O professor universitário e antigo presidente do PSD Marcelo Rebelo de Sousa afirmou hoje, na Guarda, que a ex-líder social-democrata Manuela Ferreira Leite é «uma boa candidata» às eleições presidenciais.
Segundo o antigo presidente do PSD, Manuela Ferreira Leite tem “uma série de condições que fazem dela uma possível candidata à Presidência da República e até uma boa candidata”.
“Eu acho que Manuela Ferreira Leite tem mais de 35 anos de idade, está no gozo dos direitos políticos, tem uma magnífica carreira, tem uma magnífica carreira do ponto de vista académico, do ponto de vista técnico, do ponto de vista político, no Governo, no parlamento”, disse Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas, à margem de um jantar promovido pela Comissão Política Distrital do PSD, onde foi debatido o tema “O interior tem futuro”.
O antigo presidente do PSD disse ainda aos jornalistas que ficou “muito feliz” com o acordo alcançado no Eurogrupo com a Grécia, afirmando que “era muito importante, pelo menos, um acordo que deixasse respirar” o Governo daquele país.
Observou que “quatro meses não é a solução de fundo, mas deixa respirar, permite negociar, permite encontrar formas de saber que medidas é que o Governo grego tem de adotar” e “que tipo de solução, que tipo de plano é possível reformular, modificar a nível da Europa”.
“Eu acho que é um bom dia e uma boa decisão para todos nós”, disse, acrescentando que “o importante, agora, é dar condições para que o Governo grego possa negociar com a Europa uma solução duradoura”.
Já em relação ao tema do jantar, “O interior tem futuro”, Marcelo Rebelo de Sousa disse que o futuro do interior de Portugal assenta em “três coisas fundamentais”: educação, investimento e estruturas sociais.
Durante o encontro, promovido pela comissão política distrital do PSD/Guarda, que reuniu cerca de 500 militantes e simpatizantes, segundo a organização, o líder distrital Carlos Peixoto afirmou que “41 anos de democracia não deixaram resolvidos pelo menos dois problemas [dos territórios do interior]: a questão da demografia e a questão da coesão territorial”.
“Acredito que o interior tem futuro, mas para o interior ter futuro, o país tem de fazer muito mais e melhor pelo interior”, afirmou.
Carlos Peixoto apontou ainda a necessidade de ser aproveitado o novo ciclo de fundos comunitários, que considera a “galinha dos ovos de ouro”, para desenvolver o interior.
Por sua vez, o presidente da Câmara da Guarda e líder dos Autarcas Social Democratas, Álvaro Amaro, defendeu no seu discurso que “é importante que as causas do interior sejam causas nacionais”.
Que os homens do país, os homens do mundo, assumam que o interior é uma causa nacional”, afirmou, referindo que o interior “já não é interior”, é um território de baixa densidade, mas com elevado potencial.
Diário Digital/Lusa