Rússia prolonga fecho de aeroportos próximos da fronteira com a Ucrânia

A Rússia vai manter 11 aeroportos das suas regiões próximas da Ucrânia encerrados até 6 de junho, anunciou hoje a Agência Federal de Transportes Aéreos da Federação Russa (Rosaviatsia).

 

O espaço aéreo no centro e sul da Rússia foi temporariamente encerrado à aviação comercial em 24 de fevereiro, quando as forças russas invadiram a Ucrânia.

 

A medida foi decretada por um período inicial de uma semana, mas tem sido sucessivamente prorrogada.

 

“O regime de restrições temporárias de voos em 11 aeroportos russos foi prorrogado até 06 de junho de 2022”, disse a Rosaviatsia, num comunicado citado pela agência oficial TASS.

 

A medida, que estava atualmente em vigor até 31 de maio, afeta os aeroportos das cidades de Anapa, Belgorod, Bryansk, Voronezh, Gelendzhik, Krasnodar, Kursk, Lipetsk, Rostov-on-Don, Simferopol e Elista.

 

O regulador recomendou que as companhias aéreas russas organizem o transporte de passageiros em rotas alternativas utilizando os aeroportos de Sochi, Volgograd, Mineralnye Vody, Stavropol e Moscovo.

 

De acordo com a Rosaviatsia, todos os outros terminais aeroportuários do país estão a operar normalmente.

 

Desconhece-se o número de vítimas de mais de três meses de combates, mas diversas fontes, incluindo a ONU, admitem ser elevado.

 

A ONU confirmou a morte de mais de 4.000 civis, mas tem alertado que o número real será consideravelmente superior.

 

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.

 

A União Europeia e países como os Estados Unidos, o Reino Unido ou o Japão têm decretado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos e fornecido armas à Ucrânia.

 

 

 

Russos bombardeiam região de Dnipro

 

 

 

 

Forças russas bombardearam alvos na região de Dnipro, no centro da Ucrânia, nas últimas horas, causando danos significativos, enquanto mantêm a ofensiva no leste do país, especialmente na região de Donetsk.

 

Em Dnipro, a quarta cidade mais populosa da Ucrânia, a situação é complicada, com “vários ataques”, anunciou Valentyn Reznichenko, chefe da Administração Militar Regional de Dnipropetrovsk, hoje através da plataforma Telegram.

 

Reznichenko revelou que equipas de resgate estão a procurar sobreviventes entre os escombros dos edifícios que foram atingidos por ataques que causaram “grave destruição” na cidade, localizada na margem do rio Dnieper, que atravessa o país de norte a sul.

 

No leste da Ucrânia, o Alto Comando do Exército Ucraniano avançou hoje que os russos retomaram o ataque à cidade de Sloviansk, na região de Donetsk, onde continuam a disparar contra unidades ucranianas, lançando ataques com mísseis e reagrupando tropas.

 

No nordeste do país, a Rússia continua a fortalecer a cobertura da fronteira, nas regiões de Bryansk e Kursk, tendo destacado dois grupos táticos de batalhão das forças aerotransportadas, segundo o relatório militar.

 

O documento também sublinha que os russos continuam a tomar medidas para manter o controle sobre a região de Kherson, aumentando o número de ataques contra unidades ucranianas, realizando reconhecimento aéreo, fortalecendo posições e transferindo unidades de reserva.

 

Os navios de guerra russos continuam a bloquear a marinha mercante nos mares Negro e Azov, acrescenta o relatório.

 

Nas últimas 24 horas, os defensores ucranianos repeliram 12 ataques inimigos nas regiões de Donetsk e Lugansk, destruindo um tanque, cinco peças de artilharia, cinco veículos blindados de combate e cinco outros veículos.

 

As unidades de defesa aérea ucranianas também derrubaram um helicóptero russo Ka-52, um míssil de cruzeiro e um drone Orlan-10.

 

A guerra na Ucrânia causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas de suas casas — mais de oito milhões de deslocados internos e mais de 6,6 milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

 

Também segundo as Nações Unidas, cerca de 15 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

 

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.

 

A ONU confirmou na quinta-feira que 3.974 civis morreram e 4.654 ficaram feridos, sublinhando que os números reais poderão ser muito superiores e só serão conhecidos quando houver acesso a cidades cercadas ou a zonas até agora sob intensos combates.

 

 

 

TPT com: Reuters//EFE//AP//MadreMedia / Lusa// 29 de Maio de 2022

 

 

 

 

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