Portugal apto para treinar pilotos e mecânicos ucranianos para operarem os F-16

A ministra da Defesa afirmou que Portugal vai fornecer treino de pilotos e de mecânicos ucranianos para operarem os caças F-16, uma componente que considera “absolutamente fundamental” para o esforço logístico.

 

 

“Portugal, desde o inicio, tem enviado material de vários tipos, e temos garantido o nosso apoio à Ucrânia nesse sentido e, neste momento, o que nos comprometemos é fornecer treino de pilotos e mecânicos que é uma componente absolutamente fundamental, como aliás tem sido relatado deste apoio, com meios aéreos com os F-16”, afirmou Helena Carreiras.

 

A ministra falava aos jornalistas no aeródromo de Castelo Branco, onde se deslocou com o ministro da Administração Interna, para uma visita aos meios aéreos de combate a incêndios financiados pela União Europeia no âmbito do Mecanismo Europeu de Proteção Civil (RescEU).

 

 

A Ucrânia vai receber caças F-16 dos Países Baixos e da Dinamarca após os Estados Unidos (EUA) terem dado recentemente luz verde, decisão que o Governo ucraniano considera ser uma “óptima notícia”.

 

 

O Departamento de Estado dos EUA, responsável pela política externa do país, adiantou que os Países Baixos e a Dinamarca receberam “garantias formais” para enviarem os caças assim que o treino do primeiro grupo de pilotos para F-16 esteja concluído.

 

Os Estados Unidos têm regras estritas acerca da revenda ou transferência de equipamento militar norte-americano por aliados.

 

 

A ministra da defesa considerou ainda que alguns países têm mais capacidade e disponibilidade de contribuir com os meios, como é o caso da Dinamarca e da Holanda.

 

“Nós [Portugal] contribuiremos com treino de pilotos e treino de mecânicos para esse esforço logístico que é absolutamente critico para que a capacidade possa funcionar”, concluiu Helena Carreiras.

 

 

 

 

42 caças F-16 “para afastar os terroristas russos”

 

 

 

Acompanhado pelo primeiro-ministro neerlandês em exercício – Mark Rutte apresentou a demissão em julho -, Volodymyr Zelensky confirmou hoje o acordo que representa “mais um passo para reforçar o escudo aéreo da Ucrânia”, em alusão a “42 caças F-16” que irá receber assim que os pilotos e engenheiros ucranianos concluirem a formação.

O anúncio foi feito minutos depois de Rutte e Zelensky terem inspecionado dois jatos F-16 estacionados numa base aérea neerlandesa e no âmbito da visita do presidente da Ucrânia, este domingo, aos Países Baixos.

 

Na sexta-feira, os EUA autorizaram a Dinamarca e os Países Baixos a fornecer caças F-16 à Ucrânia, um passo necessário para o fornecimento destes aviões de produção norte-americana.

 

 

“Os caças serão utilizados para afastar os terroristas russos das cidades e vilas ucranianas”, afirmou o presidente ucraniano.

 

“Hoje foi a primeira vez que ouvi o acordo mais importante, que é o facto de, além dos Estados Unidos – e estamos gratos por isso -, os Países Baixos serem o primeiro país a concordar em entregar F-16 à Ucrânia após a formação.

 

 

Sobre a situação no terreno, o líder ucraniano disse que Kiev “está a avançar” e sublinhou que a guerra é dominada pela contraofensiva do seu país. Contudo, as autoridades ucranianas têm reconhecido que a contraofensiva tem sido lenta e os resultados não estão a ser os esperados.

 

“Estamos a falar de defesas aéreas, temos o inverno pela frente e sabemos melhor do que ninguém o que é um inverno sem eletricidade. E esta é a complexidade da questão. Mas não vamos desistir, essa é a grande novidade”, continuou Zelensky, assegurando que o país procura “uma paz justa, com a recuperação total e a restauração da sua integridade territorial”.

 

 

Os F-16 eram um pedido recorrente de Volodymyr Zelensky para a contraofensiva, com vista a expulsar as forças russas das zonas ocupadas no leste e no sul da Ucrânia.

 

 

O número de caças, avançado por Zelensky, não foi confirmado pelos Países Baixos nem pela Dinamarca, para onde seguiu o líder ucraniano. Contudo, Zelensky sublinhou que o envio de F-16 para Kiev trata-se de uma “decisão histórica”.

“É apenas o começo”, escreveu no Twitter.

 

 

 

TPT com: NBCNews//EPA/MADS CLAUS RASMUSSEN//EPA/MADS CLAUS RASMUSSEN//MadreMedia/Lusa/Manuel Ribeiro//Tiago Petinga/LUSA//Sapo// 20 de Agosto de 2023

 

 

 

 

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