Dez anos de prisão. Esta pode ser a pena que Yingluck Shinawatra, ex-chefe do Governo tailandês, terá de cumprir caso sejam comprovados os atos ilícitos de que foi formalmente acusada relativos à aplicação negligente de subsídios à produção de arroz.
A ex-primeira-ministra acusada, Yingluck Shinawatra / Chaiwat Subprasom/REUTERS
Expresso – 19 de fevereiro de 2015 – A ex-primeira-ministra tailandesa Yingluck Shinawatra incorre numa pena de dez anos de prisão por distribuição negligente de subsídios aos produtores de arroz.
“Hoje imputamos a antiga primeira-ministra Yingluck Shinawatra (…) por ter falhado com o seu dever”, pode ler-se na acusação, lida esta quinta-feira por Chutichai Sakhakorn, representante do Procurador-Geral, durante uma conferência de imprensa.
O plano de subvenções de que é acusada consistia na compra de arroz aos agricultores a preços acima dos praticados no mercado.
Yingluck Shinawatra diz-se inocente e revela que esta acusação tem por objetivo denegrir a imagem e poder dos Shinawatra. Yingluck é irmã do antigo chefe do Governo Thaksin Shinawatra, demitido após um golpe de Estado em 2006.
No dia 19 de março, o Supremo Tribunal tailandês vai decidir se aceita dar seguimento ao caso que terá provocado cerca de 14 milhões de euros em prejuízos.