Sempre na vanguarda do melhor que se faz em termos de promoção e marketing do “Queijo da Serra da Estrela” em terras norte-americanas, os membros do Centro Cultural “Os Serranos”, com sede em Newark, no estado de New Jersey, apresentaram em Virgínia, Pennsylvania, New York, Connecticut e New Jersey, um conjunto das nossas boas marcas de queijo, e outros produtos regionais de qualidade, garantindo a presença no evento, de um vasto público apreciador.
Para além do prestígio que esta iniciativa confere à comunidade, os seus objectivos começam a abranger um conjunto de interesses de grande utilidade para a divulgação dos produtos regionais portugueses, em termos qualitativos, dando a conhecer um produto de qualidade e a sua denominação de origem.
A feira do queijo da Serra organizada pelo Centro Cultural “Os Serranos” continuam a conquistar novos clientes.
Entre os produtos expostos, nos vários lugares por onde passaram, e para além dos queijos, estavam também os enchidos, azeites, compotas, pão, vinhos e outros produtos alimentares regionais portugueses, que pela sua qualidade, ajudam a abrir, deste modo, mais uma porta de oportunidades, para os produtores portugueses que querem conquistar novos mercados e fiéis clientes.
O The Portugal Times esteve a acompanhar os certames que decorreram nas cidades de Elizabeth e Newark, no estado de New Jersey, e constactou que não faltaram motivos de interesse para as centenas de pessoas que visitaram as mesas expositoras.
E era notória uma atmosfera apetitosa entre todos quantos fizeram questão de visitar o certame.
Os elogios faziam-se ouvir entre os visitantes que prometiam ajudar a posicionar os nossos produtos em termos qualitativos, dando a conhecer a sua denominação de origem, e criando em seu torno uma imagem de credibilidade.
Alexandrino Costa, presidente do Centro Cultural “Os Serranos” (ao centro na foto), disse ao nosso jornal que “é sempre importante ter produtos portugueses nos Estados Unidos, mas também é muito importe que se mantenha a ligação dos empresários luso-americanos com o seu país de origem e com o país de acolhimento”. Alexandrino Costa que está integrado em várias actividades que visam divulgar os produtos da região da Serra da Estrela nos Estados Unidos e na Europa, referiu ainda a importância que existe em continuar a apoiar iniciativas deste género que, neste caso, têm por objectivo divulgar e vender os nossos produtos alimentares regionais de qualidade, em terras norte americanas. Uma iniciativa que visa também ajudar Portugal, nestes tempos de crise”, concluiu.
A apresentação e promoção dos produtos regionais portugueses na costa leste norte americana pelo Centro Cultural “Os Serranos”, está a ser um grande sucesso, entre portugueses, brasileiros e americanos, não só pelo dinamismo do certame, mas também pelas oportunidades de negócio feito, através dos contactos que se estabelecem.
Um destes exemplos é Rodrigo Duarte, natural de Cantanhede, que emigrou para os Estados Unidos quando tinha 23 anos de idade.
Convicto de que cada vez mais os jovens devem tomar consciência de que o mercado de trabalho é limitado e de que no futuro não existirá emprego para todos, Rodrigo Duarte, assumiu o desafio de se tornar empresário por conta própria, passados dez anos de cá ter chegado.
Escolheu a área da charcutaria, uma profissão que já tinha iniciado num talho, quando tinha apenas 12 anos de idade para, segundo este, ajudar a família.
Actualmente, com 36 anos de idade, Rodrigo Duarte fundou a empresa “Caseiro e Bom”, na cidade de Newark, estado de New Jersey, em 2006, com o objectivo de recuperar a forma tradicional e artesanal de produzir enchidos portugueses.
O objectivo foi conseguido e o sucesso alcançado nesta área por Rodrigo Duarte é atualmente divulgado como exemplo, em vários orgãos de comunicação social portugueses, americanos e brasileiros.
“Viajei por Portugal para falar com pessoas antigas e aprender os seus saberes na arte da charcutaria. Fui a Trás-Os-Montes, Minho, Alentejo, Ribatejo, Lisboa, e até a Espanha”, lembra.
Neste momento, Rodrigo Duarte que está a tratar da licença federal para vender os seus presuntos e o seu fumeiro em todo o território norte-americano, já tem autorização para vender no estado de New Jersey. “Mas alguns dos meus clientes viajam desde New York, Pennsylvania, Connecticut e até de Massachusetts, apenas para comprar os nossos enchidos”, referiu.
Actualmente o “Caseiro e Bom” para além dos presuntos, produz e vende numa semana normal, 1.400 kg de enchidos, incluindo diversos tipos de alheiras, chouriços, torresmos e salpicão.
Neste certame serrano para além dos queijos e da charcutaria houve também folclore e exposição de vinhos
O papel e importância deste evento levado a efeito há 31 anos pelo Centro Cultural “Os Serranos”, resulta também das vertentes formativa e informativa, onde não falta a oportunidade de desenvolver em simultâneo o desenrolar do certame propriamente dito, para além dos aspectos comerciais, sempre decisivos neste tipo de iniciativas.
E para quem gosta de vinho, são oportunidades imperdíveis de conhecer exemplares de qualidade.
Os “provadores” entusiasmados em analisar a claridade, paladar, grau e o aroma dos vinhos iam deixando a mensagem de que beber uma boa pinga sem ser exagerado, “é uma sensação benéfica passageira sem efeitos prejudiciais”.
De facto, do programa desta iniciativa serrana 2016, destacam-se também várias actividades promocionais de produtos “made in” Portugal, ligados à área da viticultura, com a empresa de importação de vinhos WINE IN-MOTION, com sede em Union, New Jersey (908-688-3837), a apresentar com qualidade uma interessante colecção de vinhos de mesa de várias quintas, adegas e regiões de Portugal, que lhe mereceram rasgados elogios por parte das pessoas presentes, pela forma como promovem e consolidam eficazmente os produtos viticulturais portugueses em terras do “Tio Sam”.
Na verdade, para além da prova de queijos, pão, presunto e chouriços, a prova de vinhos têm feito parte das apostas do Centro Cultural “Os Serranos” desde o início deste certame, para contentamento de todos os visitantes.
E enquanto uns faziam fila para comprar o queijo ou o presunto preferido, outros aproveitavam para provarem uma pinguinha, analizando entusiasmados, a claridade, o paladar, o grau e o aroma dos vinhos em exposição.
Pedro Veloso, director da WINE IN-MOTION, visivelmente satisfeito com os resultados desta exposição, fez questão de referir ao The Portugal Times que “hoje em dia, já há muitos americanos e não só, que elogiam os nossos vinhos, considerando-os distintos e “a próxima grande onda” no mercado internacional de vinhos”, disse, adiantando ainda que “se os jovens na América bebem vinho de outras nacionalidades, porque não beber o bom vinho português”?, concluiu.
Rancho Folclórico “Camponeses do Minho” animou o certame serrano
E para animar a 31ª edição desta feira de produtos alimentares portugueses, na cidade de Newark, esteve presente o Rancho Folclórico “Camponeses do Minho”, do Sport Clube Português, desta cidade, para mostrar a diversidade dos seus trajes, das suas músicas e das suas danças.
O Rancho Folclórico “Camponeses do Minho”, fundado em 1991, aposta na sensibilização das camadas mais jovens, para manter viva a tradição. Uma tradição ligada profundamente ao quotidiano laborioso das pessoas, às romarias e aos folguedos, na região do Minho.
Com um trabalho prestigiado e reconhecido nos Estados Unidos e Canadá, o “Camponeses do Minho” apresentou um repertório alegre, e recriou o ambiente dos bailes do início do século passado, na região minhota.
E foi em nome de todos os membros do Centro Cultural “Os Serranos” que Alexandrino Costa colocou a tradicional fita na bandeira do “Camponeses do Minho”, testemunho da sua actuação neste certame, perante o olhar de adultos e jovens de segunda e terceira gerações, inspirados nos saberes dos mais velhos.
A exibição do Rancho Folclórico “Camponeses do Minho” foi muito aplaudida, devido ao somatório grandioso de folclore e etnografia, que mostraram com orgulho.
Neste certame foi ainda apresentado ao público o livro (Autobiografia) “Querer é Poder” – “Uma História de Vida em Dois Continentes” – da autoria de Moses Ascensão Saraiva, que conta a odisseia de um homem lutador que a exemplo de muitos outros, também comeu “o pão que o diabo amassou” para conseguir uma vida melhor.
Moses Ascensão Saraiva, que também foi e é um “activista comunitário”, para além de dar a conhecer aos seus leitores alguns trechos da história de Portugal e suas Lendas, elogia no seu livro o homem integro que “apesar de todas as adversidades nunca baixou os braços nem perdeu de vista os seus objectivos, triunfando, finalmente, num mundo tão competitivo como é a sociedade americana”.
Moses Ascensão Saraiva reside na cidade de Yonkers, comarca de Westchester, no estado de New York, onde desenvolve a sua actividade profissional ligada às áreas do Turismo e Viagens, Seguros Gerais, Impostos Federais, Estaduais e Locais e ainda no ramo da Imobiliária. Como conselho, diz que “o melhor atalho para entrar numa vida bem-sucedida é pelo caminho da paciência, e persistência no trabalho”, disse. “Assim como na vida e no desporto, o trabalho diário e a persistência é que te fazem um vencedor”, concluiu.
E entre os vencedores de mais um encontro gastronómico-cultural na costa leste norte-americana, estão os membros do Centro Cultural “Os Serranos” de Newark, que assim chegam com sucesso ao fim da 31ª edição da Mostra, Promoção e Venda, dos produtos tradicionais da Serra da Estrela neste lado do Atlântico.
O folclore, o pão, os queijos e os vinhos em exposição, fizeram as delícias de todos quantos passaram pelos salões dos clubes portugueses de Elizabeth e Newark, no estado de New Jersey, que vindos de vários estados da costa leste norte americana, não deram o seu tempo por mal empregue.
JM/The Portugal Times, 26 de Março de 2016