Segundo o “New York Times”, que cita fontes governamentais anónimas, foi instalada uma torre de controlo aérea e casas prefabricadas capazes de albergar centenas de pessoas numa base próxima da cidade portuária de Latakia.
O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, manifestou preocupação em relação às notícias que dão conta da intenção de Moscovo de reforçar a presença militar russa na Síria para apoiar o Presidente sírio Bashar al-Assad.
Num telefonema a Sergei Lavrov, ministro dos Negócios Estrangeiros russo, John Kerry alertou o seu homólogo para as consequências de uma escalada do conflito no país, em guerra há mais de quatro anos. Segundo o governante americano, o reforço da presença militar russa vai resultar em “mais mortes de inocentes, novas vagas de refugiados e possíveis conflitos entre as forças da coligação” que combate o autoproclamado Estado Islâmico no país, confirmou no sábado o Departamento de Estado norte-americano.
Segundo o “New York Times”, que cita fontes governamentais anónimas, foi instalada uma torre de controlo aérea e casas prefabricadas capazes de albergar centenas de pessoas numa base próxima da cidade portuária de Latakia.
Afastada, por enquanto, a hipótese de virem a ser enviadas forças militares russas para o terreno, o Governo americano receia que a base aérea possa vir a ser usada para transporte de equipamento militar ou como rampa de lançamento para ataques aéreos. As imagens das manobras russas foram obtidas por satélite pelos serviços secretos norte-americanos, informou o “Los Angeles Times”.
Apesar de inconclusiva, a observação das movimentações na base aérea sugere que as divergências entre os Estados Unidos e a Rússia no que diz respeito ao conflito na Síria se mantêm.
Segundo a agência Reuters, que cita fonte governamental, há sinais de que a Rússia pretende intervir na Síria de uma forma que vai além do equipamento, armamento e treino que tem proporcionado ao Exército de Assad. A mesma fonte garantiu que os Estados Unidos vão estar atentos para perceber qual é, afinal, o objetivo destas movimentações: se combater o autoproclamado Estado Islâmico, se apoiar o Presidente sírio.
New York Times/ Reuters/TPT/21/9/2015