A oposição ao confinamento está, de forma gradual, a ganhar força, tal como em outros países, apesar de a chanceler Angela Merkel estar a ver a sua popularidade a crescer pela forma como geriu a crise sanitária aprovada pela grande maioria dos cidadãos.

 

 

Esta oposição é liderada, em particular, pela extrema direita alemã, principal força à oposição da câmara dos deputados.

 

 

L’Alternative pour l’Allemagne (AfD) considera que o Governo está a exagerar no risco da pandemia e exige a abertura imediata de todo o comércio.

 

 

Ainda não estão contabilizadas as sondagens com estas reivindicações, mas espera-se um aumento progressivo no descontentamento da população quanto às consequências económicas e sociais ligadas ao confinamento.

 

 

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, mais de 200 mil pessoas já morreram em todo o mundo, desde dezembro, devido à pandemia da covid-10, das quais 90% na Europa e nos Estados Unidos.

 

 

Segundo dados recolhidos até às 19:00 TMG (Tempo Médio de Greenwich), 20:00 em Lisboa, de hoje, registaram-se 200.736 mortes em todo o mundo (num total de 2.864.071 casos), das quais 122.171 na Europa (em 1.360.314 casos), o continente mais afetado.

 

 

Seguem-se os Estados Unidos, com 53.070 mortes, Itália, com 26.384, Espanha, com 22.902, França, com 22.614, e o Reino Unido, com 20.319.

 

 

 

TPT com: AFP//Reuters//AEP//MadreMedia / Lusa//EPA/FILIP SINGER// Bild am Sonntag// 26 de Abril de 2020

 

 

 

 

 

 

 

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