Há novos dados sobre a tragédia do avião desaparecido

27/05/2014

 

Governo malaio divulgou hoje os primeiro dados obtidos por satélite sobre o Boeing 777 da Malaysia Airlines, desaparecido com 239 passageiros a bordo.

 

As buscas pelo avião desaparecido da Malaysia Airlines continuam numa uma área estimada em 60 mil quilómetros quadrados (cerca de dois terços da área do território continental português), no sul do oceano Índico.

 
As 47 páginas de dados em bruto recolhidos pela operadora de satélites britânica Inmarsat vêm dar algum alento aos familiares das vítimas do voo MH370, na sua maioria chineses, que há semanas reclamavam por mais informação.

 
O documento do Departamento Malaio da Aviação Civil foi divulgado no próprio dia em que o primeiro-ministro da Malásia, Najib Razak, inicia uma visita oficial de seis dias à China. Mas ainda não houve qualquer comentário das autoridades malaias sobre o conjunto de informações divulgadas, que incluem os sinais eletrónicos emitidos hora a hora pelo avião depois de a sua imagem ter desaparecido dos radares civis .

 
Os dados revelados esta terça-feira dão mais força à tese do avião se ter despenhado no oceano Índico, devido a uma falha de combustível enquanto voava para sul. Uma hipótese que tinha sido avançada na véspera pela Autoridade de Transportes da Austrália, responsável pelas buscas no sul do oceano Índico.

 
Sobre o relatório australiano, o “The Wall Street Journal” adiantou que a última comunicação do avião com o satélite não coincide com as transmissões regulares. Um desfasamento que poderá ser explicado pela possibilidade de o sistema elétrico estar a reiniciar devido à falta de combustível nos motores.

 
Buscas continuam no Sul do Oceano Índico

 
Com base na análise dos último sinais eletrónicos emitidos pelo avião, os peritos australianos continuam a acreditar que o avião se terá despenhado numa zona remota do sul do Índico, a cerca de 25 milhas náuticas do último sinal rádio emitido.

 
As buscas pelo avião continuam numa uma área estimada em 60 mil quilómetros quadrados (cerca de dois terços da área do território continental português). Nos próximos dias, o navio australiano “Ocean Shield” deverá abandonar as buscas. O rastreio do fundo do oceano à procura dos destroços do Boeing 777 da Malaysia Arlines vais ser continuado pelo navio chinês “Zhu Kezhen”.

 
FOTO: Getty Images
Helder C. Martins

 

 

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