Desportivo de Chaves sobe à I Liga, onde quer “ficar para sempre”

O Desportivo de Chaves garantiu ontem a 18.ª e última vaga na I Liga portuguesa de futebol de 2022/23, mesmo perdendo com o Moreirense por 1-0, na segunda mão do ‘play-off’ de acesso ao escalão principal.

 

Em Moreira de Cónegos, Paulinho marcou, aos 25 minutos, o golo da equipa da casa, que não foi suficiente para superar a formação transmontana, que trazia uma vantagem de 2-0 da primeira mão, disputada em Chaves.

 

Os flavienses, terceiros na II Liga 2021/22, vão cumprir na próxima temporada a 17.ª presença entre os ‘grandes’, e primeira desde 2018/19.

 

 

 

“Para ficar”

 

 

 

“A equipa começou mal a época, mas recuperou e os resultados em casa foram muito importantes. Só perdemos uma vez em casa, para conseguir todos os pontos que conseguimos isso foi fundamental”, disse à Lusa Francisco José Carvalho.

 

A temporada dos flavienses esteve longe de começar fulgurante e a equipa às ordens de Vítor Campelos chegou a ser dada como arredada da luta pela subida.

 

No entanto, o líder da SAD transmontana garantiu que sempre acreditou no desfecho de subida: “Quando construí a equipa, nós, a administração, o treinador e diretor desportivo sempre acreditámos que tínhamos conjunto para lutar pelos três primeiros lugares”.

 

Em pleno relvado do estádio flaviense durante, os festejos entre plantel e adeptos, Francisco José Carvalho explicou ainda que a estabilidade e opção de não procurar mudar o treinador deram resultado.

 

“É importante não andar a alterar treinadores. Temos de ter paciência, e na altura a equipa estava a jogar bom futebol, fora não conseguíamos ganhar, mas em casa estávamos a fazer pontos. Tivemos muitos casos de covid-19, alguns constrangimentos ao longo da época, mas as coisas acabaram por acontecer, porque a equipa tinha qualidade e era um grupo muito forte e muito unido”, analisou o dirigente.

 

O clube de Chaves acabou mesmo empurrado para o ‘play-off’ de acesso à I Liga na derradeira jornada do segundo escalão, ao terminar no terceiro lugar.

 

Mas, numa eliminatória a duas mãos, conseguiu ultrapassar o Moreirense, ao vencer 2-0 em casa e perder por 1-0 na segunda mão, com o antepenúltimo classificado do principal escalão a descer de divisão.

 

“O objetivo está concretizado. Temos o Chaves novamente na I Liga, o lugar onde merece estar”, vincou.

 

De resto, Francisco José Carvalho assegurou que o clube regressa à I Liga “para ficar para sempre”.

 

“É esse o objetivo, com a força dos valentes transmontanos”, atirou, referindo-se ao lema do clube e adeptos.

 

Desde que o investidor Francisco Carvalho, pai de Francisco José Carvalho e Bruno Carvalho (presidente da direção) assumiu os destinos do clube, em 2011, que o Desportivo de Chaves garantiu o regresso à II Liga (2012/2013) e depois ao principal escalão (2015/2016).

 

No entanto, na temporada 2018/2019, deu-se nova descida para o segundo escalão.

 

Também o presidente da direção do Desportivo de Chaves salientou que o clube está de regresso ao “lugar onde merece estar”.

 

“Uma palavra de agradecimento a todos, sem exceção, os que de alguma forma contribuíram para que fosse possível regressar à Primeira Liga. Um palavra especial para os que não abandonaram o clube nos tempos mais difíceis e foram acreditando que era possível concretizar este grande objetivo. Viva o Grupo Desportivo de Chaves”, destacou Bruno Carvalho numa publicação na sua página na rede social Facebook.

 

Esta é a quarta subida ao principal escalão do futebol português para o Desportivo de Chaves: a primeira ocorreu na época 1984/1985, seguindo-se uma segunda, na temporada de 1993/1994 e a penúltima, em 2015/2016.

 

Em 16 participações no escalão principal, os transmontanos atingiram a glória na década de 1980, quando, na temporada 1986/1987, atingiram o quinto lugar e a qualificação inédita para a antiga Taça UEFA na época seguinte. Em 1989/1990, seguiu-se novo quinto lugar, repetindo a melhor classificação entre os ‘grandes’.

 

 

 

Associação de Oficiais da Guarda repudia críticas de Sá Pinto a comandante da GNR

 

 

 

 

O treinador do Moreirense criticou no sábado a sua ausência nos dois encontros com o Chaves, que ditou a descida dos minhotos à II Liga, atribuindo culpas ao comandante Orlando Mendes.

 

A Associação Nacional de Oficiais da Guarda (ANOG) repudiou hoje as críticas de Ricardo Sá Pinto, treinador do Moreirense, que desceu à II Liga de futebol, ao comandante do Destacamento Territorial da GNR de Guimarães.

 

“Ricardo Sá Pinto, com as suas palavras de ódio, pretende incentivar à desordem pública contra uma instituição que representa o estado de direito democrático, tendo, para além disso, utilizado os órgãos de comunicação social para injuriar um oficial da GNR. A GNR, na sua atuação em geral, e, neste caso, no policiamento de eventos desportivos, pauta a sua atuação pelo respeito dos princípios liberdades e garantias do Estado de Direito em que vivemos, tendo necessidade de atuar sempre que verifique que algum cidadão infringiu algum preceito legal”, vinca a ANOG, em comunicado enviado à agência Lusa.

 

Ricardo Sá Pinto criticou no sábado a sua ausência nos dois encontros com o Desportivo de Chaves, do ‘play-off’ de permanência na I Liga, que ditou a descida dos minhotos ao escalão secundário oito anos depois, atribuindo culpas ao comandante Orlando Mendes.

 

“Este capitão é um grande mentiroso. As pessoas da vila de Moreira de Cónegos têm de se revoltar perante este capitão, que pôs em causa o sucesso deste clube. Ninguém diz nada, mas sabem o que vai acontecer? Vai ser contra tudo e contra todos”, atirou o ex-internacional português, na véspera da vitória ante os flavienses (1-0), que foi escassa para anular a desvantagem (2-0) trazida da primeira mão, realizada em Trás-os-Montes.

 

O treinador foi sancionado com 15 dias de suspensão e uma multa de 2.805 euros, tendo em conta incidências no final do triunfo frente ao Vizela (4-1), da 34.ª e última jornada, que, aliada ao empate do Tondela com o Boavista (2-2), levou o Moreirense ao ‘play-off’.

 

De acordo com o relatório do Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), que incluiu o testemunho do comandante do Destacamento Territorial de Guimarães, a punição deveu-se a “lesão da honra e da reputação e denúncia caluniosa”.

 

Após o apito final do árbitro Nuno Almeida, Ricardo Sá Pinto “percorreu parte do relvado em direção à bancada topo norte, onde se encontravam ainda parte dos adeptos do Vizela”, que viram “como provocatórios” dois gestos e palavras proferidas pelo técnico.

 

“Devido à conduta do senhor Ricardo Sá Pinto, foi elaborado um relatório de incidente desportivo, tendo culminado na condenação acima referida. Ora, segundo a informação veiculada pelos órgãos de comunicação social, o treinador proferiu palavras que incitam ao ódio e violência contra uma instituição que tem a missão de zelar pelo cumprimento escrupuloso das leis em vigor”, prossegue a ANOG, lamentando ter ouvido declarações que “não são expectáveis por uma figura do desporto nacional com tamanha relevância”.

 

A associação nota que esta conduta “coloca em causa o bom nome, honra e atuação da GNR, pretende explicitamente denegrir a sua imagem e condicionar a atuação dos seus militares”, para além de servir como “um incitamento à revolta e violência gratuita num espetáculo desportivo, que se pretende que possa decorrer em ambiente de fair-play”.

 

Apelando ao Moreirense e à Liga Portuguesa de Futebol Profissional que se “demarquem publicamente deste comportamento absolutamente contrário ao espírito desportivo”, a ANOG assume que “irá demonstrar o seu descontentamento” a essas duas entidades.

 

O mesmo vai fazer junto de Federação Portuguesa de Futebol, Associação Nacional de Treinadores de Futebol, secretaria de Estado da Juventude e do Desporto e Autoridade para a Prevenção e o Combate à Violência no Desporto, de modo a que todas “ajam disciplinarmente face à conduta do senhor Ricardo Manuel de Andrade Silva Sá Pinto”.

 

 

 

TPT com: Sportinforma//MadreMedia / Lusa//  Manuel Fernando Araújo//Lusa// Hugo Delgado/Lusa//  30 de Maio de 2022

 

 

 

 

 

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