A Ministra da Defesa diz que cibersegurança é muito importante e segue com as investigações a ataque ao Estado-Maior-General das Forças Armadas

 

A ministra da Defesa, Helena Carreiras, qualificou hoje o tema da cibersegurança como “da maior importância” e assegurou que o Ministério continuará a colaborar com as investigações em curso no caso do ciberataque contra o Estado-Maior-General das Forças Armadas.

 

 

“É um tema da maior importância e, naturalmente, seguimos com muitíssima atenção”, respondeu Helena Carreiras, questionada sobre o ciberataque em que documentos classificados da NATO foram extraídos e colocados à venda na ‘darkWeb’, o que já motivou a abertura pelo Ministério Público de um inquérito.

 

 

“Devido à sensibilidade à confidencialidade que este tema exige, não poderei dizer mais senão que o Ministério da Defesa tem dado toda a colaboração, e naturalmente continuará a fazê-lo, para que se esclareça completamente este assunto”, declarou.

 

 

A ministra, que respondia numa conferência de imprensa conjunta com o ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, e os seus homólogos de Espanha, referia-se à colaboração com a investigação em curso “pela entidade responsável, que é o Gabinete Nacional de Segurança”.

 

 

“Temos que aguardar que essas averiguações e que essas investigações sejam feitas, de forma completa, de forma profunda”, sustentou, apontando também o inquérito aberto pelo Ministério Público e que é “muito importante ter as conclusões dessas investigações”.

 

 

O Ministério Público revelou na terça-feira que abriu um inquérito ligado ao ciberataque contra o Estado-Maior-General das Forças Armadas em que documentos classificados da NATO foram extraídos e colocados à venda na ‘darkWeb’.

 

 

“Confirma-se a instauração de inquérito. O mesmo é dirigido pelo Ministério Público do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP)”, precisou a Procuradoria-Geral da República, em resposta à agência Lusa.

 

 

A ministra respondeu ainda a uma questão sobre o incidente no âmbito do Curso de Comandos, dizendo que está a acompanhar a situação do militar internado, que foi transplantado no Hospital de Curry Cabral e cujo quadro clínico “continua a evoluir favoravelmente”.

 

 

“Houve um processo de averiguação urgente instaurado, houve também uma inspeção técnica extraordinária ao próprio curso e foi suspenso o curso enquanto não tivermos os resultados”, lembrou a ministra, sublinhando que acompanha “de muito perto a situação do militar” e que essa é a sua maior preocupação neste momento”.

 

 

 

Ministra da Defesa assegura continuação do empenho de Portugal em missões internacionais

 

 

 

“A nossa presença é fundamental para garantir a segurança para todos nós. Em breve vamos rever as missões para o próximo ano, mas a garantia é de que vamos manter este empenhamento tanto na União Europeia, como na NATO, como nas Nações Unidas”, disse.

 

A ministra adiantou que Portugal vai continuar a contribuir como tem feito até agora “com enorme crédito, prestígio e sucesso” considerando ainda que o atual contexto de guerra torna mais relevante o papel das Forças Armadas Portuguesas.

 

 

Numa intervenção dirigida à guarnição da fragata Corte Real, a ministra destacou a importância da missão desempenhada, no âmbito da NATO, classificando-a de “grande exigência e de extrema atualidade”.

 

 

“Estamos todos cientes da complexidade do cenário com que nos deparamos no continente europeu, onde o vosso contributo é cada vez mais necessário enquanto medida ativa de dissuasão”, disse.

 

 

A função primária do Standing NATO Maritime Group 1 (SNMG1), explicou, consiste em constituir uma capacidade naval permanente e de disponibilidade imediata para conduzir três operações militares para intervenção num largo espetro de atividades.

 

 

Helena Carreiras considerou que a participação da fragata Corte Real permitiu a Portugal “reafirmar-se como um aliado capaz, confiável e competente, contribuindo para uma resposta coletiva e eficaz às exigências do quadro estratégico atual, e assegurando que a segurança marítima permanece uma prioridade elevada da Aliança e dos parceiros europeus e norte-americanos”.

 

 

Esta foi a nona vez que a fragata Corte-Real fez parte desta força naval, destinada a contribuir para a segurança da Aliança Atlântica.

 

A participação da fragata “Corte-Real” nesta Força Naval Permanente da Aliança Atlântica enquadra-se no âmbito do empenhamento das Forças Armadas no domínio internacional, em apoio à ação externa do Estado no setor da Defesa, tendo em vista uma cooperação estruturada com organizações internacionais, nomeadamente através do emprego de Forças Nacionais Destacadas em ações no âmbito da segurança cooperativa ou coletiva.

 

 

A função primária do SNMG1 é dotar a NATO de uma capacidade naval permanente e de disponibilidade imediata para conduzir operações militares para intervenção num largo espetro de atividades, na realização de atividades de parceria e interoperabilidade com países amigos e parceiros e no apoio às atividades de transformação no âmbito da formação, treino e desenvolvimento de doutrina tática aliada, proporcionando uma variedade de opções de resposta militar, tanto para as operações em curso, como para situações de contingência.

 

 

A fragata “Corte-Real” é atualmente comandada pelo capitão-de-fragata Amaral Henriques e possui uma guarnição de 176 militares, incluindo duas equipas de segurança e uma equipa de mergulhadores-sapadores.

 

 

Helena Carreiras falava no final de uma reunião conjunta dos ministros da Defesa e dos Negócios Estrangeiros, de Portugal e de Espanha destinada a refletir sobre os assuntos de interesse estratégico comum.

 

 

 

 

TPT com: MadreMedia/Lusa//  14 de Setembro de 2022

 

 

 

 

 

 

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *