Adolescentes devem reduzir o volume dos aparelhos de áudio.
Mais de mil milhões de jovens em todo o mundo correm o risco de sofrer danos auditivos por ouvirem música com o volume demasiado elevado.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o nível de ruído em concertos e bares é, muitas vezes, demasiado elevado, tal como o volume nos dispositivos de áudio e nos “headphones” dos “smartphones”, pelo que cerca de 50% dos jovens entre os 12 e os 35 anos nos países de rendimento médio ou elevado estão expostos a níveis extremamente elevados de ruído.
A OMS refere que uma vuvuzela emite 120 decibéis e que basta ouvi-la durante nove segundos por dia para se correr o risco de perda permanente da audição, e lembra também que este sentido humano, uma vez perdido, é irrecuperável.
Ainda de acordo com a organização, o mais alto nível de ruído no local de trabalho não deve ultrapassar os 85 decibéis até oito horas diárias, mas muitos funcionários que trabalham em estabelecimentos de diversão noturna ou em eventos desportivos estão expostos a níveis mais elevados, por vezes acima dos 100 decibéis.
Assim, para o Dia Mundial da Audição, que se assinala na terça-feira, a OMS recomenda algumas medidas preventivas: os adolescentes devem reduzir o volume dos aparelhos de áudio e “smartphones”, não os devem utilizar mais de uma hora por dia, devem colocar tampões nos ouvidos em locais ruidosos e fazer pausas, procedendo ainda a exames aos ouvidos e a testes de audição regulares.
Os governos deviam impor normas rígidas sobre o ruído em locais públicos, sublinha igualmente a OMS, que apela também aos proprietários de discotecas e bares para que baixem o volume da música para níveis toleráveis.
Em todo o mundo, 360 milhões de pessoas sofrem, atualmente, de problemas auditivos, que se devem a causas diversas: doenças infeciosas, questões genéticas, complicações no momento do nascimento, uso de certos fármacos, excesso de ruído e envelhecimento.
Rick Wilking/REUTERS
07/02/2015- JN